«Chuva sempre houve, não é novidade», indignava-se, ontem, de harmonia com o Diário de Coimbra, Isabel Sousa, uma das comerciantes da Rua da República mais afectada pela segunda inundação naquela artéria da baixa da cidade no espaço de cinco dias.
«Fizeram a pedonalização contra a vontade dos comerciantes, “roubaram” 20 cm à altura da rua e nós é que sofremos os prejuízos, estamos fartos», lamentava, enquanto enxugava, desolada e sem grande sucesso, os móveis e as mercadorias danificados pela água que invadiu a sua retrosaria.
Em tempo.
Do dicionário.
Significado de sarjeta*: "Escoadouro nas ruas para as águas, geralmente da chuva."
"Estado de grande decadência."
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Na Aldeia... (XVII)
Já apresentámos neste espaço, via comunicação social figueirense, três das quatro listas que vão concorrer às intercalares da freguesia de São Pedro de 19 de outubro próximo.
A meu ver, pelo que já se sabe, é absurdo o que está a acontecer na Aldeia: quem esteve de alma e coração com o PSD, durante largos anos, agora está com o PS!
Depois, temos aquela estranha lista do PCTP/MRRP!
Depois, como nenhum órgão da comunicação social figueirense deu a conhecer qualquer informação fundamentada sobre a lista da CDU às intercalares do próximo dia 19 de outubro na freguesia de S. Pedro, lista essa, aliás, que foi a primeira a ser presente ao Tribunal da Figueira da Foz - tal aconteceu na passada quinta-feira, dia 4 do corrente mês de Setembro - fica aqui a composição da lista CDU e a foto da "cabeça de lista".
Mário João Pimentel 40
anos - Operário Fabril / Trabalhador estudante;
Nelson Delgado 51
anos - Professor;
Maria de Lurdes
Fonseca 58 anos - Auxiliar Acção Educativa;
Ruben Falco Costa 27
anos - Desempregado;
Jaqueline P. Laureano 25
anos - Desempregada;
Manuel Paixão 65
anos - Marítimo;
Domingos Matias Pereira 26
anos - Optometrista;
Conceição Laureano 49
anos - Empregada Balcão;
Samuel Patrão 29
anos - Designer Gráfico;
Cristina Miranda 49
anos - Auxiliar Limpeza;
Rita Mendes 32
anos - Recepcionista.
Por exclusão de partes, o voto na lista que tem como primeira figura a candidata Maria Manuela Ramos é, na actual conjuntura, a escolha natural de quem não se revê no estado de coisas a que chegou a Aldeia.
Portanto, é com toda a naturalidade que declaro, desde já, que vou votar na Maria Manuela Ramos que vai concorrer numa lista CDU.
Faço-o, por muitas razões. Contudo, vou deixar aqui apenas expressas oito.
Muito mais do que querelas partidárias, futuros políticos ou profissionais dos profissionais da política local, ou dos filhos ou filhas, a única coisa que me interessa é a melhoria da vida de cada um de nós e da Aldeia.
Vamos então às razões:
1 – porque a Maria Manuela Ramos, é uma excelente candidata - é interessada, empreendedora e nunca esteve ligada ao «status quo» vigente na Aldeia.
2 – porque a Maria Manuela Ramos, se mostra capaz de reaproximar as novas gerações da Aldeia (que têm dado sinais crescentes de descrédito em relação à política e às instituições locais) de uma participação política, social e cívica que terá, num futuro próximo, uma configuração completamente diferente da que estamos habituados.
3 – porque a vitória (que sei difícil de acontecer, mas não impossível...) da Maria Manuela Ramos, seria um sinal simbólico muito positivo para a Aldeia: constituiria uma prova de que a Aldeia pretendia olhar de frente para o futuro.
4 – porque a Maria Manuela Ramos tem poder de persuasão – porque não dizê-lo, mesmo de sedução... - que se revela trunfo decisivo para, nos dias que passam na Aldeia, mobilizar vontades e conseguir consensos.
6 - porque a Maria Manuela Ramos, pode não conseguir mudar a Aldeia... Mas, seguramente, ela própria, também não vai mudar.
7 - porque defender a abstenção, é demitir-se dos problemas da Aldeia.
8 - porque a malta de esquerda não se abstém: vai votar.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Que orgulho caro Olímpio...
“A minha sorte na tropa foi ser barbeiro, senão tinha batido com os costados em África.” |
O «meu» barbeiro foi entrevistado!..
"Junto à estrada, a barbearia São Pedro excita a curiosidade – gosto de barbeiros, bons conversadores de ofício e normalmente bons “pisteiros” para a história e as histórias de cada terra.
Lá dentro, Olímpio Fernandes, homem de viçosos e pouco cansados 74 anos, recebe-nos com bonominia: “Ah, jornalistas, eu sempre fui jornalista amador, coitadinho de mim.”
Coitadinhos de nós todos, caro Olímpio, amadores do jornalismo, mais valia a navalha e o pincel de barbear que é ofício mais certo no soldo e nas boas histórias que passam na cadeira onde se dão as melhores entrevistas – a cadeira do barbeiro.
Foi exactamente isso que fiz, sentei-me ali, na mesma almofada coçada onde os pescadores e os pecadores de São Pedro desfiam as suas glórias e misérias e recordam a bravura de um mar que também é morte: “Aqui ouvi grandes histórias de homens que enfrentaram a morte no seu quotidiano. Isto é terra de pescadores e de gente rija, mas que aqui na cadeira do barbeiro faz o seu desabafo.” Mas desta vez, a história honra o barbeiro e não o cliente aventureiro. O barbeiro Olímpio Fernandes, antigo cabeleireiro de senhoras, jornalista amador, blogger, homem inquieto e por isso cidadão activo e figura das terras de São Pedro e além-mar."
Lá dentro, Olímpio Fernandes, homem de viçosos e pouco cansados 74 anos, recebe-nos com bonominia: “Ah, jornalistas, eu sempre fui jornalista amador, coitadinho de mim.”
Coitadinhos de nós todos, caro Olímpio, amadores do jornalismo, mais valia a navalha e o pincel de barbear que é ofício mais certo no soldo e nas boas histórias que passam na cadeira onde se dão as melhores entrevistas – a cadeira do barbeiro.
Foi exactamente isso que fiz, sentei-me ali, na mesma almofada coçada onde os pescadores e os pecadores de São Pedro desfiam as suas glórias e misérias e recordam a bravura de um mar que também é morte: “Aqui ouvi grandes histórias de homens que enfrentaram a morte no seu quotidiano. Isto é terra de pescadores e de gente rija, mas que aqui na cadeira do barbeiro faz o seu desabafo.” Mas desta vez, a história honra o barbeiro e não o cliente aventureiro. O barbeiro Olímpio Fernandes, antigo cabeleireiro de senhoras, jornalista amador, blogger, homem inquieto e por isso cidadão activo e figura das terras de São Pedro e além-mar."
Para continuar a ler a entrevista de Rui Pelejão, ao "Olímpio, o barbeiro de Ernest Hemingway", basta clicar aqui.
"Suecos decepcionados com sistema de educação"
Um artigo do Diário Económico que devia ser do conhecimento de todos, em especial dos professores e encarregados de educação.
Estou a perder o controle...
Estou
a referir-me à enorme plateia que Outra Margem já consegue alcançar...
Se,
a princípio, já lá vão quase oito anos, comecei por o divulgar
junto dos meus amigos, actualmente é motivo de conversa em muito
palco...
Será
que ando a dizer assim tantos disparates?..
Na Aldeia (XVI)
Via Foz do Mondego Rádio, fica a notícia e a foto: "O Partido Socialista da Figueira da Foz entregou na passada segunda-feira, no Tribunal da Figueira da Foz, a lista de candidatos à Assembleia de Freguesia de São Pedro nas eleições intercalares que se realizarão a 19 de Outubro próximo."
Nada mais a comentar, apenas registar o facto.
"É a Aldeia e o PS figueirense em todo o seu esplendor!.."
Nada mais a comentar, apenas registar o facto.
"É a Aldeia e o PS figueirense em todo o seu esplendor!.."
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Debates Antonio – António (II)
Seguro
e Costa estão a debater.
Primeiro
tema: mudança.
Para
que não restem dúvidas: não me parece que a mudança seja, em si
mesma, um mal. Aliás, poucas coisas me parecem, em si mesmas, um
mal.
Tenho
para mim que o que se diz dos pássaros aplica-se na perfeição à
mudança: mais vale uma na mão do que duas a voar...
A
mudança pode ter várias interpretações.
Por
exemplo, na minha juventude (anos sessenta do século passado) se
fosse mal tratado por um tipo que andasse comigo na Bernardino
Machado, mas morasse na Figueira, a malta da minha idade considerava
o gajo um arrogante.
Já
se fosse eu a fazer o mesmo ao gajo da Figueira, como era da Aldeia
mais coladinha à cidade, era considerado um malcriado.
E
é chegados aqui, isto é, ao segundo debate António - António, que
sou obrigado a concluir que a mudança é um assunto complicado para
caraças.
São
21 horas. Desisti e mudei de canal.
Bem
vindos a Beirais.
Na Aldeia... (XV)
Na
natureza, como sabemos, as cobras mudam
regularmente de pele.
Na
Aldeia, o sistema, quando há necessidade, muda a pele à cobra.
No fundo, o sistema na Aldeia tem-se em boa conta, e não considera, nem de perto nem de longe, que precise de ser mudado.
No fundo, o sistema na Aldeia tem-se em boa conta, e não considera, nem de perto nem de longe, que precise de ser mudado.
Quanto
muito, como vai acontecer nas intercalares de 19 de outubro próximo,
o sistema pode
conceder
uma mudança cosmética, para
que tudo possa continuar na
mesma.
É fácil falar em novas realidades, em novos amanhãs que cantam, novos tempos até, mas todos sabemos, até porque já ouvimos essa cassete antes, que tal não se resolve com uma, duas, ou mais caras novas, ainda não gastas pelo protagonismo.
Já os antigos diziam que "não era uma andorinha que fazia a primavera".
É fácil falar em novas realidades, em novos amanhãs que cantam, novos tempos até, mas todos sabemos, até porque já ouvimos essa cassete antes, que tal não se resolve com uma, duas, ou mais caras novas, ainda não gastas pelo protagonismo.
Já os antigos diziam que "não era uma andorinha que fazia a primavera".
Na
Aldeia, não se aprende:
o sistema,
essa máquina, cuja única função é auto-preservar-se e aos seus, não
deixa.
Mais uma vez - se tal ainda fosse necessário - a Aldeia ficou a saber o que é o PS figueirense.
Mais uma vez - se tal ainda fosse necessário - a Aldeia ficou a saber o que é o PS figueirense.
Os princípios
que
disseram que levaram à apresentação das suas demissões na interrupção do mandato que deveria estar em curso, afinal, são os mesmos fins que levam à repescagem para a lista de 19 de outubro próximo de figuras que consideravam que a Aldeia tinha sido injusta com o PSD e
com Duarte Silva nas eleições autárquicas de 2009, quando deram a vitória a Ataíde?..
Lembram-se?... As palavras, em 11 de outubro de 2009, foram estas.
"A Lista independente de São Pedro venceu novamente as eleições na Freguesia de São Pedro com 827 votos, conseguindo 5 mandatos, contra 4 do PS, assegurando a maioria absoluta. A votação foi das melhores de sempre senão a melhor, por isso a nossa terra está de parabéns nesse aspecto. Já os resultados para a Câmara Municipal tiveram um desfecho trágico e surpreendente, para a nossa lista, apoiada pelo PSD que fez cair a Figueira para o PS, ao fim de 12 anos. Duarte Silva deu muito a esta terra. Era a hora de retribuir. Fizemos tudo para que isso acontecesse, mas o povo foi ingrato e votou no partido. E aí a nossa terra não está de parabéns porque comprometeu muitas obras importantes, que só o futuro dirá se vão acontecer. Vamos lutar por elas, mesmo assim. Não baixaremos os braços. Obrigado a todos os que acreditaram em nós, e tornaram possível esta Vitória."É a Aldeia e o PS figueirense em todo o seu esplendor!..
"Vocações" e opções...
“Tenho
um amigo que anda há anos a convencer-me que, se quisermos ter
sucesso numa determinada actividade, deveremos dedicar-nos a ela em
regime de exclusividade.
A
Figueira dispõe de referências em várias áreas, das quais a
literatura parece ser uma das mais evidentes.
Vem
isto a propósito da recente distinção à obra “As palavras que
me deverão guiar um dia”, de António Tavares, cuja
principal mensagem, “Olhar para trás, para os anos mais
importantes das nossas vidas nem sempre se revela tarefa fácil”,
hei-de descobrir quando tiver a oportunidade de ler o livro. É um
motivo de orgulho para os figueirenses. Do que conheço do autor, não
duvido de que continuará a obter sucesso na área que domina e de
que mais gosta: a cultura.
Quanto
à opinião do meu amigo, vou continuar a reflectir. Pode ser que
tenha razão.”
Em
tempo.
O ter lido, para fazer e trazer até aqui este resumo da crónica do eng. Daniel Santos, no jornal AS BEIRAS,
trouxe-me à memória outras vocações que foram desbaratadas
neste País.
A "talhe de foice", recordo o péssimo Presidente da Comissão Europeia que deu - e ainda é, embora, felizmente, já por pouco tempo - Durão
Barroso, que inviabilizou um Primeiro Ministro, com o tal "sentido de estado" que andou a apregoar, na campanha eleitoral aos
eleitores...
Depois, foi o que sabemos: Santana, Sócrates, Coelho...
Debates António - António...
Ontem, confesso, adormeci a ver e sonhei isto:
"Numa mesa de "políticos", entre um risoto de galinha do campo acompanhado por um tinto de Pias e o debate António – António, optaram por assistir ao risoto e debater a garrafa."
Resultado, neste momento:
"Seguro
ganhou o debate. Apesar de garantir que faz política de forma
diferente, Seguro usou os velhos truques: promessas sobre impostos e
moralismos inconsequentes. O discurso é pobre mas é um discurso.
Costa quer dizer coisas mais sérias. Mas ainda não sabe bem que
coisas são essas."
Paulo Portas e juízes, à mesma hora, no Oásis Plaza da Figueira da Foz no dia 12!..
A inauguração oficial do Titanic está marcada para o dia 12 de Setembro às 18 horas e 30 minutos e compreende um jantar cocktail...
Paulo Portas vai estar presente...
Ele há cada coincidência!..
Paulo Portas vai estar presente...
Esta edição será subordinada ao tema "A nova organização judiciária: desafios e dificuldades".
Para ficar a conhecer o programa (provisório), clicar aqui.
Curiosamente, no mesmo Oásis Plaza, segundo o programa dos senhores juízes, no dia 12, consta um jantar oficial ás 20 horas... Ele há cada coincidência!..
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Uma história figueirense: o outro lado do oásis... (II)
Na passada segunda-feira, dia 28 de julho, morreram muitos patos no Oásis da Praia da Figueira da Foz.
No dia seguinte, "fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Na ocasião, o presidente da Câmara e o vereador Carlos Monteiro esclareceram que ainda não há resultados das autópsias, mas que as análises feitas às águas do local não revelaram quaisquer substâncias ou valores que pudessem justificar a morte dos patos.
Quando é que vai terminar o mistério da morte dos patos do oásis figueirense?
No dia seguinte, "fonte da autarquia figueirense contactou o Figueira Na Hora para esclarecer que o número de patos mortos ronda os 25 e não os cerca de 150 conforme avançado no local por populares e residentes nas imediações que foram acompanhando os trabalhos.
Quanto à causa da mortandade, a mesma fonte adiantou que só se irá pronunciar após conhecimento do resultado das autópsias que deverão acontecer amanhã."
Miguel Almeida, na reunião de câmara realizada ontem, questionou o executivo acerca dos exames aos quais foram submetidos alguns dos patos que morreram no Oásis, conforme noticiado na comunicação social. O vereador da oposição procurou assim obter uma resposta conclusiva sobre a mortandade dos animais, dadas as várias versões e justificações que circularam sobre o acontecimento, estranhando a demora na divulgação dos resultados. Na ocasião, o presidente da Câmara e o vereador Carlos Monteiro esclareceram que ainda não há resultados das autópsias, mas que as análises feitas às águas do local não revelaram quaisquer substâncias ou valores que pudessem justificar a morte dos patos.
Quando é que vai terminar o mistério da morte dos patos do oásis figueirense?
O comentário do dia...
Volto a utilizar apenas, e só, o espaço para lhe fornecer mais uma útil informação sobre as eleições intercalares da Aldeia/Vila.
Como é sabido decorreu hoje pelas 14h no Tribunal da Comarca o sorteio das listas concorrentes ao acto de 19 de Outubro.
Foram aceites 4 listas CDU, MRPP, PSD e PS.
Após o escrutínio o Boletim de voto terá a seguinte composição:
PS
CDU
MRPP
PSD
Seguir-se-à a verificação e legalidade dos respectivos candidatos e forças politicas para o processo ficar concluído.
Em nota de rodapé duas observações a destacar...
1ª- a novidade da lista do MRPP, nunca concorreu á freguesia de S. Pedro.
2º- o desaparecimento da coligação Somos Figueira. Evaporou-se mais depressa que o fumo.
Não quero colocar "foice em seara alheia" fica para o amigo interpretar como entender. Os dados estão lançados, vai caber aos cidadãos de S. Pedro a melhor maneira de interpretar os beligerantes.
Um Abraço
Agostinho Cruz
Como é sabido decorreu hoje pelas 14h no Tribunal da Comarca o sorteio das listas concorrentes ao acto de 19 de Outubro.
Foram aceites 4 listas CDU, MRPP, PSD e PS.
Após o escrutínio o Boletim de voto terá a seguinte composição:
PS
CDU
MRPP
PSD
Seguir-se-à a verificação e legalidade dos respectivos candidatos e forças politicas para o processo ficar concluído.
Em nota de rodapé duas observações a destacar...
1ª- a novidade da lista do MRPP, nunca concorreu á freguesia de S. Pedro.
2º- o desaparecimento da coligação Somos Figueira. Evaporou-se mais depressa que o fumo.
Não quero colocar "foice em seara alheia" fica para o amigo interpretar como entender. Os dados estão lançados, vai caber aos cidadãos de S. Pedro a melhor maneira de interpretar os beligerantes.
Um Abraço
Agostinho Cruz
Por ser verdade e para que conste...
Este,
é um espaço de liberdade e reflexão,
um espaço de
debate aberto
desde o seu primeiro dia – 25 de Abril de 2006.
O
que, desde então, foi escrito, é público e está acessível.
Nunca
me considerei o detentor da verdade,
total e absoluta, seja ela qual for.
Aos
60 anos, tenho
mais dúvidas que certezas
e mais
perguntas que respostas.
É,
sobretudo por isso que continuo por aqui.
Admito perfeitamente que
muitos não gostem do mundo como o vejo, que
não gostem da minha visão ácida,
mas alcalina...
Será
ilegítimo fazer perguntas,
só porque não se sabem as respostas?...
Será
ilegítimo pensar que as coisas,
concretas, não
têm que ficar infinitamente na mesma?
Ou pensar
que se algo está mal ou não funciona bem deve haver um culpado ou
uma causa concreta
e tangível?
Carimbem-me como
quiserem, mas carimbem-me
por aquilo que escrevo e não
pelos clichés com
que outros,
mais ou menos ressabiados, seja por questões políticas, ou reles dor de cotovelo, me
pretendam atingir.
Já
escrevi inúmeras vezes que não percebo nada desta política. Essa é
a verdade.
Na
minha vida tive dois desvios importantes: em 1985, quando a Aldeia
ascendeu a freguesia, concorri numa lista independente e ganhei. Fiz
parte, por isso, durante 4 anos do primeiro executivo de junta de freguesia de São Pedro. Com muita pena e ao arrepio da minha
vontade, sou bem capaz de ficar na história da Aldeia; em 2005, num acto eleitoral em que havia unanimidade na Aldeia em torno da lista do "regedor" (todos os partidos do
sistema o apoiaram...), para não haver lista de partido único, concorri numa lista patrocinada pela CDU e fui
eleito para a Assembleia de Freguesia.
Em
quase 30 anos, estas foram as minhas únicas participações na
política activa.
Não
sei porquê, mas quando há eleições na Aldeia, muita gente acha que vou ser candidato.
É
o que está acontecer, neste momento, em que está a decorrer a
processo da eleição intercalar para a junta de freguesia de S.
Pedro.
Ainda
ontem na Figueira, uma jornalista conceituada, me disse - não perguntou - que eu era
o cabeça de lista de uma lista!..
Negativo:
neste processo não sou candidato a nada.
Entendam isto de uma vez por todas
Só avanço em condições muito excepcionais...
Eu continuo a ser o que sempre fui: um palerma na Aldeia.
Eu continuo a ser o que sempre fui: um palerma na Aldeia.
O sistema...
“Aos
poucos, a palavra voltou: “Sistema”.
Dantes,
se por detrás de nomes pomposos de organismos vários se escondiam
entidades abstractas e frias
a palavra que acima cito, supera tudo. Quando nos enredamos em
burocracias inultrapassáveis, é o Sistema ou, se enfrentamos
injustiças clamorosas, é o Sistema.
Vai
um caso. 1,40 euros de portagem; o visado não é notificado durante
anos, mas um dia fica a saber que está a ser executado em 180 euros;
reclama que não foi notificado e prova-o. Não adianta. O visado
sofre uma penhora a dobrar: retiram-lhe dinheiro do reembolso do IRS
e ao mesmo tempo do vencimento.
Vai
às finanças e reclama. Pois, foi o Sistema!
Entretanto,
chegam os custos administrativos no valor de 2,54 euros que, com
juros, se transformaram em 49,66 euros. Ora, um 1,40 euros de uma
portagem numa SCUT transformou-se num
“roubo” de 229,66 cobrados a dobrar. E pergunta, ingenuamente, o
visado: e quando me devolvem o retirado a dobrar? Ah, o Sistema não
sabe! E devolvem com juros? Reclame! Mas já fiz várias
reclamações e não me responderam, suspira o visado. Já viu o que
era o Sistema estar a responder a tudo?
Imaginamos
que o Sistema é uma máquina poderosa ramificada em muitas outras a
arrematar cobranças para impressão, papéis absurdos que seguem
para moradas que não interessa saber se existem
ou não. Na altura da execução, saber-se-á onde está a vítima. O
Sistema não falha!”
Crónica
do vereador António Tavares, no jornal AS BEIRAS.
Em
tempo.
O
elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção
que consiste em desviar a atenção do público dos problemas
importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e
económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de
contínuas distracções e de informações insignificantes. A
estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir
o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais na área
da ciência, da economia, da psicologia, da neuro biologia e da
cibernética. Manter a atenção do público distraída, longe dos
verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância
real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem qualquer tempo
para pensar; de volta ao pasto como os outros animais (citação do
texto «Armas silenciosas para guerras tranquila»)".
P.S.:
- é
precisamente para isto que servem os carnavais, as passagens de ano
e outras festas com que enchem as nossas vidas.
A inocência
saio hoje ao mundo,
cordão de sangue à volta do pescoço,
e tão sôfrego e delicado e furioso,
de um lado ou de outro para sempre num sufôco,
iminente para sempre
A poesia de Herberto Hélder, nos dias dilacerados que correm na Aldeia, é das poucas coisas positivas que restam a quem por aqui vive.
Servidões, além de um maravilhoso livro de poemas, é também um extraordinário momento e uma celebração à vida.
Aqui, ditos por Fernando Alves (a voz dos "Sinais" na TSF), ficam alguns poemas.
Não percam.
cordão de sangue à volta do pescoço,
e tão sôfrego e delicado e furioso,
de um lado ou de outro para sempre num sufôco,
iminente para sempre
A poesia de Herberto Hélder, nos dias dilacerados que correm na Aldeia, é das poucas coisas positivas que restam a quem por aqui vive.
Servidões, além de um maravilhoso livro de poemas, é também um extraordinário momento e uma celebração à vida.
Aqui, ditos por Fernando Alves (a voz dos "Sinais" na TSF), ficam alguns poemas.
Não percam.
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