quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

X&Q563


Será assim tão difícil evitar o que é previsível?..


No nosso concelho, a protecção da Orla Costeira a sul do Mondego é uma necessidade de primeira ordem.
“O problema da nossa costa é que estamos perante um desastre previamente anunciado, alguém vai ter de ser responsabilizado se acontecer uma tragédia”, disse o vereador do Ambiente, José Elísio Oliveira. E nós concordamos, mas, talvez seja bom recordar ao senhor vereador, neste momento de aperto, que a protecção da Orla Costeira, no nosso concelho, não termina na protecção das praias e das regiões da costa arenosa. Passa, forçosamente, pela necessidade de melhorar o exercício das políticas de urbanismo e Ordenamento do Território junto à linha da nossa costa.
E isso tem a ver com a politica urbanística da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A pressão urbanística desmesurada, que já se verifica e está planeada por este executivo municipal junto à linha de costa da freguesia de São Pedro, fruto, essencialmente, da construção desregrada para fins turísticos, por demais conhecida e identificada, constituiu um autêntico atentado contra o património costeiro e dunar da Cova-Gala.
A protecção da nossa orla costeira, nomeadamente das dunas, areais e frentes edificadas que lhe são próximas, é, por conseguinte, um imperativo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A política é tão simples

Manuela Ferreira Leite é uma mulher conservadora e de direita.


José Sócrates é um homem de direita que ultrapassa a direita pela direita (como se viu com o Código do Trabalho, fazendo algo que Bagão Félix nunca faria - ver o que o Tribunal Constitucional chumbou quanto aos períodos de trabalho experimental alargadíssimos deste governo).

Resumindo:
Ferreira Leite é óbvia.
Sócrates é “Poder”.

Desporto figueirense ficou mais pobre

E porque não uma candidatura para o europeu de 2048?...


Há cinco anos atrás, no ano da graça futebolística de 2004, Portugal assistiu empolgado a um autêntico “golpe de estádio”, que consistiu na construção (ou reconstrução) de 10 (dez) novos estádios de futebol para albergar o Campeonato Europeu de Futebol.
Como era fácil de prever - e a realidade posteriormente confirmou, gastou-se à “fartasana” em grandes inutilidades, pois os equipamentos futebolísticos, tirando duas ou três excepções, estão hoje praticamente às moscas...
Agora, novo "golpe de estádio" é já oficial: Portugal entra com a Espanha na aventura de se candidatar a um Mundial (o de 2018, mais que provavelmente), com vista à “rentabilização” desses estádios no Campenato Mundial de Futebol.
Em Portugal, os erros não se pagam: apagam-se com outros erros.
Portanto, se se realizar mesmo o Mundial de 2018 no nosso País, nos estádios do Euro 2004, remodelados ou em novos, proponho desde já uma nova candidatura, para o europeu de 2048...
Rentabilizar, rentabilizar, sempre!...
E ainda dizem que este País está em crise.... Só se for de "tininho"!...

Quadro sem moldura

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Erosão na Freguesia de São Pedro*

Sul do parque de estacionamento da praia da CovaPraia do Hospital, na zona do Café Pôr do Sol
Em frente ao Hospital Distrital da Figueira da Foz*Pontos críticos da orla costeira da Cova-Gala, fotografados esta tarde.

Boa sorte, Mr. Barack Obama

O Presidente 44

A situação continua a piorar...



O mar vai avisando...
Um dia vai haver aqui uma catástrofe.
A protecção da Orla Costeira da freguesia de São Pedro é uma necessidade de primeira ordem, há muito reevindicada.

Mas fiquei mais descansado, com a reportagem que acabou de passar na TVI: "as coisas, este ano, apenas estiveram um bocadito piores aqui pela Cova-Gala..."

Por avaria no seu equipamento informático...


... estamos privados, desde o passado sábado, da presença do nosso Amigo e talentoso colaborador Fernando Campos.


Pelo mesmo motivo o sitio dos desenhos está sem actualização desde sexta-feira, dia 16 do corrente.

A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira

A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira passou ontem pela reunião de câmara.
Esta, é uma questão antiga e sobre a qual já foi dita tanta coisa...
Por exemplo, em 29 de Setembro 2004, na Assembleia Municipal realizada nesse dia, JOSÉ FIGUEIRAS, então PRESIDENTE DA JUNTA DE LAVOS (PSD-PPD), a dado passo, disse: “Devem recordar-se com certeza, que a Freguesia de Lavos, antes da formação da Freguesia de São Pedro, porque as povoações da Cova e Gala, pertenciam á freguesia de Lavos, cujo limite da freguesia era no esteiro designado, “esteiro dos ossos”, a seguir á fábrica de vidros da Morraceira. A partir daí, entrava a freguesia de São Julião, tanto assim que, na formação da freguesia de São Pedro, só estiveram incluídas a freguesia de São Julião e a Freguesia de Lavos, porque para a formação de uma freguesia nova, tem que haver reuniões de executivos de junta, nos locais onde eram retirados terrenos, para a nova freguesia e a Freguesia de Vila Verde não esteve presente, ou seja, estamos neste momento a dizer que está ilegal a formação da freguesia de São Pedro.
Isto, foi dito no órgão político mais representativo do concelho da Figueira da Foz e não teve consequências.

A polémica em redor desta questão já vem até de muito mais detrás, com jogadas habilidosas pelo meio (observem com alguma atenção a delimitação dos limites geográficos da freguesia de S. Pedro na zona da Morraceira!...), pelo que já é mais do que hora de lhe colocar um ponto final.
Recorde-se, que “da controvérsia levantada por diversas juntas de freguesia, que reivindicavam o espaço como seu, particularmente Lavos e Vila Verde, foi encomendando um estudo ao investigador Rui Cascão , que concluiu «de forma muito clara e sem margem para quaisquer dúvidas, a jurisdição sobre a ilha compete à Junta de Freguesia de S. Julião».
Segundo António Tavares, o presidente da câmara já recebeu esse estudo em Abril de 2006.
Ainda segundo o mesmo vereador, o professor universitário apresenta os seus argumentos, justificando com «razões jurídicas, históricas e circunstanciais», e afirmando claramente que a ilha «deverá ser adstrita à junta de S. Julião, evitando-se partilha tipo salomónica». Por isso, sustentou, este será um assunto «que deve ser dado por encerrado, não fazendo sentido que se continue com a controvérsia, quando as fontes que o professor estudou se conjugam», adiantando que, «se dúvidas houvesse deveriam ser extintas quando o estudo lhe foi entregue».
Ainda segundo o Diário de Coimbra de hoje, o vereador António Tavares manifestou também a sua estranheza sobre o facto de Duarte Silva ter recebido o estudo «em Abril de 2006 e tenha deixado que a especulação pairasse no ar, sem nunca nos ter facultado o documento, que é pago com dinheiros públicos», questionando o presidente sobre «se haverá alguma razão para o engavetar, ou se esperava melhor momento», perguntando ainda se «subsiste ainda alguma dúvida, ou o estudo não foi exaustivo?».
Duarte Silva limitou-se a dizer: «o estudo foi feito, mas não era uma preocupação muito urgente e sobre ele não nos debruçamos».
Já o vereador José Elísio não foi de modas: para ele, o documento «está errado e conclui mal».
Convidado a justificar as suas palavras por António Tavares, que entende que «se está mal, há que dizer porquê», (seria o mínmo!.., pois José Elísio estava “a rebater o estudo de um investigador credenciado”), em resposta, o vereador do PSD apenas referiu que «os doutos investigadores também se enganam».
E pronto, a questão da jurisdição da Ilha da Morraceira é uma polémica que continua com “pernas para andar”...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Tínhamos alertado...

Mais fotos de Pedro Cruz, aqui e aqui.


Tínhamos alertado, aqui no Outra Margem, em 30 do mês passado, estava em fase de construção o passadiço: a sul do quinto molhe, entre a praia da Cova e a Praia do Orbitur, estão a desaparecer centenas de toneladas cúbicas de areal.


Hoje, é notícia no Diário de Coimbra.
“Uma semana depois da sua construção, parte do passadiço da Praia da Cova foi alvo da “fúria” do mar, que se estendeu ao Cabedelo destruindo o parque de estacionamento.
A madeira ainda cheira a novo, mas os estragos do mar são bem visíveis. A colocação de passadiços na Praia da Cova, uma obra da câmara municipal prevista e desejada há anos, foi concluída há cerca de uma semana e «parece que nem de propósito, vem uma maré-viva e estraga», desabafa o presidente da junta, que fala da importância da intervenção, num local onde, desde a inauguração do Parque de Merendas movimenta milhares de pessoas. «Era uma necessidade, as pessoas já estavam a destruir a duna, e assim evita-se que a calquem», justifica Carlos Simão.
De facto, da nova estrutura, foram destruídos alguns metros de acesso à praia, mas a fúria do mar comeu também mais de 20 metros de duna.»
Uma situação que não é nova, porque já em anos anteriores, «o mar esteve irritado, e entrou por aí adentro, mas há anos que não comia tanta areia», refere o autarca, que não tem descansado a pedir uma intervenção que evite estas situações. «É devido à destruição das cabeças dos esporões, mas fala-se na sua recuperação, os anos vão passando e não é feito e depois os gastos são avultados», salienta, considerando que «havia de haver mais protecção e manutenção destas áreas».

Foi há 25 anos

Ary dos Santos morreu no dia 18 de Janeiro de 1984...

De tudo o que Abril abriu 

ainda pouco se disse 

e só nos faltava agora 

que este Abril não se cumprisse.

(excerto do poema “as portas que Abril abriu”)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Alguém anda a aproveitar a crise...


Grupo Desportivo Cova-Gala

Escolas: PRAIA DA LEIROSA / COVA-GALA
Resultado e fotos aqui.
Juvenis: Gânadara (1) Cova-Gala (5)

Cais na Gala

Foto Pedro Cruz


De certeza absoluta, que este cais não custou os mais de 500 mil contos do Portinho da Gala, inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Contudo, nem por isso, este cais deixa de cumprir a sus função, apesar de, também, tal como o Portinho da Gala, não possuir instalações terrestres de apoio aos pescadores.
Já agora: 2008 já lá vai mas as instalações terrestres de apoio aos pescadores no Portinho da Gala, que em PIDDAC tinham 400 mil euros previstos, foi, mais uma vez, promessa adiada...
Um pormenor final: reparem no aproveitamento excelente feito ao barracão de sal...