A memória trazida até mim, por esta foto sacada daqui, trouxe um tempo da minha vida, nunca esquecido, sempre lembrado, não descansado, mas feliz.
Levou-me a lugares, a vozes, a rostos e almas e vivências da minha infância.
Levou-me a recuar a um olhar de passos idos, a uma viagem já longínqua, mas presente, qual força espiritual, um fado que existe em todos nós, um chamamento velado - no fundo o reencontro com o nosso passado e a nossa memória.
É uma fotografia admirável, que me fez recuar décadas e me levou até aos anos 60 do século passado, numa visita ao universo complexo e emaranhado da minha vida e da vida da minha família - memória feliz e gratificante a nível familiar, mas ferida pelas cicatrizes da memória de tempos difíceis e da vida dura na Aldeia onde nasci e de que continuo apaixonado.
Esta fotografia tem pessoas, figuras, rostos e olhares, onde paira a ternura e ressaltam fragmentos de beleza avassaladora e sorrisos francos e transparentes apesar das carências. O pormenor dos pés descalços, não é folclore, não é típico, não é turístico - mostra a realidade de não haver dinheiro para calçado.
É um registo impressionante de olhares de gente de trabalho, mais do que duro, por vezes mesmo penoso, sem horário - o dia começava às 5 da manhã - e mostra uma sensibilidade atenta ao pormenor de uma realidade e de uma época da história da minha Aldeia e do meu País.
sábado, 26 de março de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Suspensos, no ar, continuam todos os sonhos... Temporariamente.
"Águas passadas não movem moinhos"...
Contudo, voltar, uma vez por outra ao passado, pode revelar-se uma viagem agradável...
Lá, bem lá atrás, lá muito atrás na minha vida, encontro coisas belas e boas que merecem ser recordadas.
Como, por exemplo, este registo sonoro, que me lembra tempos inesquecíveis...
Contudo, voltar, uma vez por outra ao passado, pode revelar-se uma viagem agradável...
Lá, bem lá atrás, lá muito atrás na minha vida, encontro coisas belas e boas que merecem ser recordadas.
Como, por exemplo, este registo sonoro, que me lembra tempos inesquecíveis...
Armindo Rodrigues, um Poeta muito esquecido...
Quê, quem,
de quem, de quê,
onde, donde, por onde,
há, pensa, move, tem,
busca, sugere, esconde,
quê, porquê,
para quê?
Médico e poeta ligado à corrente neo-realista desde o seu primeiro livro (Voz Arremessada ao Caminho, 1943), Armindo Rodrigues (1904-1993) ergueu ao longo de cinquenta anos de poesia uma Obra Poética.
Não desespera apenas a quem não espera.
Desesperada, a esperança espera ainda.
Espera-se até ao fim do desespero.
Armindo Rodrigues, um Poeta quase esquecido, ergueu a sua voz, falou alto e com justiça, participou corajosamente no acto de emendar o rumo da História que, como poucos de nós, viveu por dentro nas linhas cruzadas da própria vida e do tempo que lhe coube viver:
Toda a justiça é injusta, porque julga,
toda a ordem desordem, porque impõe,
toda a verdade errada, porque muda.
Um Poeta recorda-se.
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.
de quem, de quê,
onde, donde, por onde,
há, pensa, move, tem,
busca, sugere, esconde,
quê, porquê,
para quê?
Médico e poeta ligado à corrente neo-realista desde o seu primeiro livro (Voz Arremessada ao Caminho, 1943), Armindo Rodrigues (1904-1993) ergueu ao longo de cinquenta anos de poesia uma Obra Poética.
Não desespera apenas a quem não espera.
Desesperada, a esperança espera ainda.
Espera-se até ao fim do desespero.
Armindo Rodrigues, um Poeta quase esquecido, ergueu a sua voz, falou alto e com justiça, participou corajosamente no acto de emendar o rumo da História que, como poucos de nós, viveu por dentro nas linhas cruzadas da própria vida e do tempo que lhe coube viver:
Toda a justiça é injusta, porque julga,
toda a ordem desordem, porque impõe,
toda a verdade errada, porque muda.
Um Poeta recorda-se.
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.
quinta-feira, 24 de março de 2016
Ainda tão pequeninos, mas já tão rasteirinhos!..
Em tempo.
Lula ainda não foi julgado!..
Lula ainda não foi cindenado!..
Mas, estes jovenzinhos, coitadinhos, já o julgaram e já o condenaram!..
Já agora, seguindo o mesmo critério, por exemplo, a JSD poderia pedir também "a anulação das pensões vitalícias concedidas por Cavaco Silva a ex agentes da PIDE", ou "a anulação da condecoração atribuída por Cavaco Silva a Zeinal Bava", ou ainda "a devolução dos fundos comunitários indevidamente recebidos pela Tecnoforma"...
Esta é, a meu ver, uma das maiores ameaças ao futuro e à saúde da nossa democracia: a exclusividade que os partidos asseguram no controlo da vida política do país e o efeito "eucalíptico" que tal realidade gerou.
As "jotas", de onde saem 90% dos políticos, como escolas de falta de princípios e de carácter têm tirado a vontade a imensos jovens de intervir na política, ao serem confrontados com a realidade dos "aparelhos partidários".
Jovens assim, formatados nas jotas, como serão em adultos e em velhadas?..
Cova e Gala têm luz eléctrica há 76 anos...
"Completam-se ontem, dia 23 de março, 76 anos sobre a data da inauguração da luz elétrica na Gala e Cova, do concelho da Figueira da Foz.
Aconteceu, festivamente, em 23 de março de 1940.
O povo acorreu em massa, regozijando-se com o acontecimento que alterou, significamente, a sua vida."
Via PRESENTE
Aconteceu, festivamente, em 23 de março de 1940.
O povo acorreu em massa, regozijando-se com o acontecimento que alterou, significamente, a sua vida."
Via PRESENTE
quarta-feira, 23 de março de 2016
Sem título...
Não tenho palavras para dar um título a esta postagem.
Quem passa por uma situação de perda brusca de alguém próximo ou querido, nunca mais é o mesmo.
Aprendi isso à minha custa em 6 de junho de 1974. Mais recentemente, em 14 de julho passado, revivi tudo isso.
A vida, o tempo, as coisas mais comezinhas ganham perspectiva e profundidade.
A morte, tinha eu 20 anos, passou a estar presente em todos os meus momentos - vigilante, cruel, traiçoeira, mas também companheira...
Um abraço para o treinador Quinito, um Homem especial, que aprendi a admirar há longos anos.
Um abraço para o treinador Quinito, um Homem especial, que aprendi a admirar há longos anos.
Opiniões...
Eng. Daniel Santos, hoje nas Beiras:
"Nietzsche opinou assim sobre a opinião: “Não poríamos a mão no fogo pelas nossas opiniões: não temos assim tanta certeza delas. Mas talvez nos deixemos queimar para podermos ter e mudar as nossas opiniões.”
Ao longo de cerca de mais de uma centena de crónicas publicadas neste local tive a ocasião de expressar os meus pontos de vista acerca da actualidade nacional, regional e local.
Umas mais generalistas, outras mais relacionadas com momentos ou acontecimentos no país ou na Figueira. Algumas mais profundas, outras mais superficiais. As mais das vezes com intencionalidade. Criticando ou aplaudindo comportamentos.
Está ainda longe o momento de recordá-las. Se o fizesse, certamente que não perfilharia hoje tão veementemente opiniões que construí e publiquei. E isso que importa? De momento, preocupa-me mais o presente e o futuro que gostaria de poder influenciar para que se construa uma melhor cidade, um melhor país. Sem presunção.
Faço parte daqueles que têm o privilégio de poderem partilhar as suas opiniões com alcance público, graças à disponibilidade deste órgão de comunicação, a quem agradeço o espaço e que cumprimento pelo seu recente vigésimo segundo aniversário. Parabéns.
Saúdo, também, todos aqueles que comigo o compartilham e, sobretudo, aqueles que têm disponibilizado uns momentos do seu tempo para me ler. São apenas opiniões em processo contínuo de gestação."
Em tempo.
Quem tem acompanhado este espaço, ao longo dos dez anos que está prestes a completar, sabe que nunca me meti por caminhos que envolvessem enredos pessoais.
Nunca critiquei ninguém por ser fulano, sicrano ou beltrano.
Cada um é como cada qual...
Outra coisa, são as medidas que essa pessoa toma no exercício de um cargo político. Isto é, as políticas, algumas delas absurdas, que as pessoas defendem e executam.
São essas ideias - as suas ideias - e as políticas que executam, enquanto detentores de cargos políticos, que afectam as nossas vidas.
Sobre políticas e causas públicas, opino: defendo-as os combato-as. O resto não me interessa.
Contudo, admito, que numa altura em que toda a gente tem opinião sobre tudo, que há questões sobre as quais não consigo ter certezas.
Todos sabemos que as redes sociais deram voz a uma carrada de idiotas. Antes desta ferramenta chamada Internet existir, as discussões eram mais terrenas e feitas cara a cara na tasca ou no café acompanhadas de uns copos...
Essa desgraça já existia, portanto antes das recentes tecnologias. Não culpem a internet: as rádios já antes tinham dado voz a legiões de imbecis. E as televisões também. E os jornais.
Isso coloca outra questão: os imbecis devem ser calados?
Não tenho a certeza...
A Figueira, hoje, é, lamentavelmente, a Figueira que muitos dos seus habitantes merecem.
Todavia, apesar de tudo, a Figueira merecia políticos que não tentassem resolver os seus problemas e as suas limitações propondo "soluções" iguais às que nos trouxeram até ao ponto actual.
A escolha pelo elitismo, como princípio orientador das políticas públicas da nossa cidade, poderia ser uma lição do passado a ter em conta nas escolhas do presente.
Os resultados estão bem à vista de todos...
Numa cidade em que não se aprende nada com os erros do passado, como poderá a opinião dos outros servir para alguma coisa?
"Nietzsche opinou assim sobre a opinião: “Não poríamos a mão no fogo pelas nossas opiniões: não temos assim tanta certeza delas. Mas talvez nos deixemos queimar para podermos ter e mudar as nossas opiniões.”
Ao longo de cerca de mais de uma centena de crónicas publicadas neste local tive a ocasião de expressar os meus pontos de vista acerca da actualidade nacional, regional e local.
Umas mais generalistas, outras mais relacionadas com momentos ou acontecimentos no país ou na Figueira. Algumas mais profundas, outras mais superficiais. As mais das vezes com intencionalidade. Criticando ou aplaudindo comportamentos.
Está ainda longe o momento de recordá-las. Se o fizesse, certamente que não perfilharia hoje tão veementemente opiniões que construí e publiquei. E isso que importa? De momento, preocupa-me mais o presente e o futuro que gostaria de poder influenciar para que se construa uma melhor cidade, um melhor país. Sem presunção.
Faço parte daqueles que têm o privilégio de poderem partilhar as suas opiniões com alcance público, graças à disponibilidade deste órgão de comunicação, a quem agradeço o espaço e que cumprimento pelo seu recente vigésimo segundo aniversário. Parabéns.
Saúdo, também, todos aqueles que comigo o compartilham e, sobretudo, aqueles que têm disponibilizado uns momentos do seu tempo para me ler. São apenas opiniões em processo contínuo de gestação."
Em tempo.
Foto António Agostinho |
Nunca critiquei ninguém por ser fulano, sicrano ou beltrano.
Cada um é como cada qual...
Outra coisa, são as medidas que essa pessoa toma no exercício de um cargo político. Isto é, as políticas, algumas delas absurdas, que as pessoas defendem e executam.
São essas ideias - as suas ideias - e as políticas que executam, enquanto detentores de cargos políticos, que afectam as nossas vidas.
Sobre políticas e causas públicas, opino: defendo-as os combato-as. O resto não me interessa.
Contudo, admito, que numa altura em que toda a gente tem opinião sobre tudo, que há questões sobre as quais não consigo ter certezas.
Todos sabemos que as redes sociais deram voz a uma carrada de idiotas. Antes desta ferramenta chamada Internet existir, as discussões eram mais terrenas e feitas cara a cara na tasca ou no café acompanhadas de uns copos...
Essa desgraça já existia, portanto antes das recentes tecnologias. Não culpem a internet: as rádios já antes tinham dado voz a legiões de imbecis. E as televisões também. E os jornais.
Isso coloca outra questão: os imbecis devem ser calados?
Não tenho a certeza...
A Figueira, hoje, é, lamentavelmente, a Figueira que muitos dos seus habitantes merecem.
Todavia, apesar de tudo, a Figueira merecia políticos que não tentassem resolver os seus problemas e as suas limitações propondo "soluções" iguais às que nos trouxeram até ao ponto actual.
A escolha pelo elitismo, como princípio orientador das políticas públicas da nossa cidade, poderia ser uma lição do passado a ter em conta nas escolhas do presente.
Os resultados estão bem à vista de todos...
Numa cidade em que não se aprende nada com os erros do passado, como poderá a opinião dos outros servir para alguma coisa?
terça-feira, 22 de março de 2016
As minhas limitações...
Sou um indivíduo muito limitado.
É verdade.
Querem um exemplo: nunca consegui ser cínico!
Ser cínico não é para todos...
Um cínico, a maior parte das vezes, consegue passar por entre o intervalo dos pingos sem se molhar.
Só em ocasiões muito excepcionais, alguém que consegue manter-se no meio - mas não neutral... - dá nas vistas pelas piores razões...
Com um pouco de sorte, ainda corre o risco de ser considerado o diplomata que conseguiu controlar os danos e promoveu o entendimento entre as partes!
Essas pessoas, para mim, porém, têm nomes: além de cínicos são hipócritas.
A vida ensinou-me, que embora existam meios pacíficos para resolver conflitos ou litígios, contudo, a contenda só termina quando alguém a vence.
As coisas são o que são: alguém tem de perder para que haja, pelo menos, alguém contente - o vencedor.
Nesta vida, cada vez mais competitiva e exigente, ninguém está disposto a abdicar, a transigir, a ceder para se chegar a a meio termo.
Para a maioria, abdicar, transigir ou ceder, é admitir a derrota.
E isso ninguém quer que aconteça...
Estão a ver os problemas que tenho enfrentado por não me conseguir transformar em mais um cínico?
Estar no meio de tudo - ou quase - tem contribuído para que, muitos hipócritas que eu conheço, tenham chegado mesmo a pensar que conseguem estar de bem com deus e com o diabo...
Como isso é tarefa para cínicos e hipócritas, quem não se sente bem, segue a sua vida, e afasta-se...
É bom para o estado das ideias de todos.
Fartei-me de aturar ideias que andam por aí em muito mau estado...
E pronto.
É verdade.
Querem um exemplo: nunca consegui ser cínico!
Ser cínico não é para todos...
Um cínico, a maior parte das vezes, consegue passar por entre o intervalo dos pingos sem se molhar.
Só em ocasiões muito excepcionais, alguém que consegue manter-se no meio - mas não neutral... - dá nas vistas pelas piores razões...
Com um pouco de sorte, ainda corre o risco de ser considerado o diplomata que conseguiu controlar os danos e promoveu o entendimento entre as partes!
Essas pessoas, para mim, porém, têm nomes: além de cínicos são hipócritas.
A vida ensinou-me, que embora existam meios pacíficos para resolver conflitos ou litígios, contudo, a contenda só termina quando alguém a vence.
As coisas são o que são: alguém tem de perder para que haja, pelo menos, alguém contente - o vencedor.
Nesta vida, cada vez mais competitiva e exigente, ninguém está disposto a abdicar, a transigir, a ceder para se chegar a a meio termo.
Para a maioria, abdicar, transigir ou ceder, é admitir a derrota.
E isso ninguém quer que aconteça...
Estão a ver os problemas que tenho enfrentado por não me conseguir transformar em mais um cínico?
Estar no meio de tudo - ou quase - tem contribuído para que, muitos hipócritas que eu conheço, tenham chegado mesmo a pensar que conseguem estar de bem com deus e com o diabo...
Como isso é tarefa para cínicos e hipócritas, quem não se sente bem, segue a sua vida, e afasta-se...
É bom para o estado das ideias de todos.
Fartei-me de aturar ideias que andam por aí em muito mau estado...
E pronto.
Portugal à frente!..
"Estado chinês ganha quase €400 mil por dia na EDP"...
Em tempo.
Pena é "o peso do sector público em Portugal está a matar o privado"...
Social-democracia, sempre!
Em tempo.
Pena é "o peso do sector público em Portugal está a matar o privado"...
Social-democracia, sempre!
OE2016 é o melhor dos últimos 6 anos...
Isto, não tem nada que saber.
Se dúvidas houvesse, os 4 anos de Passos/Portas aí estão para o provar. O programa da direita portuguesa é sempre o mesmo: fazer os pobres mais pobres para enriquecer os mais ricos.
E, no entanto, O PSD e CDS, os comentadores que durante os anos da tripla Passos, Portas e Cavaco não se cansaram de elogiar a austeridade que empobreceu o país e os portugueses, desancaram o orçamento que foi aprovado com os votos do PS, BE, PCP e Verdes.
Ontem, ficou a saber-se pelo grupo de economistas que estuda estas coisas, que o orçamento 2016 é o melhor desde 2010!
Bem melhor, portanto, que qualquer dos orçamentos de merda que os incompetentes do PSD e do CDS impuseram ao país.
Se dúvidas houvesse, os 4 anos de Passos/Portas aí estão para o provar. O programa da direita portuguesa é sempre o mesmo: fazer os pobres mais pobres para enriquecer os mais ricos.
E, no entanto, O PSD e CDS, os comentadores que durante os anos da tripla Passos, Portas e Cavaco não se cansaram de elogiar a austeridade que empobreceu o país e os portugueses, desancaram o orçamento que foi aprovado com os votos do PS, BE, PCP e Verdes.
Ontem, ficou a saber-se pelo grupo de economistas que estuda estas coisas, que o orçamento 2016 é o melhor desde 2010!
Bem melhor, portanto, que qualquer dos orçamentos de merda que os incompetentes do PSD e do CDS impuseram ao país.
segunda-feira, 21 de março de 2016
O capitalismo é mesmo como o Fernando o define...
O que o capitalismo primário recentemente tentou fazer a Portugal, com a ajuda ideológica do neoliberalismo, foi o fim da macacada.
Agora, resta-lhes andarem a comer-se uns aos outros.
Para esta gente, autênticos abutres, não há humanismo nem humanidade.
O objectivo deles é básico e transparente: regressar ao passado...
Para eles, não há respeito por nada, nem por ninguém.
A direita política borrifa-se para coisas dispensáveis como saúde, educação, cultura, informação, comunicação e pessoas.
Essas coisas são empecilhos que atrapalham a economia.
A política para eles não existe.
Os tempos que vivemos em Portugal são perigosos.
Esperemos que não cheguem a ser mais dramáticos.
Agora, resta-lhes andarem a comer-se uns aos outros.
Para esta gente, autênticos abutres, não há humanismo nem humanidade.
O objectivo deles é básico e transparente: regressar ao passado...
Para eles, não há respeito por nada, nem por ninguém.
A direita política borrifa-se para coisas dispensáveis como saúde, educação, cultura, informação, comunicação e pessoas.
Essas coisas são empecilhos que atrapalham a economia.
A política para eles não existe.
Os tempos que vivemos em Portugal são perigosos.
Esperemos que não cheguem a ser mais dramáticos.
Vou ali gritar: é assim, assado, cozido, frito...
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS:
"Volto a um tema que deveria preocupar os responsáveis autárquicos todos os dias dos seus mandatos.
O facto de termos a maior taxa de desemprego do distrito, do envelhecimento no concelho ser superior à média nacional e a circunstância do concelho vir a perder 13% da população até 2031, são temas que nunca podem sair da agenda política municipal.
Estes são os grandes problemas que o concelho têm hoje pela frente. Não há receitas mágicas e só um conjunto muito vasto de medidas, pode inverter esta tendência. Mas cruzar os braços e esperar que outros façam o que a nós diz respeito, não é solução.
É necessário provocar o debate, encontrar caminhos e ter a humildade de assumir o que correu mal no passado para ter a ambição de projectar o futuro. Podemos estar unidos, mesmo com divergências políticas e de opinião.
É preciso sermos responsáveis e reflectirmos sobre os temas cruciais para o nosso futuro coletivo.
Para além do debate e da intervenção cívica, é necessária uma nova atitude e novas competências para os desafios que temos pela frente.
É necessária uma dinâmica que eleve a autoestima dos figueirenses, que atraia investimento, e transforme o concelho numa terra moderna, inovadora, competitiva e alegre. O presidente da câmara tem que ser o rosto desse dinamismo e os problemas têm que ser resolvidos com celeridade e imaginação.
Não é aceitável perder mais tempo."
Miguel Almeida, recorde-se, faz parte de um dos partidos que mais contribuiu para que o desemprego atingisse números jamais tão elevados em Portugal.
Miguel Almeida, recorde-se, faz parte do partido cujo primeiro-ministro afirmou que o desemprego não é fatalidade mas sim oportunidade...
Pensa Miguel... Então o que interessa não é que o país depois de 4 anos do governo do teu partido está melhor?..
Aliás, a acreditar no que diz Passos, muito melhor...
Ah, existe o pormenor das pessoas!..
Mas para que quer um país as pessoas?
Não te percebo Miguel Almeida...
O que foi bom para o país (um desemprego nunca visto. A emigração a imitar os tempos de Salazar. A redução dos salários. A facilitação dos despedimentos), não serve para o concelho?..
"Volto a um tema que deveria preocupar os responsáveis autárquicos todos os dias dos seus mandatos.
O facto de termos a maior taxa de desemprego do distrito, do envelhecimento no concelho ser superior à média nacional e a circunstância do concelho vir a perder 13% da população até 2031, são temas que nunca podem sair da agenda política municipal.
Estes são os grandes problemas que o concelho têm hoje pela frente. Não há receitas mágicas e só um conjunto muito vasto de medidas, pode inverter esta tendência. Mas cruzar os braços e esperar que outros façam o que a nós diz respeito, não é solução.
É necessário provocar o debate, encontrar caminhos e ter a humildade de assumir o que correu mal no passado para ter a ambição de projectar o futuro. Podemos estar unidos, mesmo com divergências políticas e de opinião.
É preciso sermos responsáveis e reflectirmos sobre os temas cruciais para o nosso futuro coletivo.
Para além do debate e da intervenção cívica, é necessária uma nova atitude e novas competências para os desafios que temos pela frente.
É necessária uma dinâmica que eleve a autoestima dos figueirenses, que atraia investimento, e transforme o concelho numa terra moderna, inovadora, competitiva e alegre. O presidente da câmara tem que ser o rosto desse dinamismo e os problemas têm que ser resolvidos com celeridade e imaginação.
Não é aceitável perder mais tempo."
Miguel Almeida, recorde-se, faz parte de um dos partidos que mais contribuiu para que o desemprego atingisse números jamais tão elevados em Portugal.
Miguel Almeida, recorde-se, faz parte do partido cujo primeiro-ministro afirmou que o desemprego não é fatalidade mas sim oportunidade...
Pensa Miguel... Então o que interessa não é que o país depois de 4 anos do governo do teu partido está melhor?..
Aliás, a acreditar no que diz Passos, muito melhor...
Ah, existe o pormenor das pessoas!..
Mas para que quer um país as pessoas?
Não te percebo Miguel Almeida...
O que foi bom para o país (um desemprego nunca visto. A emigração a imitar os tempos de Salazar. A redução dos salários. A facilitação dos despedimentos), não serve para o concelho?..
Então o concelho, depois de 6 anos de João Ataíde, esquecendo o pormenor de existirem pessoas, não está como o país?
"Melhor"!..
"Melhor"!..
A verdade é esta:
Angola e Brasil: dois pesos, duas medidas...
"Os motivos por trás deste sistema de dois pesos e duas medidas parecem-me muito claros. Por um lado porque significativa parte da imprensa nacional é controlada por capitais angolanos, o que se estende a alguns blogues onde destacados opinadores portugueses optam pelo silêncio ou pela crítica tímida e de ocasião, opinadores esses que partilham os seus escritos entre esses blogues e jornais controlados pela ditadura angolana, que paga pela sua opinião e que, como seria de esperar, a pouco mais está autorizada do que a beliscar o regime dos Santos. Por outro porque o regime não deu o “mau exemplo” que os governos do PT deram ao mundo ao aplicar políticas sociais progressistas que permitiram tirar milhões da miséria. Em Angola não existem petrodólares para Saúde ou Educação. Apenas para generais, filhos e enteados da ditadura"...
"Os motivos por trás deste sistema de dois pesos e duas medidas parecem-me muito claros. Por um lado porque significativa parte da imprensa nacional é controlada por capitais angolanos, o que se estende a alguns blogues onde destacados opinadores portugueses optam pelo silêncio ou pela crítica tímida e de ocasião, opinadores esses que partilham os seus escritos entre esses blogues e jornais controlados pela ditadura angolana, que paga pela sua opinião e que, como seria de esperar, a pouco mais está autorizada do que a beliscar o regime dos Santos. Por outro porque o regime não deu o “mau exemplo” que os governos do PT deram ao mundo ao aplicar políticas sociais progressistas que permitiram tirar milhões da miséria. Em Angola não existem petrodólares para Saúde ou Educação. Apenas para generais, filhos e enteados da ditadura"...
... a insuportável leveza de ser uma divina merda...
"Quando os tabloides substituíram, no seu comportamento e na interpretação que fazem da lei, “interesse público” por “interesse do público” mudaram as regras do jogo. Em vez da deontologia, que defende o interesse público, está a concorrência, que sacrifica todos os direitos civis ao “interesse do público”. Ao negócio, portanto. Começamos a permitir a jornalistas o que só foi “permitido” à PIDE/DGS: vasculharem na correspondência, desrespeitarem todos os momentos de intimidade sem qualquer limite de pudor ou compaixão, tornarem públicas escutas policiais, relevantes ou irrelevantes para um processo. A selvajaria tabloide é em tudo semelhante à selvajaria do sistema financeiro. É o mercado à solta sem obedecer a outra ética que não seja a mercantil. Dizer que basta não consumir o que agride os direitos de terceiros para a coisa desaparecer é acreditar que o mercado se regula a si mesmo. E isso não é verdade. Ou os jornalistas e empresas de comunicação social se organizam para se autorregularem, punindo exemplarmente quem viole os direitos dos cidadãos, ou terá de ser o Estado a proteger-nos, apertando muito mais os limites, com assustadores riscos de censura política. Em nome da liberdade de imprensa nunca permitirei que filmem um velório de um filho meu. Em nome dela nunca aceitarei que um jornalista faça o que não permito a um polícia ou a um juiz. Se a liberdade de imprensa põe em risco todas as outras deixa de fazer sentido defende-la."
Daniel Oliveira
Daniel Oliveira
domingo, 20 de março de 2016
Chegou a primavera...
Aproximam-sem radiosos dias de sol.
A passagem do tempo está a tornar cada vez mais difícil a vida ao primeiro-ministro sombra...
A passagem do tempo está a tornar cada vez mais difícil a vida ao primeiro-ministro sombra...
Amostra sem valor
António Gedeão |
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
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