sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Tá na hora!..
Segundo O SOL, o secretário-geral socialista, António José Seguro, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, reuniram-se na passada noite, no Largo do Rato, para um trabalho “comum” de “orientação estratégica” que fortaleça o papel do PS, enquanto “alternativa”...
Para os políticos, o cheiro de eleições é como o perfume da carniça para as hienas: desperta-lhes não só o apetite mas, sobretudo, a vontade de se sacrificar pelo país…
Café Nicola
A foto sacada daqui, dá conta do momento "pré" Café Nicola |
À semelhança, ao que julgo, de boa parte dos
figueirenses, o “mistério” em torno do putativo futuro candidato PSD/PPD à
câmara interessa-me tanto como ter uma viola
no meu enterro.
Aliás, reconheço nem saber ao
certo qual é o “mistério”…
Posso estar enganado, mas Miguel Almeida, cuja enorme relevância
começou anteontem a ser inventada, é a escolha "natural" do PSD/PPD local, que se afirma alternativa ao executivo de
João Ataíde.
A coisa, a meu ver, é, de facto, aborrecida e desinteressante... Talvez,
excepto para um psiquiatra.
Fora do manicómio em que os políticos e os fazedores de
opinião indígenas cirandam, os estragos causados nos últimos três mandatos autárquicos na Figueira, antes do actual – um de Santana
e dois de Duarte Silva –, deveriam bastar
para os figueirenses erradicarem o PSD/PPD do mapa político local.
Mas, ao que parece, não...
E o PSD/PPD local, não apenas se acha no direito de reclamar o
retorno ao poder concelhio, como julga ser o mais provável consegui-lo.
Se, neste momento, nada garante que tamanha extravagância se concretize, a sua mera plausibilidade é
suficiente para recear a falta de memória e de juízo do bom povo figueirense.
Uma cidade assim dá vontade de rir. E, ao mesmo tempo, cada vez menos vontade de a habitar.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Esta nossa barra...
foto antónio agostinho |
Para ver o vídeo com a reportagem da RTP, clicar aqui.
Nada acontece por acaso na Figueira...
"... foi tanta a obra feita, que agora estamos feitos com tanta dívida".
Rui Curado da Silva, hoje, na habitual crónica das quintas-feiras no jornal AS BEIRAS.
Para quê a tolerância de ponto da terça-feira de carnaval na Figueira?
Algumas autarquias, entre elas a da Figueira da Foz,
vão “fintar a ausência de tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval”.
Entretanto, por quase todo o País, pouco e pouco, o povo perdeu o direito à festa.
Estamos a ficar sérios, macambúzios, metidos dentro de uma realidade formatada a relatórios que
nos dizem o que devemos fazer.
Já não podemos deleitar o corpo nas vésperas da quaresma,
deveremos habituar as carnes a viver no recato e no regrado da contenção, sem
recursos a folias de libertação ou ensejos de irracionalidade.
Na Figueira vai haver tolerância de ponto na terça-feira de
Carnaval. Mas, para quê?..
Para os habitantes do concelho da Figueira, que assim o
entenderem, virem para a rua brincar ao Carnaval,
uma manifestação popular, pagã, saindo,
à sua responsabilidade e expensas?..
Claro que não: os
figueirenses são é incentivados a irem,
em nome de um putativo interesse Cultural e económico,
ver grupos que se auto-denominam escolas de samba, darem uma volta à Avenida…
Em tempo.
Não entendam isto como uma crítica à tolerância de ponto
dada pela Câmara da Figueira.
Isto, é, somente, uma pequena nostalgia do tempo em que eu era
criança, me mascarava de zorro e me
estava a borrifar para as seriedades desta vida, mesmo que à minha volta Portugal se afundasse engolido por monstros medonhos que não me afligiam os
pesadelos da noite…
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
O pão nosso de cada dia
O pão nosso de cada dia
nos dai hoje
para que não só
por pão
tenhamos de estilhaçar o peito
para que não tenhamos
de sofrer qualquer chantagem da parte dos patrões
que nos dão o pão
para que não tenhamos
de nos tornar dóceis
com medo de perdermos o nosso pão
"Em frente?"
Para já, segundo o António Jorge Pedrosa "o PS não se entende com João Ataíde", "o PSD ainda não tomou um banho de humildade, após a derrota de 2009" "e a Figueira 100% é uma incógnita...".
E, pelos vistos, o Bloco e a CDU não existem...
Não concordo nada, desta vez, com o António Jorge Pedrosa: para mim tanto o PS, como PSD e a Figueira 100% estiveram sempre em campanha eleitoral.
Já quanto ao facto de não se referir na sua crónica no jornal AS BEIRAS ao Bloco e à CDU, concordo.
E o motivo é óbvio...
Por lá continua tudo em "banho maria"...
E, pelos vistos, o Bloco e a CDU não existem...
Não concordo nada, desta vez, com o António Jorge Pedrosa: para mim tanto o PS, como PSD e a Figueira 100% estiveram sempre em campanha eleitoral.
Já quanto ao facto de não se referir na sua crónica no jornal AS BEIRAS ao Bloco e à CDU, concordo.
E o motivo é óbvio...
Por lá continua tudo em "banho maria"...
Talvez arranquem depois do carnaval... Ou, quiçá, no mês seguinte, ou no outro, ou no outro, ou no outro, ou no outro, ou no outro...
... esplendores do Relvas*
Relvas: "RTP vai associar-se a um parceiro tecnológico"...
Começou a clarificação. Afinal, "os problemas da RTP são tecnológicos."
Começou a clarificação. Afinal, "os problemas da RTP são tecnológicos."
Por conseguinte, Relvas vai ter que permanecer no governo...
Moral da "estória"...
"Aquilo que tinha sido uma vitória de Paulo Portas, uma vitória de Cavaco Silva, uma vitória da luta dos trabalhadores, uma vitória da Comissão de Trabalhadores [escapou-me alguém também vitorioso?], parece ser afinal uma vitória da "camuflagem" Relvas..."
Resumindo...
(*) Os direitos de autor desta expressão devem ser creditados a Clara Ferreira Alves.
António Costa is the man?..
Constança Cunha e Sá ao comentar
disputa pela liderança interna do PS...
Bom, para já, apenas o que sei ser verdade, é que tal como Seara, António Costa é Benfiquista.
Ao que
parece, há benfiquistas mais inteligentes do que outros…
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
O caminho faz-se caminhando...
Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.
ANTÓNIO MACHADO,
Sul da Praia da Leirosa
foto antónio agostinho. Para ver melhor clicar na imagem |
Esta é a duna (fotografada hoje de tarde por mim), que ontem mereceu a atenção de Miguel Almeida (que teve uma reunião em Lisboa com quem de direito) e dos deputados Mário Ruivo e João Portugal (que estiveram no local)...
... esplendores do Relvas*
Confesso que tal nunca tinha "(h)ouvisto"!..
... "RTP não pode ser fundo sem poço"...
(*) Os direitos de autor desta expressão devem ser creditados a Clara Ferreira Alves.
... "RTP não pode ser fundo sem poço"...
(*) Os direitos de autor desta expressão devem ser creditados a Clara Ferreira Alves.
Recordando Jaime Neves, o soldado que foi condecorado
“Costa Gomes contará que o comandante do Batalhão de Comandos de Moçambique, major Jaime Neves (sob cuja tutela se encontravam também as tropas de Wiriyamu), lhe entregou certa vez um relatório de operação em que era referida a morte de cinquenta e quatro pessoas, tendo a tropa gasto apenas dez munições. Solicitado a dar explicações, Jaime Neves dirá que as vítimas foram executadas com arma branca, nelas se incluindo mulheres e crianças. E adiantará que tal atitude fazia parte do regulamento dos Comandos, o que era verdade: na instrução, aconselhava-se a eliminar todos os que pudessem denunciar uma operação em curso.”
in Os anos de guerra, 1961-1975 : os portugueses em África: crónica, ficção e história / organização [de] João de Melo. - [Lisboa] : Círculo de Leitores, 1988
A realidade e os políticos...
foto antónio agostinho |
"A situação está a afetar 30 a 40 embarcações e cerca de 100 famílias. A barra tem estado sempre fechada de há uns meses para cá. Desde outubro ou novembro, só fomos 10 dias ao mar ou pouco mais", disse à agência Lusa Alexandre Carvalho, pescador e proprietário de uma embarcação.
Embora admita que no inverno é "comum" a barra estar fechada à navegação de embarcações mais pequenas - um balão negro, "a meio pau", no Forte de Santa Catarina, sinaliza a proibição de navegação a embarcações com menos de 11 metros -, Alexandre Carvalho sustenta que depois de terminadas as obras nos molhes do porto, a draga "deixou de atuar" e a barra "está assoreada", dificultando o acesso aos pequenos barcos de pesca, com cerca de nove metros."
José Nunes André, é um geógrafo e investigador universitário e tem
vindo a monitorizar a acumulação de sedimentos através de três perfis
transversais, elaborados numa faixa de dois quilómetros de comprimento no areal
entre a Figueira da Foz e Buarcos.
Em 5 de Março de 2012, quase há um ano, li a seguinte notícia:
"Tem dado uma média de 40 metros ao ano de crescimento
da praia. E a sul [dos molhes do porto] temos o reverso da medalha, as praias
estão a recuar assustadoramente. As praias da Cova Gala e da Leirosa recuaram
15 metros num ano".
De acordo com o investigador, o ritmo de crescimento do
areal da Figueira da Foz é, atualmente, superior ao verificado aquando da
construção original do molhe norte, nos anos 60 do século passado.
A praia, explicou na altura (conforme dei conta neste blogue), cresceu cerca de 440 metros até à década
de 1980 e, a partir daí, nos últimos 30 anos, a acumulação de sedimentos
reduziu de intensidade e praticamente estabilizou.
No entanto, com a obra de prolongamento do molhe - concluída
no verão de 2010 -, o areal voltou a crescer e, atualmente, apresenta 580
metros de largura máxima entre a marginal e a orla marítima, segundo as
medições feitas por José André.
Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período
estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados
de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia
vai ocorrer "apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o
molhe".
O crescimento da praia em largura representa ainda, segundo
o geógrafo, uma acumulação anual de 290 mil metros cúbicos de areia na faixa
estudada, o equivalente a 290 mil toneladas.
Mas, se a norte do Mondego a areia acumula, a erosão cresce nas
praias a sul.
Na Leirosa, no extremo do concelho da Figueira da Foz, as
autoridades construíram, no final de 2011, uma duna artificial para proteger um
bairro habitacional do avanço do mar, com areia retirada a norte de um pequeno
esporão ali existente, procedimento que merece críticas do investigador.
"Interrompeu-se a alimentação a sul. Nunca era de
tirarem a areia a norte do esporão, porque ela estava já a passar naturalmente
para sul, tinham era de se ir buscá-la onde ela se acumula e não faz falta, na
praia a norte do rio Mondego".
Há uns dias, o presidente da Câmara da Figueira da Foz preocupado com a erosão costeira, que destruiu a duna natural, está a engolir a duna artificial e ameaçar o bairro da empresa municipal de habitação social Figueira Domus, visitou a Leirosa.
Ontem, políticos do PS e do PSD, andaram à pesca para os lados da Leirosa...
Presumo que a pescaria não deve ter sido lá grande coisa, pois este "peixe já está congelado há muito"...
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
E o essencial, neste momento, para quem vive e trabalha no concelho da Figueira é a erosão costeira a sul do estuário do Mondego e o assoreamento da barra da Figueira.
Para já, porém, ao que parece, existem outras preocupações prioritárias: a pré-campanha eleitoral…
É do conhecimento geral a forma como as máquinas partidárias se desligaram das vidas reais das pessoas: mas isso é culpa das pessoas reais - as máquinas não pensam...
Enfim, estamos a viver um momento em que quase apetece arrumar as botas, que a razão já tem pouco a ver com o que se passa e vai continuar a passar nesta bela cidade da Figueira da Foz, em particular, e no país, em geral.
Mas, tenhamos um restinho de esperança: um dia ainda hão-de ser de forma genuína as pessoas a contar.
Nota de rodapé.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos "quens" de direito.
Por exemplo, esta, esta, esta, esta, esta, esta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)