quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Que não se confunda então a "preguiça" com a preguiça...

....  são os votos do eng. Daniel Santos expressos na crónica de hoje no jornal AS BEIRAS, que pode ser lida clicando aqui.

Se não foi o Zandinga...

Muito antes da Maya e as suas cartas, os Portugueses sabiam do futuro através das palavras de Lesagi Zandinga, um tárologo/bruxo/vidente que aparecia em tudo o que era programa de televisão com as suas previsões do ano que iria começar.
Mas já não estamos nos anos 80 do século passado...
Entretanto, o Zandinga desapareceu da circulação...
Por isso, como poderia a PT na passada 5ª feira ter conhecimento de uma decisão que o governo apenas tomou no fim de semana?
A propósito: sabem “quem sobreviveu melhor ao naufrágio do BES?”...

“Representante do Crédit Agricole na administração do BES não deu por nada”...

Sei de bancos – bons ou maus – praticamente o que sei sobre futebol.
Ou seja, o mínimo possível: sei que existe uma bola redonda, duas balizas, um campo onde 22 jogadores andam a correr e a procurar dar pontapés na bola. E há três fulanos que tentam regular aquilo...
Ainda bem que um ignorante como eu não tem onde cair morto...
Isto, pensei eu com os meus botões, depois de ler no jornal i o que transcrevo abaixo...

“O vice-presidente do Crédit Agricole, o banco que agora se considera "traído" pela família Espírito Santo, com quem mantinha uma das mais antigas alianças, era também o vice-presidente do conselho de administração do BES. Bruno Bernard Marie Joseph de Laage de Meux estava mesmo ali ao lado, mas nunca deu por nada.
Licenciado pela Écoles des Hautes Études Commerciales e MBA pelo INSEAD, foi desde 2006 administrador e membro do Comité Estratégico Crédit Agricole, o banco que ontem ameaçou levar tudo para os tribunais.
"Nós só podemos lamentar ter sido enganados por uma família com quem temos tentado construir uma parceria há anos", afirmou ontem o presidente executivo do Crédit Agricole, Jean-Paul Chifflet, um dos accionistas mais antigos do BES, que com a sua posição de 14,6% perdeu 708 milhões de euros depois do resgate do grupo bancário pelo Estado.
Jean-Paul Chifflet aguarda o resultado das auditorias em curso para decidir se avança ou não com processos judiciais contra a anterior gestão do BES. O que não deixa de ser irónico.”

"Memória meteorológica é algo que ninguém tem"

foto António Agostinho
"Houve verões piores do que este, certamente - e não foram poucos - mas, destituído de memória metereológica como toda a gente, gostaria de registar que, de todos os verões de que me lembro, este é, de longe, o pior de todos."
MEC

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Quem tem unhas é que toca guitarra...

Puxar de 3 milhões, em puro cash, não é para quem quer... 
É para quem pode! 
"Ricardo Salgado já pagou a caução no valor de três milhões de euros a que estava sujeito após ter sido inquirido, no dia 24 de Julho, no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde prestou declarações no âmbito do processo Monte Branco, que investiga uma enorme rede de branqueamento de capitais em Portugal. 
De acordo com fontes próximas de Ricardo Salgado, o montante em questão foi pago através de transferência bancária, sem a prestação de garantias. 
O ex-presidente do BES não requereu a entrega do seu passaporte."

BES: O NEOLIBERALISMO FINANCEIRO ABRE CAMINHO À SOLUÇÃO IDEAL

..."esta história tem dois lados. Um lado mau, que faz lembrar a história do “pide bom” e do “pide mau”, que necessariamente vai terminar com uma solução onerosa de ambos os lados para os portugueses. E um outro lado que encerra algumas virtualidades: todos aqueles – e são muitos – que advogam uma radical mudança de política em Portugal, nomeadamente, mas não só, um verdadeiro domínio do capital financeiro pelo Estado, como sangue arterial indispensável à vida saudável de qualquer economia, estão dispensados, a partir de domingo à noite, de responder à pergunta que insidiosamente lhe faziam os opositores dessa solução e que era a seguinte: “Onde vão vocês arranjar o dinheiro para pagar as nacionalizações e os encargos das instituições nacionalizadas?….É muito simples, é só copiar…"

Via POLITEIA

Mais um problema - e grave!..

A tradição continua a ser o que sempre foi...

Santana Lopes foi convidado por Passos Coelho
para um novo mandato na semana passada

foto 
ENRIC VIVES-RUBIO
Segundo o jornal Público, o "futuro da Misericórdia de Lisboa pode estar em causa, dizem auditores"...

Pelo quinto ano consecutivo, o conselho de auditoria da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) mostra-se preocupado com a sustentabilidade da instituição. 
Desta vez, porém, os auditores vão mais longe do que nunca e dizem que a sua “sustentabilidade futura” pode estar em causa.
Como diria o outro, "nomeia-se o Santana Lopes para gerir o deserto do Sahara, e é certo que mais tarde ou mais cedo haverá falta de areia."

Energia positiva...

O serviço de Turismo foi tão eficaz a promover a Figueira como destino de férias, que até a “limpeza” decidiu vir passar o verão na Praia da Claridade em 2014...

Uma história com barbas...

“Não vai custar um tostão aos contribuintes”... 
Mesmo sob a capa de romance, surpreende-nos este Portugal rasteirinho, sinuoso, complexo e  muito mais violento do que poderá parecer. 
Bad bank e good bank...
Valia a pena, sobretudo, conhecer as relações demasiado próximas que se estabelecem entre sectores da sociedade que, à primeira vista, não deveriam ter qualquer ligação entre si. 
Como por exemplo esta, sacada daqui. 
«Cavaco Silva e Ricardo Salgado tiveram um encontro em 1989, quando o então primeiro-ministro se estreou no Fórum Mundial de Davos. O bar de um pequeno hotel suíço chegou a ser encerrado para Ricardo Salgado e Manuel Ricardo Espírito Santo falarem com Cavaco. Manifestaram vontade de o grupo regressar a Portugal para assumir a seguradora Tranquilidade e o banco da família, que tinha sido nacionalizado em 1975. O que aconteceria em 1991.
Passaram-se os anos do cavaquismo e do guterrismo. Em Janeiro de 2004, Ricardo Salgado convidou para jantar em sua casa, no Estoril, três casais: Durão Barroso (então primeiro-ministro) e Margarida Sousa Uva, Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, com Rita Amaral Cabral, que viria a ser administradora não executiva do BES. 
«O encontro serviu para pressionar Cavaco a candidatar-se às próximas eleições presidenciais", escreveria o 'Expresso' na primeira página. Salgado teria argumentado que, com a difícil situação económico-financeira do País, era benéfico o papel estabilizador de Cavaco em Belém.»  
Impressiona, claro, o desfecho sangrento de várias das situações que vão sendo conhecidas, a fazer lembrar um caso bem recente da noite figueirense
Alguém falou em brandos costumes? 
Quem quiser continuar a viver numa ilusão, é capaz de ser melhor não clicar aqui e ler o post na totalidade…

Para ler...

"Coleccionar links no Verão quente do Ano da Graça de 2014".

«Um funeral, dois nascimentos e um na corda bamba»...

Ainda bem que o Benfica nada tem a ver com o BES...
«A solução tem o carimbo de Frankfurt e é a primeira vez que se estreia na Europa. Matou-se um banco e nasceram dois irmãos: um está destinado a ter vida curta mas nasceu em berço de ouro; o outro será sempre um pária, que se vai arrastar por muitos e bons anos. (...)

A solução gizada e que tem a chancela do Banco Central Europeu e assenta no fundo de resolução, que todos os países da zona euro foram obrigados a criar, para que futuras insolvências de instituições financeiras não venham a ser pagas pelos contribuintes mas sim pelo sistema bancário como um todo. Contudo, o facto desse fundo só ter arrancado no final de 2012 faz com que tenha em caixa pouco menos de 400 milhões de euros. Ora o lindo e novo banco que hoje abriu portas ao público necessita de um capital inicial de 4,9 mil milhões de euros. Os 4,5 mil milhões que faltam virão do fundo de resgate, no valor de 12 mil milhões (dos quais ainda resta um pouco mais de metade), instituído no âmbito do programa de ajustamento de Portugal com a troika e deverão ser taxados a 8,5%, a mesma taxa de juro paga por BPI, BCP e Banif quando recorreram a esta linha de crédito. (...)

Parafraseando Durão Barroso e a sua popular expressão, agora só falta que alguém (ou vários 'alguéns') dê "uma pipa de massa" pelo Novo Banco, para que o Estado (ou melhor, os contribuintes) não acabem a pagar parte dos 4,9 mil milhões de dinheiros públicos que lá foram metidos para o pôr a funcionar. Sim, porque não haja ilusões. Isto é uma nacionalização. Esta magnífica solução privada só funciona porque há milhões de euros do domínio público lá metidos. Veremos, no final, se o Novo Banco é mesmo um lindo cisne, se o banco mau é mesmo mau, se o governador resiste à procela e se os contribuinte se safam de pagar mais um grande exemplo da excelência da gestão privada.» 

De um texto de Nicolau Santos, publicado  no Expresso diário. Via  Entre as brumas da memória.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Três perguntas que ninguém parece querer fazer sobre o “novo banco”...

Aqui.

Podia exigir-se mais?... Podia, mas não era a mesma coisa...

O Banco de Portugal nomeou hoje Luís Máximo dos Santos como presidente do ‘bad bank’, que assumiu os activos problemáticos do BES...

Parabéns D. Dora...


86 já cá cantam!..

Postal de férias





Obrigado portugueses...
As férias aqui pela Manta Rota estão a correr bem. 
Isto vai. 
Foi numa noite de domingo como outra qualquer...
Eu sei que vocês não me vão desiludir e vão continuar a aguentar...

De que morrem os patos?..

De acordo com a história que nos andam a contar há anos,  "o Estado a gerir bancos é um  desastre" ...
Ontem, já a noite ia adiantada, Carlos Costa veio dizer aos portugueses que "o Banco Espírito Santo morreu e nasceu o Novo Banco"..
Não explicou - ou eu, limitado como sou, não percebi - foi como isso será possível!.. 
Não informou - ou terei sido eu que estive distraído - foi qual o juro que irá ser pago pelo capital investido pelo Estado no "Novo Banco"!.. 
Ficou por conhecer - ou talvez, mais uma vez, o defeito seja meu - quais são os activos que vão transitar para o "Bad Bank"
Carlos Costa não disse - mas isso é fácil de adivinhar  - que se o filme não correr bem os contribuintes cá estão para continuar a pagar tudo...  
Ricardo Salgado, aliás, a esta hora já deve  estar descansado: nunca será preso, os putativos processos prescreverão e ele e a família continuarão a ter uma vida tranquila e sem necessidade de chular o subsídio de desemprego ao Estado... 
E ainda existe a possibilidade de daqui a uns anitos reaver o "Novo Banco", limpinho de dívidas e activos tóxicos...
Bom, mas vamos ao que me inquieta hoje...
Na passada terça-feira, 29 de julho, morreram os patos do Oásis.
Segundo o que fonte da autarquia disse na altura, a causa da mortandade iria ser divulgada após conhecimento do resultado das autópsias, o que aconteceria no dia seguinte, 30, quarta-feira.
Já passou quinta e sexta (sábado e domingo, não contam...), hoje é segunda dia 4 e, que se saiba, nada!..
Coitados dos patos...
Este caso não mete gente famosa, a sua mediaticidade foi momentânea e não garante audiências prolongadas.
Pior, envolve patos - e daqueles  que nem nem sequer votam e não têm influência ou políticos na família...
Portanto, nada me admira que, mais uma vez, a culpa venha a morrer solteira!..
Mais uma vez vamos ficar sem saber de que morrem os patos!..
Os bons e os maus...

"Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade."

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego.