terça-feira, 15 de novembro de 2016

Como seria bom ter respeito pela memória!..

“A recente polémica figueirense a propósito da falta de rigor quanto à designação “Praia”/“Cais” da sardinha (ou a inexplicável falta de originalidade da instalação com que se pretendeu homenagear a comunidade piscatória) é reveladora do infelizmente tradicional despudor com que se altera e omite a memória, nossa, coletiva, identitária – Le Goff sugeriu que as memórias coletivas trazem consigo um espaço comum de encontro a determinado facto histórico, atribuindo-lhes um carácter simbólico. Ora, sem memória o futuro fica mais pobre.“
Nota de rodapé.
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida, como período do nosso passado, que é útil e bom recordar.
A imagem desta foto já desapareceu há anos. 
Pelos vistos, apenas sobrevive na memória de alguns.
O progresso levou este postal da nossa cidade.
Era tão bonita a baixa da Figueira da Foz.
É bom conhecer o passado, ter boa memória e não esquecer...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O que nos ensina a moral desta história? ...aquilo que já sabíamos: que os eruditos e intelectuais que passam pelo poder na Figueira, não nos ensinam nada...

Numa nota enviada ao Palhetas, o distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual, Sua Exa. o Dr. António Tavares, também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, tenta justificar o que não tem justificação: o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra.

«Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.
Numa exposição da administração do porto intitulada “Cais da Memória”, feita há muito pouco tempo no CAE, aparece uma fotografia com a designação “lota da sardinha” e assim está no site do porto. No catálogo de cartofilia editado pelo arquivo municipal, as imagens em apreço designam “Doca de pescado” (3 vezes), “Mercado de Peixe”, “Descarga de Sardinha”, “Desembarque de Sardinha” e “lota”. Nunca “Praia da Sardinha”
Em plantas, encontramos a designação de “doca de fundeadouro e descarga” (D.O.P do Mondego) ou ainda “Doca da Figueira” (Pereira da Silva). 
Da mesma forma, Salinas Calado, num artigo publicado no Álbum Figueirense, chama-lhe “Doca”, Raymundo Esteves refere “o mercado em frente ao cais” e Gaspar de Lemos no Almanach refere-se-lhe como “novo cais”

O que está escrito acima prova que aquele local nunca foi designado em lado nenhum por "CAIS DA SARDINHA", como Sua Exa. o Dr. António Tavares, distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual  e actual vice-presidente da câmara da Figueira da Foz, o queria erroneamente perpetuar para todo o sempre.
Aquilo que eu sei, por ser filho e neto de peixeiras, que compraram ali toneladas de pescado, é que aquele local foi - e vai continuar a ser - a "PRAIA DA SARDINHA".
Afirmo-o,  porque vivi essa verdade (e quero continuar a viver...) que é - e vai continua a ser - essa realidade.
Viver é, também, preservar os laços e memórias. A nossa teia de relações e recordações faz de nós o que somos. 
A tradição é isto: a transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas.
É assim que os dados transmitidos passam a fazer parte da cultura de um país, de uma região, de uma cidade, de uma vila ou de uma Aldeia.

Numa terra,  em que o poder executivo autárquico (do qual faz parte há sete anos, o erudito e intelectual reconhecido e premiado, Sua Exa. o dr. António Tavares!..), subsidia generosamente uma amostra de carnaval brasileiro, é fácil de constatar que a  falta de rigor,  é uma das mais velhas tradições da Figueira!
Mais: depois da passagem dos intelectuais que passaram pelo poder na Figueira, está provado que a  fidelidade representa para a vida afectiva o mesmo que a coerência  para a vida intelectual.

Isto é, a simples constatação de um logro!
Já agora, para terminar informo Sua Exa. o dr.  António Tavares, distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual  e actual vice-presidente da câmara da Figueira da Foz, que a "DOCA" ficava um pouco a montante da "PRAIA DA SARDINHA". 
Era aí que iam atracar as traineiras depois de descarregado o pescado...

Não podia deixar de destacar esta voz da lucidez, coisa rara na Figueira...


Por que é que acabou a filarmónica? 
A banda acabou porque, infelizmente, na SFDA não tivemos capacidade para ver para além do presente. Em finais dos anos 90 e inícios de 2000, não tivemos a capacidade de perceber que, se não investíssemos na formação e na profissionalização, estávamos condenados ao fracasso. 
Há possibilidades de ser reativada? 
Não digo que seja impossível. Neste momento, tendo em conta o panorama concelhio, a oferta e a dificuldade para se conseguir sustentar as nove filarmónicas, colocar mais uma no mercado, seria dar tiros nos pés. Para mim, a curto e médio prazo, não faz qualquer sentido reativá-la. 
- Via AS BEIRAS

Dar conta da miséria a que chegou o futebol sénior da Naval, é olhar para a "grandeza" da vaidade inútil e cretina que desgraçou este cantinho à beira mar plantado...

O encontro entre as formações da Naval e do Benfica de Castelo Branco, a contar para a 10.ª jornada da Série E do Campeonato de Portugal, agendado para as 15h00 de ontem no Municipal José Bento Pessoa na Figueira da Foz, não se realizou por decisão conjunta das três equipas. Hugo Pacheco, árbitro da Associação de Futebol do Porto nomeado para dirigir a partida, disse ao Diário de Coimbra que após ter verificado as condições do relvado considerou o mesmo «como impraticável e sem condições de defesa da integridade física dos atletas».

EXCLUSIVO OUTRA MARGEM: SE FOR À CASA DE BANHO DA SEGURANÇA SOCIAL, NA FIGUEIRA, NÃO SE ESQUEÇA DAS GALOCHAS...

Se precisar de se deslocar à Segurança Social na Figueira, sita Rua Dr. Santos Rocha, nºs. 107 a 109, e necessitar de utilizar a casa de banho, não se esqueça de levar galochas:  se alguém fizer uma descarga de água no 1º. andar, quem estiver na casa de banho do rés de chão, como a foto disso dá conta, fica com uma nascente de trampa a seus pés...

domingo, 13 de novembro de 2016

Trump

"Trump sem dúvida significa mudança, significa aprofundamento do retrocesso face a todos os progressos conseguidos desde a 2.ª Guerra Mundial. Trump adiciona ao poder de Wall Street novas e duras doses de violência, de autoritarismo e de ódio, e propõe-se utilizar instrumentos do Estado autoritário de que o poder da finança e dos negócios parece carecer para fazer face à "crise" incubada por esse mesmo poder."

Manuel Carvalho da Silva

Arte: já pensaram como seria insípida e estúpida a vida sem ela!..

Imagem sacada daqui

Para quem anda preocupado em entender-me...

...esclareço que só procuro conseguir passar os dias da melhor maneira que eu entendo.

“Quem tem medo que se cale
Quem tem coragem que cante
Que em terras de Portugal
Não há nada que me espante”

Bom Domingo.

sábado, 12 de novembro de 2016

MAIS UMA FOTO DO "CAIS", QUE NUNCA FOI "CAIS", MAS, SIM "PRAIA" QUE TEVE "UMA LOTA DE SARDINHA"!..

Como se pode ver pela foto - mais uma de Gilberto Branco Vasco - as traineiras fundeavam ao largo, frente à "PRAIA DA SARDINHA". 
Portanto, como se prova à saciedade, não havia "CAIS" nenhum naquele local.
A sardinha era transportada em cabazes, pelas bateiras e chalandras, para o areal da  "PRAIA" QUE, EM TEMPOS, TEVE "UMA LOTA DE SARDINHA"!..
Em primeiro plano, as mulheres lavam a sardinha que está dentro dos chalavares, em água salgada, certamente para lhe dar uma melhor apresentação.

Tudo se está a transformar numa encenação, quando a verdade é apenas a nudez...


Rui Rio

"Rui Rio diz que vários governos deram direitos não sustentáveis às pessoas"...
O PSD e o CDS estão colados à austeridade, até para além da troika,  e às más políticas sociais. 
No CDS, para recauchutar a imagem, saiu Paulo Portas e entrou Assunção Cristas.

No PSD, ainda por lá continua Passos...
Como a coisa não funciona, numa operação de marketing político, está a apontar-se para Rui Rio, como possível substituto de Passos Coelho.
Sabemos quem é Rui Rio. Como referência mais actual das suas aptidões políticas, recorde-se o seu papel  na tentativa de exterminação de cultura e cosmopolitismo na cidade do Porto. 

O Porto, livrou-se dele. 
A diferença está à vista: a cidade já respira melhor por ter abandonado as ideias serôdias e tristes que Rio ali levou a cabo. 
Pelo que me diz respeito, Portugal, a meu ver, não precisa de Rio para nada.
O PSD será outro assunto: nada sei e nada tenho a ver com isso. 
Por mim, façam de Rio o que quiserem - até candidato ao Porto ou a seu líder...
Penso que é líquido, que  a comunicação social vai produzir um folhetim em torno da candidatura de Rio Rio, contra Passos Coelho, a emitir até às próximas directas do PSD, que deverão acontecer, lá para a Primavera de 2018.

Bom sábado

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Um ano de Geringonça...

Quem me dera ter sido Ali Babá: além de não ser português, só tinha conhecido 40 ladrões...

para ler melhor, clicar na imagem

Praga de "jacintos" já chegou à Aldeia...

O Jorge Camarneiro, a partir de Montemor-o-Velho, "há vários meses que andava a alertar para esta catástrofe, mas parece que os responsáveis pelas instituições públicas andaram a ver a quem podiam atirar com a responsabilidade da limpeza do rio e do leito abandonado do Mondego e a preservação do meio ambiente!
Falavam como se nada tivessem a ver com o assunto"...
E o resultado está a ver-se cá pela Aldeia.

O Cabedelo está em mudança. Algo que lá se fazia, deixou de se fazer...

Diário As Beiras, via facebook de Pedro Agostinho Cruz.
"Está em curso a demolição dos antigos estaleiros navais Navalfoz, no Cabedelo.
Esta obra, há muito reclamada pela Câmara da Figueira da Foz, é da responsabilidade da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF), que atendeu aos reiterados pedidos da autarquia. “Era para ter sido feita antes, mas não quisemos prejudicar a época balnear”, esclareceu Luís Leal, da administração portuária. Os trabalhos deverão ficar concluídos até ao final do corrente mês, avançou aquele elemento da APFF. 
Com a demolição dos antigos estaleiros, há cerca de uma década votados ao abandono, abre-se espaço para “novos investimentos no sector do turismo ou da economia azul”, defendeu Luís Leal. Mas primeiro há que requalificar o Cabedelo, empreitada que arranca em breve, ao abrigo de uma parceria entre a câmara e a APFF. 
Por outro lado, a APFF está a dragar 100 mil metros cúbicos de areia na restinga, no molhe norte. Esta empreitada começou dias depois da ministra Ana Paula Vitorino ter anunciado, naquela cidade, uma intervenção para melhorar as condições de navegabilidade na barra, tendo em vista o inverno que se aproxima. As dragagens custam perto de 200 mil euros." 

Peniche (II)...

"Forte de Peniche não vai ser concessionado a privados"

Em tempo.
PenichePrisão política, por João Taborda da Gama: alguém de direita, a escrever o óbvio no Diário de Notícias...  
«Preservar património é dever. Concessionar monumentos é necessidade. Fazer um hotel no Forte de Peniche é barbárie. (…) 
É preciso poder ir ao forte, estar por lá, deambular nas celas, no recreio, sem bares de gin tónico nem massagens ayurvédicas, ouvir o vento, ouvir o mar, como ao menos ouviam os que lá estavam, e perceber, por fim, a irredutibilidade da liberdade.» 

MAIS UMA FOTO DO "CAIS", QUE NUNCA FOI "CAIS", MAS, SIM "PRAIA" QUE TEVE "UMA LOTA DE SARDINHA"!..

Esta foi sacada do facebook do meu Amigo José Manuel Lucas Santos