quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O 5 de Outubro no País e na Figueira...


A implantação da República em Portugal, aconteceu como um golpe inevitável dado o clima que se vivia no país.
Nos últimos anos de monarquia a situação sócio- económica do país agravava-se de dia para dia, a crise tinha-se instalado, o povo vivia na miséria em contraste com a abundância em que viviam a classe política, a burguesia e a nobreza. Esta situação agravou-se com a questão do Ultimato Inglês, onde era exigido que Portugal se retirasse do território entre Angola e Moçambique (zona do Mapa cor-de-rosa), perdendo os benefícios de que usufruía nessa região. O descontentamento foi geral, tanto mais que ainda reforçava o poder do Rei, e os ânimos exaltaram-se. A partir de 1906 conjurava-se já o derrube da monarquia constitucional. Em 1908 deu-se, efectivamente, uma primeira tentativa de destituição da monarquia, mas falhou, tendo sido, no entanto, morto o Rei D. Carlos I e o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe. O regicídio deu-se no Terreiro de Paço, onde foram ambos abatidos a tiro. D. Manuel foi o seu sucessor. Nos anos seguintes o clima foi-se agravando e, em 1910 o país vivia num caos com conspirações dos republicanos de um lado, conspirações dos monárquicos do outro, os operários faziam greve reclamando melhores condições de trabalho e de vida e a classe média, mostrava-se tão furiosa como o operariado, pois perdiam com a falência do banco Crédito Predial Português, dirigido por chefes políticos da monarquia. Os republicanos reclamavam, acima de tudo, com a ordem forçada em que se vivia, reclamavam uma “greve geral” e a ideia, por muito disparatada que parecesse, começou a soar bem. As operações que levaram à queda da monarquia revelaram-se fáceis face à desorganização das forças monárquicas.

A Figueira também viveu os acontecimentos de Outubro de 1910.

Sinal de Outono...

Para quem, como nós, gosta de ar livre e de espaço, não é obter uma grande foto, o objectivo que nos guia nestes passeios à beira mar...
É mais pela vivência da tranquilidade do momento, embora sabendo, pela pobreza do equipamento e pela inépcia do artista, que a fotografia não vai conseguir transmitir a beleza do que se viveu...
Este sinal de Outono, aconteceu ontem à tarde, nesta praia que, agora, abandonada pelo homem, parece enlaçar as gaivotas nas suas asas...

X&Q171


terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ainda eleições no PSD ...

Foto recebida por mailHá coisas fantásticas, não há?..

Apesar de, lá pelo PSD, a nível nacional, ser o que amplamente se sabe, a Figueira não deixou os créditos por mãos alheias!..

"Para a próxima mais vale desafiar Lídio Lopes e Pereira Coelho a andarem à chapada no meio da rua. Quem ganhar vence a concelhia. Ah… contando que apertem a mão no fim!"

Por caminhos de São Pedro....


Em 8 de Julho passado, realizou-se o SemprAndar.

Tanto a Junta de Freguesia de São Pedro, como a Câmara Municipal da Figueira da Foz, estiveram presentes na Conferência de Imprensa de lançamento do SemprAndar.No passado dia 30, a Organização do evento apresentou o Relatório e Contas.

(Para analisar as RECEITAS s as DESPESAS basta clicar nas palavras.)

Para abreviar, vamos salientar alguns factos:

“O evento”, conforme foi dito na altura, “resultou de uma parceria de todas as colectividades de S. Pedro, Comissão de Festas’2007, e jornal “Fala Barato”, com o apoio da câmara municipal, Instituto da Juventude, Junta de Freguesia de S. Pedro, Celbi e Vícios Bar, reunindo ainda o apoio técnico da ADAC e Inatel.”

Como se pode ver na coluna das Receitas do Relatório e Contas, o subsídio atribuído, quer pela Junta de São Pedro, quer pela Câmara da Figueira (CUJA MENSAGEM DE INCENTIVO ENVIADA PELO SENHOR PRESIDENTE “... importa à Câmara incentivar e apoiar estas iniciativas”... era animadora) foi ZERO EUROS.

Quem contribuiu para organizar uma prova, que após 13 anos de interrupção, conseguiu reunir cerca de 300 atletas, sem incentivos monetários, só pode estar de parabéns e a consciência tranquila.

De ter cumprido o dever.

Que dizer mais?
Apenas que:

“São Pedro, encontra-se prisioneira, de há 18 anos a esta parte, de uma oligarquia pequeno-burguesa, pretensamente desintegrada partidariamente”.


Somar a isto, “um presidente de Junta com um perfil totalmente desajustado ao cargo que exerce” - e está tudo explicado.

X&Q177


FALA BARATO


Edição de Outubro

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Covilhã....

O Pedro, lá está pela Covilhã, a iniciar o Curso que, se tudo decorrer com a normalidade que se deseja, o há-de levar ao grau de licenciado em Ciências da Comunicação.

Para entreter e tentar esquecer a anormalidade figueirense, ficam umas fotos enviadas pelo Pedro, da urbe “situada nos contrafortes da Serra da Estrela na Cova da Beira. conhecida por cidade da lã e da neve”.

Mais fotos. aqui.

Claro que não vou perder...



Foto sacada ao blogue ARTES E EVENTOS


Por ter um compromisso nada agradável (para um sábado...) e inadiável com o trabalho, não estive presente.
Mas, logo que possível, vou procurar espreitar...

A paisagem como identidade

A Convenção Europeia da paisagem, documento assinado por todos os estados membros do Conselho da Europa (2000), foi aprovado pelo governo português em 2005.
Tem como objectivo promover a protecção e gestão e o ordenamento da paisagem.


As “ideias –chave”, a ter em conta neste importante documento, são:
“o respeito pela diversidade da paisagem europeia;
a identidade, o valor cultural, natural e social, os direitos e os deveres das populações para com a paisagem”.

É esta dimensão da paisagem, como um valor social e cultural, que tantas vezes fica esquecida.
É isso, do nosso ponto de vista, que poderá estar verdadeiramente em causa, na putativa urbanização dos terrenos Alberto Gaspar & Cª., Ldª.
A paisagem – esta nossa paisagem – tem de ser valorizada e reconhecida como identitária. Ela só aconteceu aqui, porque resultou das relações que se estabeleceram, ao longo do tempo, entre os nosso antepassados e as condições naturais.
É isso que os órgãos de decisão – Câmara Municipal da Figueira da Foz e Junta de Freguesia de São Pedro – não devam esquecer.

Importar modelos de outras latitudes, ou de outras longitudes, ou de outras culturas, pode não ser o melhor para nós.
O turismo, também por aqui, ao surgir como a “panaceia” económica, quase sempre também serve para impor e desculpar a crescente descaracterização e homogeneização da paisagem portuguesa e, consequentemente, a desvalorização paisagística da nossa Terra.
Isso, a acontecer, é um ónus que alguém vai ter de assumir.

Por isso, pergunta-se:
“quando é que aquilo que está previsto para os terrenos do Alberto Gaspar & Cª., Ldª, e a Junta de Freguesia de São Pedro concorda e considera bom para a Terra", passa do domínio dos “figurões de cá e de lá”, para o conhecimento da população?
Será que estão à espera que, primeiro, se “adapte” o PDM e o PU, de harmonia com os interesses do consórcio espanhol?

Outubro, mês de Adriano

25 depois da sua morte, que ocorreu em Avintes, Terra da sua naturalidade, em 16 de Outubro de 1982, cada vez mais é necessário cantar Adriano.

X&Q170

domingo, 30 de setembro de 2007

Ameaçou... e cumpriu




BLOGUITICA
Blogue de Paulo Gorjão. .

Número de Regiões de Turismo vai passar de 19 para 5


“Portugal vai ter cinco regiões de turismo em vez das actuais 19 que apesar de numerosas não cobriam todo o território. O novo mapa das regiões, que integra o diploma da desconcentração da administração central, deverá ser aprovada no próximo mês, apurou o Correio da Manhã.

Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve vão ser as cinco grandes regiões, fazendo com que nenhum concelho do país fique de fora do mapa turístico, ao contrário do que acontecia até aqui: Lisboa e Guimarães, por exemplo, não integram actualmente nenhuma região.

A alteração do número de regiões visa não só reduzir o seu número, considerado excessivo mesmo no sector, mas também “alargar o âmbito das regiões a todo o país e aumentar as suas competências”, explicou ao CM o secretário de Estado do Turismo. Entre aquelas competências encontra-se, exemplifica Bernardo Trindade, a definição dos roteiros turísticos. A transferência de competências da administração central para as regiões de turismo será devidamente acompanhada da transferência de verbas, isto é, através de financiamentos que serão contratualizados através do Turismo de Portugal, acrescenta Bernardo Trindade. Com esta redução de regiões, será possível concentrar esforços e recursos, na promoção não só regional, mas também nacional e internacional dos produtos turísticos locais mais significativos.O número de regiões de turismo era tido consensualmente como excessivo e a sua redução era há muito defendida. Actualmente, existem as Regiões de Turismo do Alto Minho, Verde Minho, Alto Tâmega e Barroso, Nordeste Transmontano, Douro Sul, Serra do Marão, Centro, Serra da Estrela, Rota da Luz, Dão Lafões, Leiria-Fátima, Templários, Ribatejo, Oeste, Costa Azul, Norte Alentejo, Évora, Planície Dourada e Algarve.”

Recebida por mail