terça-feira, 17 de março de 2015

A ideologia da caridadezinha..

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Como sabemos, Portugal sempre foi um país pobre e periférico".
Pelas políticas implementadas  por governos anteriores e pelo trabalho feito por este governo,  já sabíamos que  teria que haver  distribuição de alimentos, vestuário e medicamentos aos pobrezinhos.
Ao contrário do que quer fazer crer a propaganda governamental – estamos em anos de eleições - tudo tem vindo a piorar. Já, até, existem ajudas para o pagamento dos transportes, gás, electricidade e combustíveis.
Sem muitos darem conta, estamos a retornar aos tempos da caridadezinha hipócrita da consciência tranquila, que quem viveu antes do 25 de Abril de 1974 em terras onde a miséria campeava,  bem se recorda.
Enquanto país, somos o que somos, desde 1143. Os poderes, que continuam a conseguir manter os governados em rédea curta, asseguram a estabilidade do sistema.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.
Quanto às IPSS e ao seu trabalho, estou à vontade, pois tive responsabilidades directivas durante alguns anos na gestão de uma das mais antigas do nosso concelho, pelo que conheço bem a realidade de que fala o vereador PS, dr. António Tavares, na sua habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS...

Portugal sempre foi um país pobre e periférico. 
A foto é de 1943 e foi sacada daqui. Mostra a realidade da Cova e Gala desse tempo. Na altura, vivia-se em plena II Grande Guerra. Aqui, neste cantinho à beira-mar plantado, imperava o desemprego, o medo, o racionamento, a miséria e a fome. Éramos gente cabisbaixa, vencida e resignada, entregue a um destino sem sentido e ferida na sua dignidade. Valia o altruísmo de alguns a quem doía a visão da fome e da miséria. Estávamos em 1943 em plena Cova num local que alguns, porventura, ainda reconhecerão.
Desde 1143 sempre vivemos com enormes dificuldades.
A epopeia marítima, essa grandiosa glória lusa, aconteceu apenas por ser insustentável e insuportável viver neste rectângulo à beira mar plantado.
Iniciou-se assim a diáspora portuguesa, que ainda hoje leva muitos dos melhores para bem longe.
Portugal padece de uma genética incapacidade nacional: a de conseguir construir uma sociedade evoluída seja a que nível for -  cientifico, técnico, cultural, social ou económico.
Por sua vez, os políticos sempre tiveram como meta preservar esta situação: a sociedade de governantes e de governados, mantendo estes com rédea curta por via de favores e esmolas.
Construiu-se  - e mantém-se, assim, uma sociedade favorecida, dentro de uma outra, de desfavorecidos. A dos empregos pelo partido e não pela competência, dos negócios pelos interesses e não pela qualidade orçamental, da governação pelos favores e não pela liberdade do voto em consciência.
Enquanto país, somos o que somos, desde 1143. Os governantes, que continuam a conseguir manter os governados em rédea curta, asseguram a estabilidade do sistema.
É assim que se perpetua a pobreza, a caridadezinha e a humilhação de não podermos ser cidadãos de corpo inteiro.

Pensar de pernas para o ar


A ESQUERDA PORTUGUESA NO PÓS- 25 DE ABRIL

Em síntese, a "história condensada", resume-se a isto:
- Precisamos de unidade à esquerda.  
- Tens razão, vamos fundar um partido.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Advogado de Sócrates manda jornalista "tomar banho"!..

Com um advogado destes, Sócrates tá entregue à bicharada...

Acabou de ser aprovado em reunião de Câmara o nome de Nuno Gonçalves para a admnistardor da Figueira Domus

Estas "histórias" em torno da nomeação de "malta" afecta ao PS para cargos dirigentes da administração pública concelhia, não deixa de ter a sua piada... 
Entretanto, na opinião do presidente da câmara, "tem de se dar tempo ao conselho de administração da Figueira Domus para se pronunciar sobre a questão"...
Miguel Almeida, em resposta estranhou que que não se responsabilize Hugo Rocha, pela irresponsabilidade de facultar a sua password...
Na sua opinião "as regras têm de ser cumpridas"...
Quanto a mim, que não percebo nada disso, negligência é negligência. 
Ponto.
Nestes termos, dada - na opinião do dr. Ataíde -  "a inestimável colaboração do dr. Hugo Rocha" - a nós, figueirenses, resta-nos, então, confiar na transparência da gestão da câmara...
E ficámos a saber isto, sublinhe-se, graças à tolerância do presidente da câmara para o diálogo com o vereador Somos Figueira, Miguel Almeida!..

O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”... (III)

para ler,
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"...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
António Tavares, ainda vereador PS, no dia 12 de março de 2014, uma terça-feira, na sua habitual crónica no jornal AS BEIRAS.

“A propósito da situação de degradação do Edifício O Trabalho, que lamentavelmente se acentua sem solução à vista, o vereador Carlos Monteiro… advogou «todos temos de ser proactivos».
Heureca! Proactivos, pois então! Eis definitivamente encontrada a solução para o edifício – a proactividade!
E eu juro que vou treinar para proactivo!”
Joaquim Gil, advogado, entretanto falecido, sábado dia 17 de março de 2014, na sua crónica no jornal As Beiras.

A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério...
Como sublinha o título da crónica de hoje no jornal AS BEIRAS, do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida, este é "um Edifício que é um Trabalho"!

Figueira Domus: nomeação de Nuno Gonçalves vai ser hoje votada

A nomeação do administrador executivo da empresa municipal volta, hoje, a ser submetida a votos, na reunião de câmara, que se realiza a partir das 15 horas, que devido à ausência do vereador João Portugal na última vai novamente a votos.
Nuno Gonçalves vai substituir Anabela Gaspar, que se demitiu em fevereiro último.  

"Aldrabões à nossa volta"

Sócrates e Passos, passado e presente.
Costa e Rio, o futuro deste passado.
Ler aqui o texto de Catarina Mortágua. 

António José Seguro (ainda se lembram dele?..) deve andar por aí a rir à tripa forra!..

Marques Mendes sobre dívidas de Passos: "PSD bem pode agradecer ajuda do PS".

domingo, 15 de março de 2015

Isto é que é isenção!..

Para Miguel Sousa Tavares Ricardo Salgado "era o melhor banqueiro português"... 

Em tempo. 
1. “Sou amigo do Ricardo há muitos anos, para além das relações familiares. E continuo a achar que ele era o melhor banqueiro português”.

2.  Tem uma filha casada com um filho de Ricardo Salgado.

3. Numa entrevista dada a JOÃO CÉU E SILVA, em 13 julho de 2008, à pergunta do jornalista:  "Em Portugal tudo acaba sem responsável e responsabilidade."  Ainda pensa assim?", respondeu:
"Sim e em muitas coisas, basta ver a "Operação Furacão", que dura há três anos, pôs sob suspeita a nata do nosso empresariado e o que é que nós sabemos? Que até agora já se devem ter gasto uns milhões a investigar, uns milhares de páginas a relatar, uns tipos apanhados a fugir ao fisco que foram pagar voluntariamente e o Estado recuperou os dinheiros mas nem sequer o nome deles sabemos. Mesmo que não acabe em acusações em tribunal, deveria ser público que o grande empresário condecorado no 10 de Junho devia um milhão e desviou dinheiro para uma offshore." 

Aquacultura e pesca

“No ano passado, pela primeira vez, a captura de peixe selvagem, em mar aberto, foi inferior ao peixe produzido pela aquacultura. Ou seja, tem havido má gestão dos mares e das capturas do peixe selvagem. Além da poluição, a pesca excessiva dizimou 70% dos stocks que agora não são comercialmente viáveis no Atlântico.”

 “A maioria dos consumidores desconhece que o peixe é o único animal selvagem “natural” que é comido a um preço aceitável. As cavalas e sardinhas são dos poucos peixes capturados de forma responsável, a preço módico. Deveríamos proteger melhor os mares da ganância alheia e pensar em reduzir o consumo de espécies ameaçadas.”

Frases da crónica do eng. João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, publicada ontem no jornal AS BEIRAS.

É desolador: ao estado a que isto chegou!..

Notícias sobre a existência de uma lista- a chamada "lista VIP" do fisco - cujo cadastro fiscal está especialmente protegido, vá lá saber-se porquê e para quê, podem levar a pensar que também a Administração Fiscal se submeteu ao compadrio que está a tornar a democracia portuguesa, numa democracia frágil...
Foi aqui que nos conduziu o pior Governo da curta história da Democracia portuguesa, suspenso pelos fios do pior Presidente da República da curta história da Democracia portuguesa.

sábado, 14 de março de 2015

No país do respeitinho...

foto sacada daqui
“A maioria dos portugueses não acredita nas justificações do primeiro-ministro para a falta de pagamentos à Segurança Social. Ainda assim, de acordo com o estudo da Eurosondagem, são mais os entrevistados que consideram ter havido esquecimento ou desleixo, do que culpa intencional. Talvez por isso, a maioria não defende a demissão de Passos Coelho.” 
O senhor presidente do conselho continua a ser o senhor presidente do conselho. 
Eles, são eles. Nós, somos os outros... 
E, a nós, respeitinho fica-nos muito bem, é muito lindo, assenta-nos que nem uma luva... 
Pobretes, honrados, asseados, mas sempre tontos e alegretes...
Não esqueçam em que país vivemos.
Portanto, caladinhos, respeitinho, não façam ondas, sobretudo evitem perguntas incómodas ou complicadas. Governa e decide quem pode, obedece e faz quem deve. 
Continua a ser assim e não podia ser de outra maneira.
Como adorei a entrevista que li hoje no jornal i!..
Para José Gil pensar voltou a ser uma questão de vida ou de morte.
Mas, isso, pelos vistos, deverá ser só para José Gil e mais pra aí uma meia dúzia de idiotas...

Peter Pereira - um fotojornalista

imagem sacada daqui
O português e figueirense Peter Pereira recebe este sábado, nos Estados Unidos, o prémio Fotógrafo do Ano de Nova Inglaterra, região que inclui seis Estados norte-americanos, da National Press Photographers Association, organização que representa todos os fotojornalistas do país.
Para Peter Pereira “o fotojornalismo nasce da ideia de chegar às pessoas numa linguagem que todos podem entender, criar histórias visuais que chamam a atenção de uma forma que não pode ser ignorada. Quando recebes um prémio, isso dá-te uma oportunidade para mostrar às massas histórias em que tens interesse”.
Nos últimos 17 anos, além dos prémios da National Press Photographers Association, recebeu a distinção de fotógrafo do ano da New England Newspaper & Press Association, por sete vezes, e um prémio de excelência dos prémios China International Press Photo.
No campo da fotografia, diz que o fotojornalismo foi sempre a única opção para si.
Ao contrário de outros tipos de fotografia, tem um impacto directo na forma como olhamos o mundo. É uma linguagem universal, capaz de atravessar fronteiras. Não tenho dúvidas de que o fotojornalismo consegue mudar o mundo”.
Representado pela agência portuguesa “4SEE”, Peter diz que continua ligado ao país que deixou há quase 40 anos.
Vivi nos Estados Unidos a maior parte da minha vida, mas gosto da ligação que esta agência me dá ao meu país.
Tenho orgulho de ser português, de promover o país o quanto posso e vou sempre considerar-me português”.
Peter Pereira tem família na Cova-Gala. Parabéns Peter Pereira.

O povo é sereno: tudo mais ou menos como dantes...

"Sondagem. 
PSD cai e Passos desce na popularidade".
Sejamos optimistas: temos à porta o verão e verão que tudo se compõe...
Nós não somos a Grécia e daqui a mais umas décadas com a malta dos partidos do actual "arco do poder" seremos quase alemães...
Agora, é tempo de ir até à praia, encher o peito de ar e respirar fundo...

sexta-feira, 13 de março de 2015

No fundo, o que se passa é isto:

"O teu partido é mais podre do que o meu"...
Não interessa, a qualquer das partes, entrar nesta "destruição mútua garantida"
Ambos têm grandes telhados de vidros. 
Importa ameaçar, mas não concretizar.

O caso sobre a situação fiscal de Passos Coelho chegou ao fim...

Quer saber porquê? Veja o video abaixo...

Os “esquemas” dos profissionais da política...

para ver melhor, clicar em cima da imagem
Penso que muita gente saberá que o Município de Lisboa, entre 09.01.2012 e 31.10.2013, pagou durante 670 dias (um ano e 10 meses) a Miguel Almeida 66 000 Euros, para Miguel Almeida andar a fazer campanha para as autárquicas na Figueira.
Pagou a Câmara de Lisboa, isto é, os contribuintes.
Mesmo assim, antes a Câmara que a Misericórdia...

Ninguém gosta muito de falar sobre estes assuntos.
Desde já um aviso: isto não é nada contra ou em desabono de Miguel Almeida.
A política não pode ser feita só pelos ricos.
As pessoas têm contas a pagar.
Alguém tem de pagar.
Mas quem?
Os privados?
Isso tem sempre um custo...
Os contribuintes, como foi o caso?
Isso também tem sempre um custo...
Como achamos que ninguém deve pagar, valemo-nos de “esquemas”...

A democracia, qualquer dia, só será acessível aos chamados “profissionais da política”.
Da direita à esquerda.
O sistema profissionalizou-se e exige dedicação a tempo inteiro – como foi o caso: entre a eleição interna e as autárquicas de outubro de 2013, o político Miguel Almeida passou largo meses "a tempo inteiro" em campanha.
Temos de ser realistas e concretos: como isto funciona, só um político a tempo inteiro ou um detentor de um emprego público tem condições de fazer campanha para um cargo político de relevo como é a presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Nós, os normais, ou somos ricos, ou temos pais ricos, ou temos de ir trabalhar todos os dias, ou vamos ao Totta...

Quer queiramos, quer não, estamos entregues a profissionais da política – Cavaco Silva, Passos Coelho, António José Seguro, António Costa, Paulo Portas – e depois limitamo-nos a queixar que os políticos não percebem nada da vida real. O que é verdade.
Como em tudo na vida, há a excepção que confirma a regra - os funcionários públicos.

Aqui na Figueira, o Município de Lisboa, entre 09.01.2012 e 31.10.2013, pagou a Miguel Almeida 66 000 Euros, para Miguel Almeida andar a fazer campanha para as autárquicas de 2013, que se realizaram no dia 29 de setembro.
Nada de mais aceitável, compreensível e justo. Alguém tinha de o fazer. Isto, é: alguém tinha de pagar.
Antes a Câmara de Lisboa do que a Misericórdia...

António Costa foi na véspera do último debate à AR para preparar o grupo parlamentar do seu partido – o que  aumentou as expectativas de que o PS iria aproveitar para levar Passos Coelho ao tapete. 
Assisti ao debate. Com o debate a decorrer, enquanto nas galerias alguns jovens  invectivavam o primeiro ministro com gritos de  "Metes nojo", apenas Catarina Martins e Heloísa Apolónio se esforçaram por manter vivo e incisivo o debate. Ferro Rodrigues, então, fez uma intervenção estranha e quase patética... 
Não sei se terá  tido alguma coisa a ver com o comportamento do PS no debate a «visita» de António Costa na véspera, mas ontem li no jornal i, que o PS de José Sócrates contratou António Costa após a sua demissão do governo. Segundo o jornal “o PS, liderado por José Sócrates, contratou em 2007 António Costa como «assessor político», quando o socialista saiu do governo para se candidatar às eleições intercalares de Lisboa, para apoiar «a acção governativa» durante a presidência portuguesa da União Europeia. O período de prestação de funções foi de dois meses e meio, no qual Costa terá recebido um total de 12 500 euros, e coincidiu com toda a campanha eleitoral, terminando no dia antes da tomada de posse na Câmara de Lisboa. O líder socialista saiu do executivo a meio de Maio de 2007, para ser o candidato do PS nas intercalares de Lisboa, depois da demissão de Carmona Rodrigues. A candidatura foi aprovada pelos órgãos do partido no dia 15, quatro dias depois António Costa apresentava a sua lista à câmara. Seguiram-se a pré-campanha e a campanha até às eleições de 15 de Julho que António Costa venceu, tomando posse a 1 de Agosto. Durante este curto período eleitoral intenso, o socialista recebeu 5 mil euros mensais, de acordo com uma deliberação da comissão de gestão do partido a que o i teve acesso, e que entrou em vigor a 17 de Maio desse ano. Mas as funções associadas eram de assessoria política no contexto da presidência da União Europeia (no segundo semestre desse ano).” 

Percebem porque é que isto funciona assim? Percebem porque é que, por exemplo, o debate da passada quarta-feira na Assembleia da República, quando muitos esperavam que fosse viril, com perguntas incisivas da oposição sobre a questão que tem envolvido o incumprimento fiscal e contributivo de Passos Coelho, foi afinal uma decepção? 
Percebem agora porque é que, também, cá pela Figueira, alguns assuntos  - que é o que vai acontecer com o caso Figueira DOMUS - são tratados com "paninhos quentes" - como diz o povo, "pondo alguma água na fervura"...
Cá pra mim, devem existir muitos telhados de vidro na democracia portuguesa...
Em todo o Portugal continental e nas ilhas adjacentes...