sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Tudo percebido? Ou é preciso fazer um desenho?..

"O executivo municipal aprovou, na 2ª feira, o início do procedimento tendente a prorrogar o prazo de pagamento dos empréstimos contraídos no âmbito do Plano de Saneamento Financeiro, passando as suas maturidades de 2023 para 2032. Escrevi, há umas semanas, que é decisão que tem todo o respaldo legal e é, no plano político e ético, inatacável. Quem tem vindo a pagar as dívidas que outros deixaram, arcando com o ónus da diminuição sensível da sua capacidade de acção política, tem toda legitimidade para lançar mão deste mecanismo que a Lei do Orçamento do Estado para 2018 veio colocar à disposição dos municípios.

Se todo o processo, na sua complexidade, correr bem, a partir de 2019, o Município verá desagravado, de forma considerável, o seu encargo anual com a dívida e libertará, concomitantemente, fundos para outras aplicações mais úteis. A dívida continuará a ser paga, mas a ritmo mais lento.

Este resultado, a confirmar-se, é o culminar do esforço de anos que, finalmente, permitirá um desafogo maior, mas tem outra dimensão mais desafiante. É que a prorrogação significará uma perda da centralidade que a “questão financeira” tem tido no contexto da governação municipal e fará surgir, com força redobrada, toda a espécie de “necessidades”.

A aplicação das disponibilidades adicionais que surgirão vai exigir todo o escrutínio por parte do executivo municipal, num cenário em que, com menos restrições orçamentais, o argumento financeiro tem de ser substituído, ao menos parcialmente, por um critério ainda mais rigoroso de interesse público."

Exigência acrescida. Uma crónica de José Fernando Correia. Via AS BEIRAS.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Nobidades do láre... (18)

Via Município da Figueira da Foz
"Motivos para sair de casa, na Figueira da Foz, não faltam: música e dança, desporto e teatro, tradições e, claro, as belezas naturais e um pôr do sol irresistível. Se gosta de caminhar na marginal, aproveite para ficar a conhecer alguns dos eventos que não vai querer perder... Para aceder a mais programação, basta ir a http://cm-figfoz.pt/"...

... inacreditável o que eles conseguem fazer!..

Ao tempo que sabemos que na Figueira os números não mentem... Também sabemos, porém, que na Figueira os mentirosos inventam números...

Imagem: via AS BEIRAS
"Desde o primeiro ano que o número de entradas da Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM) superava a edição anterior, tendo chegado a cerca de 50 mil. Pelo menos, era essa a informação veiculada pela organização, porque, segundo sustentou o atual presidente da Junta de Maiorca, Rui Ferreira, ao DIÁRIO AS BEIRAS, “as entradas eram inflacionadas”. “Se essas entradas existiram, nós não temos suporte documental desse registo. Pode existir, mas não está na posse da junta”, afirmou o autarca. Questionado sobre se estava a insinuar que os números foram inflacionados, Rui Ferreira afirmou: “Seguramente que foram. Há testemunhos de várias pessoas que desde sempre estiveram ligadas à organização que sustentam que os números foram sucessivamente inflacionados”. Qual era objectivo? “Foi uma tentativa de sobrevalorizar o evento para, provavelmente, irem buscar mais empresas e mais apoios institucionais”, respondeu o presidente da Junta de Maiorca, que lidera a organização do certame. Para esta edição da FINDAGRIM, Rui Ferreira conforma-se com metade das entradas que o seu sucessor Filipe Dias anunciou na última edição a que presidiu, em 2017. “Se tivermos 25 mil pessoas, com 20 mil entradas pagas, já nos damos por satisfeitos”, garantiu Rui Ferreira.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Filipe Dias garantiu, no entanto, que as afirmações do seu sucessor “não correspondem à verdade”. E acrescentou: “Claro que contabilizámos as pessoas que lá estavam a trabalhar, que não pagam entrada, mas é verdade que, no total, registámos 50 mil entradas em cinco dias”. O antigo presidente da Junta de Maiorca esclareceu, ainda, que os colaboradores dos stands das empresas também não pagavam. “Eram cerca de 200 espaços, com uma média de quatro ou cinco por cada um”, contabilizou Filipe Dias, garantindo que “os números que foram lançados para a imprensa não fogem muito à realidade”.
Polémicas à parte, a FINDAGRIM realiza-se de 8 a 12 deste mês, no largo da Feira de Maiorca. A entrada, que é livre no último dia, custa quatro euros."

Nota de rodapé.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, este ano, por ter reconhecido que a feira cresceu ao longo dos 8 anos que já leva de existência, aumentou, em relação a 2017 (único ano em que apoiou com verba) em mais 10 mil euros o apoio monetário para a realização do evento: 30 mil euros mais apoio logístico, sujeito a um reforço posterior (no final do evento) caso o evento não obtenha saldo positivo.
Isto é, os 30 mil podem ser 40 mil euros!
O mesmo é dizer: todos, incluindo o presidente da junta de freguesia de Maiorca e o presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, têm a noção que, à partida, a FINDAGRIM  está condenada ao fracasso!
Façamos votos para que não seja assim...

Estudar para quê? Estamos em Portugal, onde é sempre carnaval... Alguém leva a mal?..

"Passos Coelho vai ser professor catedrático na Universidade Lusíada"!..
 Federico Fellini, nos seus filmes,  tratou magistralmente o tema da decrepitude das sociedades.
Rever os seus filmes (continuam actuais) é perceber como o Rei vai nu há vários anos...
Em Portugal, infelizmente, não aprendemos nada com o Mestre!

«Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos» - novo livro de Joaquim de Sousa, foi ontem apresentado...

"Se este livro não der polémica é porque a cidade morreu"- Fernando Cardoso 

foto José Santos
«Um testemunho de vida e devido»
É desta forma que António Ventura entende a obra agora apresentada. Para o autor do prefácio, “este livro é um testemunho de vida e devido, com uma dimensão colectiva”.
O jornalista falou da gestão autárquica de Joaquim de Sousa “num período difícil da vida nacional”, considerando que “em 3 anos a Figueira da Foz recuperou a sua identidade e mostrou-se ao mundo”, dando como exemplo a realização de eventos que ultrapassaram as barreiras nacionais mas também a realização do Dia do Figueirense ou a criação da Casa da Figueira da Foz em Lisboa.
Para António Ventura, Joaquim de Sousa abraçou uma liderança camarária de “transparência na gestão da res pública com medidas superiores à partidarite aguda. O seu poder era a forma de poder fazer e nunca foi a voz do dono, sempre o dono da sua voz, permitindo que o erário público fosse respeitado e não desbaratado”.
A terminar, disse que “há líderes que sem poder, têm seguidores, pela sua credibilidade. Assim é Joaquim de Sousa”.

“Hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos”
Joaquim de Sousa confessou que neste livro pretendeu reunir alguma memória mas também fazer uma reflexão das últimas 3 décadas na Figueira da Foz.
Invocou a memória de Coelho Jordão (antigo presidente da Câmara Municipal) defendendo que “a Figueira da Foz precisava, nessa altura, de ter vida própria e desenvolver-se economicamente, porque só o Turismo não chegava”. Foi neste contexto que a fábrica de pasta de papel Celbi nasceu na Figueira da Foz: “nos anos 60 era já sensível a percepção de que o boom do Algarve, Mediterrâneo e outras praias comprometia a «clientela» da Figueira da Foz. A vinda da Celbi veio assim dar vida e emprego sustentável todo o ano”.
Olhando para o presente, Joaquim de Sousa diz que “hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos quando o problema é criar uma vida económica todo o ano. Estamos transformados numa praia de proximidade, em que ficamos a ver passar o cortejo, vivemos numa ilusão e a pouco e pouco fomos transformados numa praia de ida e volta. A Figueira da Foz sempre foi uma praia familiar e o que se faz hoje é «sunsets». Antigamente havia uma linha constante de captação dos pais através das crianças”, organizando eventos a elas especialmente direccionados. “A linha de hoje é dos espectáculos e até tivemos uma empresa (municipal), com mais «olhos do que barriga»".
Joaquim de Sousa recordou ainda o antigo presidente de Câmara, já falecido, Duarte Silva.
“No seu mando tentou reverter alguma situação e fez obra, como a nova Ponte dos Arcos ou a instalação da central de ciclo combinado da EDP em Vila Verde. Mas estava condicionado pela herança que teve. Aguentou com a máxima correcção, mas foi um sacrificado pela Figueira da Foz”.

“Reabilitação urbana traçada na prancheta”
Ironicamente, considera que “fazer reabilitação urbana nesta altura do ano é óptimo, é a melhor altura”. E deixa uma dúvida: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”.
Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Defendeu que “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta»”.


Já perto do final da sua intervenção, deixou uma reflexão: “acredito que vamos ainda ter um presidente de Câmara que motive a cidade e as forças vivas”.

Via Figueira na Hora


Nota de rodapé.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Silêncio

O "Sr. João" pode ser qualquer um de nós...

A dignidade de um Homem está no seu coração.
Pode-se humilhar, ofender, maltratar, ignorar uma pessoa, mas nunca se lhe retira a dignidade, já que ela lhe é intrínseca.
O próprio é que se pode tornar indigno, pois esse é um poder que só ele tem.
A dignidade de um Homem, nada, nem ninguém, pode destruir.
Em S. Pedro todos conhecemos o "Sr. João".

Em devido tempo, houve quem quisesse ajudá-lo. Ele, e esse era um direito seu, recusou. Quis viver a vida ao seu jeito e à sua maneira.
Mas, agora, "O Sr. João" está num beco sem saída. 

Alguém terá de fazer mesmo alguma coisa. Mesmo que isso vá contra a sua vontade. Não sei é se isso será possível. 
"Porque do que ele precisa mesmo é que a sociedade por onde se arrasta e deambula olhe para ele de frente e lhe garanta na precária vida que lhe resta a dignidade humana que merece."
O "Sr. João", que eu conheço há várias décadas, é de carne e osso, existe mesmo.
Do que dele conheço, sei que a rebeldia, a independência e a  dignidade, fizeram sempre parte da sua vida.
Tal como quase todos nós, porém, não conseguiu mudar o mundo.
Porém, a seu favor, posso garantir que foi um canalha a menos com me cruzei nesta vida difícil.

A dele. E a minha. 

Nota: o texto acima sobre "O Sr. João", foi inspirado numa crónica de João Pita, que pode ser lida clicando aqui.

Nubidades do láre: "é obra"...

A tragédia grega



"Depois de se “queimar” a economia grega queimou-se agora uma parcela da esperança…é a tragédia Grega, parafraseando a cantora Maria Bethânia (…) Ali onde eu chorei qualquer um chorava (…) levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima (…)."
Isabel Maranha Cardoso

O ponto da situação é mais ou menos este ...

Doidos varridos...
"Ora, então, parece que a esquerda tem negócios de direita e a direita tem profissões de esquerda (Estado). Nos seus discursos, a esquerda quer derrubar os negócios da direita, e a direita quer derrubar o Estado. Concluindo, ou são todos suicidas ou todos anarquistas. Eu inclino-me para que sejam todos doidos (consanguinidade)."

Nobidades do láre: engenharia financeira...

Como se pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, a "autarquia figueirense vai aliviar o peso da dívida do município através de uma operação financeira"...
Tal consiste no seguinte: "a Câmara da Figueira da Foz vai antecipar o pagamento de 14,5 milhões de euros, o que resta pagar do empréstimo de 31 milhões de euros, contraído em 2011 para suportar o Plano de Saneamento Financeiro (PSF), entretanto suspenso. A antecipação será feita com recurso a um empréstimo, de valor igual ao remanescente da dívida. Com aquela solução, o município alivia o peso da despesa da dívida, que actualmente representa 8,6 por cento das receitas totais da autarquia."
Com o empréstimo, segundo os cálculos do executivo camarário socialista, "entre 2019 e 2021, os encargos serão de quatro por cento da receita, valor que se reduz, em 2022, para os 2,95 por cento." O esforço financeiro da autarquia figueirense, a partir daí será ainda menor: "de 2,3 por cento, de 2023 a 2032."
Para liquidar os 14,5 milhões do PSF, repartidos por três bancos, restavam quatro anos.
O futuro empréstimo, daquele valor, por sua vez, terá um prazo de amortização de 14 anos.
Prolonga-se a dívida no tempo, que o mesmo é dizer, empurra-se com a barriga.
Com esta  operação financeira libertam-se "cerca de dois milhões de euros por ano para investimento público, «almofada» financeira conseguida através de juros e spread mais baixos."

No fundo, com esta reestruturação da dívida, a gestão camarária desta maioria absoluta socialista, vai ao banco para tentar, via máquina de agitação e propaganda, ganhar votos...

terça-feira, 31 de julho de 2018

Mais futebol...

A Figueira é um palco onde alguns se conseguem movimentar...

Imagem sacada daqui.

Não se excitem, mas façam o favor de ser felizes...




Hoje, ao que dizem, é o dia do orgasmo. Se pensa que a espécie humana é infinitamente criativa no que toca às artes do sexo e do orgasmo, é porque desconhece a maluquice erótica do mundo natural, bem como as proporções dos seus feitos (e feitios). AS BALEIAS-AZUIS macho, por exemplo, apaixonam-se com um coração de 600 quilos – é muito amor – e praticam essa paixão com um pénis que pode chegar aos 2,5 metros de comprimento. Em repouso.

A reunião de câmara de ontem nas BEIRAS e no DIÁRIO DE COIMBRA



Tal como Daniel Santos, sou do tempo em que não havia internet e em que as crianças eram incríveis.... Repetiam, palavra por palavra, aquilo que os adultos não deveriam ter dito à sua frente...

O VALOR DA PALAVRA, via Daniel Santos
"Ainda não passaram quinze anos desde o tempo em que o que se dizia na política quase não deixava rasto, perdidas que ficavam as afirmações nos arquivos dos jornais ou dos registos que raramente alguém se dava ao trabalho de consultar.
Hoje, as coisas não funcionam assim. A informação sobre o passado encontra-se à distância de um clique ou, melhor dizendo, de uma busca na internet que, ás vezes até surge sob os nossos olhos na sequência da procura de outra indagação qualquer.
Vem isto a propósito de uma informação patente na comunicação social em janeiro de 2009 de que o então governador civil se mostrava indignado pelo facto de o presidente da Câmara Municipal de Coimbra ter manifestado o receio de que a suspensão temporária da circulação ferroviária entre a Figueira da Foz e a Pampilhosa, signifique o seu encerramento definitivo, jurando a pés juntos que a circulação foi suspensa porque "o troço vai ser sujeito a obras de requalificação".
No ano seguinte, a REFER dizia à Câmara da Figueira da Foz que o ramal seria reactivado em 2011 e, logo em 2013, dava início ao desmantelamento dos carris! Em 2016 os 19 Municípios da CIM Região de Coimbra manifestam-se solidários pela reactivação do Ramal Figueira da Foz/Pampilhosa e… já lá vão dois anos! Ou, melhor, já lá vão…nove anos de palavras!"

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Finalmente, chegou ao fim a reunião camarária de hoje...

Foi longa?
Foi monótona?
Sem vida?..
Nem tudo foi bom, mas algo de positivo aconteceu... 
Todavia, acabo de assistir a um lamentável falta de sentido de estado da maioria absoluta! 
"Manifesto do pinheirinho"!..
Que linguagem é essa para se dirigir à oposição Senhor Presidente?
Viva a internet!..