quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal (II)

 “Os melhores anos estão para vir”, disse Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, dr. Pedro Passos Coelho...
Desta forma,  leve e despretensiosa, foram atirados para o lixo 900 anos de história deste País à beira mar plantado. 
Presumo que o primeiro-ministro tente agora cultivar uma pose de estadista. A ideia é boa. O resultado, para já, é que não.

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

Portugal empobreceu.
Portugal sofreu.
Portugal ressacou.
Portugal ressuscitou!..
Vai haver:
Crescimento económico em Portugal.
Políticos honestos em Portugal.
Lugares de estacionamento não pagos em Portugal e no Hospital.
Bons jogos de futebol em Portugal.
Justiça célere em Portugal para quem se portar mal...
Optimismo em Portugal.
Gajas boas e simpáticas em Portugal.
Gajas boas e inteligentes em Portugal. 
Gajas boas, inteligentes e simpáticas em Portugal...
Portugal enlouqueceu?..
Ou 2014 vai ser um ano anormal?...
(Porém, o Primeiro-Ministro, na sua mensagem de Natal, ao bom povo de Portugal, avisou que vai usar "todos os instrumentos" à sua disposição para cumprir o programa de resgate. 
O mesmo é dizer, que vai valer tudo até junho de 2014. 
Em resumo: não se sabe, em concreto, o que aí vem, mas as perspectivas são mesmo muito sombrias...)
Não levem a mal.
Estamos em Portugal.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Um retrato de alguns dos responsáveis da situação a que isto chegou...

Como presumo que muitos  leitores  não partilham este meu sentimento pouco positivo e optimista, em relação à quadra que atravessamos, e tendo em consideração que o Outra Margem é - e sempre será  um blogue pluralista -, deixo-vos aqui o meu presente para este dia de Natal, que obedece ao princípio "oferece aos outros aquilo que gostarias que os outros nunca te tivessem oferecido a ti". Bom dia.

Fiquem bem

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Erosão a sul da barra do Mondego avança "a olhos vistos"... Era assim tão difícil prever o que era previsível?

foto Pedro Agostinho Cruz
Estávamos em  11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visava permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Cerca de dois anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. 
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o “mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro”.
Repito a pergunta que fiz neste Outra Margem, nesse dia 11 de abril de 2008, pois ainda não obtive resposta:
Será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?
A faixa litoral constitui uma peculiaridade no território, quer na perspectiva da sua ocupação antrópica, quer pela sua dinâmica natural.


Na realidade, é fácil constatar que à escala global o crescimento demográfico é assimétrico, com variantes sociológicas bem marcadas, mas com uma componente geográfica em que as regiões costeiras registam sistematicamente valores elevados.
O litoral constitui, assim, um espaço de interface onde se travam os maiores conflitos, entre modelos de ocupação, entre as várias actividades em desenvolvimento, e entre estes e os valores de conservação ambiental.
É neste território, escasso, que têm de coexistir interesses vários: urbanos, industriais, comerciais e turísticos.
É precisamente o que se está a passar no litoral do nosso concelho. O prolongamento do molhe norte em mais 400 metros é disso exemplo.
E o grave da situação, para nós, habitantes do sul do concelho, é que as “obras no Molhe Norte, têm precisamente impacte maior nas praias a sul”.

Tal como escrevemos há poucos dias, andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Espero que gostem da vossa prenda! Bom Natal!

Bom Natal, pobrezinhos
Esta maldita crise está a dar cabo da vida de muita boa gente!  
Américo Amorim, o famoso Rei da Rolha, perdeu, só no primeiro semestre de 2013, 67 milhões de euros, ficando apenas com 1 989 078 921 euros, coitado!…
Mas há mais a lamentar.
O pobre do Berardo só conseguiu sacar 27 milhões nos primeiros 6 meses deste ano, o Belmiro não foi além dos 62 milhões e mais uns trocos e até o Alexandre Soares dos Santos – aquele benemérito que faz descontos de 100% no Pingo Doce – só arrecadou 561 684 694 euros no primeiro semestre deste ano.
Apesar de ser Natal, continuamos verdadeiramente enrascados!
A mim, cortaram-me 10% do subsídio de desemprego e depois mais 6%. Devolveram-me esses 6%, mas voltaram a cortar em julho, mas só me avisaram em outubro que tinha de fazer a devolução.
Espertos, em setembro houve eleições!..
Sorte tenho eu, apesar de já me estar a assoar ao papel higiénico – acabou a verba para lenços de papel.
Imagino o que não estarão a passar o Soares dos Santos e o Belmiro, coitados, obrigados como devem estar a assoar-se aos folhetos promocionais do Pingo Doce e do Continente…
Não sou destas coisas, mas como é Natal, pobrezinhos, tomem lá prenda.
Consegui encontrar um Pai Natal para a distribuição. Basta clicar aqui, esperar que o relógio pare e, assim que aparecer o Pai Natal, seguir as instruções que ele vai dando. 

Passos Coelho já não manda

Por maior que seja a evidência, é preciso tentar compreendê-la, desde logo colocando a questão principal: por que razão Pedro Passos Coelho insiste num caminho que o povo não quer seguir e que o Tribunal Constitucional não vai permitir que seja percorrido?

A resposta é simples: O primeiro-ministro já não manda.

Só assim é possível interpretar, racionalmente, a estratégia de perdedor que o chefe do governo teima, teima, teima, em tentar levar por diante, por mais tombo em cima de tombo, qual líder esgotado e sem soluções que insiste em bater com a cabeça contra a parede.

A tentativa de ganhar tempo é evidente. Porém, há uma outra razão a montante deste comportamento politicamente suicida que não deve ser escamoteada: Pedro Passos Coelho já percebeu que não vai conseguir reformar o país pelo ataque aos privilégios de uma corte demasiado poderosa e habituada a estar sentada à mesa do orçamento.

Por isso, arrepiou caminho e optou por rapar o mais possível nos mais pobres e reformados, criando a ficção que os sacrifícios são para todos.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O Grau Zero da Consciência Marítima… ("Ao Mar, Nunca Se Vira as Costas…!")

foto sacada daqui
Numa situação datada de 15.12.2013, tomou-se conhecimento, com tristeza, da lamentável e trágica ocorrência de seis mortos (estudantes universitários…!), na praia aberta e desabrigada (praia típica da "Arte-Xávega") do Meco, a sul da Costa de Caparica... Essas pessoas foram levadas por uma onda, quando estavam à beira da rebentação, de noite, em Dezembro, vestidas com as respectivas "vestes académicas"…!
A verdade é que, a nível geral, em Portugal e na sociedade portuguesa, é hoje em dia absolutamente dramática e dolorosa a falta de conhecimento, de familiaridade, de experiência e de respeito pelo Mar…! Como se ele não existisse... Como se ele fosse simplesmente um cenário… Um cenário mais… igual a todos os outros cenários (os cenários virtuais de que as vidas, hoje em dia, são feitas...). Um cenário imóvel, ou movendo-se, virtualmente, lá no seu lugar…
Num país de pretensiosismo e preconceito social, em que tudo o que for real, prático e produtivo, é desvalorizado por ser "popular" (e as populações e as novas gerações são incentivadas para valorizarem socialmente sobretudo aquilo que for bizantinamente teórico e académico, ritual, e alienado da verdadeira realidade), atingiu-se na sociedade e na cultura portuguesas uma situação última e paradoxal — uma situação incompreensível, e inacreditável... — de afastamento do mar, e da consciência marítima, e de toda e qualquer espécie de experiência das coisas marítimas (até as coisas mais elementares...!). E tudo isto está a acontecer ao mesmo tempo que, como sempre, se continuam a repetir as retóricas do "país marítimo", e dos "Descobrimentos", e do "regresso ao Mar"…! Ora, a verdade é que, infelizmente, Portugal virou as costas ao Mar e está, desde há muito, a ignorá-lo, e a esquecê-lo, e a viver completamente de costas voltadas para ele.
Infelizmente, em Portugal, hoje em dia, entre as populações em geral, e entre a juventude, não se tem prática nem sequer das mais essenciais e mais básicas das experiências do mar: as da rebentação, na praia... as que tão bem conhecem, no seu dia-a-dia, os Surfistas e os Pescadores da "Arte-Xávega".  
"Ao Mar, nunca se vira as costas"…! Mas, em Portugal, infelizmente, hoje em dia, atingiu-se o último grau — o grau zero — da consciência marítima.

CEMAR

Padre António Vieira:

"Quem tem muito dinheiro, por mais inepto que seja, tem talentos e préstimo para tudo; quem o não tem, por mais talentos que tenha, não presta para nada." 

É Natal!

Detesto o Natal.
Normalmente está frio e tende a chover – como vai acontecer mais uma vez este ano...
Todavia, uma das principais razões pelas quais detesto o Natal, prende-se com o facto de ser um período em que a hipocrisia atinge o seu nível máximo.
Por fim, e sem que tal signifique que se esgotam aqui as razões pelas quais detesto o Natal, d
etesto o Natal porque, todos os anos, invariavelmente, acontecem coisas destas...
O Natal continua a ser o que era...

Um texto de José Pacheco Pereira que explica porquê...

"O PS não é confiável como partido da oposição".
A ler.

X&Q1193


Bom domingo

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sectarismos...

Alguns militantes mais "sectários" do BE e do PCP,  já nem andam de táxi… só porque aquilo ostenta um letreiro a dizer "LIVRE".

A escola da vida



Vídeo sacado daqui

É cada vez mais preocupante a erosão costeira a sul da Figueira da Foz

A erosão costeira ocorre quando a taxa de remoção de sedimentos é maior do que a de deposição. Inúmeros são os fatores que causam este desequilíbrio entre “o que chega” e “o que sai”.
Aqui, a sul do 5º. Molhe, na praia da Cova-Gala, a situação é cada vez mais perigosa e preocupante desde que foi realizada a obra de prolongamento do molhe norte da barra da Figueira da Foz.
Andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.

Passos vai insistir...

foto daqui
Apesar do chumbo à proposta da reforma das pensões, Passos declara que o acórdão "deixou algumas portas abertas", o que considera um sinal positivo. "O Governo estudará agora o novo contexto para apresentar uma nova medida que permita atingir os objetivos”, por forma a que Portugal consiga "reconquistar os investidores nacionais e internacionais", referiu ainda. É agora com base no documento do Constitucional que o Governo irá apresentar o plano B.
"Apesar desta decisão do Tribunal Constitucional não permitir a medida de convergência de pensões, parece-nos claramente que o acórdão revela que não é inconstitucional reduzir o valor das pensões em pagamento, embora num contexto de reforma mais geral e reunidas certas condições", considerou Passos Coelho.

"Governo esconde benefícios fiscais de 1045 milhões"

"Entre 2010 e 2012, os benefícios fiscais às empresas aumentaram 157 milhões de euros. No mesmo período, os benefícios aos particulares caíram 130 milhões de euros. Estes números são conhecidos um dia depois do governo e do PS terem chegado a acordo para a reforma do IRC que baixa a taxa de imposto com maior efeito nas pequenas empresas.
O Tribunal de Contas volta a alertar para a excessiva concentração dos benefícios fiscais em poucas empresas e entidades públicas. Considerando os cinco principais tipos de benefício em sede de IRC, que correspondem a mais de 60% de toda a despesa fiscal, quase metade (48,2%) está concentrada nos dez maiores beneficiários que deixaram de pagar 132 milhões de euros. O grau de concentração cresceu em relação a 2011, ano em que as dez principais beneficiárias absorveram 44% destes benefícios."