terça-feira, 22 de maio de 2018

No dia em António Arnaut foi a enterrar


"Sobre as qualidades pessoais de António Arnaut muitos têm falado, mesmo aqueles que, no fundo, no fundo, não apreciavam o político, gostando ou não do homem, se é que é possível distinguir aquilo que somos daquilo que fazemos ou que fizemos.
António Arnaut está ligado (indissoluvelmente, claro) à criação do Serviço Nacional de Saúde. Se aquele é pai deste, o avô será o 25 de Abril, esse dia aparentado com o Robin dos Bosques, não tanto contra os ricos, mas a favor dos pobres. É verdade que as democracias nem sempre acertam, mas as ditaduras nunca falham. Por isso, antes um Serviço Nacional de Saúde com deficiências a um abandono dos desfavorecidos à sua sorte, ou seja, ao seu azar.
O caminho em direcção à memória que aponto no título serve para que não nos esqueçamos de que houve, na altura, muitos deputados que votaram contra a criação do Serviço Nacional de Saúde. Desde então, esses partidos, a que o PS se foi aliando, têm prosseguido um trabalho de destruição coerente com o voto inicial, como, aliás, continuam a destruir tudo o que possa cheirar a Estado Social (Pedro Mota Soares, então ministro – sem rir, agora – da Solidariedade Social, chegou a criticar as famílias – famílias! –  que recebiam cerca de 950 € de ajudas do Estado).  Essa destruição passa, até, pela substituição de palavras, como demonstrou o Bruno Santos.
Se, neste momento, lamentamos o falecimento do pai do SNS, a verdade é que há muita gente a querer matar o filho, o que é, também, uma traição ao país, ou seja, aos cidadãos."
Via Aventar

Morreu Júlio Pomar

A “Aldeia do Mar”, uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, publicada hoje no jornal AS BEIRAS

"O Mar, o maior recurso do País e da cidade! Este definiu parte da vocação económica da nossa cidade. Hoje já grande parte dos autarcas, felizmente, tem uma maior consciência da necessidade da dinamização económica das vilas e cidades e duma estruturação adequada do seu tecido económico. Adequada quero dizer adaptada às condições naturais e populacionais dos seus territórios, pois “ricos” não são apenas os que tem recursos naturais, mas sim os que os sabem explorar.

Digo isto pelas notícias que vieram a público sobre os Estaleiros Navais da Figueira. A sua periclitante e preocupante situação financeira e o problema de centenas de trabalhadores, que devia ter dado azo a uma afirmação mais assertiva do Município ao DB e não de “meias tintas” pela relevância que o sector tem para a Figueira…

Afinal os Autarcas eleitos afirmavam defender a economia do mar! A “Aldeia do Mar”, nome escolhido para expressar esse desígnio, nome pouco feliz até concordo…, mas, referia-se a um conceito alargado, válido, actual e pertinente.

Defendia-se um município “facilitador” da localização económica ligada ao mar, concertador entre os detentores públicos e privados dos espaços da margem sul para viabilizar as intervenções de requalificação, simultaneamente promotor dum ambiente de economia do mar em todas as suas vertentes propício a atrair estruturas científicas e tecnológica, ligadas à I&DT do mar… Era a especialização territorial que não se verificando faz com que os concelhos tendam naturalmente a definhar…" 

Via AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Tal como a Dona Isabel Maranha Cardoso, também não me canso de elogiar esta Aldeia, mas penso que os os figueirenses, a acreditar nas sucessivas maiorias alcançadas nos três últimos actos eleitorais autárquicos, não deixarão de estar de acordo!..
Para mim, tem sido um autêntico bálsamo deambular por aqui. Da margem
norte à margem sul: esta outra margem.

Aqui, as preocupações desaparecem e só há lugar para o encantamento que surge a cada dobrar de esquina desta Aldeia, que dá pelo nome de Figueira da Foz...
Porém, temos de entender o seguinte: a Aldeia é uma coisa. O mar é outra. Daí, ser normal, não termos ainda a certeza do que é (ou foi, ou ainda será...) a Aldeia do Mar.

O mar, porém, sabemos bem o que é...
Olhar o mar, aliás,  é uma atitude que faz parte da essência das gentes do mar!
Para nós, Aldeões,  a essência  continua a estar no mar...
Quase tudo se vê ao olhá-lo. Mesmo que esteja longe ou o tempo enevoado.
É um saber ancestral de experiências feito.
Quem percorrer a beira mar do nosso concelho, da Praia de Quiaios à Leirosa, pode verificá-lo, se estiver com atenção às conversas dos velhos "lobos do mar" que, agora, apenas o olham!..

A comer é que agente se entende...

"Até ao final do mês, a CIM Região de Coimbra tem de apresentar o dossier de candidatura ao Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Artes e Turismo (IGCAT), que ontem esteve representado na sessão de assinatura do protocolo pela presidente Diane Dodd.
A aceitação da candidatura (ou não) será anunciada entre outubro e novembro, em Bruxelas, durante a Semana Europeia das Cidades e Regiões, depois de realizadas as peritagens exigidas pelo IGCAT às iniciativas que vão ser apresentadas.
“Achamos que temos condições para responder a este desafio. A região, pelas suas condições e caraterísticas, responde a vários níveis”, disse o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, João Ataíde, na sessão de assinatura, que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.
O autarca da Figueira da Foz reiterou que a região tem “caraterísticas muito próprias para este desafio” devido à sua diversidade, que percorre o litoral ao interior, destacando o peixe, ao cabrito, passando pela chanfana e lampantana e doces conventuais.
“Somos uma região que organiza muitos festivais à volta da gastronomia e saúde, com uma tradição e uma cultura muito arreigada aos costumes das suas terras”, frisou João Ataíde."

Via Notícias de Coimbra

Da série, num país de verdadeiros artistas...

"CASTELO BRANCO
Câmara adjudicou mais de uma dúzia de contratos a empresas da família do seu presidente
Não me apercebi”, foi um “lapso evidente e ostensivo”, diz o autarca para explicar o facto de assinar um contrato com o próprio pai. Ilegalidades podem originar perda de mandato.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, assinou, em nome da autarquia, pelo menos dois contratos com o próprio pai, sócio de uma empresa de estruturas de alumínio. A firma, de que são igualmente sócios o pai e um tio da mulher do autarca, a deputada socialista Hortense Martins, foi contratada por aquele município pelo menos sete vezes, sempre por ajuste directo.

Para lá destas adjudicações, o município - de que Luís Correia foi vereador a tempo inteiro entre 1997 e 2013, ano em que sucedeu na presidência ao também socialista Joaquim Morão - celebrou numerosos contratos com outras empresas às quais o autarca, o pai e as irmãs se encontram directa ou indirectamente ligados.

Acontece que a lei impede os titulares de cargos políticos de intervir, seja de que forma for, em contratos em que os próprios, ou os familiares mais chegados, tenham interesse.  A violação desta norma obriga até o Ministério Público a propor aos tribunais administrativos a perda de mandato dos infractores.

Por outro lado, todas as entidades públicas estão impedidas de contratar empresas cujo capital seja detido em mais de 10% por titulares de cargos políticos ou altos cargos públicos, ou pelos seus cônjuges, ascendentes e descendentes. O incumprimento deste preceito determina a nulidade dos contratos celebrados, conforme o Tribunal de Contas confirmou recentemente."

Via jornal Publico

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Entre os Ventos e as Marés, com Pedro Agostinho Cruz...

Desafiado, na passada quinta-feira, em directo na Foz do Mondego Rádio, o Pedro embarcou na vertigem da viagem sem medo nem espanto. 
Falámos sobre o seu percurso, a fotografia, as referências, o futuro, a sua aldeia, a cidade, etc.
Falámos de nós. Da realidade. Sobretudo, da vida. 
Não teve qualquer problema em arriscar, sabendo que na vida não há um mínimo de segurança.
O Pedro foi igual a si próprio.
Olhou de frente e com liberdade o desafio. 
Rejeitou a moral óbvia. 
Não teve problema em assumir a solidão numa cidade envolta pelo nevoeiro.
Ouçam. Simplesmente, porque vale a pena.



Nota de rodapé.
Esta primeira série  de Entre os Ventos e as Marés terminou com a entrevista a Pedro Agostinho Cruz.
Fica o acesso a mais duas entrevistas, que fazem parte desta fase do programa.
A saber: as conversas com Sónia Pinto (e Aldina Matias) e a Liga dos Amigos do HDFF.

António Arnaut (1936-2018)


O antigo ministro dos Assuntos Sociais, fundador do SNS e cofundador do PS, morreu em Coimbra, aos 82 anos.

"Posto de combustíveis da BP deverá mudar-se para uma rodovia urbana"... Será desta?

FOTO DB/JOT’ALVES
"As bombas de gasolina da BP, instaladas há várias décadas na principal entrada da cidade da Figueira da Foz, deverão ser deslocalizadas, no próximo ano, para junto de uma rodovia urbana. Neste momento, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, decorrem negociações entre a multinacional e o proprietário do terreno. Entretanto, a autarquia renovou a concessão, por mais um ano.

A área onde ainda funciona o posto de combustíveis, junto a uma rotunda com forte carga de tráfego, será adquirida pela câmara, para ser destinado, depois de um arranjo urbanístico, a usufruto público. As negociações entre a BP e a edilidade estão no bom caminho. A autarquia, de resto, já mandou fazer uma avaliação do terreno, que ainda não foi concluída."

A propósito da vida e dos sonhos...

É o sofrimento que determina a vida. 
Isto, a propósito de muito fado.


É o sofrimento que define a vida. 
Isto, a propósito da poesia.
Cito Ary dos Santos.
"É por dentro de um homem que se ouve 
o tom mais alto que tiver a vida 
a glória de cantar que tudo move 
a força de viver enraivecida." 

É o sofrimento que define a vida. 
Isto, a propósito da política. 
O lado sofrido, é o referencial que me tem ajudado a "fazer contas à vida"
Isto a propósito da vida.

Sonhos, são outra coisa.
Citando Halldór Laxness:
"O mais extraordinário acerca dos sonhos do homem é que todos se realizam; sempre assim foi, ainda que as pessoas não o queiram admitir. E uma peculiaridade do comportamento do homem é que ele não fica nada surpreendido quando os seus sonhos se realizam; é como se sempre estivesse à espera de tal coisa. A determinação e o destino são irmãos, e ambos repousam no mesmo coração."

A imagem de Portugal

Via Aventar

PAC expõe na Bernardino Machado

domingo, 20 de maio de 2018

We'll always have Cabedelo!..

foto António Agostinho
Hoje, domingo, cerca das 10 e meia chego ao Cabedelo...
Aquilo a que chamam um parque de estacionamento, frente ao mar, que não passa de um monte de terra, que nem batida está, encontra-se repleto de carros anarquicamente estacionados.
Ao contrário do habitual, hoje levei o automóvel.

Tive de dar meia volta e ir estacionar mais para norte.
Chego a pensar que se tivesse ficado pela praia da Cova, ou pela praia do Hospital, tinha lá bons parques de estacionamento, bem alcatroados e bem delimitados com tinta branca.
Durou, porém, pouco o meu desagrado...
É verdade que teria o estacionamento mais facilitado se tivesse ficado pela Cova ou pelo Hospital...
E muito bem... 

Tem de existir alguma compensação, para quem fica pela Cova ou pelo Hospital...

Bom domingo, figueirenses...


sábado, 19 de maio de 2018

Finalmente, uma boa notícia...

Portanto: o Bas Dost é que não os queria ouvir... "Se a coisa correu mal, a culpa foi do Bas Dost, que não soube dialogar. Ou não quis ouvir. Ninguém lhe mandou ser arruaceiro..."

Segundo o advogado de alguns dos delinquentes que invadiram e vandalizaram a Academia de Alcochete, processo durante o qual tiveram ainda a oportunidade de agredir uns quantos jogadores e elementos da equipa técnica, o grupo de caras tapadas “só queria conversar”. Portanto, daqui para a frente, quando quiserem fazer uma espera e partir uma cabeças, lembrem-se do argumento. Vocês só queriam conversar. Se depois alguém sacar o cinto das calças para fazer mais pontos na cabeça do Dost do que o Benfica na última edição da Champions, é porque a conversa tomou um rumo que não devia. Mas eles só queriam conversar. Daí entrarem na academia sem serem convidados, de cara tapada como qualquer pessoa bem intencionada que aparece em casa do amigo sem avisar. 

Via Aventar

Obrigado Camané


A arte, a música, o amor, o som da beira mar, podem pôr-me em contacto com dimensões do pensamento que transcendem, no imediato, as questões de um quotidiano meramente funcional. 
Por exemplo, ontem à noite, com algumas centenas de espectadores, tive oportunidade de assistir a um memorável espectáculo de Camané no Cae da Figueira da Foz.
Memorável, por razões simples: vivi momentos de autenticidade, honestidade e verdade. 
Para a maioria, isso não será nada. 
Cada um é como é. 
Para mim, que procuro sobreviver, trilhando caminhos de viabilidade evolutiva, é tudo. 
Já falhei. Tornei a erguer-me.
Continuei.
Não me sirvo das pessoas.
Mas, sei os terrenos que piso... E sei que vivemos numa sociedade em que, se não estivermos atentos, o que mais há para aí é quem pretenda servir-se de nós...
Não vivo, contudo, formatado por uma moral definida. Sei que a sociedade é uma teia complexa e contraditória de hábitos obtusos que nos envolvem, que se não estivermos atentos podem condicionar-nos o movimento. 
Eu não vou por aí.
A escalada é difícil e íngreme, pois caminho para o alto da montanha.
O objectivo, é o sentido da liberdade. 

Ontem, foi uma noite de histórias e cantigas de amor.
O espectáculo valeu a pena. Cheguei a sentir-me no ambiente intimista de uma casa de fados. 
Camané, magistralmente acompanhado por José Manuel Neto à guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no contrabaixo, foi Camané no seu melhor. Ponto final.
A primeira metade do concerto foi exclusivamente dedicada a Alfredo  Marceneiro. “Bêbado pintor”, “Quadras soltas”, “Fado bailado”, “A Lucinda camareira”, “Mocita dos Caracóis”, “A casa da Mariquinhas” e mais alguns fados como  “Mais um fado no fado”, “Ele tinha uma amiga” e “Guerra das rosas”, foram temas aplaudidos com entusiasmo por uma plateia que encheu praticamente o Cae da Figueira da Foz na noite de ontem.
A segunda parte do concerto, com Camané a cantar Camané (onde apareceu em todo o seu esplendor a versatilidade da sua voz), de cujo reportório fazem parte  temas como “Abandono”, de David Mourão Ferreira e Alain Oulman, “Presságio” de Fernando Pessoa, “Emboscadas” de Sérgio Godinho ou “Lúbrica” de Cesário Verde,  sensibilizou o público, ao ponto de haver o silêncio que se exige para ouvir cantar o fado.
Foi uma noite que valeu a pena. “Sei de um rio”, “Fado Cravo”, “Saudades que trago comigo”, foram temas que empolgaram o público que retribuiu com diversas salvas de palmas, o espectáculo que Camané veio dar ontem à noite à Figueira da Foz.
Foi uma noite que valeu a pena...

O jeito que o futebol dá para entreter o pagode...

Governo aprova furo de petróleo em Aljezur e dispensa estudo de impacto ambiental.