domingo, 11 de julho de 2010

E o polvo Paul não falhou...

... parabéns campeã.

X&Q891



Ondas

Diferente...


Já tinha acontecido ministros serem remodelados e depois virem a público criticar ferozmente o Executivo.
Todavia, ver um Ministério congratular-se com a demissão de um Director-Geral, atribuindo-lhe os grandes males da casa é, no mínimo, “diferente”!..

Constatação


Nem para atacar alguém de forma vil, Carlos Queíroz mostrou ter classe.
Posteriormente às lamentáveis afirmações do vídeo acima, em declarações ao jornal Record, já admitiu ter usado a expressão "ESTRUTURA AMADORA".
Se o jornalista do SOL não tivesse dito que tinha a conversa gravada, Queiroz continuava a chamar mentiroso a quem disse simplesmente a verdade...
E agora?...
É bem capaz de não acontecer nada...
Razão acaba por ter Queiroz: isto (particularmente o futebol português) não passa tudo de uma estrutura amadora, trituradora de milhões de euros do erário público...

Bom domingo

Caminhos...

Neste Outra Margem, já escrevi, penso que mais do que uma vez, que não percebo nada de futebol...
De política, idem, idem, aspas, aspas...
Só que tenho olhos e ouvidos...
Como normalmente ando atento, verifiquei que na sociedade portuguesa, a partir talvez do início deste ano, a grande esperança apresentada pelas doutrinas mais primárias, reaccionárias e conservadoras, é que acabando com o RSI, com os subsídios e reduzindo os funcionários públicos, toda essa gente se integraria na actividade económica privada e começava a produzir riqueza!..
Passados estes meses, continuo a olhar e a ver - e o que é que constatei?..
Que aconteceu um desastre. Coitados deles – os beneficiários do RSI e de outros subsídios e dos funcionários públicos - e coitados de nós.
Aconteceu o que estava à espera: mais desemprego, mais fome, mais miséria.
Neste mundo globalizado, resta pouco com interesse para produzir a um país como Portugal!..
A China produz têxteis ao preço da chuva. Os EUA cereais. A Índia software. Taiwan hardware. Japão e a Alemanha veículos e electrodomésticos. América do Sul carne e peixe de sobra.
Quer dizer, quase tudo o que precisamos é feito noutros lados de forma ultra-competitiva. Portanto, acabando ou reduzindo a redistribuição, com o argumento fatalista da falta de dinheiro, apenas nos sobra o abismo à frente, ou o retorno ao modelo da mão de obra barata (que é como quem diz, quase escrava, mesmo).
Afinal, para que mundo nos querem conduzir?
Para mim, apesar de não perceber patavina de futebol, e de política, idem, idem, aspas, aspas, é perfeitamente visível que o caminho a percorrer teria de ser outro e diferente.
Não vejo é gente – povo e políticos - preparada para o delinear e percorrer...

sábado, 10 de julho de 2010

aF127


Lindo

Peço desculpa, mas este post é especialmente dedicado ao meu Amigo Custódio Cruz.
Imaginem cerca de 30 membros da Companhia de Ópera de Filadélfia no meio do Mercado Eng. Silva, como transeuntes comuns, que de repente começam a cantar La Traviata!..

Portugal, Julho de 2010, 36 anos depois do 25 de Abril de 1974...

Em Julho de 2010, 36 anos depois do 25 de Abril de 1974, a crise está aí, pujante, tenebrosa e avassaladora.
Muitas pessoas, com quem me cruzo no dia a dia, culpam o 25 de Abril da desgraça em que nos encontramos. Muitos deles, até suspiram por Salazar.
A memória é curta. Se bem me recordo ainda, entre outras, foram importantes conquistas de Abril para quem trabalha:

- Liberdade sindical;
- Direito à greve;
- Direito à negociação colectiva;
- Constituição de comissões de trabalhadores;
- Institucionalização do salário mínimo nacional;
- Direito a um mês de férias e respectivo subsídio;
- Generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego.

Isto é verdade. Mas, também temos de reconhecer que 36 anos depois da conquista destes direitos, chegámos aqui:

- cerca de 2 milhões de trabalhadores precários;
- 900 mil trabalhadores são falsos recibos verdes, que nunca terão direito a subsídio de Natal ou de férias;
- 700 mil desempregados. Cerca de 300 mil dos quais não recebe subsídio de desemprego;
- precarização no mundo do trabalho, que tem destruído a contratação colectiva, a sindicalização e a implementação de comissões de trabalhadores.

Mas, tudo isto não aconteceu por acaso e não é culpa do 25 de Abril.
Tem responsáveis: são todos aqueles e aquelas, que ao longo de mais de três décadas de alternância governativa, dita democrática, têm vindo conscientemente a destruir os direitos conquistados com o 25 de Abril, tornando mais penosa a vida de quem, com honestidade e competência, vive apenas do fruto seu trabalho honrado.
O resto, é areia que nos tentam atirar para os olhos, num tempo em que a politica parece resumir-se a políticos impostores que nos sobrecarregam com um crescente agravamento de impostos.
Tudo, ao que dizem, a bem do interesse nacional, seja lá isso o que for.
Eu, que ainda possuo um resto de memória, ainda me lembro do tempo em que era tudo a bem da nação, fosse lá isso o que fosse!..

Cartaz turístico!..


Em Buarcos, o sufoco financeiro da Câmara deixa “os veraneantes que escolhem a zona da Praia de Buarcos para banhos de sol, literalmente “de calças na mão”, quando lhes dá um “aperto”!..

Mais pormenores no Diário de Coimbra.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uma estória da Cova-Gala







“O Popó e o rádio do seu contentamento”.
Um texto de Olímpio Fernandes.
Ler aqui.

Vinicius de Moraes


A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O Bloco Central do País

"O PSD bateu no fundo esta sexta-feira. Hoje, no Parlamento, os sociais-democratas colocaram-se ao lado do PS em matéria de SCUT. Os projectos do PCP e do BE para revogar a introdução de portagens em três SCUT que foram a votação na AR foram chumbados, com a abstenção do PSD e do CDS-PP e os votos contra do PS. Há um bloco central a governar no País. Simplesmente não é assumido. Deplorável."

Isto está a começar a "piar fino"

... mesmo que não passe de um simples cidadão e munícipe, o pobre boy do post anterior, “nem provedor nem assessor da autarquia”, parece-me um bocado baralhado!..
Isto, está a começar a "piar fino": “aquilo que por vezes começa com graça, pode tornar-se esquisito, para não dizer perigoso. Fora de brincadeiras.”
E que tal consultar um médico da especialidade?..
É que vão ser mais três anos e meio muito difíceis!...
Mas, como sempre fui um gajo de esperança, acredito que o tempo e a experiência vão ajudar a lidar com a pressão...

Vou pensar em voz alta...

Isto, não será, apenas, um claro problema de açambarcamento que não deixa espaço aos privados?..
Então, porque é que na Figueira não se deixa funcionar, simplesmente, o mercado do entretenimento?..
Sinceramente, uma câmara e um vereador do pelouro com esta dinâmica de defesa do interesse público e esta clara aposta na diversão dos indígenas merece, no mínimo, reconhecimento público!..
Só que, a meu ver, o papel principal das Câmaras, é gerir o território, providenciando os investimentos necessários à melhoria das condições de vida dos seus habitantes.
Claro que, como sabemos, o dinheiro público extorquido legalmente aos cidadãos, é um recurso escasso que merece utilização racional e merecedora de critérios de estrita necessidade e interesse colectivo.
É claro, que se pode sempre argumentar, como aliás tem acontecido ultimamente, que a autarquia não gasta dinheiro...
Como se vê, neste caso concreto, é mais uma inverdade. A autarquia tem de possuir pessoal e meios adequados à função, cujos custos fixos absorvem uma parte substancial do seu orçamento.
Isto, sou só eu a pensar em voz alta. Asseguro que não pretendo lançar nenhuma suspeita infundada, muito menos, o que seria algo, digamos assim, até, desagradável, colocar em causa a credibilidade dos meus escritos!...

Sou um figueirense da outra margem...

... só por isso, é que ando assaz curioso sobre os próximos episódios deste velho problema...