Disse, entre outras coisas, Juncker, que criticou Durão Barroso:
"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia, em Portugal e também na Irlanda. Eu era presidente do Eurogrupo e pareço estúpido em dizer isto, mas há que retirar lições da história e não repetir os erros"...
"A troika é pouco democrática, falta-lhe legitimidade democrática e devemos rever essa questão quando chegar o momento..."
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
A propósito de reuniões camarárias à porta fechada...
Foi uma reunião que teve muita participação popular no período a esse fim destinado.
Foi essa a melhor memória que registei da reunião camarária de ontem à tarde...
Mas, por quanto tempo pode essa imagem
persistir na minha memória?
Na próxima reunião de câmara, mesmo que queira, não posso acompanhar o que, presumo, de mais importante se passa no meu concelho.
Na próxima reunião de câmara, mesmo que queira, não posso acompanhar o que, presumo, de mais importante se passa no meu concelho.
Deverei concluir que a persistência
dessa futura nova imagem na minha memória, se ficará a dever ao
facto de a porta daquela casa se encontrar fechada durante as horas
que durar a próxima reunião camarária?
A meu ver não deverei.
A meu ver não deverei.
A
persistência da perturbação que essa futura memória causa em mim e,
estou certo, em muitos figueirenses, ficará a dever-se mais ao
facto de perdurar em nós a imagem da porta fechada.
Mas, sobretudo, em mim e, presumo, que em
milhares de figueirenses, vai perdurar a imaginação daquilo que, para além
da porta fechada, não pude observar...
Nessa futura próxima memória, o elemento mais
forte pode muito bem consistir numa imagem daquilo que não pude assistir, mas posso
imaginar que, eventualmente, possa vir a acontecer...
Imaginações vagas e férteis todos temos... E, sobretudo, persistentes.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Senhor Doutor Nobre:
A malta tem memória curta, mas assim tanto também não...
Senhor Doutor Nobre:
Fernando Nobre, o Senhor Doutor, andou meses a fazer campanha eleitoral para a presidência da república, jurando aos portugueses que estava acima dos partidos.
Em 2011, foi o cabeça de lista do PSD por Lisboa e candidato a presidente da AR se o PSD vencesse as eleições, como aconteceu.
Não precisávamos de Fernando Nobre, o Senhor Doutor, para nos confirmar que a política em Portugal, hoje em dia, é uma obscenidade, um jogo de interesses obscuros, onde está aberto o campo a todo o tipo de oportunismos.Senhor Doutor Nobre:
Assim se foi tirando credibilidade à política e desacreditando a democracia!..
Embora não tenha votado em si, sinceramente, ainda hoje tenho pena...
Embora não tenha votado em si, sinceramente, ainda hoje tenho pena...
Isto, depois de Fernando Nobre, o Senhor Doutor, ter sido candidato pelo BE ao Parlamento Europeu!..
Sempre coerente, portanto...
Para a democracia portuguesa ficar completa só faltava Fernando Nobre, o Senhor Doutor!..
Sempre coerente, portanto...
Presidenciável...
António Vitorino, será sempre um nome
a ter em conta: a opinião dele pesa no PS. Poucos ainda se lembram
que António Vitorino entrou no partido pela ala esquerda, vindo da
UEDS de Lopes Cardoso: hoje, é um dos expoentes da ala direita...
Prós - Tem um discurso fluente, embora fale com excessiva rapidez para o entendimento de alguns, que não lhe acompanham o raciocínio.
Contras - Nas "fotos de família" da União Europeia corria o risco de não ser visto se alguém cometesse a maldade de o colocar na segunda fila. (daqui)
Em tempo.
"Num golpe de génio, Santana Lopes enunciou ontem uma verdadeira novidade teórica que fará tremer os fundamentos do pensamento político e, digo mesmo, filosófico. Segundo ele, a prova de boa governação e a permanente relegitimação do governo, emerge do número de grandes manifestações que não se fazem. Quer dizer: não havendo manifestações, o povo está com o governo. É feliz.
Estivesse do outro lado da mesa qualquer cândido cidadão que não o sabido do Vitorino, não deixaria de lhe perguntar se o governo, quando há grandes manifestações, se deveria demitir.
Mas parece que, no seu tempo, ambos faltaram às aulas de lógica." (daqui)
A propósito de «gajos porreiros» que apoiam reuniões camarárias à porta fechada...
Hoje de manhã - ironicamente, eu sei... - um amigo meu de longa
data, alertou-me para algo que, confesso, me estava a passar
completamente ao lado.
Pela conversa, fiquei a perceber que, na Figueira, devo ser o único tolinho
a achar - como sabem, o figueirense gosta de «achar»... - obscenas
as manifestações públicas de um dos «gajos mais porreiros» da política e da cultura local - «quando convém, está sempre estrategicamente ausente, faz de conta que discorda, para, depois, de forma hipócrita e sagaz, através de palavrinhas mansas, manipuladas e ensaiadas, aparecer a salvar a face do poder que assume e exerce com unhas e dentes».
É pá, mas o que querem?.. Eu sou
assim, inquieto e rebelde...
Não é que eu tenha nada contra os
«gajos porreiros» que gostam de apoiar e ser apoiados. E é sabido que
o figueirense gosta muito de «apoiar». Principalmente quem está conjunturalmente no poder. É uma coisa que lhe está no sangue: «apoiar».
O que, reconheço, é sinal de
inteligência: a tendência é «apoiar-se» o poder, não vá a
solidão e o ostracismo tecê-las...
Não querendo pôr em causa nada e,
muito menos, ninguém, ingenuamente pergunto: que é feito do homem de cultura, anti-sistema, revoltado com o populismo, entregue à discreta solidão criadora?
Finou-se? Faleceu? Bateu as botas?
Agora é só alegria, confraternização,
pancadinhas nas costas: no fundo o culto do «lambe-botismo».
O que prova, que pela Figueira, o
pudor é qualidade em avançado estado de rarefacção.
Bom, mas tudo tem os seus pontos
positivos: por exemplo, podermos observar o lado cómico-trágico do
exercício.
Contudo, a conclusão é trágica: a
aritmética não quer nada com a Cultura.
Assessores...
Cada um faz o que quer.
Porém, quando alguém faz uma coisa muito
estúpida, só com muito custo aceitamos que seja capaz de um acto
inteligente.
O anonimato não é motivo para
desqualificar argumentos. O cerne do problema é que ao longo dos
anos o anonimato tem servido para se saltar do argumento para o
insulto vil e cobarde.
Por aqui, há muito que apertámos a
malha ao fartar vilanagem que são as caixas de comentários abertas
aos anónimos.
Consequência: milhares de
“comentários” foram para o lixo.
Curiosamente, apesar de não
ser esse o nosso objectivo primacial, disparou o contador...
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Diz-me, espelho meu, quem é mais democrata do que eu?..
para ler melhor clicar na imagem |
Cá pela Figueira, continuamos com “o mesmo ar bafiento”, e a porta continua por abrir...
Em termos futebolísticos, não temos um Sporting- Benfica, mas temos um Sporting-Belenenses...
Em termos futebolísticos, não temos um Sporting- Benfica, mas temos um Sporting-Belenenses...
Tentando elevar a polémica e passando
para o ramo cultural, o teatro avant-garde, ou mesmo uma
opereta, têm uma coisa em comum: o conteúdo significava nada, a
mascarada tudo...
Lá por ser Carnaval, ninguém leva a mal?..
Os números ainda não estão fechados,
mas presumo que a edição do carnaval deste ano, mais uma vez, volte
a não cobrir os gastos.
Tudo por causa das condições do
tempo, que não permitem que o corso decorra com a normalidade
desejada.
Daí, continuar a pensar que mudar o carnaval lá mais para o verão, talvez não seja assim tão má
ideia...
Na Figueira, e em outros locais do
nosso País, pode haver sempre carnaval, pois existem sempre
soluções...
Essa de mudar a data do carnaval mais
para o verão, é uma delas...
Mas, há mais. Por exemplo, retomar uma comissão para organizar o carnaval. Depois, face ao
prejuízo, poderá recorrer-se a um peditório público.
Não será nada de espantar. Será
apenas mais um...
Num país de pedintes, contribui
quem quer...
Assim, como isto está contribuímos
todos, via Câmara Municipal, através dos impostos que somos
obrigados a pagar.
Eu sei que esta coisa de tudo tentar
resolver pelo recurso à caridade, é assim uma espécie
de menoridade intelectual, mas é o país e o povo que temos (o dos peditórios para amenizar a pobreza, para
proporcionar alguns cuidados de saúde e assistência na
velhice, para realizar festas com artistas que vêm actuar a peso de
ouro, etc... Por conseguinte, porque não um peditório
para organizar os carnavais?)
Um país com as dificuldades
financeiras que todos conhecemos, por experiência própria,
ferozmente escrutinado pelas mais diversas instituições financeira
internacionais, continuar a organizar carnavais com dinheiro
emprestado, isso tenham santa paciência, é que não pode continuar a acontecer!..
Tudo menos isso.
Eu não quero acreditar que vivo numa
cidade - que tal como o País - é governada por irresponsáveis e alienados políticos. Hoje, é um dia à imagem deste governo: "dois terços do país não trabalha e um terço finge que está a trabalhar. Os privados, enquanto gozam a folga, aproveitam para dizer que é muito bem feito que os funcionários públicos (praticamente só os da administração central, porque dois terços das autarquias marimbaram-se para as ordens do governo) estejam a trabalhar, porque são uns calaceiros, pouco produtivos e têm salários exorbitantes.
Ou da estupidez tuga."
Carnaval e dia dos namorados...
Este ano, carnaval e dia dos namorados ocorreram no mesmo fim de semana.
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Ontem, foi o dia dos namorados...
- Pedrito, apetece-me algo...
- Claro, senhora, os vossos desejos são ordens para mim...
- Traz-me um copo de água!..
- Sim, senhora, vou já privatizar!
daqui
E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros...
"Os homens do aparelho fazem sempre as mesmas perguntas: quem é que eu devo apoiar para manter o lugar que tenho (deputado, vereador, assessor, gestor, etc.); quem é que devo apoiar para ter o lugar que quero (no partido, na administração, na autarquia, no governo, etc.), quem é meu “amigo”, quem é o meu “inimigo”, quem é que parece mais capaz para defender os interesses do meu grupo, da minha estrutura, A mim e aos “meus”, amigos, amantes, família, companheiros fiéis, parceiros de negócio. Quem perturba esta lógica, é atirado para as trevas exteriores, seja qual for a sua mais-valia social. Quem não a põe em causa, mesmo que seja um absoluto medíocre, está em casa. Uma vez entrado no sistema, fica lá sempre se se comportar como se espera, se for “confiável”, se não fizer ondas, se mostrar a camisola, se reagir pavlovianamente a tudo o que afecte os interesses do aparelho.
É assim que se fazem as carreiras, é assim que tudo se move. É assim que estamos."
Isto tem nome: é a "A PARTIDOCRACIA NO SEU ESPLENDOR"…
... o Mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro
A protecção da Orla Costeira Portuguesa continua a ser uma necessidade de primeira ordem...
Como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira, a nosso ver, era uma prioridade.
Como, entretanto, quem de direito nada fez, a duna a Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada...
Na Figueira é sempre carnaval...
foto de Pedro Agostinho Cruz |
Porém, a chuva acabou por obrigar ao fim antecipado do desfile na Avenida do Brasil.
Uma escola de samba e o carro dos reis não desfilaram.
Merche Romero e o figueirense Fernando Maltez, porém, não privaram os seus súbditos do convívio e, a meio do corso, decidiram abdicar do trono para se juntarem ao povo.
Na Cova-Gala o Carnaval trapalhão decorreu com alegria e animação.
Em tempo.
Se o samba veio para ficar no carnaval de Buarcos, porque não alteram o dia de entrudo para meados de
Agosto, quando a temperatura atinge os valores do Carnaval do Rio?
Além do mais, evitava que a Câmara tenha de conceder tolerância de
ponto.
Em Agosto, Portugal está de férias.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Miguel Almeida, um dos figueirenses mais porreiros que conheço...
foto sacada daqui |
Confrontado pelo jornal AS BEIRAS com esta tomada de posição pública do PCP, Miguel Almeida limitou-se a responder: “Não respondo a disparates”.
Cá está o Miguel Almeida que eu conheci: o Miguel Almeida, o figueirense, antes de ser o Miguel Almeida, o político.
O peso da identidade, desde a década de 90 do século passado, sempre afectou o seu percurso individual na política e ajudou a degradar o espaço público da política figueirense.
O excesso de identidade conforta – mas, imobiliza...
Somos o que somos e isso desculpa-nos, exime-nos do debate, protege-nos do conflito e empurra-nos para o queixume.
A liberdade colocou problemas de identidade, que levaram a que os portugueses - e isso vê-se a olho nu na Figueira - se refugiem em “antigos moldes que forneciam segurança e paz interior”.
Décadas de salazarismo não só afastaram os portugueses do espaço público de debate mas, também, criaram uma identidade avessa ao conflito e à discussão.
Somos quase todos porreiros aqui pela Figueira. E o Miguel, em abono da verdade, é um dos figueirenses mais porreiros que conheço.
Na Figueira, prefere-se um tratamento de cosmética a encarar a realidade.
Daí, à institucionalização do chico-espertismo é um pequeno passo.
As tácticas de sobrevivência quotidiana que constam do manual do chico-esperto foram consagradas pelo próprio Estado Novo e continuam em Portugal mais de 40 anos depois do 25 de Abril. Reconhece-se o direito à liberdade de expressão e manifestação, mas retira-se-lhe qualquer significado político...
“Assim começa a interiorização da obediência” no país do respeitinho, onde, na opinião do professor José Gil, “estamos ainda longe de praticar a democracia”.
E a Figueira, neste campo, é uma das cidades mais portuguesas que conheço.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Os alemãezinhos (de calcinhas na mão), ou o país dos aldrabões...
Afinal, segundo o jornal Público, "Portugal está entre os países da zona euro que concederam até agora um menor volume de empréstimos à Grécia, quer em percentagem do PIB, quer levando em conta a dimensão da sua população. Isso acontece pelo facto de Portugal, a partir do momento em que lhe foi aplicado também um programa da troika, ter ficado dispensado dos custos associados à ajuda financeira à Grécia.
Os números disponíveis parecem, assim, contrariar a ideia defendida por Pedro Passos Coelho esta quinta-feira de que Portugal é “de longe o país dentro da União Europeia que, em percentagem do seu produto, maior esforço fez de apoio e solidariedade em relação à Grécia”.
Via O país do Burro
Via O país do Burro
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