quinta-feira, 15 de abril de 2010
Lixados, estão os manetas e os otários...
Não há dia em que se não saiba de mais alguns cidadãos empreendedores e criativos que genialmente aconchegaram no seu PPR mais uns valentes milhões, sacados ao erário público através de um esquema qualquer, revestido de toda a legalidade e ética republicana em vigor.
Unidos...
Saiba para quê, aqui.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Citando...
“A corrupção é um crime que compensa. Os ganhos são sedutores, os riscos de detecção são baixos, a eventualidade de se vir a ser julgado e condenado é remota, a perda da reputação, quando ocorre, é passageira, e é quase sempre neutralizada pela "compreensível vontade" de ganhar (ou de deixar fazer) um negócio que afinal "reverte a favor" do país, da economia, da cidade, etc...
Em geral, o corruptor activo ou passivo não se vê a enveredar por uma carreira criminal. Olha para a ocasião como uma oportunidade que pode não se repetir e que qualquer um na mesma situação não desperdiçaria. Durante muito tempo os polícias de investigação criminal, treinados para investigar homicidas e bandidos, tiveram dificuldade em colar a imagem de criminoso a pessoas bem vestidas e bem falantes, de classe superior à deles, muitas vezes ameaçando retaliação por via de "ligações com os de cima".
Em face disto, porque é que em certos países há tanta corrupção e noutros tão pouca? Há pouca quando se verificam três condições: cultura de prevalência do público sobre o privado; prevenção por via de transparência e de mecanismos de acompanhamento dos processos onde pode ocorrer corrupção; combate eficaz ao crime quando ocorre e punição rápida e exemplar. A presença destas condições implica leis, instituições e meios; mas implica sobretudo cultura pública de prioridade do bem comum e do Estado como principal garante dele.
No nosso país não se verifica actualmente nenhuma destas condições. Nos últimos 30 anos dominou uma cultura-armadilha de instrumentalização do Estado através do discurso anti-Estado. A crítica do Estado, em vez de ter sido utilizada para criar espaços de genuína autonomia da economia e da sociedade civil - espaços que implicam riscos como condição de oportunidades - foi utilizada para criar oportunidades sem riscos mediante o recurso a um Estado-prostituto seguro que, não tendo utilidade geral, pode ser utilizado para servir interesses particulares cuja satisfação supera sempre pagamento. O PSD e o PS contribuíram por igual para a cultura da prostituição do Estado, servidos por uma bateria de comentadores e analistas conservadores que, com uma intensidade sem paralelo na Europa, foram convertendo diariamente a realidade do Estado a menos na ficção do Estado a mais.
Sendo um crime de oportunidade, a corrupção pode ser eficazmente prevenida, reduzindo as oportunidades de ela ocorrer. As oportunidades têm lugar em quatro domínios: grandes contratos de obras e de fornecimentos do Estado; parcerias público-privadas; urbanismo; financiamento dos partidos. Para qualquer destes casos há medidas de prevenção cuja eficácia está amplamente testada. Para os grandes contratos e parcerias, a criação de unidades de acompanhamento dos contratos constituídas por magistrados e técnicos especializados, pois uma vírgula ou um adjectivo podem significar milhões de euros. (O Tribunal de Contas faz hoje fiscalização concomitante mas limitada aos aspectos jurídicos. Ora a corrupção ocorre quase sempre numa zona cinzenta entre o legal e o ilegal, a zona do alegal.) Para o urbanismo, a introdução de mecanismos de democracia participativa, nomeadamente do orçamento participativo a nível municipal. Para o financiamento dos partidos, o financiamento público exclusivo.
Quando não prevenida, a corrupção pode ser combatida pelas seguintes medidas: demissão imediata dos responsáveis dos institutos de regulação em caso de corrupção na área regulada; selectividade do combate, centrando-o na grande corrupção; criação de equipas de investigação especializadas e multidisciplinares; acesso irrestrito do MP às contas bancárias; protecção de denunciantes ou arrependidos; sistema de guarda em cofre e acesso restrito a inquéritos que atraem a violação do segredo de justiça; punição exemplar dos media por revelações indevidas que destroem prova.
Afirmar a vontade política de eliminar a corrupção e não adoptar estas medidas é pura hipocrisia.”
Para quê chegar a velho num País destes?...
Hoje, no JN, numa crónica que aconselho a ler na íntegra, clicando aqui, Paulo Morais escreve que “os portugueses vivem cada vez mais. Mais… e pior.”
E o actual estado de coisas não augura nada de positivo, pois, continuando a citar Paulo Morais, “o panorama só tende a piorar. Já não há garantias de que as reformas cheguem para todos, pois são cada vez menos os que trabalham e têm de sustentar um número crescente de aposentados. Doravante, a solução para quem não é rico ou não emigrou em novo… é não chegar a velho.”
“Este País não é para velhos”.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Parabéns ao G.D.Chaves
Vamos a casos concretos?..
Um gajo tem 56 anos de idade. Tem, neste momento, já uma carreira contributiva de 38 anos de descontos para a Segurança Social. Ganha um pouco mais de 1 000 euros/mês. Fica desempregado. Só vai ter reforma aos 65 anos, ou mais...
Segundo estes neoliberais da treta, vai ser obrigado a aceitar qualquer trabalho, nem que seja a ganhar o ordenado mínimo... Resultado: vai ser obrigado a trabalhar pelo que lhe querem pagar e vai ser ainda mais lixado na situação de reforma, que vai ser ainda mais miserável...
Em Portugal, um gajo envelheceu para isto: para ser f..... "por esta nova geração de descamisados ao assalto do poder".
Pensam que isto é ficção?... Esperem pela pancada...
Uma realidade
Está, cada vez mais, a expandir-se, a penetrar e a ter influência no quotidiano de muitos figueirenses.
Hoje, é normal ver bloggers a opinar nas rádios locais e a escrever nos jornais. Ao mesmo tempo, começa a ser igualmente normal, ver jornalistas figueirenses na blogosfera.
A nível nacional, alguns políticos já deram conta da importância dos blogues.
No último Congresso do PSD, Pedro Passos Coelho e a sua equipa, viram o potencial desta nova ferramenta de comunicação e tiraram proveito disso, dedicando um momento aos blogues, o que foi inteligente, apesar de ter desagradado a alguns jornalistas. O que é humano e natural, pois esta ainda é um nova realidade.
Na Figueira, onde também ainda existem algumas dúvidas e desconfianças em relações aos blogues, qualquer dia isso fará parte do passado e todos perceberão a diferença entre um blogger e um jornalista.
Entretanto, quer pelo aumento do número de visitas diário, que temos vindo a registar neste espaço, que sabemos, aliás, estar igualmente a acontecer com outros colegas nossos, quer pela abordagem pessoal que nos fazem pessoas que estávamos longe de imaginar nossos leitores, temos vindo a dar conta que a blogosfera está a penetrar em novas e importantes franjas da sociedade figueirense.
E, isso, a nosso ver, é uma realidade positiva.
Naval-Chaves joga-se mais logo, pelas 18 horas, no Bento Pessoa
A Naval, vai iniciar a partida da 2ª mão desta meia final da Taça, com uma desvantagem de um golo, um resultado sempre ingrato.
A final da Taça de Portugal está marcada para o próximo dia 16 de Maio, no Estádio Nacional.
Hoje, é dia de Benfica-Sporting
segunda-feira, 12 de abril de 2010
É preciso ter lata. Mais, é preciso ter mesmo muita lata...
Enquanto nós, os chamados portugueses normais, ou não temos emprego, ou temos emprego cada vez mais precário e mais mal remunerado, outros, nomeadamente gestores de empresas públicas do Estado e políticos, auferem milhões de euros por ano, além de despesas de avião, automóvel, gasolina, TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO, PAGO PELOS CONTRIBUINTES PORTUGUESES, os mesmos que têm a pior Segurança Social e o pior Emprego da Europa.
Vejam a seguir, alguns valores dos ordenados declarados em 2009 por alguns destes gestores e, também, alguns políticos:
António Mexia, presidente da EDP, 3.1 milhões €
Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp, 1.6 milhões €
Zeinal Bava, presidente da PT, 2.1 milhões €
Almerindo Marques, director da Estradas de Portugal, 252.431 €
Faria de Oliveira, presidente da CGD, 440.336 €
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, 249.447 €
Cavaco Silva, presidente da República, 127.115 €
Henrique Granadeiro, presidente do Cons. Administ. da PT, 1.6 milhões €
Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT, 1.5 milhões €
Ana Maria Fernandes, administradora da EDP Renováveis, 2.3 milhões €
Rodrigo Costa, presidente executivo da ZON, 1.0 milhão €
José Penedos, presidente da Com. Execut. da REN, 620.816 €
Rui Cartaxo, presidente da Com. Execut. da REN, 497.066 €
Fernando Faria de Oliveira, presidente da CGD, 440.336 €
Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, 420.000 €
Guilherme Costa, presidente da RTP, 254.304 €
Estanislau Mata da Costa, presidente do Cons. Admin. dos CTT, 251.248 €
Daniel Proença de Carvalho, presidente do Cons. Admin. da ZON, 250.000 €
Carlos Tavares, presidente da CMVM, 233.857 €
Manuel Sebastião, presid. Cons. Admin. Autorid. p/ Concorrência, 233.857 €
Murteira Nabo, presidente não executivo da GALP, 210.000 €
José Amado da Silva, presidente da Anacom, 198.730 €
Ricardo Fonseca, presid. Cons. Admin. do Metro do Porto, 150.220 €
Pedro Cunha Serra, presid. Cons. Admin. da Águas de Portugal, 134.288 €.
A par desta falta de vergonha, políticos vêm para a praça pública dizer que devíamos baixar os miseráveis ordenados que temos!.. É preciso ter lata. Mais, é preciso ter mesmo muita lata...