sábado, 28 de julho de 2018

Nobidades do láre... (17)

Nem só de sol e de calor vive um paraíso turístico...

«Apesar do sol e do calor, em junho e julho, terem ido passar férias noutras latitudes da Europa, os turistas não se esqueceram da Figueira da Foz. Segundo avançou ao DIÁRIO AS BEIRAS o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para a área do turismo, Jorge Simões, naquele período, a procura turística esteve “estabilizada, em comparação com 2017, o que acabou por ser positivo”.

Jorge Simões fez questão de realçar que a Sociedade Figueira Praia (SFP), detentora da licença de jogo do Casino Figueira, está a contribuir para a oferta turística da cidade. “Não só o show [“Rouge”] voltou, de quinta-feira a domingo, que é muito importante para os turistas, assim como abriu o Palácio Soto Maior a visitas”, destacou. E rematou: “Estes dois produtos turísticos estão, claramente, a contribuir para que quem nos visita possa ter mais duas importantes experiências”.» 

Via as beiras

Isto cá pelo município está muito pior do que mostra a propaganda

"Negar as evidências", é uma crónica de  João Vaz, consultor de ambiente, publicada na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.
Passo a citar:
"Esperamos das entidades públicas um dever de respeito pela verdade. O mínimo que se pode pedir à Câmara Municipal, quando confrontada com situações de poluição e insalubridade, é que tenha uma postura séria. Ora, após as imagens colhidas, na praia da Figueira, por Pedro Silva, onde se viam copos de plástico e muito lixo do festival RFM Somnii Sunset, o chefe de gabinete do presidente João Ataíde afirma que as imagens são “falsas”. Sendo o Pedro Silva uma pessoa conhecida e respeitada na cidade, ficamos com a ideia que o chefe de gabinete é quem está a “mentir”. E tal atitude é inaceitável, vinda de quem tem a responsabilidade de “filtrar” a informação que chega ao presidente da câmara. Deveria ser demitido. Igualmente criticável é atitude da Câmara Municipal. Negam-se as evidências, mas assumindo-se implicitamente o falhanço do sistema: “Como sabem, as praias da Figueira da Foz são muito ventosas e existe lixo que se encontra enterrado que surge à superfície, constantemente. A intervenção é diária, mas não se consegue fazer tudo de uma só vez”. Isto é, como não fizeram nada para evitar que os copos de plástico sejam descartados (e há alternativas em vigor há décadas no resto da Europa, sistema de tara e devolução com reembolso), então há que limpar, com custos directos e indirectos, que todos pagamos. Os decisores locais não dão sinais de terem compreendido a gravidade do problema dos plásticos nos oceanos, apesar de todas as imagens e notícias que informam sobre o assunto."


Nota de rodapé:
Resumindo: isto, cá pela Figueira, está muito pior do que diz a propaganda.
Desgraçadamente, porém, o medo e a autocensura de costumes impôs a fantasia, transformando a credulidade numa espécie de código obrigatório: não perguntes, não queiras saber, não coloques questões.
Também, neste caso não foi apenas a mensagem que foi julgada, foi também o mensageiro.

É isto a Figueira política em finais de julho de 2018, 44 anos passados depois do 25 de Abril de 1974.
Em 1969 não havia liberdade. Mas em 2018 não há muito mais. Claro que as eleições são sempre importantes.
No antigo regime já se sabia isso (e por isso se promoviam aquelas ficções). Acontece que as eleições, por exemplo de 2017, não foram feitas em plena liberdade.
A seguir ao 25 de Abril de 1974 não passámos a viver em Liberdade. Essa foi a data que em que nos permitiram a Liberdade.
O que é muito diferente.
No tempo que passa, a Figueira mostra a realidade da situação e o fetiche português, o feitiço do salazarismo e do provincianismo, usado à má-fila pelos profissionais da máquina de agitação e propaganda do PS, alimentada e paga com o nosso dinheiro, por quem é dono do poder político, na outrora Rainha das Praias de Portugal - a Praia da Claridade -, agora transformada na praia da calamidade.
 
Se ainda não estão habituados, vão habituando os olhos. 
E não adianta esfregar.

De levantar a alma... Uma coisa única. Extraordinária. Bom sábado


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Os melhores são os que conseguem colocar uma lança no campo do "adversário"?..

Foto sacada daqui
"A história é simples, Ricardo Robles, vereador eleito nas listas do B.E. nas últimas autárquicas, adquiriu um prédio degradado em Alfama à Segurança Social, por 347 mil Euros, financiado com crédito no Montepio Geral e Caixa Geral de Depósitos, e valorizado após restauro em 5,7 milhões de Euros, avaliação efectuada por uma imobiliária especializada na venda de imóveis de luxo, a quem o vereador terá solicitado os serviços, quando decidiu colocar o imóvel à venda."

Tal como não consigo entender que uma mulher se dedique a ser acompanhante de luxo, não consigo entender a hipocrisia política e a especulação imobiliária.
Um coisa e outra, constituem um eufemismo asqueroso.

Considero, porém, que ser acompanhante de luxo, ou especulador imobiliário são profissões soberbas.
Fazem o que gostam, ganham milhões e podem escolher os clientes.

Não há nisto eufemismo nem hipocrisia: as coisas são o que são.
Num caso e noutro, um bom serviço tem o retorno merecido.
Só que a acompanhante de luxo não se pode apaixonar pelo cliente.
E o especulador imobiliário não poder ser um político que se tenha afirmado contra a especulação imobiliária nos centros históricos...

 
Bem vistas as coisas, a acompanhante de luxo podia ser psicóloga.
E o especulador imobiliário podia ser um político do PSD...

"Atenção aos cavadores!.."

Foto Jorge Dias
Sou favorável à existência do monumento de homenagem aos Cavadores.
Porém, perante o que a fotografia mostra, não será de questionar a sua implantação naquela Rotunda?..

Primeiro-ministro fez revelações inéditas no talk-show 5 Para a Meia Noite, na RTP...

Nobidades do láre (16)...

Praia da Claridade continua a reinar na região Centro
Publicidade institucional. Via AS BEIRAS. Para ler melhor clicar na imagem.

Bloco de Esquerda quer investimento no Serviço Nacional de Saúde próximo dos 6% do PIB

Vídeo sacado daqui.

Nesta cidade nada, mas mesmo nada, já me espanta...

"A concessionária Águas da Figueira, em articulação com a Câmara da Figueira da Foz, instalou 14 novos bebedouros públicos na cidade, quatro deles refrigerados, os primeiros do concelho. A primeira fase abrangeu a cidade, mas a medida também será aplicada nas freguesias, em locais a determinar pelos executivos das respectivas juntas. A água fresca brota nos bebedouros instalados juntos às estações elevatórias da praça da Europa e avenida do Brasil (Buarcos), Torre do Relógio e Tamargueira (Buarcos). Aqueles equipamentos só podem ser instalados em zonas com pontos de electricidade próximos. Os bebedouros preexistentes àquela empreitada mantêm-se.

Entretanto, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o director geral da Águas da Figueira, João Damasceno, assinalou que, no que vai do verão, foi fornecida menos água para a rede, em comparação com 2017. “Houve uma quebra brutal em junho e julho, devido a uma quebra brutal da rega dos espaços públicos do município, à chuva, ao frio e às obras”, sustentou."

Realmente, merece uma visita demorada, pormenorizada e interessada...

Via AS BEIRAS

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Onde está o balneário para a Praia do Cabedelo? 2,64M€ + IVA vai ser quanto custa a intervenção... Tanto dinheiro e não há verba para o essencial?


"Infraestruturar é o grande objectivo da intervenção que vai arrancar em setembro, no Cabedelo, naquele que será um «primeiro passo para a requalificação plena para que seja um espaço de excelência para surfistas e veraneantes».
Palavras do presidente da Câmara Municipal aquando da assinatura do contrato para a realização da empreitada denominada “Requalificação Urbana do Cabedelo”, que foi entregue à construtora Luís Frazão.
Esta primeira intervenção está focalizada em novas acessibilidades, estacionamento organizado e no reenquadramento paisagístico da praça junto à praia, bem como um parque infantil a ser instalado no lado do Cabedelinho. Um projecto que resulta da «concertação com a Administração do Porto da Figueira da Foz, que está em consonância com o Plano de Ordenamento Costeiro e o Plano Praia, que teve que ser compatibilizado com as instalações já existentes e que não põe em causa a prática do surf», sublinha João Ataíde. Aliás, «manter o que de Obras no Cabedelo arrancam em setembro Ordenar e requalificar para potenciar a utilização pública e o surf bom lá existe, proteger a duna, requalificar o degradado e reorganizar» para potenciar o local são os objectivos, realça.
A segunda intervenção já será relacionada com o «reforço da linha do mar».
O presidente refere que, nesta primeira fase de obra, o parque de campismo (em espaço tutelado pela APFF) «mantém-se, com concessão a título precário, mas na fase seguinte sai». Para João Ataíde «não faz sentido que se mantenha ali porque são espaços nobres para alocar um parque de campismo».
Questionado sobre uma futura exploração hoteleira, o edil considera que «o espaço pode ter esse potencial, na zona onde estava o armazém da Foz Nave. Podemos ali capitalizar», disse.
Quanto a esta obra, financiada ao abrigo do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), vai levar ao reforço da duna, a estrada vai passar mais para o interior, com nova rotunda de acesso (a seguir ao novo armazém da Litofish). O estacionamento fica ordenado e vai ser criada uma nova Praça, junto à qual vão estar os bares e a Associação de Surf. «Para que os automóveis não dominem espaços de excelência e a frente marítima fique para a utilização pública», salientou-se na apresentação da intervenção, que esteve a cargo do Director de Departamento Obras Municipais. António Albuquerque adiantou ainda que existe a possibilidade de redefinição da proposta da praça e, consequentemente, da duna. «Existe um levantamento topográfico de 1964, mas há testemunhos de quem lá trabalha de fundo rochoso relacionado com a raiz do molhe e isso tem que ser explorado por nós em início de obra, para a partir daí construir a nossa solução. A praça poderá ter que ter a expressão desse molhe e ser cortada minimamente e ser aí duna», explicou António Albuquerque.
Também a zona do Cabedelinho, praia vocacionada para famílias com crianças, será requalificada com mancha arbórea e um grande parque infantil."
Via A VOZ DA FIGUEIRA

“Uma discriminação positiva”?..

"A Câmara da Figueira da Foz atribuiu, este ano, apoios de 44200 euros às nove filarmónicas do concelho no activo, numa cerimónia realizada, ontem, no salão nobre da autarquia.
No total, existem no concelho 445 músicos ao serviço das filarmónicas e 215 alunos frequentam as aulas por elas ministradas. O presidente da câmara, João Ataíde, frisou que a Figueira da Foz é o concelho do distrito de Coimbra com mais bandas. Já foram 10, mas, entretanto, a Dez de Agosto foi desativada. Neste momento, continuam no activo e fi armónicas nas freguesias de Alhadas, Alqueidão, Lavos (Carvalhais), Buarcos e São Julião (Filarmónica Figueirense), Ferreira-aNova (Santana), Quiaios, Maiorca, Vila Verde (Lares) e Paião. João Ataíde realçou que as bandas são uma tradição no concelho com mais de um século, algumas delas aproximando-se do bicentenário.
A atribuição dos cerca de 44 mil euros representa, ainda, “uma discriminação positiva” por parte da autarquia, tendo como beneficiário as nove bandas filarmónicas que têm formado várias gerações de músicos figueirenses. A verba está inscrita no Orçamento da Câmara da Figueira da Foz de 2018. "
Via AS BEIRAS
Nota de Rodapé.

 "Gliding Barnacles, edição 2017: orçamento deste ano rondou os 60 mil euros, dos quais 15 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, que ainda disponibilizou apoio logístico".


A quanto obrigam, ó céus...!,  as fidelidades partidárias e o medo de ser discriminado...
Parabéns, pois, aos dirigentes associativos submissos...

Todos gostamos de ser vistos...

"O exercício da escrita é uma rotina de reflexão, ainda que breve, sobre as coisas da Figueira da Foz, do país e do mundo são, creio eu, hábito salutar. Também é certo que, num jornal, há que conter os exageros de linguagem e, por isso, o exercício da escrita é também uma forma de sublimação das pulsões opinativas mais radicais. Aqui e além, ainda assim, terei acabado por cair nalgum excesso que, visto agora, seria de evitar. Ao longo deste ano que, como sói dizer-se, passou num instante, procurei ir argumentando, como fui podendo, em favor das coisas em que (ainda) acredito: a moderação política, o repúdio pelos extremismos, a lisura na condução dos negócios, muito em especial dos negócios públicos, a importância de finanças públicas sãs e, num plano outro, a preservação do modo de vida ocidental e a tentativa de aprender com as lições da história."
Nota de rodapé.
Acabei de citar José Fernando Correia, economista. A crónica completa pode ser lida clicando aqui.
Fica, também, nesta outra margem devidamente registado "um ano de escrita", no jornal AS BEIRAS, do antigo assessor de João Ataíde.
José Fernandes Correia é igual a todos nós.
Todos gostamos de ser olhados. 

E, também como para todos, alguma provocação é sempre bem vinda.
Funciona como um elogio e enche-nos o ego de uma forma que se torna deliciosamente deliciosa!
Fica o apelo para que o Diário As Beiras não dispense a sua colaboração, até porque este cronista é mais um dos que não sai da “linha”

Citando Sigmund Freud: "podemo-nos defender de um ataque, mas somos indefesos perante um elogio."

Bom dia: hoje os horizontes estão largos...


Está no jornal que foi encontrada água em estado líquido em Marte
Será que o trambolho da Nestlé ainda não disse nada?...

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Observador, ou mirone?..

Via Observador
FOTO PAULO NOVAIS/LUSA

«Vida sexual de nudistas ameaça afastar vida selvagem...
"As dunas também poderiam ser danificadas" pela "actividade subsidiária", adiantou a agência ao The Guardian
Mas o que é que a Praia da Figueira tem a ver com isto?
Ainda se fosse a praia do Orbitur!..

Na Figueira, vivemos numa sociedade do desperdício dos recursos públicos. O efémero é a regra... Entretanto, gastaram-se 97 500 Euros!..

"Lembram-se da campanha de turismo “Figueira já não é só da Foz” lançada pelo Município?
Passado pouco mais de um ano, esta grande campanha turística parece ter sido definitivamente esquecida.

Hoje, no momento em que escrevo, o domínio figueira.com.pt está expirado, e em consequência o site offline.
Resta pois deixar sinceros parabéns pela forma rigorosa como andam a gastar o nosso dinheiro."
Acabei de citar Mauro Correia.

Entretanto, há, aqui bem perto, quem não brinque em serviço.
Aprendam...

Até no jornalismo, a miséria nunca vai acabar, porque dá lucro...