sexta-feira, 28 de março de 2008
Bardamerda para o controlo do défice
Um comentário do meu Amigo e indefectível defensor deste governo, castelo de areia:
“Mais importante do que esta simbólica descida do IVA é o controlo do défice antes do prazo previsto. É SÓ o mais baixo desde o 25 de Abril... Claro que para alguns isso é coisa sem importância!”
Aí pelo mês de Setembro p.p., num exame de rotina foi-me detectado um pólipo no intestino.
Aconselhado a proceder à sua remoção, fui encaminhado para o médico de família, que me destinou ao Hospital dos Covões, no prosseguimento do processo normal.
Depois de algum tempo de espera, lá tive acesso a uma consulta externa de C. CASTROENTEROLOGIA do Dr. Edgar Augusto Panao, que recomendou a extracção do pólipo. Logo ali, de imediato, ficou marcada essa pequena cirurgia para 11 do corrente mês de Março.
Posteriormente, recebi um postal do Hospital dos Covões a alterar a data para 28 do mesmo mês, pelas 10 horas e 30 minutos.
Chegados aqui, para quem não souber, esclareço que a intervenção médica, que deveria ter realizado hoje, requer todo um processo preparatório, que vai desde a realização de diversas análises a uma preparação específica nos dois dias anteriores, que é, no mínimo, muito desagradável.
Bom, hoje de manhã, lá me dirigi devidamente preparado aos serviços competentes do Hospital dos Covões.
Esperei pela minha vez. Ao fim da manhã, por volta do meio dia, fui atendido, diga-se em abono da verdade, com toda a atenção e gentileza pelo senhor doutor Edgar Augusto Panao, que me comunicou “não ser possível realizar o acto cirúrgico, pois o Hospital não tem as pinças para colocar no aparelho que efectuaria a extracção do pólipo e o enviar para análise”!...
E isto tudo, meus Amigos, por causa do controlo do défice. Nem mais, nem menos.
É isto, senhores do governo e seus indefectíveis apoiantes, o vosso trofeu?
A contenção do défice dos Hospitais está a ser feita à custa dos doentes.
Agora, resta-me esperar pela oportunidade da Administração do Hospital dos Covões adquirir as ditas pinças, para depois ser certamente contactado e passar pelo mesmo suplício: três dias de trabalho para o galheiro, dois dias sem comer (só água e caldos de galinha, sem arroz), mais duas doses duma mistela intragável que faz revoltar as tripas a qualquer ser humano e mais um tempo extra a carregar um corpo estranho que esperamos seja “simpático”.
O défice, pelos vistos está controlado. Mas à custa de quê e de quem?
Eu, por experiência própria já sei: do sacrifício, meu, da minha saúde e do meu bem estar, fisico e psicológico.
Bardamerda para o controlo do défice e para quem o apoiar.
“Mais importante do que esta simbólica descida do IVA é o controlo do défice antes do prazo previsto. É SÓ o mais baixo desde o 25 de Abril... Claro que para alguns isso é coisa sem importância!”
Aí pelo mês de Setembro p.p., num exame de rotina foi-me detectado um pólipo no intestino.
Aconselhado a proceder à sua remoção, fui encaminhado para o médico de família, que me destinou ao Hospital dos Covões, no prosseguimento do processo normal.
Depois de algum tempo de espera, lá tive acesso a uma consulta externa de C. CASTROENTEROLOGIA do Dr. Edgar Augusto Panao, que recomendou a extracção do pólipo. Logo ali, de imediato, ficou marcada essa pequena cirurgia para 11 do corrente mês de Março.
Posteriormente, recebi um postal do Hospital dos Covões a alterar a data para 28 do mesmo mês, pelas 10 horas e 30 minutos.
Chegados aqui, para quem não souber, esclareço que a intervenção médica, que deveria ter realizado hoje, requer todo um processo preparatório, que vai desde a realização de diversas análises a uma preparação específica nos dois dias anteriores, que é, no mínimo, muito desagradável.
Bom, hoje de manhã, lá me dirigi devidamente preparado aos serviços competentes do Hospital dos Covões.
Esperei pela minha vez. Ao fim da manhã, por volta do meio dia, fui atendido, diga-se em abono da verdade, com toda a atenção e gentileza pelo senhor doutor Edgar Augusto Panao, que me comunicou “não ser possível realizar o acto cirúrgico, pois o Hospital não tem as pinças para colocar no aparelho que efectuaria a extracção do pólipo e o enviar para análise”!...
E isto tudo, meus Amigos, por causa do controlo do défice. Nem mais, nem menos.
É isto, senhores do governo e seus indefectíveis apoiantes, o vosso trofeu?
A contenção do défice dos Hospitais está a ser feita à custa dos doentes.
Agora, resta-me esperar pela oportunidade da Administração do Hospital dos Covões adquirir as ditas pinças, para depois ser certamente contactado e passar pelo mesmo suplício: três dias de trabalho para o galheiro, dois dias sem comer (só água e caldos de galinha, sem arroz), mais duas doses duma mistela intragável que faz revoltar as tripas a qualquer ser humano e mais um tempo extra a carregar um corpo estranho que esperamos seja “simpático”.
O défice, pelos vistos está controlado. Mas à custa de quê e de quem?
Eu, por experiência própria já sei: do sacrifício, meu, da minha saúde e do meu bem estar, fisico e psicológico.
Bardamerda para o controlo do défice e para quem o apoiar.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Outra vez...
Perder novamente com a Grécia, e ser humilhado com dois golos igualzinhos de livre de Karagounis, continua doloroso...“Apenas se salvou quem estava ali para lutar pela vidinha João Moutinho, Miguel Veloso e Carlos Martins, todos a lutar desesperadamente por um lugar no próximo Campeonato da Europa. Os outros jogaram pouquinho e Quaresma voltou a provar que Cristiano Ronaldo é absolutamente indispensável”.
Logo hoje, em que preciso de estar confiante e a pensar positivo!..
Amanhã, a meio da manhã, vou realizar uma pequena cirurgia...
Ainda por cima, o evento vai realizar-se num hospital com o nome de Covões!...
Logo hoje, em que preciso de estar confiante e a pensar positivo!..
Amanhã, a meio da manhã, vou realizar uma pequena cirurgia...
Ainda por cima, o evento vai realizar-se num hospital com o nome de Covões!...
Perigo na Cova
Recebemos um mail de pessoas que nos vistam, com a abordagem de um assunto, que consideramos pertinente e merecedor de uma resolução por quem de direito:
"Numa "fuga" até ao mar, sempre na maravilhosa Figueira, vimos esta atrocidade que já originou inúmeros acidentes, e resolvemos partilhar. Se achar que tem utilidade use no seu blog.
"Numa "fuga" até ao mar, sempre na maravilhosa Figueira, vimos esta atrocidade que já originou inúmeros acidentes, e resolvemos partilhar. Se achar que tem utilidade use no seu blog.
O cruzamento da Rua do Pinhal, na Cova-Gala, perto do parque das merendas, tem sido um local de muitos acidentes.
Zona de fraco visionamento e sem sinalização, ou melhor – os moradores da zona garantem que já esteve um sinal Stop na Rua do Pinhal. O Presidente da Junta e os técnicos da CMFF desmentem. O sinal Stop talvez não evitaria o acidente mas as responsabilidades podiam ser atribuídas de outra forma. Tal como as fotografias mostram, num acidente ocorrido ontem, urge tomar medidas para resolver a questão. Na última semana já houve 3 acidentes no local, um deles com uma viatura da PSP. Quem terá a culpa neste caso?
Atenciosamente,
Denúncia Coimbrã"
quarta-feira, 26 de março de 2008
Postal para a Grécia
Viva o Sporting
“É estranho ver o Sporting a jogar sem o Ricardo”, disse Ricardo.
O próprio Ricardo confirmou: “tens razão, Ricardo”.
Entretanto, Ricardo, ele mesmo, remeteu-se ao silêncio e disse que só falará depois de consultar Ricardo, que é quem gere, para Ricardo, os assuntos de Ricardo.
O Sporting, por sua vez, já veio a público declarar, “que mais estranho do que ver o Sporting jogar sem Ricardo, é ver Ricardo jogar sem o Sporting.”
Claro que isto já teve consequências: levou Ricardo a declarar, “que pior do que ver o Ricardo a jogar sem o Sporting, é ver o Ricardo a jogar sem o Ricardo”.
O que já aconteceu algumas vezes esta época.
Já ver o Sporting a jogar sem o Sporting, é algo a que Ricardo, bem como Ricardo e todos os que ligamos ao futebol, nos habituámos esta época.
Entretanto, com tranquilidade, viva o Sporting.
terça-feira, 25 de março de 2008
Equilíbrio!..
Tudo na vida necessita de equilíbrio
O equilíbrio é uma das principais bases da vida..
O equilíbrio ajuda a evitar momentos, como "estes dias do projecto sobre os piercing, da elaboração de medidas para responsabilizar os noivos pela taxação das bodas...
Como explicar este ambiente favorável ao exagero e à falta de senso? "
O equilíbrio é uma das principais bases da vida..
O equilíbrio ajuda a evitar momentos, como "estes dias do projecto sobre os piercing, da elaboração de medidas para responsabilizar os noivos pela taxação das bodas...
Como explicar este ambiente favorável ao exagero e à falta de senso? "
segunda-feira, 24 de março de 2008
Quem manda?...
Gratos e bem educados como somos, não poderíamos deixar de agradecer a Cavaco pela sua governação como primeiro-ministro ...
Portanto, não fizemos mais que a nossa obrigação ao contribuir para a sua candidatura e vitória...
Lindo!..
E foi assim que a Nação, que já tinha um primeiro-ministro eleito à esquerda, mas sempre disponível, em nome da eficácia, para deixar a ideologia em sossego, ganhou um Presidente da República símbolo e complemento directo.
Portanto, não fizemos mais que a nossa obrigação ao contribuir para a sua candidatura e vitória...
Lindo!..
E foi assim que a Nação, que já tinha um primeiro-ministro eleito à esquerda, mas sempre disponível, em nome da eficácia, para deixar a ideologia em sossego, ganhou um Presidente da República símbolo e complemento directo.
domingo, 23 de março de 2008
ANA E ANTÓNIO
A Ana e o António trabalhavam
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.
«Neo-realismo!» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.
Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.
Ou julgam isso, ou julgam isso.
Mário Castrim, nasceu em 1920. Professor, jornalista, crítico literário, crítico de televisão desde 1965. A sua escrita reflete uma crítica e uma mordacidade, contudentes e apuradas. Foi igualmente director do suplemento Juvenil do Diário de Lisboa onde, nos anos 60 e 70, se iniciram inúmeros poetas e escritores. Faleceu em 2002.
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.
«Neo-realismo!» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.
Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.
Ou julgam isso, ou julgam isso.
Mário Castrim, nasceu em 1920. Professor, jornalista, crítico literário, crítico de televisão desde 1965. A sua escrita reflete uma crítica e uma mordacidade, contudentes e apuradas. Foi igualmente director do suplemento Juvenil do Diário de Lisboa onde, nos anos 60 e 70, se iniciram inúmeros poetas e escritores. Faleceu em 2002.
sábado, 22 de março de 2008
A receita para se ser "rei"
Há poucos dias, mais precisamente no passado dia 17 do corrente, Alberto João Jardim, esse grande e educado democrata, completou 30 anos no cargo de presidente do Governo Regional da Madeira.
Em democracia é uma proeza. Mas, ao contrário do que muita gente pensar, não tão extraordinária como à primeira vista possa parecer.
A receita, acreditem, até nem exige tantos condimentos como isso: dose q. b. de caciquismo, criação de uma clientela amorfa e interesseira, com a atribuição de subsídios, distribuição de alguns “tachos” e, claro, formalização de negócios dependentes do poder. Tudo isto bem regado por um centralismo asfixiante e temos o caldo completo.
Para apurar o “petisco”, juntam-se uns métodos políticos terceiro mundistas ...
A receita, é conhecida e é esta. E está a ser aplicada em muita localidade perto de nós. Também no continente.
Alberto João Jardim, por enquanto, é o “rei”, mas há quem esteja a caminho de o destronar ...
No Portugal democrático, é bom que se tenha a noção de que Alberto João Jardim não é o único cacique empoleirado num poder que parece perpétuo.
É apenas o mais visível.
Em democracia é uma proeza. Mas, ao contrário do que muita gente pensar, não tão extraordinária como à primeira vista possa parecer.
A receita, acreditem, até nem exige tantos condimentos como isso: dose q. b. de caciquismo, criação de uma clientela amorfa e interesseira, com a atribuição de subsídios, distribuição de alguns “tachos” e, claro, formalização de negócios dependentes do poder. Tudo isto bem regado por um centralismo asfixiante e temos o caldo completo.
Para apurar o “petisco”, juntam-se uns métodos políticos terceiro mundistas ...
A receita, é conhecida e é esta. E está a ser aplicada em muita localidade perto de nós. Também no continente.
Alberto João Jardim, por enquanto, é o “rei”, mas há quem esteja a caminho de o destronar ...
No Portugal democrático, é bom que se tenha a noção de que Alberto João Jardim não é o único cacique empoleirado num poder que parece perpétuo.
É apenas o mais visível.
sexta-feira, 21 de março de 2008
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