terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Daqui a pouco na Foz do Mondego Rádio "Tem a palavra" Pedro Cruz
Hoje, das 21 às 22h00, o fotojornalista Pedro Cruz é o convidado do programa da Foz do Mondego Rádio "Tem a Palavra", para uma conversa sobre o seu percurso, as suas referências, os seus objectivos e, em especial, a exposição que inaugura, este sábado, no Mercado da Gala, "Alerta Costeiro 14/15", em que denuncia, através de dois anos de fotografias, a degradação da orla costeira na margem sul.
Um programa a não perder, em 99.1 e em myradiostream.com/fozdomondego.
Uma Aldeia em agonia...
Vejam o que o mar comeu em 13 meses!..
Encontrei a foto acima no facebook do João Pita.
Foi publicada em 23 de Janeiro de 2014.
Encontrei a foto acima no facebook do Pedro Agostinho Cruz.
Foi publicada em 21 do presente mês Fevereiro.
Entre uma e outra fotos, decorreram apenas cerca de 13 meses.
Isto, que temos vindo a denunciar desde 11 de dezembro de 2006, é uma vergonha. Mais do que
uma vergonha, é uma imoralidade.
Para além das pessoas, sem dúvida o
mais importante, também está em risco, todo um património
conquistado ao longo de vidas trabalho, por vezes, sabe-se lá com
que sacrifícios...
Leituras
para ler a crónica, clicar na imagem |
Mas, isso, são outras contas.
Na Figueira não pode ser sempre carnaval. Todos sabemos que a maior razão da manutenção do Carnaval de Buarcos ao longo dos anos, pago com fundos públicos por executivos camarários PS e PSD, se deve ao facto de só assim ser possível manter as escolas de samba que, como sabemos, representam muitos votos.
As virgens ofendidas que têm permitido com a sua cobardia política a modalidade que praticam as escolas de samba, financiadas ao longo dos anos por dinheiros públicos,
provendo deste modo - com o dinheiro dos outros – as suas
actividades lúdicas, fariam um favor à sociedade se começassem a
custear do seu bolso essas práticas.
Seguramente que o seu orgulho, seria mais seu, e o seu esforço, mais
admirável.
No fundo, resume-se ao princípio tão
em moda, do utilizador-pagador.
Poderiam orgulhar-se, pessoal e individualmente, dos seus feitos ou, do apoio dado à escola do seu coração. As escolas de samba, enquanto auto-suficientes e propriedade dos seus indefectíveis, financiadas por eles próprios, merecem-me o respeito que qualquer pessoa colectiva ou particular é credora. As outras, as que se alimentam dos impostos e estratagemas diversos, merecem-me apenas, distanciamento.
É aceitável o argumento de que é preferível manter os jovens ocupados mesmo que seja a sambar do que deixá-los à deriva.
Creio, porém, que é para isso que os
contribuintes figueirenses já pagam, por exemplo, o desporto
escolar, o Museu e Biblioteca e o CAE.
No usufruto do direito de opinião e
livre expressão constitucionalmente garantidos, contesto a prática
de distribuição sistemática de subsídios para o carnaval -
entenda-se em minha opinião, gasto injustificável de dinheiro
público.
Na crise em que o nosso concelho
continua mergulhado, é inaceitável que as autarquias continuem a
exigir mais e mais impostos aos cidadãos para os delapidarem em
propaganda eleitoral. É óbvio que a este executivo, como disso já deu muitas provas - falta também a
lucidez e a coragem para acabar com este e outros carnavais.
Já quanto ao combate à anterior “tesura” - que até deu para ficar a dever ao quiosque - referida na crónica do vereador Tavares, é pena que se não verifique o mesmo empenho quando se trata de defender o património que mexe com a qualidade de vida de todos – como é o caso do lastimável estado das estradas do concelho.
Veja-se, por exemplo, o que se passa na saída do
Hospital Distrital da Figueira da Foz: no parque de estacionamento
pago a Câmara “investiu” mais de 80 mil euros num piso que está
um brinquinho. Logo que que se passa a cancela que controla a
“bilheteira” é o caos que clicando aqui pode constatar...
Pois é senhor vereador: no que é importante, assobia para o lado...
A política e a culinária devem
respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é
na sua correcta aplicação que está a arte.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Harald Schumann, jornalista alemão que está a realizar um documentário sobre a troika, explica ao PÚBLICO por que acusou o Governo português de "censura"...
Em tempo.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.
O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.
Ontem, foi noite de óscares...
Prémio para o melhor actor secundário:
Pedro Passos Coelho em “O bom alemão a quem o medo consome a alma"...
Pedro Passos Coelho em “O bom alemão a quem o medo consome a alma"...
A “barrinha do sul”... (II)
Tributo a José Afonso - 23/02/1987 - 23/02/2015
Onde quer que estejas...nós estaremos
contigo!
Obrigado pelas tuas canções!
Obrigado pelas tuas canções!
Aproxima-se Abril e a generosidade que
tantas vezes salta fronteiras e se aproxima dos que combatem pela
liberdade ou, apenas, por um futuro digno, começa a ser mais
assiduamente evocada.
Pode haver gente ignorante ou miserável
que despreza a história ou os outros - mas, a esses devemos ter a
sabedoria de desprezar...
Estamos quase em Abril, o mês do
generoso laço da Fraternidade e da Liberdade que nunca deveremos
calar no nosso peito.
A vida de um País é naturalmente
cheia de períodos bons e de outros para esquecer. O período que
estamos a atravessar é destes últimos: para esquecer.
Abril, para mim, todos os anos é um
bom mês para renascer.
José Manuel Cerqueira Afonso dos
Santos, que nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929,
morreu em Setúbal, no dia 23 de Fevereiro de 1987.
Foi um cantor e compositor português,
também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, que para muitos
continua a ser sinal de esperança no futuro.
Portanto, neste dia
que fica aqui superiormente assinalado com o texto inédito do meu Amigo Luís Pena, fica a esperança que a esperança renasça, que a vontade de
lutar renasça, que a força renasça - até porque, nossos, são possíveis todos
os caminhos.
O texto de Luís Pena:
"Hoje, tal como defendia o Zeca, já em 1963, é preciso enfrentar os Vampiros que “comem tudo e não deixam nada”, opormo-nos a um modelo de sociedade que nos oprime e que “é imposta aos jovens de hoje, teleguiada de longe por qualquer FMI, por qualquer deus banqueiro” por uma Troika sem qualquer legitimidade democrática, cuja politica cega de austeridade empobreceu o país e que foi, pasme-se, recentemente criticada pelo presidente da Comissão Europeia, o senhor Junkers.
"Hoje, tal como defendia o Zeca, já em 1963, é preciso enfrentar os Vampiros que “comem tudo e não deixam nada”, opormo-nos a um modelo de sociedade que nos oprime e que “é imposta aos jovens de hoje, teleguiada de longe por qualquer FMI, por qualquer deus banqueiro” por uma Troika sem qualquer legitimidade democrática, cuja politica cega de austeridade empobreceu o país e que foi, pasme-se, recentemente criticada pelo presidente da Comissão Europeia, o senhor Junkers.
José Afonso defendeu dois ideais
fundamentais: a liberdade e a justiça social.
O primeiro ele pôde realizá-lo ao
cantar sem ter a Pide à espreita…
O segundo, infelizmente, está por
alcançar e daí as suas canções continuarem actuais.
- Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre a corrupção e as gritantes desigualdades sociais
que assolam este país?
- Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre o patobravismo e chico-espertismo que destruiu a
paisagem do litoral português?
-Que canção cantaria Ele hoje, se
fosse vivo, sobre a emigração dos jovens?
-Que canção cantaria Ele, se fosse
vivo, sobre a Troika e a servil submissão de Portugal à Alemanha?
- Tantos temas e canções que tinhas
para nos cantar…
O Zeca está entre nós, com os seus
sonhos e denúncias, com a sua imensa autenticidade e generosidade.
Obrigado, Zeca, pelas tuas
canções, pelas tuas mensagens e, sobretudo, pela tua
Dignidade!
Um abraço,
Luís Pena"
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Um calendário - já!..
Na sua habitual crónica dos sábados no jornal AS Beiras, o engº. João Vaz deu conta do óbvio.
"A maior parte das estradas do concelho está degradada. Sabemos todos que não há manutenção preventiva nem planeamento na sua conservação. Além disso, o excesso de vias asfaltadas (mais de 900 km), devido à dispersão urbanística, exige meios financeiros consideráveis. Principalmente os “rasgos” e remendos sucessivos estragaram as vias. As várias entidades que abrem buracos (águas, electricidade, comunicações, gás) não comunicam entre si. Logo, abrem buracos a mais. Muitas vezes, a rua é asfaltada e na semana seguinte já alguém decidiu meter “um tubo” e criar um “rasgão”, ou seja, um “buraco”. Esta ineficiência do abre e fecha buraco é agravada por um regime legal que não obriga a quem abre “buraco” a repor o piso por completo. A lei fomenta o remendo. Pouco se houve ou vê que demonstre empenho das entidades em coordenar esforços e evitar os agora “inevitáveis” buracos. A câmara, ao tapar buracos, não o faz de forma eficiente."
No sentido de dar ideias para a resolução de tão cadente problema, fica o seguinte.
"A maior parte das estradas do concelho está degradada. Sabemos todos que não há manutenção preventiva nem planeamento na sua conservação. Além disso, o excesso de vias asfaltadas (mais de 900 km), devido à dispersão urbanística, exige meios financeiros consideráveis. Principalmente os “rasgos” e remendos sucessivos estragaram as vias. As várias entidades que abrem buracos (águas, electricidade, comunicações, gás) não comunicam entre si. Logo, abrem buracos a mais. Muitas vezes, a rua é asfaltada e na semana seguinte já alguém decidiu meter “um tubo” e criar um “rasgão”, ou seja, um “buraco”. Esta ineficiência do abre e fecha buraco é agravada por um regime legal que não obriga a quem abre “buraco” a repor o piso por completo. A lei fomenta o remendo. Pouco se houve ou vê que demonstre empenho das entidades em coordenar esforços e evitar os agora “inevitáveis” buracos. A câmara, ao tapar buracos, não o faz de forma eficiente."
No sentido de dar ideias para a resolução de tão cadente problema, fica o seguinte.
Que tal, todos os membros do executivo camarário - incluindo a oposição - e da assembleia municipal despirem-se para um calendário a vender no concelho e além-concelho...
Neste momento, não
vejo outra solução para a ajuda de que tanto necessitamos para colocar minimamente aceitável, por exemplo, a circulação nas estradas da Serra da Boa Viagem.
Além do mais, sempre
seria um gesto solidário, visto que há muitos anos não sabem fazer-nos mais nada...
"Nada há de mais ruidoso - e que mais vivamente se saracoteie com um brilho de lantejoulas - do que a política."
Será que, alguém com capacidade e talento, um dia, aparece nesta cidade, e consegue escrever sobre as putas, os putos, os chulos, os cabrões e os proxenetas que têm passado pelos meandros da política figueirense nos últimos 35 anos, dando nome aos animais?..
Será que a candidatura presidencial de Santana foi de carrinho empurrada pelo “lambretas”?..
O “Ministério da Segurança Social
abriu uma auditoria à Santa Casa no primeiro mandato de Santana”.
Segundo o Observador (que cita o
Expresso), “o lançamento da auditoria deu-se escassos dias antes de
Santana Lopes mudar de ideias sobre a data ideal para o lançamento
de uma candidatura às eleições presidenciais”...
Recorde-se
que o mandato de Santana Lopes à frente da Santa Casada Misericórdia de Lisboa tem
enfrentado diversos casos polémicos. Em agosto, o
Público noticiou que,
nos últimos cinco anos, o conselho de auditoria interna emitiu
pareceres sucessivos em que alertava para o facto de a
“sustentabilidade futura” da instituição não estar garantida.
Seguiram-se depois notícias sobre contratos
suspeitos na
área da saúde (que um inquérito interno desvalorizou) e ainda
sobre alegadas
preferências de
Santana por militantes do PSD e do CDS para cargos de gestão.
Santana Lopes é o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa desde 2011. Segundo o Diário de Notícias, o Gabinete de Mota Soares já respondeu oficialmente dizendo que fiscalização à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa faz parte da gestão "corrente".
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Gala, um olhar sobre a antiga borda do rio...
imagem COVA GALA...entre o rio e o mar... |
Em 25 de junho de 2007, sobre a antiga
borda do rio da minha Aldeia, escrevi aqui.
“É
bom ter boa memória.
A
nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez
a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória
esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez."
A imagem que desenterrei da minha memória ao olhar para este quadro, já desapareceu há anos.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
Ainda bem que o artista, em boa hora, pintou esta obra...
Era tão bonita a antiga borda do rio da minha Aldeia.
Uma informação final.
O autor do quadro é Carlos Camarão.
A memória nostálgica é perigosa, é mesmo muito perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida como período do nosso passado que é útil e bom recordar.
Vamos então olhar para este quadro com lucidez."
A imagem que desenterrei da minha memória ao olhar para este quadro, já desapareceu há anos.
A variante levou este postal magnifico da nossa Terra.
Ainda bem que o artista, em boa hora, pintou esta obra...
Era tão bonita a antiga borda do rio da minha Aldeia.
Uma informação final.
O autor do quadro é Carlos Camarão.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
A “barrinha do sul”...
Tal como alertámos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla
costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era
já então uma prioridade.
Continua a ser... Até porque,
entretanto, e já passaram quase 9 anos, nada se fez.
As dunas continuam a ser devastadas e
quem de direito nada faz...
Hoje, cerca das 16 horas, como as fotos documentam, o mar continuava a invadir a freguesia de S. Pedro.
O povo já baptizou o local por onde o
mar entra com facilidade como a “barrinha do sul”...fotos de António Agostinho. Mais fotos aqui. |
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