sábado, 5 de maio de 2012
Momento filosófico!..
Ontem, em Portugal, o país que mais cortou nos salários do Estado em 2011 e onde a redução da massa salarial superou a meta inicial negociada com a troika, o primeiro ministro em exercício há quase um ano considerou que o "modelo de crescimento assente em baixos salários é modelo de empobrecimento"!..
Hoje, em Portugal, que volta a ser o que mais corta em 2012, isto só pode ser encarado como um momento filosófico...
Eu acredito neste cavalheiro...
Eu até acredito mais: de certeza que Soares dos Santos nem sabia que o Pingo Doce se chamava Pingo Doce...
Mais ainda: neste momento o dono do Pingo Doce deve estar surpreendidíssimo com o facto de o Pingo Doce se chamar Pingo Doce!..
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Só para desanuviar, que o tempo hoje não vai dar para mais e já estou farto de blogar sobre o pingo doce...
foto Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui |
É Primavera, mas continua e chover…
Coelho, faz o que não prometeu
e anda a culpar disso
quem o antecedeu.
Nisso,
é preciso ter galo,
esta Primavera não se distingue de Verões,
Outonos e Invernos passados:
os portugueses gostam de levá-lo
e de serem governados por aldrabões!..
Estão no seu pleno direito,
ao meterem-se a jeito...
Vamos é a ver
quem vai conseguir sobreviver?..
quinta-feira, 3 de maio de 2012
É apenas por um pormenor, mas fica esta chamada atenção ao departamento de markting do Pingo Doce
O seu mérito não está em causa... O departamento de markting do pingo doce está e continua de parabéns...
Mas, como tudo pode melhorar sempre mais um pouco, fica uma pequena sugestão para quando se realizar a próxima operação: "um desconto de 75% para os agentes da PSP"!..
E não seria nenhum favor, pois "as forças policiais não existem para enfrentar ou acudir a situações que resultam manifestamente da insensatez e imprevidência de iniciativas comerciais de empresas".
Mas, como tudo pode melhorar sempre mais um pouco, fica uma pequena sugestão para quando se realizar a próxima operação: "um desconto de 75% para os agentes da PSP"!..
E não seria nenhum favor, pois "as forças policiais não existem para enfrentar ou acudir a situações que resultam manifestamente da insensatez e imprevidência de iniciativas comerciais de empresas".
Graçola de oportunidade?..
Pingo Doce ressalva "preocupação social" na campanha de descontos!..
O director-geral, afirmou ontem na televisão que a campanha de descontos protagonizada pela cadeia de supermercados no 1º de maio foi fruto de "uma grande preocupação social" e de uma "leitura muito atenta do mercado". Em entrevista ao Jornal das 8 na TVI, Luís Araújo recusou, no entanto, revelar os resultados da campanha…. Na mesma oportunidade, garantiu também que a lei da concorrência foi cumprida e que não perderam dinheiro!..
Ora bem: quanto ganharia então a cadeia de supermercados se não fiezesse 50% de descontos?...
Não esqueçam, que "o Pingo Doce optou por realizar a campanha promocional no dia 1 de Maio, porque é no primeiro dia de cada mês que mais famílias fazem as suas compras"!..
Exemplar, meus caros: aqui está um enormíssimo "exemplo de como uma empresa pode canalizar valor para a sociedade"!..
Zombies: não se esqueçam é que os impostos são pagos na Holanda….
O director-geral, afirmou ontem na televisão que a campanha de descontos protagonizada pela cadeia de supermercados no 1º de maio foi fruto de "uma grande preocupação social" e de uma "leitura muito atenta do mercado". Em entrevista ao Jornal das 8 na TVI, Luís Araújo recusou, no entanto, revelar os resultados da campanha…. Na mesma oportunidade, garantiu também que a lei da concorrência foi cumprida e que não perderam dinheiro!..
Ora bem: quanto ganharia então a cadeia de supermercados se não fiezesse 50% de descontos?...
Não esqueçam, que "o Pingo Doce optou por realizar a campanha promocional no dia 1 de Maio, porque é no primeiro dia de cada mês que mais famílias fazem as suas compras"!..
Exemplar, meus caros: aqui está um enormíssimo "exemplo de como uma empresa pode canalizar valor para a sociedade"!..
Zombies: não se esqueçam é que os impostos são pagos na Holanda….
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Morreu uma personalidade marcante da cinematografia nacional e da sua renovação a partir dos anos 70
Fernando Lopes (1935-2012) |
Entrou para a RTP em 1957 onde começou por ganhar experiência como assistente de montagem.
Em 1959, obteve a bolsa que lhe permitiu tirar o curso de Realização de Cinema na London Film School. Poucos anos depois, em 1964, realizaria uma das obras que o tornariam num nome incontornável do cinema português: "Belarmino", o documentário sobre a vida de um pugilista.
No ano seguinte faria um estágio de três meses em Hollywood, depois do qual levou a cabo o filme "Abelha na Chuva", outra das obras mais significativas da sua filmografia. Foi co-fundador e diretor da RTP2, na década de 1980, e professor do Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa.
Entre os seus filmes, destacam-se ainda "O Delfim" e "Crónica dos Bons Malandros". "Em Câmara Lenta", o seu mais recente filme, a personagem principal é um homem que na fase final da sua vida procura um sentido para o percurso que trilhou.
Fernando Lopes foi casado com a atual diretora Cinemateca Nacional, Maria João Seixas.
Por um prato de lentilhas, mas com 50% de desconto
Os donos do Pingo Doce quiseram esfregar-nos na cara o nosso egoísmo, a nossa venalidade, a tremenda distância que nos separa dos outros, desde que de permeio esteja o nosso umbigo.
Quiseram fazer-nos provar a gordura cobarde que temos em vez de músculo; explicar-nos, muito devagar, como se fossemos imbecis, que nada nos custa pisar as vidas dos vizinhos desde que seja para alcançar couratos a metade do preço.
E conseguiram.
Anunciaram primeiro que iam obrigar os seus trabalhadores a laborar no feriado do 1º de Maio.
Quando alguma polémica eclodiu, sujeitaram a referendo nacional a solidariedade da manada tuga: “E se vos déssemos um desconto jeitoso, ainda ficariam do lado dos oprimidos, ou correriam por cima deles para agarrar vinho em saldos?”
O resultado viu-se ontem pelas nossas ruas: milhares a encher bagageiras com os despojos dos direitos dos outros. Nas declarações de rapina, o gáudio cheirava-se à légua: “Podemos registar o entusiasmo e a euforia dos nossos clientes, que precisam de campanhas como esta.”
Como precisamos, foi só assobiar para nos pormos de cócoras, orifícios lubrificados pela nossa própria cupidez.
Pouco depois, quase todas as grandes superfícies comerciais decretavam, à força de intimidação, a morte do Primeiro de Maio. Mais um capítulo na história da infâmia em que vamos dando razão ao ditador que nos baptizou como “uma nação de cobardes” – acrescentámos ontem a palavra que faltava: “Glutões.”
Sacado daqui
"Neste dia", alguém que acalme Deus e Proença se não eles ainda fazem algum disparate....
"Neste dia, a UGT exige que o Governo cumpra a palavra dada e o acordo assinado. A UGT exige mais eficácia e rapidez de todo o Governo na implementação do acordo.
Neste dia, mais uma vez, a UGT afirma a sua firme determinação em exigir o cumprimento do acordo de concertação, sob pena de o mesmo ser denunciado pela UGT, por incumprimento do Governo", afirmou João de Deus.
Neste dia, secretário-geral da UGT, João Proença, disse, por sua vez: "Exigimos respeito por este acordo tripartido, o seu cumprimento integral".
Neste dia, João Proença disse ainda aos jornalistas que "a UGT respeita aquilo que assinou, mas tem do direito de crítica, o direito de opinião"...
Neste dia, mais uma vez, a UGT afirma a sua firme determinação em exigir o cumprimento do acordo de concertação, sob pena de o mesmo ser denunciado pela UGT, por incumprimento do Governo", afirmou João de Deus.
Neste dia, secretário-geral da UGT, João Proença, disse, por sua vez: "Exigimos respeito por este acordo tripartido, o seu cumprimento integral".
Neste dia, João Proença disse ainda aos jornalistas que "a UGT respeita aquilo que assinou, mas tem do direito de crítica, o direito de opinião"...
terça-feira, 1 de maio de 2012
1º. de Maio de 1974
Nesta foto desse 1º. de Maio de 1974, na Figueira, sacada daqui , vemos Cristina Torres, mulher que sofreu agruras no tempo da ditadura |
Aquele já longínquo 1º de Maio de 1974 na Figueira, celebrei-o, pela primeira vez, em Liberdade.
Tinha 20 anos de idade.
Na verdura e ingenuidade dos meus 20 anos, acreditei na democracia e nos portugueses.
Fui mais um...
O primeiro 1.º de Maio de 1974, levou milhões de portugueses às ruas. Celebravam a Liberdade e a possibilidade de uma mudança económica e social que, afinal, nunca se veio a concretizar...
Esses milhões de portugueses foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio depois do 25 de Abril!
Como estava enganado: os portugueses estão sempre a deixar-se levar por oportunistas que, recorrendo à mentira sistemática, tomaram o poder para destruir as conquistas de Abril.
Espero que os portugueses, hoje, ainda consigam gritar na rua, sem qualquer problema, que este governo já não tem qualquer legitimidade para governar, porque enganou a maioria dos que nele votaram.
Já chegámos aqui, de novo:
Ao rico tudo é permitido.
Não há direitos para o pobre.
O Estado esmaga o oprimido.
O crime do rico, a lei o cobre!..
Passos Coelho vai estar na Figueira
foto sacada daqui |
Via O Figueirense
segunda-feira, 30 de abril de 2012
A explicação para a vitória de um emblema que este ano jogou sem treinador!...
O acto de mastigar pastilha elástica pode não ser
esteticamente belo, mas são poucos os seres humanos que nunca o fizeram. |
Sabem a laranja, morango, menta, tutti-frutti?
É um mistério.
Sem informação, só me resta especular. Parece-me evidente que aquelas pastilhas têm mais importância no planeamento estratégico da época do que o próprio Jorge Jesus estará disposto a reconhecer.
É natural, nenhum mágico (ou mestre da tácita) gosta de revelar os seus segredos. A minha teoria é a de que cada pastilha elástica do Jorge Jesus representa um jogador. Aposto que ele as mastiga (o chamado processo de assimilação) e depois as guarda, só para as poder usar naquele quadro que os treinadores mostram aos futebolistas para explicar movimentações da equipa.
Cada um dá o que pode: os jogadores suam, o Jesus saliva.
Percebem agora a minha insistência nos sabores?
Aposto que a pastilha Capdevila lhe sabe mal, por alguma razão que só o mestre da tática entenderá, e por isso insistiu na pastilha Emerson. Este deve ser de mentol, tendo em conta os calafrios que provocou nos adeptos.
As pessoas no futebol têm memória curta, mas eu ainda me lembro da forma como Jesus despediu o guarda-redes Quim: durante uma entrevista televisiva, sem sequer ter informado o jogador pessoalmente da sua decisão.
Percebem a minha dificuldade em dissociar o treinador das pastilhas que mastiga? Não existe diferença entre o que ele fez ao Quim e atirar uma pastilha para o lixo. A teoria das pastilhas também explica esta época. Quando metemos uma pastilha na boca pela primeira vez, é colorida, saborosa, sumarenta; à medida que a vamos mastigando, torna-se esbranquiçada, seca, um pedacinho de plasticina entre os dentes. A metamorfose das pastilhas elásticas na boca de Jorge Jesus é semelhante à que ocorre nos próprios jogadores: à medida que o tempo passou, foram ficando pálidos, mortiços, colados ao relvado, obrigados a esticar-se até rebentarem. E assim chegamos ao fim da época: empatando tristemente com o Rio Ave e entregando o título de campeão a uma equipa que joga sem treinador.
Vítor Pereira pode vir a ser recambiado para uma equipa russa por ser um bronco sem carisma, mas pelo menos teve a vantagem de não tratar os jogadores como o Jesus trata as pastilhas.
Via Bitaites
Vamos ser optimistas e esperar que não estejamos muito longe...
F. Moita Flores. Foto sacada daqui. |
"A verdadeira democracia é o lugar onde habitam os homens cultos, diferentes e fraternos. E a solução para os nossos maiores problemas. Talvez um dia cheguemos lá."
Um pouco de História...
A 16 de Março de 1974 dá-se um levantamento militar que partiu das Caldas da Rainha, que abortou...
A 1 de Abril de 1974, O Prof. Marcelo Caetano assistiu, em Alvalade, ao jogo Sporting - Benfica.
No seu livro Depoimento, publicado em 1978, afirma a propósito: «Quando o alto-falante anunciou que eu me achava no camarote principal, a assistência, calculada em 80.000 espectadores, como movida por uma mola, consagrou-me demorada ovação ( ... ) e as informações que chegavam ao Governo também garantiam sossego geral e apoio ao regime»...
Ele, que já tinha pedido, a exoneração do cargo, alegando razões de saúde, fica emocionado.
A 25 de Abril de 1974, o Regimento de Santarém, comandado por Salgueiro Maia, avança sobre Lisboa, Marcelo Caetano é informado sobre o que está a acontecer, não tem coragem de o impedir. Pensou que assim seria mais fácil resolver o problema do Ultramar e fazer reformas urgentes com a anuência de diferentes partidos políticos tendo como padrão uma democracia de tipo ocidental. Julga poder continuar no país. Spínola pede-lhe que siga para a Madeira com o Presidente Américo Thomás. Este acusa-o de não ter querido evitar o que aconteceu. Cortam relações.
Morreu no Rio de Janeiro, amargurado e revoltado com a cegueira e a ingratidão dos homens.
A 1 de Abril de 1974, O Prof. Marcelo Caetano assistiu, em Alvalade, ao jogo Sporting - Benfica.
No seu livro Depoimento, publicado em 1978, afirma a propósito: «Quando o alto-falante anunciou que eu me achava no camarote principal, a assistência, calculada em 80.000 espectadores, como movida por uma mola, consagrou-me demorada ovação ( ... ) e as informações que chegavam ao Governo também garantiam sossego geral e apoio ao regime»...
Ele, que já tinha pedido, a exoneração do cargo, alegando razões de saúde, fica emocionado.
A 25 de Abril de 1974, o Regimento de Santarém, comandado por Salgueiro Maia, avança sobre Lisboa, Marcelo Caetano é informado sobre o que está a acontecer, não tem coragem de o impedir. Pensou que assim seria mais fácil resolver o problema do Ultramar e fazer reformas urgentes com a anuência de diferentes partidos políticos tendo como padrão uma democracia de tipo ocidental. Julga poder continuar no país. Spínola pede-lhe que siga para a Madeira com o Presidente Américo Thomás. Este acusa-o de não ter querido evitar o que aconteceu. Cortam relações.
Morreu no Rio de Janeiro, amargurado e revoltado com a cegueira e a ingratidão dos homens.
domingo, 29 de abril de 2012
À especial atenção de João Portugal e Miguel Almeida (ou Miguel Almeida e João Portugal, a ordem dos factores, neste caso, é arbitrária...)
Coube aos eleitores da vila de São Pedro, em devido tempo, isto é, nos períodos que precederam
os actos eleitorais, analisar e decidir
em conformidade.
Portanto, para o bem ou para o mal (depende do ponto de vista de cada um...), a responsabilidade é do eleitorado da vila de São Pedro.
Durante 20 anos, foi detentor do poder absoluto em São Pedro, mas isso não foi
culpa dele – foi-lhe outorgado pelo povo, através do voto.
Se ele o usou sempre em prol
desse mesmo povo que nele votou, isso, do meu ponto de vista, seria passível de discussão aprofundada e séria...
O que, de todo, neste momento, não vem ao caso...
Costuma dizer-se, que todo o povo tem o
político que merece…
Creio que os habitantes da vila de São Pedro, durante 20 anos, não fugiram à regra...
Por isso mesmo, acredito, piamente, que vá para que partido for, depois de deixar de ser presidente de junta da vila de São Pedro, vai continuar a ter o apoio politico da maioria da população local!...
Quem é que, por aqui, resistirá ao apelo de quem tem tomado conta deles, em vez de, cada um deles, ser dono do seu próprio destino?..
João Portugal e Miguel Almeida, não se descuidem: o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, politicamente falando, é um autêntico diamante, já devidamente polido, como convém…
Citando o próprio presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro na entrevista, versão sonora, que aconselho a escutarem.
Sobre a erosão costeira. "Contrariando alguns profetas do mal, o molhe norte não nos causou nenhum estrago. Mais: eu posso dizer que a construção do molhe norte tornou a estância balnear do Cabedelo, mais abrigadinha… E a famosa onda do Cabedelo já estava um bocadinho perdida. E não sei se foi o molhe norte que a fez desaparecer… Eu penso que foi mais a cabeça do molhe sul … Aliás, vivo há 60 anos à beira mar e sei que a erosão costeira é cíclica... Este ano não tivemos inverno, de maneira que não houve grande erosão na nossa costa….”
Pois…
Isto vou dizer eu, que já vivo há quase 60 anos à beira mar: também todos os anos, desde há oito séculos, os portugueses surpreendem-se com a queda de neve na Serra da Estrela, celebrando cada nevão como se fosse o primeiro!..
Passando à política, pura e dura, disse o entrevistado.
"A minha matriz é socialista, embora eu entenda e compreenda que hoje PS e PSD se confundem..."
Portanto, continuando a citar o entrevistado: "só depois de deixar de ser presidente de junta é que vou decidir se vou aderir a algum partido... e qual vai ser"...
Como sublinhou o entrevistador a determinada altura da conversa: "é independente, mas bastante flexível, em termos políticos..."
Pois!..
Isto vou dizer eu, que vivo na Aldeia da Cova-Gala: o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, nunca teve um rumo, precisamente porque nunca teve convicções políticas. Sem elas, mesmo que difusas, a obstinação transforma-se em teimosia. Parafraseando Lenine: “não teve firmeza na estratégia nem flexibilidade na táctica”.
Nota de rodapé.
É impossível realizar uma entrevista sem proferir palavras. Em geral há muitas, neste caso concreto, houve, talvez, demasiadas.
Em vez de respostas breves e sintéticas, tivemos longos discursos. Quem conhece o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, sabe que a sua “massa” é mesmo essa. A sua natureza, impõe que a cada palavra proferida, haja sempre, pelo menos, outra, que ajude a explicar a primeira.
Quem ouvir a entrevista com atenção, dá conta disso facilmente.
O interessante, é que, aparentemente, sem se preocupar com o enquadramento temático que cada pergunta específica necessariamente estabelecia, foi proferindo a primeira palavra, e a segunda, e a terceira, e por aí adiante, qual pássaro a quem foi aberta a porta da gaiola, sem saber muito bem, ou não o sabendo de todo, aonde as palavras o poderiam levar.
Falar, assim, pode tornar-se numa aventura perigosa, pois, discursar para uma plateia fora da freguesia da vila de São Pedro, pode dar azo a que o discurso, em lugar de se limitar a iluminar e dar visibilidade ao que, fora de portas, interessava ao próprio, acabar por revelar, o que, para já, pretendia manter oculto, ou, apenas, intuído ou pressentido, e que, de repente se torna numa evidência insofismável.
Gostei muito desta entrevista, muito bem conduzida pelo J´Alves...
Pois!..
Isto vou dizer eu, que vivo na Aldeia da Cova-Gala: o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, nunca teve um rumo, precisamente porque nunca teve convicções políticas. Sem elas, mesmo que difusas, a obstinação transforma-se em teimosia. Parafraseando Lenine: “não teve firmeza na estratégia nem flexibilidade na táctica”.
Fora uma vaga ideia de “modernidade”, nunca soube realmente
o que queria. Atente-se, no caso do Centro Escolar...
Como ao desnorte ideológico se alia um temperamento irascível, quase todos os seus
gestos políticos resultam de impulsos. Faltam-lhe os elementos estruturais que
dão coerência à actividade de um politico: bases ideológicas, cultura política
e firmeza ética. E falta-lhe também estrutura emocional: o que nele é
espontâneo, prejudica-o, o que nele é
artificial, denuncia-o.
Pode ter sido, o “elo mais forte” de
um grupo de fracos e presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro durante 20 anos, mas nunca foi um líder.
Nota de rodapé.
É impossível realizar uma entrevista sem proferir palavras. Em geral há muitas, neste caso concreto, houve, talvez, demasiadas.
Em vez de respostas breves e sintéticas, tivemos longos discursos. Quem conhece o presidente da junta da freguesia da vila de São Pedro, sabe que a sua “massa” é mesmo essa. A sua natureza, impõe que a cada palavra proferida, haja sempre, pelo menos, outra, que ajude a explicar a primeira.
Quem ouvir a entrevista com atenção, dá conta disso facilmente.
O interessante, é que, aparentemente, sem se preocupar com o enquadramento temático que cada pergunta específica necessariamente estabelecia, foi proferindo a primeira palavra, e a segunda, e a terceira, e por aí adiante, qual pássaro a quem foi aberta a porta da gaiola, sem saber muito bem, ou não o sabendo de todo, aonde as palavras o poderiam levar.
Falar, assim, pode tornar-se numa aventura perigosa, pois, discursar para uma plateia fora da freguesia da vila de São Pedro, pode dar azo a que o discurso, em lugar de se limitar a iluminar e dar visibilidade ao que, fora de portas, interessava ao próprio, acabar por revelar, o que, para já, pretendia manter oculto, ou, apenas, intuído ou pressentido, e que, de repente se torna numa evidência insofismável.
Gostei muito desta entrevista, muito bem conduzida pelo J´Alves...
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