O ministro da economia vai amanhã, por ocasião da etapa do campeonato mundial de surf em Peniche, anunciar a alteração do nome da A8 para ASurf.
Para que as outras regiões do país não se sintam discriminadas, venho por à consideração do sr. ministro as seguintes mudanças:
A1 (troço Lisboa-Alverca) – ABejecas
A1 (troço Coimbra-Mealhada) -ALeitão
A13 – ACoiratos
A17 – AOvosMoles
A2 – AVinho
A22 – AConquilhas (hoje, amanhã não sabemos)
A23 – ACereja
A25 – AMorcelaDaGuarda
A28 – AFrancesinhas
A29 -ATripas
A2 (troço Lisboa-Setubal) -AMoscatel
A4 – AEnchidos
A5 – ATias
Via Aventar, Elisabete Figueiredo
domingo, 16 de outubro de 2016
Marginal
A coerência, aprendi isso ao longo da vida, leva-nos à solidão.
Que não é mesma coisa de estarmos sós.
Cito António Reis, o António Reis de 1967 no livro "Poemas Quotidianos", que é a recolha de dois livros anteriores com o mesmo título, publicados em 1957 e 1960.
É uma poesia dissonante do que na época se apreciava: o seu intimismo, a inspiração individualista do poema, a escolha deliberada de uma linguagem elementar que os versos curtos, as estrofes rarefeitas de dois ou três versos.
Raramente mais do que isso: "Eu só quero ouvir os meus passos/nas salas vazias".
Esta atenção ao ser, bem como a um mundo substantivo, por isso mais objectivo e mais real, é um sinal distintivo da margem em que se inscrevem os "poemas quotidianos".
O passo que levou António Reis, da margem ao marginal aconteceu, porém, na sua passagem para o cinema, quando foi buscar, como tema do seu primeiro filme, o louco pintor Jaime.
Íntima, subtil, discreta, é aí que reside a força da coerência.
Continuo um observador atento sobre o que se passa na Aldeia.
Noto, que o esforço de certos personagens continua a ser frustrante.
Contudo, o automatismo é belo, pois tal o que nos ensinou Kleist no seu ensaio sobre as marionetas, são máquinas perfeitas porque a consciência não as condiciona.
Que não é mesma coisa de estarmos sós.
Cito António Reis, o António Reis de 1967 no livro "Poemas Quotidianos", que é a recolha de dois livros anteriores com o mesmo título, publicados em 1957 e 1960.
É uma poesia dissonante do que na época se apreciava: o seu intimismo, a inspiração individualista do poema, a escolha deliberada de uma linguagem elementar que os versos curtos, as estrofes rarefeitas de dois ou três versos.
Raramente mais do que isso: "Eu só quero ouvir os meus passos/nas salas vazias".
Esta atenção ao ser, bem como a um mundo substantivo, por isso mais objectivo e mais real, é um sinal distintivo da margem em que se inscrevem os "poemas quotidianos".
O passo que levou António Reis, da margem ao marginal aconteceu, porém, na sua passagem para o cinema, quando foi buscar, como tema do seu primeiro filme, o louco pintor Jaime.
Íntima, subtil, discreta, é aí que reside a força da coerência.
Continuo um observador atento sobre o que se passa na Aldeia.
Noto, que o esforço de certos personagens continua a ser frustrante.
Contudo, o automatismo é belo, pois tal o que nos ensinou Kleist no seu ensaio sobre as marionetas, são máquinas perfeitas porque a consciência não as condiciona.
Autenticidade
Desafio deste domingo: não ser cínico, apesar de já saber muitíssimo bem o preço de tudo e o valor de nada.
Expressar-se, presumo que seja uma necessidade interior e individual.
Escrever um blogue é uma forma de expressão.
Para mim, serve para comunicar, sobretudo comigo mesmo, reflectindo através da escrita.
Ando a escrever há muitos anos, pelo que já deixei de dar importância despropositada às coisas que escrevo.
Todavia, há quem não pense assim.
Escrever um blogue, para mim, é sobretudo uma forma de individualidade.
Se houver muita gente a gostar - óptimo.
Se tal não acontecer - tudo bem na mesma.
Ter noção da nossa pequenez, da importância que não temos, é uma forma de liberdade sem igual.
Escrevo, não para agradar ou confrontar, mas apenas porque me apetece.
Quem anda nesta vida tem de ter a capacidade de se expor e assumir fragilidades, manias, tristezas.
Os "meus" leitores são muito mais espertos que eu e sabem bem da minha autenticidade.
Isto vem a propósito do novo blogue que iniciei no início deste mês.
Parece que há muita gente que está a gostar, o que me deixa feliz.
A única promessa que faço é manter a autenticidade.
A preservação não é incompatível com o conforto dos dias de hoje.
Viajar pela história de uma Aldeia cuja memória não foi preservada, não é um conforto para os olhos e, muito menos, para a alma!
No fundo, resolvi fazê-lo, por uma questão de autenticidade!
Expressar-se, presumo que seja uma necessidade interior e individual.
Escrever um blogue é uma forma de expressão.
Para mim, serve para comunicar, sobretudo comigo mesmo, reflectindo através da escrita.
Ando a escrever há muitos anos, pelo que já deixei de dar importância despropositada às coisas que escrevo.
Todavia, há quem não pense assim.
Escrever um blogue, para mim, é sobretudo uma forma de individualidade.
Se houver muita gente a gostar - óptimo.
Se tal não acontecer - tudo bem na mesma.
Ter noção da nossa pequenez, da importância que não temos, é uma forma de liberdade sem igual.
Escrevo, não para agradar ou confrontar, mas apenas porque me apetece.
Quem anda nesta vida tem de ter a capacidade de se expor e assumir fragilidades, manias, tristezas.
Os "meus" leitores são muito mais espertos que eu e sabem bem da minha autenticidade.
Isto vem a propósito do novo blogue que iniciei no início deste mês.
Parece que há muita gente que está a gostar, o que me deixa feliz.
A única promessa que faço é manter a autenticidade.
A preservação não é incompatível com o conforto dos dias de hoje.
Viajar pela história de uma Aldeia cuja memória não foi preservada, não é um conforto para os olhos e, muito menos, para a alma!
No fundo, resolvi fazê-lo, por uma questão de autenticidade!
Alguns constrangimentos da democracia portuguesa...
Em 2010, no dia 10 de fevereiro, publiquei uma postagem citando Agostinho da Silva.
Uma tarde destas, com o mar em fundo, mantive uma interessante conversa, talvez de horas, com um Amigo, ainda jovem, culto e interessado pela política, sobre Liberdade.
Discutimos abertamente, mas não chegámos totalmente a acordo sobre o que é a Liberdade.
A discordância, no essencial, a meu ver, passou pelo seguinte: que Liberdade?
Em Portugal, em teoria, temos a liberdade de opinião...
(Que não está totalmente garantida, pois as pessoas têm medo de se manifestar publicamente, pelas mais variadas razões, nomeadamente pelos constrangimentos pessoais e profissionais de que podem vir a ser vítimas.)
Em teoria, temos a liberdade política...
(Com imperfeições está mais ou menos acessível a todos, embora saibamos dos constrangimentos que existem para quem se candidata ou é apoiante de determinados partidos...)
Temos a liberdade de circulação...
E a liberdade económica?..
Essa, a meu ver, cada vez está com mais constrangimentos.
Essa, quanto a mim, é a grande lacuna da democracia portuguesa.
A diferença de opinião entre pessoas nunca deveria ser motivo de crispação.
A diversidade, a meu ver, é que é fecunda.
Preocupante, é o que se verifica na Aldeia e na Figueira, que é, simplesmente, o menor respeito pela opinião discordante.
Vivemos novo tempo. Até na Aldeia e na Figueira, estamos no tempo da globalização do pensamento, o que, salvo melhor opinião, é negativo, já que ao conduzir ao pensamento único, estreita, diminui e empobrece as soluções possíveis para os problemas agudos que vivemos...
Diga-se, porém, de passagem: o que não deixa de interessar a alguns...
Preocupa-me a falta de opinião informada...
Mas, também, me preocupa o facto de as pessoas desconhecerem e, mais que isso, não quererem saber de factos fundamentais para a sua vida.
Este alheamento, penso eu, é preocupante...
Uma tarde destas, com o mar em fundo, mantive uma interessante conversa, talvez de horas, com um Amigo, ainda jovem, culto e interessado pela política, sobre Liberdade.
Discutimos abertamente, mas não chegámos totalmente a acordo sobre o que é a Liberdade.
A discordância, no essencial, a meu ver, passou pelo seguinte: que Liberdade?
Em Portugal, em teoria, temos a liberdade de opinião...
(Que não está totalmente garantida, pois as pessoas têm medo de se manifestar publicamente, pelas mais variadas razões, nomeadamente pelos constrangimentos pessoais e profissionais de que podem vir a ser vítimas.)
Em teoria, temos a liberdade política...
(Com imperfeições está mais ou menos acessível a todos, embora saibamos dos constrangimentos que existem para quem se candidata ou é apoiante de determinados partidos...)
Temos a liberdade de circulação...
E a liberdade económica?..
Essa, a meu ver, cada vez está com mais constrangimentos.
Essa, quanto a mim, é a grande lacuna da democracia portuguesa.
A diferença de opinião entre pessoas nunca deveria ser motivo de crispação.
A diversidade, a meu ver, é que é fecunda.
Preocupante, é o que se verifica na Aldeia e na Figueira, que é, simplesmente, o menor respeito pela opinião discordante.
Vivemos novo tempo. Até na Aldeia e na Figueira, estamos no tempo da globalização do pensamento, o que, salvo melhor opinião, é negativo, já que ao conduzir ao pensamento único, estreita, diminui e empobrece as soluções possíveis para os problemas agudos que vivemos...
Diga-se, porém, de passagem: o que não deixa de interessar a alguns...
Preocupa-me a falta de opinião informada...
Mas, também, me preocupa o facto de as pessoas desconhecerem e, mais que isso, não quererem saber de factos fundamentais para a sua vida.
Este alheamento, penso eu, é preocupante...
sábado, 15 de outubro de 2016
A entrevista do Dr. Jorge Mendes...
A entrevista, que aconselho a ver e a ouvir na íntegra, está aqui.
Quem não tiver interesse ou paciência para visionar tudo, cito o que pode ser visto por volta do minuto 29.
A pergunta, digamos assim, manhosa:
- "em 2009, esta terra foi elevada a vila de S. Pedro. Não há nada a fazer..."
A resposta clara do Dr. Jorge Mendes:
"a minha resposta está no livro. O livro é A Cova Gala como notável exemplo de Solidariedade. Não é a vila de S. Pedro, não é S. Pedro, é a Cova Gala. A Cova Gala é que tem história. Não é preciso mudar os nomes que estão certos. A Cova nós sabemos, o que é.... A Gala, nós sabemos o que é... Não há qualquer justificação para que isso tivesse sido alterado. A política tem destas coisas. Se eu fosse decisor nessa altura, seria vila ou freguesia da Cova Gala."
Nota de rodapé.
Recordo o que foi escrito aqui, aqui, aqui, aqui...
Sobre este tema, muito mais poderia ser citado...
Porém...
Resumindo: a incultura, sempre que potenciada pela arrogância, leva a resultados desastrosos. Os danos já estão à vista.
A história mostra que políticos sem ideias constituem um verdadeiro perigo...
Quem não tiver interesse ou paciência para visionar tudo, cito o que pode ser visto por volta do minuto 29.
A pergunta, digamos assim, manhosa:
- "em 2009, esta terra foi elevada a vila de S. Pedro. Não há nada a fazer..."
A resposta clara do Dr. Jorge Mendes:
"a minha resposta está no livro. O livro é A Cova Gala como notável exemplo de Solidariedade. Não é a vila de S. Pedro, não é S. Pedro, é a Cova Gala. A Cova Gala é que tem história. Não é preciso mudar os nomes que estão certos. A Cova nós sabemos, o que é.... A Gala, nós sabemos o que é... Não há qualquer justificação para que isso tivesse sido alterado. A política tem destas coisas. Se eu fosse decisor nessa altura, seria vila ou freguesia da Cova Gala."
Nota de rodapé.
Recordo o que foi escrito aqui, aqui, aqui, aqui...
Sobre este tema, muito mais poderia ser citado...
Porém...
Resumindo: a incultura, sempre que potenciada pela arrogância, leva a resultados desastrosos. Os danos já estão à vista.
A história mostra que políticos sem ideias constituem um verdadeiro perigo...
Forte de Santa Catarina vai estar aberto aos fins-de-semana
O Forte de Santa Catarina vai passar a abrir portas para visitas, aos fins-de-semana e feriados, das 14H00 às 17H30, a partir de 15 de outubro, com entrada gratuita.
Hoje, pelas 15H15, será representada a “Comédia da Marmita”, pelo Grupo Fatias de Cá.
Hoje, pelas 15H15, será representada a “Comédia da Marmita”, pelo Grupo Fatias de Cá.
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Morreu o Homem que, talvez sem o saber, me mostrou a importância de sorrir, sorrir muito!..
foto sacada ao facebook do Pedro Rodrigues |
Normalmente é um conceito que, porém, só pensamos que possa ser pensado para as coisas e para os outros!
Nunca a nós. A morte só acontece com os outros. Raramente a imaginamos como possível em nós. Mas não nos devemos preocupar, pois isso, é um sinal de vitalidade.
Este pensamento, assaltou-me hoje de manhã, logo que tive conhecimento que morreu o meu "primaço".
Desde miúdo que me cumprimentava da mesma maneira – “então primaço Tó…”
E, ultimamente, até julho do ano passado, logo a seguir, vinha a pergunta: “como vai a tua Mãe?..”
O "Querido avô" do Pedro Rodrigues era uma figura: “alto; cabelo branco, literalmente, como a neve; forte como um touro - um homem do mar à moda antiga. Daqueles que já não se fazem”!..
Aquilo que podia ser dito, escreveu-o melhor do que ninguém, o neto, o meu Amigo Pedro Rodrigues.
É um momento de morte, mas como tudo o que é escrito pelo Pedro, é belo, embora a perda de um "amor maior", nada tenha de belo!
"Tinhas oitenta e seis anos. A tua cabeça já não encontrava datas – talvez porque os dias já fossem todos iguais. As tuas pernas cediam aos caprichos da gravidade, embora tu nos tentasses enganar com ginásticas inventadas. Os teus cabelos eram brancos, embora tu me contasses que quando eras novo o teu cabelo era escuro como a noite – e eu acreditava. Esquecias-te das luzes acesas, da água a correr depois de fazeres a barba, das situações mais corriqueiras, aqui da terra, mas não te esquecias das histórias de outros tempos. Passavas horas a repetir-me que eras o mais trabalhador de todos. Que as tuas mãos e os teus braços tinham tanta força que conseguiam dobrar aço, talvez mover montanhas. Nos navios todos os capitães te gabavam “não há nenhum marinheiro como o Pimentel”, pau para toda a obra. Foste pai, avô e bisavô...
Hoje, antes de descer para o meu quarto, passei pelo teu. Estava vazio. As lágrimas teimaram em cair porque me apercebi que daqui para a frente assim será. Ficam as fotografias. As paredes frias que ainda escondem os restos condensados da tua respiração, do teu último suspiro. Penso ter apertado pela última vez as tuas mãos calejadas; ter beijado, pela última vez, a pele fina da tua testa. Partirás enorme, como sempre foste. E assim o serás, para todo o sempre. Gostava de continuar a escrever, mas as palavras começam a confundir-se com as lágrimas e tudo se torna turvo e difícil. Fico-me por aqui, e pela imagem da fotografia que dorme ao meu lado, na mesa de cabeceira, em que estou eu, tu e a mãe, muito felizes, de sorrisos rasgados nos rostos. É assim que te recordo: a sorrir, por eu ter chegado.
Adeus, meu amor maior."
Sentidas condolências à família.
Organizar o Governo do Mundo…
"Eles prenderam no manicómio um homem que queria organizar o governo do mundo... Os loucos…! Prenderam o homem errado..."
LEONARD COHEN, Canções de Amor e Ódio, 1971
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
O superior talento de Garrett McNamara...
Em 2011, McNamara surfou Nazaré, a onda que é considera a maior alcançada pela prancha de surf. O dia de tal feito foi 1 de novembro e o local não foi escolhido por acaso. Ele já estudava há alguns anos o famoso “Canhão de Nazaré”, efeito formador da imensa onda. Garret conseguiu a incrível façanha de encarar um monstro com quase 90 pés, ou seja, 30 metros!
Como não podia deixar de ser, o recorde foi pro Guinness Book.
Para não ficarem com dúvida vejam o vídeo abaixo.
Acabei de ver no facebook, via Luís Ribeiro, que "Garrett McNamara confirma a onda do Cabo Mondego como a maior que já viu!"
Será que o maior talento de Garrett McNamara é o exímio uso da palavra?
Fica por quantificar é quanto é que este talento especial de saber, como poucos, utilizar a palavra, vai custar ao contribuinte figueirense?..
O importante, porém, é que Garrett McNamara gosta muito do Cabedelo, especialmente se por lá estiver o presidente Ataíde...
Como não podia deixar de ser, o recorde foi pro Guinness Book.
Para não ficarem com dúvida vejam o vídeo abaixo.
Acabei de ver no facebook, via Luís Ribeiro, que "Garrett McNamara confirma a onda do Cabo Mondego como a maior que já viu!"
Será que o maior talento de Garrett McNamara é o exímio uso da palavra?
Fica por quantificar é quanto é que este talento especial de saber, como poucos, utilizar a palavra, vai custar ao contribuinte figueirense?..
O importante, porém, é que Garrett McNamara gosta muito do Cabedelo, especialmente se por lá estiver o presidente Ataíde...
Para mais tarde recordar...
#RepealThe19th.
Não é ser saudosista...
É, apenas, para ter a memória futura suficiente para não esquecer...
Divirtam-se!
Não é ser saudosista...
É, apenas, para ter a memória futura suficiente para não esquecer...
Divirtam-se!
Deambular pela beira mar...
foto C.S. |
Gosto da beira mar, sobretudo fora da
chamada “época alta”.
Para quem não “vive” o mar, as
imagens parecem sempre iguais.
Mas, eu, garanto que não!
Para quem o conhece bem, o mar é
sempre diferente...
E, também, sempre imprevisível!
Gosta-se dele... Pronto.
Esta é a explicação, e a razão, porque a gente do mar raramente consegue viver longe da sua vista!
Neste deambular, preguiçoso, podemos
nem sempre encontrar coisas novas.
Contudo, mesmo que o reencontro seja
com o inúmeras vezes já visto, não deixa de ser um prazer
revisitado, mas diferente.
Olhar e deambular por esta beira mar é
sempre um outro e novo olhar.
Deambular por esta beira mar, como
aconteceu ontem de manhã, foi passear pelo gosto do passeio e pelo prazer da companhia!
Ver as mesmas coisas através de
ângulos diferentes, continua a ser um programa aliciante, a que me
proponho sempre que a ocasião surgir...
E vai surgir... Apenas pelo gosto de deambular por ali,
por aquela beira mar, sem destino, apreciando as belezas do local – que, ontem de manhã, eram muitas...
Este é o tempo de aproveitar a bonomia
de um tempo, já outonal, a despedir-se dos tons lindos do verão
(verão faz lembra profusão de cores...) que, entretanto,
feneceu...
A linha do horizonte faz lembrar um
abraço entre o céu e o mar – uma reunião irrepetível de todos
os dias naquele local.
Deixo-vos com uma pincelada fotográfica do prazer, suave e demorado, que vivi na
caminhada desta manhã até ao farol do molhe sul.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Já alguém pensou na travessia do Mondego em bicicleta?..
Duas rodas, uma crónica de DanielSantos, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
“O Plano Estratégico da Figueira
da Foz inclui a promoção da utilização
da bicicleta, designadamente a eléctrica, enquanto modo
de transporte suave e sustentável no concelho, visando
conciliar a resolução dos problemas de mobilidade com a
redução da emissão de gases com efeito de estufa.
Nada que escape às intervenções
previstas nas três áreas abrangidas pelas áreas de reconversão
urbanística (ARU’s) nos centros históricos da Figueira e de
Buarcos e na zona do Cabedelo.
Independentemente da utilização de
modos de deslocação não poluentes, é hoje visível por todo o
concelho a utilização de veículos de duas rodas (bicicletas,
aceleras, motos). A sua difusão dever-se-á certamente a razões de
natureza económica, mas também à maior mobilidade e à facilidade
de estacionamento.
O utilizador depara-se porém com dois
obstáculos: um é o que decorre da irregularidade dos pavimentos,
nuns casos por falta de manutenção, noutros pela proliferação da
reposição de pavimento sobre os ramais de ligações às redes
públicas de infraestruturas; o outro tem a ver com a proliferação
de veículos poluentes por falta ou por deficiente inspecção,
obrigando a respirar a fumarada que produzem os que se lhes
apresentam à sua frente.
Se a primeira situação é claramente
da responsabilidade da autarquia, a segunda, não o sendo
directamente, não pode escapar à sua atenção, devendo tomar
iniciativas em ordem à preservação de boas condições
ambientais.”
Em tempo.
A
travessia de bicicleta, pela ponte Edgar Cardoso, para quem mora na
margem esquerda do Mondego, constitui um obstáculo de monta (e não
é pela subida, é pelo perigo que o trânsito representa...).
Neste
momento, a única maneira que vejo de se poder ultrapassar este
problema, seria a travessia de barco que contemplasse a possibilidade
do utente desse transporte, que o desejasse, poder levar a sua
bicicleta no barco para efectuar as suas voltas na cidade...
É que tenho conhecimento que, recentemente, houve um investidor que andou a tentar implementar esse serviço e não conseguiu, tanta foi a burocracia e os obstáculos.
Para admiração dos ímpios, em maio Fátima continua a fazer milagres!..
"Em Maio de 2017, a Figueira da Foz deverá registar uma taxa de ocupação hoteleira próxima dos 100 por cento..."
Se fosse hoteleiro na Figueira, ia já comprar uma velinha e pô-la a Nossa Senhora de Fátima.
Podia ser, também, por minha intercessão...
Se fosse hoteleiro na Figueira, ia já comprar uma velinha e pô-la a Nossa Senhora de Fátima.
Podia ser, também, por minha intercessão...
OUTRA MARGEM
Foto António Agostinho |
Direita e esquerda.
Esta, a que se vê ao fundo, é OUTRA MARGEM.
Será que os citadinos sabem o que existe nesta OUTRA MARGEM?
Eis o mistério, envolvente e desconhecido, de não se saber o que existe para lá da ponte, nesta OUTRA MARGEM do rio e da vida.
Para que serve esta OUTRA MARGEM?
Se olharmos para a foto começa por colocar desafios.
Questiona...
Quando conseguirem perceber a independência desta OUTRA MARGEM, perceberão todo o resto.
Enquanto morar nesta OUTRA MARGEM a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, vai continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, OUTRA MARGEM mete o teclado no saco...
O pensador é mais do que aquele que pensa: é aquele que assume o que pensa, que expõe o que pensa, que trabalha o que pensa e que consegue viver com o que pensa.
Se assim o entenderem, pensem!..
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