segunda-feira, 8 de março de 2010

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Dia Internacional da Mulher

João Ataíde ao jornal As Beiras de hoje: “estamos a levar a cabo políticas que em 12 anos não foram executadas (pelo PSD)"

Que tem a dizer acerca da oposição?

Não há muitas opções a tomar na resolução dos problemas da câmara. Espero dos outros grupos uma colaboração para a solução dos problemas. Temos que evitar estar só, a todo o momento, chamar atenção que podia ser de outra maneira.

Por que falhou o acordo com a Figueira 100%, quando lhe propôs um lugar de vereador a tempo inteiro?

Acho que talvez fosse muito prematuro estar a estabelecer alianças definitivas. O desenrolar dos processos pode suscitar acordos. Não sei que tipo de acordos, só o futuro o dirá.

Só com os independentes?

Por natureza, é capaz de estar mais comprometido um acordo com o PSD, porque estamos a levar a cabo políticas que em 12 anos não foram executadas (pelo PSD).

“Inverno trágico traz à tona falta de segurança dos pescadores”

foto de Pedro Cruz

“Sete naufrágios, 13 mortos, entre corpos encontrados e desaparecidos. Desde 2006 que os pescadores portugueses não davam de caras com um Inverno tão mortífero. Explicações procuram-se. E se alguma culpa pode ser assacada ao rigor da estação, com muitos dias de vento que, no mar, pode transformar uma ondulação buliçosa em vagas traiçoeiras, as vozes escutadas pelo PÚBLICO tendem a explicar também as consequências trágicas destes afundamentos com o tradicional descuido com que a classe lida com as questões da segurança a bordo dos barcos. Uma questão que, contudo, parece ter arribado à consciência de muitos pescadores portugueses.

O mau tempo encosta barcos ao cais e afunda as carteiras de mestres e tripulantes na crise, mas apenas explica, para os responsáveis ouvidos pelo PÚBLICO, a urgência com que muitos se atiram ao trabalho "à primeira aberta", empurrados pela necessidade genuína ou pela ambição de seguir uma lei que sempre lhes disse que, se a oferta de peixe é escassa, quem o procura há-de pagar mais pelo pouco que aparecer na lota. E depois, como o próprio Governo acabou por admitir esta semana, ao anunciar uma simplificação das regras, aos pescadores pareceu-lhes sempre mais fácil chegar a um pesqueiro, mesmo no meio de uma borrasca, do que conseguir ter acesso ao fundo de compensação salarial que foi criado para compensar os dias em que, fechadas as barras, estão impedidos de sair para a faina.”

domingo, 7 de março de 2010

Comunicado aos néscios

“Os néscios vão começar a pagar a fantasia em que vivem. Vem aí a factura dos carnavais, piscinas, parques de merendas, rotundas e festividades várias. O viver de subsídios, o passar sem ir à escola, as amizades com sucateiros, a promiscuidade entre interesses públicos e privados, os crimes de colarinho branco, a incompetência da supervisão bancária.
O PEC (programa de estabilidade e crescimento) a anunciar amanhã, é o início do apertar do cinto. O governo, sabedor de que não completará a legislatura, ao que se vai dizendo, deixa o odioso da implementação de medidas necessariamente draconianas, para o que vier a seguir, ficando-se por uns leves congelamentos salariais e fim de algumas deduções no IRS. Apenas adia e compromete, ainda mais, o que inevitavelmente terá de ser feito.”


Inatel

Costa de Lavos/Brasfemes
Resultado e fotos aqui.

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Exemplo


Enquanto que José Penedos, “apesar de já ter deixado a presidência da REN, cargo agora ocupado por Rui Cartaxo, teve direito a prémio, recebeu 243 750 euros de bónus no final do ano passado”, para outros é “aumento zero”...

Valha-nos o exemplo dos Poetas — Luís de Camões — porque de dirigentes estamos conversados.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Perante isto, nada faz sentido ...

Leandro, uma criança de 12 anos, morreu para evitar agressão de colegas. Foi a primeira vítima mortal conhecida de bullying em Portugal. Atirou-se ao rio Tua.

Ontem, no JN, a jornalista HELENA TEIXEIRA DA SILVA, publicou um extraordinário texto que pode ler na íntegra clicando aqui. Começa assim:

"Ontem, quarta-feira, Christian não foi à escola. No dia anterior, almoçou à pressa na cantina, saiu aflito para o recreio quando viu, mais uma vez, o corpo franzino de Leandro, primo e amigo de 12 anos, ser espancado por dois colegas mais velhos.

Depois, perseguiu o rapaz que, cansado da tortura de quase todos os dias, ameaçou lançar-se da ponte, ali a dois passos. Perseguiu-o, impediu-o. Por fim, imitou-lhe os passos, degrau a degrau, até à margem do rio Tua. O primeiro estava decidido a morrer: despiu-se, atirou-se. O segundo estava decidido a salvá-lo: despiu-se, atirou-se.

Leandro morreu - é a primeira vítima mortal de bullying em Portugal; Christian agarrou-se a uma pedra para sobreviver. Antes, arriscou a vida a dobrar: digestão em curso em água gelada. Eram 13.40 horas. Ontem não foi à escola. Os pesadelos atrasaram-lhe o sono. Acordou cansado, alheado, emudecido. Leandro não é caso único. Ele também já foi agredido.”

Este extraordinário trabalho da jornalista HELENA TEIXEIRA DA SILVA, termina assim:

“Ontem Christian não foi à escola. Mas na escola dele - E.B. 2,3 Luciano Cordeiro, onde partilhava o 6º ano com Leandro -, o dia foi normal. Nem portas fechadas nem luto nem explicação. O porteiro do turno da tarde entrou às 15 horas, bem disposto. "Sou jornalista, queria uma entrevista", ironizou. Tiro no pé. O JN estava lá. Perdeu o humor, convidou-nos a sair "já". A docente que saía do recinto também foi avisada, inverteu a marcha, já não saiu. Havia motivos para baterem tantas vezes no Leandro? Responde Christian: "Todos batem em todos".

Posso dizer que este texto, que me emocionou quase até às lágrimas, me reconciliou com o jornalismo dos dias de hoje. Há bons jornalistas em Portugal. Por favor, leiam na integra este extraordinário trabalho da HELENA TEIXEIRA DA SILVA.