quinta-feira, 5 de março de 2009

* "Afinal por onde anda o nosso dinheiro???"

O euromilhões continua a ser pródigo em criar excêntricos….

Eu pago o estádio”, prometeu o meu caro Amigo Paulo Dâmaso, caso vença os 100 milhões do próximo jackpot do euromilhões.
O projecto que este putativo excêntrico figueirense financiaria, "e há tanto tempo guardado na gaveta, à espera do entendimento entre a Naval e a Câmara Municipal da Figueira da Foz", era o estádio novo da Naval.
Mas, atenção, o financiamento seria “só para o estádio. A habitação ao lado e outros projectos comerciais, não”.
O Paulo, pode ser candidato a excêntrico, mas continuaria dos puros: misturar a bola com os negócios, não é (e não seria...) com ele…
“Prometeu está prometido!”.
Paulo, Amigo :
se sobrarem uns trocos, para mais uma pequena excentricidade, não te esqueças do GDCG.
Creio que não seria complicado tornar-te sócio honorário e colocar a tua "fronha" à porta do Novo Complexo Desportivo do Grupo Desportivo Cova-Gala...

A pérola do dia

Augusto Alberto, no blogue Aldeia Olímpica, a propósito da demissão do vereador Victor Sarmento:


Que raios, ambos começaram em boa escola e agora estão a escangalhar tudo.

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Pérola do dia




Fado dos Contentores, de Manuel Alegre

É fácil ter êxito, mas há mais vida para além do futebol….

Foto de Pedro Cruz
Um dia destes, a propósito de um jogo de futebol local, este blogue publicou uma foto e informou o resultado.
Tal, e não foi a primeira vez, foi suficiente para que a nossa caixa de comentários ficasse inundada!...
Já imaginaram o que aconteceria se fizessemos o acompanhamento, dia a dia, da vida do Clube?..

Por aqui, até gostamos de futebol (eu, confesso, já gostei muito mais). Mas, daí, a abrir portas à melhor imbecilidade local, existe uma fronteira que não desejamos passar.
A não ser assim, tudo o que havia a dizer sobre a Terra, resumia-se à opinião de um qualquer emplastro, sobre a prestação de qualquer craque da equipa local. Como por magia, evaporavam-se os problemas cá da Terra...
E como isso dava jeito!...
A falta de estruturas desportivas condignas e em condições para a prática do desporto, a inexistência de uma sala com condições mínimas para espectáculos, a erosão costeira, a ausência de uma política cultural concelhia e local, por exemplo, passariam a assuntos secundários. Virava-se a página, porque o futebol clube local lidera o campeonato.
Parabéns, mas há mais vida para além do futebol!..

Portugal, 35 e cinco anos depois do 25 de Abril de 1974, País europeu, democrático, vive ainda os tempos do fado, futebol e Fátima. Delapida energias, recursos económicos, massa encefálica e tempo, com futilidades. Damos o nosso melhor no apoio ao clube da terra ou nacional, e descuramos a nossa vida e o nosso trabalho. Se necessário, somos capazes de brigar pelas cores dos nossos clubes, mas assistimos impávidos e serenos ao encerramento de uma maternidade, ao desmantelamento dos nossos postos de trabalho, à degradação da qualidade do aceso à saúde, à educação, ao encolhimento das nossas reformas, à corrupção…

O Concelho da Figueira da Foz, como tantos outros, mantém com o nosso dinheiro dois campos de futebol, um relvado e um pelado, onde uma agremiação desportiva, disputa uns campeonatos que são importantes para os praticantes, para alguns dirigentes, para alguns jornalistas locais e proporcionam entretenimento para alguns adeptos do concelho. É certo que, por isso, não vem grande mal ao mundo. Os contribuintes lá vão pagando (sem darem por isso, ou sem se importarem), a estrutura e a respectiva manutenção, e mais uns subsídiozitos para ir aguentando o barco num mar encapelado e difícil, como é o futebol...

É uma forma de manter e preservar a alienação no deserto de ideias em que nos movemos. Enquanto se ocupa o povo com frivolidades - que sempre ajudaram a manter qualquer regime – este não questiona coisas sérias.
Pagámos – e continuamos a pagar - a nossa própria estupidificação em estádios e em erva.
E 2018 está aqui tão perto.

A pérola do dia

Todos nos recordamos dela como embaixadora de Portugal em Jacarta.
Agora, é eurodeputada. E continua sem papas na língua. Num tempo, "em Portugal, em que enriquecer ilicitamente não é crime", ficam as palavras de Ana Gomes, no Congresso do PS:

“É preciso parar de encobrir os corruptos com palavreado e má técnica jurídica. Os portugueses sabem que as pessoas sérias não têm dificuldade em fazer prova de onde veio o dinheiro com que compraram casa, carro, férias ou acções.”

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terça-feira, 3 de março de 2009

A pérola do dia

"Crime e castigo", por Manuel António Pina

O Homem tem o “dever de proteger e melhorar o ambiente para as gerações actuais e vindouras”...

O problema agrava-se. A foto do Pedro Cruz, tirada a norte do parque de estacionamento da praia do Hospital, não deixa lugar a dúvidas.
Apesar da melhoria do tempo dos últimos dias, a erosão continua a fazer estragos na orla costeira da freguesia de São Pedro.

aF42




Quem se lembra desta Figueira?...

...............................................................Foto sacada daqui

“Entre o progresso e a decapitação da beleza natural”, decidiu-se pelo progresso.
O porto fluvial foi a aposta. Com a “construção dos molhes de protecção da barra”, veio a “melhoria da segurança no acesso às zonas portuárias" e o “aumento, embora gradual, na movimentação de mercadorias”.
Mas em “contrapartida, a outrora praia vê-se transformada, ao longo dos anos Setenta, num depósito gigante de areia.”
Surgiu o dilema: “Turismo ou desenvolvimento comercial”.
E o vencedor foi “o elo mais forte”.
Morreu “o que havia feito sobreviver a cidade após o declínio comercial de finais do século XIX. De Rainha das praias transformaram-na em Praia da Claridade. De Praia da Claridade, num amontoado inestético de areia.
Simplesmente. A aposta de um sector económico da cidade na sua transformação em porto intermédio pode indiciar a sobrevivência, ou provocar o desaparecimento, de um turismo que, valha a verdade, apenas vendia sol, mar e beleza natural. Desperdiçada a beleza natural, o que sobra existe a esmo por esse litoral fora.”

Contudo, isto não vai ficar assim: o molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz está a crescer.
A obra, iniciada em Setembro passado, vai acrescentar mais 400 metros ao molhe norte.
Mas, a praia da Figueira, já de si enorme, vai “ganhar” 100 a 200 metros ao mar.

Continua a falar o poder económico.
E a Figueira continua com o futro adiado. Que o mesmo é dizer: a Figueira já não é o antes. Mas, também, ainda não é o depois.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A pérola do dia

“Estou convicto que a Concelhia do PSD se prepara para prolongar o Carnaval na Figueira da Foz por muito tempo…"José Elísio, antecessor de Lídio Lopes e membro da mesma equipa na vereação da Câmara da Foz, em declarações ao jornal As Beiras de hoje, a propósito do processo de escolha de candidatos para as próximas eleições autárquicas.

Cova d´oiro

Foto de Pedro Cruz
"... algures na costa portuguesa mesmo a sul da foz do rio Mondego. Era, como se dizia então, um bom pesqueiro. Havia fartura de pescado e as artes, ainda novas e de não fácil manuseio, vinham carregadas até á vergueira de espécies saltitantes..."
In blogue cova d´oiro

PROMESSAS PARA 2010

"A obra de pro­lon­ga­men­to do molhe nor­te do por­to da Figuei­ra da Foz, em exe­cu­ção, vai per­mi­tir, quan­do con­cluí­da, em 2010, que aque­la infra-estru­tu­ra por­tu­á­ria pos­sa ope­rar em con­tí­nuo, asse­gu­ra o res­pon­sá­vel da empre­sa admi­nis­tra­do­ra."
«A emprei­ta­da envol­ve, igual­men­te, a dra­ga­gem de cer­ca de 90 mil metros cúbi­cos de arei­as, dois ter­ços das qua­is serão depo­si­ta­dos nas prai­as a sul, repe­ti­da­men­te asso­la­das por fenó­me­nos de ero­são cos­tei­ra."
In Diário de Coimbra

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Ver aqui o que diz a este respeito a Gramática da Língua Portuguesa

domingo, 1 de março de 2009

Que tempo este, que tempo!...



«Umas vezes, o Estado evitou e adiou falências ou amparou falidos. Outras vezes, deu garantias aos bancos. Em poucas palavras, o Estado instalou-se. Pretende estimular o crédito. Sem êxito aparente, pois não há dinheiro, há risco a mais e os spreads são altíssimos. Algumas esquerdas estão felizes: acham que isto é uma espécie de socialismo. Outras esquerdas criticam, mas não escondem a satisfação de ver o Estado na economia: pode ser que venha para ficar. As direitas políticas não sabem muito bem o que dizer, limitam-se a discutir pormenores. Quanto aos empresários, apesar de sentimentos oscilantes, o alívio parece ser a regra. O Estado ajuda a empresa privada e a banca tem alguns recursos. Em resumo, o Estado ajuda os capitalistas, algo com que sempre sonharam muitos dos os nossos empresários.»

«O entusiasmo e o alívio, relativo, que muitos revelam, não chegam para esbater uma outra inquietação: e a seguir? Quem e quando se vai pagar isto? Desde quando deitar dinheiro para cima dos problemas os resolve? Este ano, o endividamento vai ultrapassar os 160 mil milhões, mais de 100 por cento do produto. E o serviço dessa dívida continua a galopar, até porque o dinheiro internacional está cada vez mais caro. É mesmo possível que Portugal, em breve, por este andar, não arranje mais financiamentos.Por outro lado, o modo como esses dinheiros estão a ser usados levanta cada dia mais questões. Para que servem? Quem servem? Como serão pagos e reembolsados? Por quem? Estas perguntas não têm resposta.»

Artigo de António Barreto, hoje, no Público

Nada mais justo...


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