sábado, 30 de setembro de 2017

Num país a sério a reflexão prescindia deste dia... Penso que nos estão a contar uma grande história...

Para ler melhor, clicar na imagem. Sacado daqui.

“-A minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual. Cada homem é uma raça, senhor polícia.” (Mia Couto)

Pequenas notas de um novato ingénuo...

Hoje, por aqui, vou limitar-me a reflectir com a serenidade necessária!.. 
É uma meta que ambiciono. É um estádio superior a que almejo chegar.
Para isso, até amanhã, vou precisar de tempo para me virar para dentro.

Como é evidente, amanhã, dia 1 de outubro, vou votar.  Como parte do coletivo que decide parte do futuro do concelho e da cidade, nunca poderia ter outra posição. 
A maneira como é governada a  Câmara Municipal, da Figueira e a Junta de Freguesia da minha Aldeia, influenciam a minha qualidade de vida. 
Por isso, como sempre, vou votar. 

Como é evidente,  não apoio nenhuma candidatura eleitoral e reprovo qualquer tentativa de aproveitamento, ou manipulação, daquilo que, ao longo dos anos, vou postando no OUTRA MARGEM.
No decorerr dos meus dias, vou-me cruzando com as coisas que acontecem na Aldeia, na Figueira, em Portugal e no Mundo.
E limito-me a ir deixando por aqui o respectivo registo. 
Nada, nestes encontros, fortuitos e casuais, autoriza qualquer interpretação de apoio específico.

No fundo, como novato que sou, escrevo sobre o Tempo... 
Como ingénuo que também sou, gosto de coisas simples, como passear nas ruas da minha Aldeia e da Figueira sem notar a agressividade que tem andado no ar.
A insatisfação e as carências,  a vários níveis, das pessoas torna-as agressivas.

Como vêem não  preciso de muito. Pouco mais que nada, apenas uns passeios pela beira mar... 
Importante, é poder continuar a  sorrir à beleza que me rodeia e descobri-la nas mais pequenas coisas!
Em verdade vos digo: é um privilégio descobrir a beleza!

Não se esqueçam: amanhã, vão votar! 
Nunca falhei uma eleição... 
E, reconheço, também já votei de forma errada!
Agora, uma coisa é certa: se os figueirenses têm a oportunidade de mudar e não mudam, depois  não têm de que se queixar!

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Autárquicas 2017 - a campanha na Figueira está a aquecer na ponta final

CNE manda CMFF retirar campanha ilegal de placards colocados na marginal...
"A falta de ética e de transparência durante a campanha politica por parte da candidatura do PS foi notória. Como exemplo, entre outros, no último debate promovido pela Associação Figueira Viva, realizado no CAE, foram distribuídos jornais de campanha junto do público que foi assistir ao evento. Mas já antes, a CMFF tinha colocado uma série de placards alusivos ao Geoparque a obra feita que não passa duma mera promessa. Denunciada a situação, a Comissão Nacional de Eleições tomou, no dia de hoje, decisão acerca desse facto e ordenou a retirada dessa publicidade indevida no prazo de 24 horas".
«Na decorrência dos deveres de neutralidade e imparcialidade previstos no artigo 41.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, nos termos do artigo 10.º, n.º 4, da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, conjugado com o Decreto n.º 15/2017, de 12 de maio, desde esta data, encontra-se proibida a publicidade institucional por parte dos órgãos do Estado e da Administração Pública de atos, programas, obras ou serviços, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, sendo
a violação dessa proibição sancionável por coima de € 15 000 a € 75000, eventualmente agravada no caso de reincidência, nos termos do artigo 12.º da mesma Lei.
Da análise da documentação remetida pelo Participante e Participado, verifica-se, por um lado, que a comunicação constante no site da Câmara Municipal da Figueira da Foz e remetida pelo Participante contém dados meramente informativos para a fruição do evento, como local, horário, custo da entrada, contactos para marcação de visitas de grupos e, por outro lado, que os outdoors não contêm esse tipo de dados meramente informativos, constituindo publicidade institucional
proibida no atual período eleitoral, pelo que, fazendo parte da
exposição, como alegado pelo Participado, poderão ser integrados no espaço da mesma, mas não disseminados como anúncios ao longo da cidade.
Assim, delibera-se, no exercício da competência conferida pelo artigo 5.º, n.º 1, alínea d), da Lei n.º 71/78, de 27 de dezembro, e no uso dos poderes consignados no artigo 7.º, n.º 1, da mesma Lei, notificar o Presidente da Câmara Municipal de Figueira da Foz para:
1. Promover, no prazo de 24 horas, a remoção dos doze outdoors que se encontram disseminados pela cidade relativos à exposição dos dinossauros, bem como de outra publicidade institucional que contenha conteúdos semelhantes, sob pena de incorrer na prática do crime de desobediência, previsto e punido pelo artigo 348.º do Código Penal;
2. Abster-se de, no futuro e até ao dia da eleição, realizar publicidade institucional, relativamente a quaisquer atos, programas, obras ou serviços, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, sob pena de ser instaurado processo de contraordenação, nos termos e para os efeitos do artigo 12.º da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho.
Da presente deliberação cabe recurso para o Tribunal Constitucional, a interpor no prazo de um dia, nos termos do artigo 102.º-B da Lei n.º28/82, de 15 de novembro.»

MURO DO CABEDELO: senhor candidato do PS - o senhor mentiu no debate ou passa-lhe tudo ao lado?

O recordar também faz parte da viagem...
João Ataíde, candidato pelo PS a presidente de câmara,  no debate entre os candidatos que decorreu no CAE: "no Cabedelo, nem muro, nem ripanço..."
para ver melhor clicar na imagem

Esta imagem, foi sacada do jornal de campanha do Partido Socialista -  Figueira O NOSSO COMPROMISSO - e está publicada na página 6.
Não é preciso ser muito arguto ou perspicaz para perceber que isto é um muro, que vai ficar na frente de mar do Cabedelo quando o projecto estiver concluído!.. 
Se não for assim, o que é que vemos? 
Eu vejo uma promessa quebrada pelo candidato a presidente João Ataíde.
Os nossos sentidos tendem a enganar-nos, se não fizermos um exame crítico. 
Não podemos aceitar, sem filtros, o que os outros nos apresentam como a verdade e que a realidade desmente. 
Para mim, não há verdades apriorísticas -  há a verdade.
Pelo exposto, no debate o candidato pelo PS às autárquicas 2017, das duas uma: ou, como político que é, mentiu.
Ou, então, o que ainda será pior e mais grave, passa-lhe tudo ao lado e não controla nada...

Neste momento, o primeiro sentimento que tenho ao ver o medo que me rodeia, é o de revolta. "É escusado, não posso ter outro partido senão o da liberdade"...

"Querem menos carros e mais bibcicletas no Cabedelo", dizem os políticos. Mas, colocaram a ciclovia a passar pela zona do Alqueidão!..

Imagem sacada saqui.
No Cabedelo, o contrato assinado permitirá proceder à requalificação da margem sul, “retirando carga automóvel das zonas mais próximas dos sistemas dunares e criando as condições para a afectação daquele território a actividades, estruturas e serviços relacionados com os desportos de onda e outros e ainda a construção de cais de acostagem para servir o trânsito regular de um barco que ligue as margens norte e sul figueirenses”.
"Querem menos carros e mais bibcicletas no Cabedelo", dizem os políticos.
Mas, conforme se pode facilmente verificar pela imagem acima, colocaram a ciclovia a passar pela zona do  Alqueidão!.. 
Por aqui se percebe que a travessia do Mondego, da margem norte para o Cabedelo, continua a ser o que sempre foi em épocas eleitorais: uma anedota (lembram-se do projecto de uma ponte pedonal na Foz do Mondego, apresentado pelo Partido Socialista, numa campanha eleitoral já lá vão uns anitos?..)
Contas feitas, o Teleférico não vai ficar só na gaveta... 
Recorde-se que a proposta do Teleférico foi apresentada pelo Arq. Miguel Figueira em 2010, tendo sido então elogiada pelo presidente Dr. João Ataíde.
Posteriormente, foi susbtituída pela possibilidade de uma ponte móvel, com custos proibitivos e difícil compatibilidade com a navegação e, depois, por um barco cuja não elegibilidade aos fundos comunitários terá deixado naufragar a ideia.
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo está a ser alvo de um atentado. Se nada mais conseguirmos, não podemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...

Juniores, Juvenis e Iniciados desistem dos Campeonatos Nacionais...

Houve um tempo para tudo... 
Ao que tudo indicia, até terá de haver um tempo para a extinção...
A perda, qualquer que ela seja, nada tem de belo e muito menos de digno! 
O fim é sempre deprimente... 
Citando Rogério Neves: "MORREU A NAVAL 1º DE MAIO."
Nos jornais que se publicam no nosso distrito, hoje, a Naval, pelas piores razões, é notícia de primeira página.
Segundo o jornal AS Beiras, «a direção da Naval 1.º de Maio decidiu acabar com as equipas de jovens que estavam a competir nos campeonatos nacionais. As formações de iniciados, juvenis e juniores  que competiam na 1.ª Divisão vão agora deixar de existir. Ontem à noite, e após uma convocatória realizada na véspera, elementos da direção da Naval 1.º de Maio, da Naval 1893, atletas e encarregados de educação participaram neste encontro onde foi dado a conhecer que, por vicissitudes várias e diversos problemas, nomeadamente financeiros, o futuro passava pela extinção das três equipas.» 
Ao mesmo jornal «Marco Figueiredo, da direção da Naval 1893, explicou que estes jovens – que competiam nas provas nacionais – foram convidados a integrar as equipas que competem no campeonato distrital da Associação de Futebol de Coimbra para, o mais rapidamente possível, conseguiram a subida aos nacionais.»
A competição distrital  tem início a 7 de outubro. 
Na sequência desta decisão, já este fim-de-semana, as três equipas não vão comparecer nos jogos que estavam previamente agendados. 

A lista castrada, que concorre à Assembleia Municipal!..

Na vida, por uma vez ou outra, todos passamos por situações constrangedoras de que nunca mais nos esqueceremos. 
Umas, vamos recordá-las com aquele gozo distante que o tempo proporciona.
De outras nem queremos ouvir falar, tal foi o incómodo que sentimos na altura!
É assim na vida. E é assim na política.
Esta lista,  faz lembrar aquela funcionária que quer fazer uma tatuagem com uma  borboleta, mas tem que fazê-la numa parte escondida do corpo, porque o patrão não gosta...
Como não consegui encontrar fotos, ficam os nomes... 

À espera do Bypass...

Via SOS Cabedelo

Espectáculo evocativo da música de Leonard Cohen

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Deixem-me continuar a sonhar a partir de 1 de outubro próximo...

Analisemos pela positiva: esta gente, especialmente o presidente da câmara, conforme o que também pode ser comprovado no video que pode ser visto clicando aqui, tem ultimamente feito milagres com a minha capacidade de sonhar...
Durante os últimos meses acenaram-nos com o eldorado.
A partir do dia 1 vamos acordar para a realidade pura e dura. 
Aquela que eles cuidadosa e meticulosamente foram criando para nós. 
A partir do dia 1 vou ser eu a exigir: basta de realidade, venham mais sonhos!

Devia haver eleições, pelo menos de seis em seis meses!..

Só passei por aqui para vos informar que, hoje, num restaurante do Bairro Novo, comi umas apetitosas pataniscas, acompanhadas de um arroz de tomate e de uma salada divinal.
Tudo devidamente regado por um tinto à maneira.
No meio do repasto, fui surpreendido pela simpatia da candidatura MUDAR JÁ, em especial pela minha Amiga virtual Paula Cavaco e pelo dr. Carlos Tenreiro, que me vieram cumprimentar de forma amistosa e efusiva...
Mas, voltando ao repasto...
Já não sei onde, li que comer gorduras era mau, mas, até hoje não deixei de comer. 
Também sei que fumar é mau e deixei de fumar. 
Já quanto ao beber: li que pode ser mau, mas não deixei de beber...
Por último, li que sexo era mau e, aí, não resisti: deixei de ler...

Há dias em que me basta o difuso...

A nitidez, ofusca e perturba.
Há dias em que precisamos de desligar.
Há dias em que o fazer de conta nos acalma.
Há dias que gosto de  pensar que comando a minha vida.
O poder precisa da burocracia, para permanecer difuso e longínquo. 
O cidadão normal raramente conhece os caminhos para a solução dos seus problemas. 
O poder é aquela entidade abstracta (apesar desta democracia; e também por causa dela...), que julgamos capaz de os resolver. 
E assim ele, este poder, permanece igual a si próprio - apesar dos debates em épocas específicas, normalmente no decorrer das campanhas eleitorais, e  das sucessivas eleições.

Hoje, é daqueles dias em que não me apetece ser preciso nem concrecto.

Fico-me pelo  fumado, que deixa o fundo em que nos movemos difuso, mas  giro.
Há dois sentimentos, contudo, que nos fazem sentir vivos, como João Villaret tão bem dizia ao declamar o "Amar ou odiar", de Fausto Guedes Teixeira.
"Amemos muito, como odiamos já: 
A verdade está sempre nos extremos, 
Porque é no sentimento que ela está."

Este, porém, para mim, é já o tempo de modorra, de descanso, de contemplação. 

A temperatura política na Figueira, muito alta e sensível à humidade, apela para que se faça nada! 
Por enquanto - e este por enquanto é até domingo - vou apreciar a  calma e a ausência de stress.
Estou tão tranquilo, que nem o facto de ontem à noite no debate, andar um assessor da câmara a distribuir o jornal da campanha do PS, no interior do CAE, me perturbou (oh Fernando Pata Cardoso, sabes que até me dou bem contigo, por isso fica o alerta: não vale tudo na vida, como na política. Eu sei que tu és ainda muito jovem e não podemos entender tudo de uma vez. Temos que ir por etapas, por camadas... E temos que deixar que os saberes se sedimentem, para podermos passar à fase seguinte. Não vale a pena queimar etapas... Não resulta! Saber e compreender demora anos! Mas, quem te avisa, teu amigo é...)
Entretanto, vou olhar, sorridente,  para as cartas que me venham a  couber em sorte para as partidas de sueca que vou jogar até ao próximo dia 1 de outubro!

Estamos em tempo de colheita. O semeado está pronto para a ceifa. 

Temos muito pouco tempo - dois dias  já é um tempo muito curto -  para se poder tirar produto novo e melhor desta  amaldiçoada terra figueirense. 
Por mim, neste momento, apenas tenho a dizer,  que gosto muito de todos. 
Abraços para quem é de abraços e abreijos para quem é de abreijos.
Depois do dia 1, a vida, por estas bandas, continua normalmente... 

A abstenção não coloca em causa a legitimidade dos eleitos....

Contudo, torna-os vulneráveis,  enfraquece a consistência social e política da sua representatividade e menoriza a democracia representativa.

Crónica publicada no jornal AS BEIRAS
"Nas vésperas das eleições autárquicas, impõem-se dois ou três apontamentos sobre o fenómeno da abstenção e da dimensão preocupante que ele tem vindo a assumir aqui na Figueira da Foz, em particular – e algo paradoxalmente – no espaço urbano. 
A primeira nota que cumpre fazer é que os cadernos eleitorais estão “inflacionados”
A fazer fé no Censos de 2011 e na estrutura da pirâmide etária nacional de 2015, haverá, aqui, qualquer coisa como 2000 a 2500 eleitores registados “a mais”. 
Se juntarmos a isso algum fenómeno migratório posterior a 2011, o número poderá ainda aumentar. Mas isso, como bem se compreende, só marginalmente explica abstenções que ultrapassam os 50%. 
Uma abstenção dessa ordem de grandeza suscita duas reflexões: a primeira é benigna. 
Consiste em dizer que os cidadãos pressentem que nada de verdadeiramente essencial está em jogo e que, seja qual for o resultado, o regular funcionamento das instituições e a dotação de bens e serviços públicos se manterá.
A segunda leitura é bem mais preocupante. 
É a que diz que os eleitores se desinteressaram totalmente da vida colectiva e deixaram de acreditar na possibilidade de, através das suas escolhas, melhorar os destinos da comunidade em que vivem. 
Um cenário que coloca em risco a continuidade da democracia, arrasa com os elementos identitários de qualquer espaço, diminui, em substância, a legitimidade dos eleitos e abre, no futuro, espaço para toda a espécie de populismo e demagogia . 
No domingo, vote!"