sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Reviver o passado na Figueira da Foz em 2013…
O tempo passa a correr.
Por mais que tentemos auto
convencer-nos que não somos nós que estamos velhos, "os putos é que saem à noite cada vez mais novos", não há nada a
fazer.
Os anos passam e pesam, mas não ensinam nada.
Oxalá esteja completamente equivocado, mas as próximas autárquicas na Figueira, em 2013, vão provar isso mesmo…
O problema da Figueira, neste momento, antes do mais, é político e
económico, mas, quanto a mim, é igualmente cultural.
É que, ao contrário do Rui Curado da Silva, eu sei que a memória dos figueirenses, que não deveria ser curta, na realidade, infelizmente, é mesmo muito curta.
Em tempo.
Para ler a crónica de Rui Curado Silva, clicar em cima da imagem.
Em tempo.
Para ler a crónica de Rui Curado Silva, clicar em cima da imagem.
Gente fina é outra loiça...
Em tempo.
Apetecia-me perguntar algo mais contundente ao palerma que disse esta alarvidade.
Mas, como hoje até é um dia especial para mim, deixo apenas esta questão: o que é que este gajo terá contra a Renault?..
"Ou vai ou racha"!..
para ver melhor, clicar em cima da imagem |
Ou morremos, ou ficamos completamente arrasados!..
"Isto é um terramoto. Só falta saber se é 7 na escala de Ritcher, que é destruidor, se 8, que é arrasador", disse Bagão Félix, sobre as propostas de orçamento de estado, nomeadamente ao nível do IRS.
"Isto é um terramoto. Só falta saber se é 7 na escala de Ritcher, que é destruidor, se 8, que é arrasador", disse Bagão Félix, sobre as propostas de orçamento de estado, nomeadamente ao nível do IRS.
A democracia e o poder local
Qualquer dia, por cá, ainda aparece um Tiririca!.. Pior do que tá não fica! |
“A democracia só é possível e duradoura quando os cidadãos
efectivamente sentem que têm directa interferência na gestão das comunidades em
que imediatamente se situam”.
Esta, é uma afirmação
do então deputado Jorge Miranda, proferida no plenário da Assembleia
Constituinte, em 14 de Janeiro de 1976.
Jorge Miranda, com esta frase, destacava a necessidade do envolvimento dos
cidadãos na vida politica local.
Por essa altura, entendia-se que fomentar a participação popular defendia também
a Constituição, que aliás previa a interferência das organizações populares de base –
nomeadamente associações de moradores – no exercício do poder local.
Essa participação cívica foi defendida pela maioria dos
deputados da Constituinte, de tal forma que ainda hoje as Comissões de
Moradores estão previstas na nossa Constituição, apesar de já terem desaparecido da nossa realidade
local.
Como sabemos, nos dias de hoje, a participação directa e imediata
dos cidadãos não vai além das eleições de quatro em quatro anos. Daí, resulta
um défice democrático e a ausência de uma autêntica cultura de debate sobre os
problemas locais.
E chegámos aos dias de hoje e constatamos que muitas das esperanças que o 25 de Abril de 1974 nos
trouxe, não passaram de ilusões.
Sobrou o pessimismo e
o alheamento cívico, que deu lugar a todos os oportunismos.
Os cidadãos afastaram-se
da política, sobretudo da política local, que é a que mais directamente interfere nas
nossas vidas.
Veja-se o que se passou na última Assembleia Municipal, com
o debate da chamada reforma administrativa Vamos ver o que se passará hoje na continuação do ponto dos
trabalhos suspenso na passada segunda-feira…
Isto, a meu ver, coloca uma questão fundamental, que é a
questão do regime: a democracia só poderá vingar se se apoiar em fortes instituições municipais e regionais com
efectiva participação popular.
Não é com jogadas politicas de gabinete que se ganham as
pessoas para a democracia e se resolvem os problemas das populações.
Isto só serve para afastar os cidadãos da vida politica local
e nacional.
Na Figueira, tal como de um modo geral no resto do País, o comportamento dos políticos e dos partidos, tem
contribuído para que os cidadãos se afastem da política. Eles, os políticos, que
deveriam ser instrumentos de
desenvolvimento, tornaram-se ao longo dos anos em meros instrumentos de caça ao
voto - ou melhor de caça aos empregos, para
si e para os seus “fiéis”, para alimentarem o seu pequeno poder…
Os cidadãos, na Figueira e no País, não se afastaram da política - foram afastados.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Nem tudo vai mal...
O governo ainda vai ficar reconhecido no mundo inteiro por apresentar ideias inovadoras para ultrapassar a crise...
Oportunidade de emprego
"Uma das secretárias pessoais de Pedro Passos Coelho foi demitida por abuso de confiança.
A exoneração foi publicada esta quarta-feira em Diário da República."
Em tempo.
"Para os eventuais interessados, parece que vagou um lugar de secretária e - olhem lá! - até pagam bem. Para além disso, é no lado mais magrucho do Estado. Pode não ser grande futuro, que o patrão está de saída, mas isso são outros quinhentos. Para desenrascar, não está nada mau."
A exoneração foi publicada esta quarta-feira em Diário da República."
Em tempo.
"Para os eventuais interessados, parece que vagou um lugar de secretária e - olhem lá! - até pagam bem. Para além disso, é no lado mais magrucho do Estado. Pode não ser grande futuro, que o patrão está de saída, mas isso são outros quinhentos. Para desenrascar, não está nada mau."
E, agora, querem-me convencer que eu é que andei a viver acima das minhas possibilidades?..
«Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.
(…)
Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.» Foto e texto: jornal Público
Em tempo.
"Pequeno detalhe: em vez de centenas, nessas pistas de aviação, parte delas fechadas, e nos dois heliportos da região Centro, trabalhavam dez funcionários.
Actualmente, trabalham sete."
(…)
Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.» Foto e texto: jornal Público
Em tempo.
"Pequeno detalhe: em vez de centenas, nessas pistas de aviação, parte delas fechadas, e nos dois heliportos da região Centro, trabalhavam dez funcionários.
Actualmente, trabalham sete."
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Coimbra continua a ser uma lição
De mãos e pés amarrados perto da Câmara Municipal da Figueira da Foz clamando por um trabalho...
António Rodrigues, 39 anos, natural da Figueira da Foz
Foto: Andreia Lemos, sacada daqui.
Via O Figueirense
Isto promete...
Pancadaria e insultos na Assembleia Municipal...
PSD acusado de "cozinhar" mapa com base em expectativas eleitorais...
Mas, isto, sosseguem, aconteceu em Santarém...
PSD acusado de "cozinhar" mapa com base em expectativas eleitorais...
Mas, isto, sosseguem, aconteceu em Santarém...
Solidariedade quebrada
“Os presidentes das 18 juntas do concelho da Figueira da Foz
sempre foram solidários uns com os outros quando estavam em causa situações que
afectassem o conjunto ou alguns dos seus elementos. Na sessão da Assembleia
Municipal da passada segunda-feira, porém, essa solidariedade foi quebrada,
quando os autarcas do PSD e da Figueira 100% mais os independentes José Elísio
(Lavos) e Carlos Simão (S. Pedro) se colocaram ao lado dos sociais-democratas e
do movimento independente.”
Jot´Alves, no Diário AS BEIRAS de hoje (edição impressa)…
Marcha contra o desemprego passou pela nossa cidade
A Marcha contra o desemprego (que pode ser acompanhada clicando aqui), tem vivido momentos emocionantes.
Da parte da tarde, na Figueira da Foz, às 14.30 horas, Arménio Carlos proferiu uma intervenção. A Marcha teve um percurso pela cidade, com passagem pela Câmara Municipal até à Doca Pesca (17.00 horas) onde houve encontros com os trabalhadores da COFISA (conservas de peixe) e dos estaleiros Navais do Mondego.
Antes, porém, nos Carritos, os trabalhadores da Unitefi, que estão neste momento a atravessar graves dificuldades, com salários de vários meses em atraso, bem como os seus subsídios de férias, recebem de forma emocionada a Marcha da CGTP.
Um momento que marca indelevelmente a história desta Marcha Contra o Desemprego e que o vídeo acima dá conta.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Não percebo nada de política, mas…
Conforme já disse, escrevi e repito, não percebo nada de política.
Mas, confesso, perturba-me esta história, que nos querem impingir, dos partidos da governação, os chamados “partidos do arco do poder”, leia-se PS, PSD e CDS.
A ver se nos entendemos: os auto intitulados partidos do "arco do poder" explicam-nos que devemos continuar a votar neles porque são eles que têm governado o país, e votar noutros partidos é um voto desperdiçado, sem utilidade.
Nós chegámos onde chegámos, porque estes partidos nos governaram de tal forma mal que voltámos a estender a mão ao FMI (pela terceira vez desde que nos governam), mas devemos voltar a votar neles porque são eles que nos têm governado e que estão em melhores condições de o continuar a fazer.
Simples: na sua douta opinião, os portugueses devem votar nas mesmas políticas que nos levaram ao actual buraco, porque são precisamente elas que nos vão voltar a fazer sair dele!..
Mas, confesso, perturba-me esta história, que nos querem impingir, dos partidos da governação, os chamados “partidos do arco do poder”, leia-se PS, PSD e CDS.
A ver se nos entendemos: os auto intitulados partidos do "arco do poder" explicam-nos que devemos continuar a votar neles porque são eles que têm governado o país, e votar noutros partidos é um voto desperdiçado, sem utilidade.
Nós chegámos onde chegámos, porque estes partidos nos governaram de tal forma mal que voltámos a estender a mão ao FMI (pela terceira vez desde que nos governam), mas devemos voltar a votar neles porque são eles que nos têm governado e que estão em melhores condições de o continuar a fazer.
Simples: na sua douta opinião, os portugueses devem votar nas mesmas políticas que nos levaram ao actual buraco, porque são precisamente elas que nos vão voltar a fazer sair dele!..
Este “arco”, “da governação” ou da “governabilidade” – que
sendo conceitos diferentes tendem a ser amalgamados no mais extremista –
pretende estabelecer a fronteira intransponível entre os partidos agraciados
com o poder de governar e os outros, ditos de “contestação” e que servirão para
assegurar o pluralismo formal assim se respeitando, para descanso das
consciências, o funcionamento da democracia.
Percorrendo este caminho autoritário, os políticos que
mandam enchem a boca com a palavra democracia, aviltando a democracia.
Pelos resultados concretos obtidos nos últimos 37 anos,
quanto a mim, que como já escrevi e repito, não percebo nada de política, mais
do que partidos da governação, PS, PSD e CDS foram e são, partidos da
desgovernação.
O que divide os blocos que formam o “arco”?
As designações, os passados, divergências tácticas dependendo
das situações de governo e oposição.
O que os une?
O sistema de alternância e de convergência governamental
quando esta é necessária, a subserviência em relação às “leis do mercado” e a
prática económica e política neoliberal, realidade cada vez mais óbvia quando
observamos como a austeridade, uma política intocável independentemente dos
rótulos de quem governa, vai liquidando os Estados Sociais, ou o que deles
resta.
Este é o “arco da governação” ou da “governabilidade”.
Conclusão e moral da história para os portugueses (se é que
esta história tem moral!...): quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga…
Para mim, que repito e confesso, não percebo nada de
política, o “arco” “da governação” ou “da governabilidade” não passa de uma versão mitigada da mentalidade de partido
único.
E de manhã, ao acordar...
Todos os membros do governo telefonam às suas secretárias e perguntam...
"Onde é que é hoje a vaia?
Daqui
"Onde é que é hoje a vaia?
Daqui
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