sábado, 27 de janeiro de 2007

qualquer dia...


enquanto o governo central concretiza a política da direita (o desmantelamento do estado social, é o exemplo mais acabado), cavaco faz o discurso da coesão social.

o povo, no país e na figueira, cada mais endividado, diverte-se, alegre e despreocupado, a olhar as montras dos centros comerciais!...

hão-de ainda passar ainda muitos anos até que acorde...

o governo, cavaco, a câmara e os políticos em geral, com este povo, todos podem dormir descansados.

o gerente, entretanto, já tem a moradia quase pronta...

na figueira, no parque verde, qualquer dia, está pronto mais um andar de luxo...

resta a memória do que poderia ter sido, se os figueirenses tivessem lutado verdadeiramente por isso, o parque verde...

com árvores, pessoas a correr, miúdos de bicicleta, velhotes a dormitar em bancos, turistas descalços deitados na relva, música no coreto, namorados abraçados...

Mais uma vitória dos Infantis do G.D. Cova-Gala


Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro:
Mário Simões

Cova-Gala 4 / Académica “B” 1

Cova-Gala : Pedro Duarte; João Carlos, João Manuel, Pedro (cap.), João Pedro, Paulito, Carlos Daniel, Zé Pedro, Fredy, Carlitos, Hugo e André

Treinadores: João Camarão e Rui Camarão

Académica “B” : Calheiros; Pedro Neves (cap.), Patrick, Jorge, Batista, David Brás, Diogo Serrano, Branco, João Nobre, Gonçalo, Berna e Rodrigo

Treinador: Morgado

Resultado ao intervalo: 4 – 0
Resultado final: 4 – 1

Golos: Zé Pedro aos 4m , 10m e 20m; Paulito aos 27 m e David Brás aos 51m



Escolas:
A formação mais jovem da freguesia de S. Pedro empatou 0-0 com a Académica “B”.

As Janeiras chegaram ao fim


Foi com um jantar de enceramento, no passado dia 26, que o grupo que andou a cantar as Janeiras para angariação de fundos para o Centro Social S. Salvador de Maiorca deu por acabada essa iniciativa solidária.
Um jantar de encerramento mas também de convívio e de satisfação por uma missão cumprida.
Num pequeno discurso, a presidente do Centro, Enfermeira Luísa Verdete, que também integrou o grupo de cantares, agradeceu a todos quantos tornaram possível a iniciativa, tanto os elementos do grupo como as pessoas que os ouviram, que nunca deixaram de manifestar a sua solidariedade.
De realçar, na intervenção, um desafio lançado ao grupo: para o ano tornarem a cantar as janeiras por uma outra causa. E causas não faltarão. Mas ficamos, assim, com a certeza que a solidariedade é um dos atributos mais qualificativos do Ser humano.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Leitura recomendada aos salazarentos


”O Estado Novo, na sequência do 28 de Maio de 1926, personificado em Salazar, nenhum benefício trouxe para o povo, debatendo-se entre as exigências dos senhores da terra e os incipientes senhores das fábricas. Para o povo chegava o «milagre» de Fátima e o «saber ler, escrever e contar». Segundo o Estatuto do Trabalho Nacional, inspirada na Carta del Lavoro fascista italiana, o povo tinha apenas o dever de trabalhar. A Lei do Condicionamento Industrial (1952) protegia a indústria portuguesa da concorrência estrangeira. Exemplo: a Siemens só entrou em Portugal depois do 25 de Abril porque já havia uma fabriqueta portuguesa que fazia lâmpadas.A PIDE/DGS controlava os ímpetos reivindicativos dos trabalhadores. Para os trabalhadores agrícolas, operariado industrial e campesinato não havia direito ao trabalho, segurança de emprego, reforma, assistência na doença e na maternidade. Para estes era o comer e calar, a miséria, a esmola, o «salto» para procurar lá fora o que não encontravam no Portugal de Salazar. Ao contrário do que dizia a propaganda do regime, nunca houve um Portugal do Minho a Timor. Angola e Moçambique apenas foram ocupadas na sequência da Conferência de Berlim (1884-1885) e do ultimato britânico (1890), que pôs fim ao Mapa Cor de Rosa, para impedir que as grandes potências as dividissem entre si como fonte de matérias primas necessárias ao desenvolvimento das respectivas metrópoles. E se Portugal na 1ª República entrou na 1ª Guerra Mundial foi para impedir que as colónias portuguesas fossem divididas entre os vencedores. Meus amigos, é preciso ler alguma coisa, antes de acusarem outros de ignorância.As colónias eram Portugal? Como assim? A maioria da população negra não falava português e tinha os mesmos direitos que a maioria do campesinato em Portugal, isto é, nenhuns. Só o começo da Guerra Colonial em 1961 levou à abertura de estradas, para facilitar a circulação das forças armadas, e permitiu o desenvolvimento industrial que até aí o Governo de Lisboa impedira.Se em Portugal havia as Universidades do Porto, Lisboa e Coimbra, estas eram as únicas em todo o chamado Portugal do Minho a Timor. Deste modo os cursos superiores não estavam ao alcance da maioria da população, fosse qual fosse a cor da pele. E nas colónias também não havia escolas para formação de quadros técnicos ou intermédios. Só quase em cima do 25 de Abril, após a morte de Salazar, foi possível criar universidades em Angola e Moçambique.Felizmente que tudo isso passou à História.”
CN (http://www.blogda-se.blogspot.com/)

P.S.- Os portugueses adoram o chicote! Somos um povo de memória curta e guardamos no coração apenas o que de menos mal ficou...
Leiam aqui.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007


Jornadas de reflexão sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez

Sem querer tomar partido pelo "Sim" ou pelo "Não", o Centro Social da Cova e Gala vai lançar o debate sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IGV).
Para o efeito, vai promover umas jornadas de reflexão no Casino, nos dias 30 e 31 do corrente mês.
Ao longo de dois dias, vão ser debatidas as diversas perspectivas da temática em causa.


Comentário

Numa questão tão delicada como o aborto, com a vida e a morte em jogo, não se pretende que haja vencedores nem vencidos, mas um diálogo com argumentos. O aborto é tudo menos agradável. Muito menos, é um acto voluntário. Quem aborta tem razões fortes. Só no ano passado, devem ter sido realizados cerca de 18 mil abortos ilegais em Portugal. Nas actuais condições, «o aborto é um acto que se pratica mediante pagamento, mas logo após o aborto a mulher é deixada ao abandono, confrontando-se com sentimentos de culpa e sem qualquer apoio psicológico». A cobardia dos políticos do bloco central, ao recusarem pagar a factura de decidir no Parlamento a questão, tem-nos obrigado a ver massacrada e insultada a nossa inteligência, pelo argumentário apresentado pelos movimentos que se degladiam nos debates do referendo. Mas temos de ter ainda mais um pouco de paciência até ao próximo dia 11 de Fevereiro. A questão é séria demais para ficar por decidir de vez: temos de votar. Entretanto, impõe-se o esclarecimento. Uma boa oportunidade para isso, vai ser proporcionada aos figueirenses pelo Centro Social da Cova e Gala, ao promover, em 30 e 31 deste mês, as Jornadas de reflexão sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, que se realizarão no Casino da Figueira ( sala Figueira, piso 1 ) na Rua Dr. Calado nº1.

A terminar: o Centro Social da Cova e Gala tem desenvolvido, ao longo de várias décadas, uma obra a todos os títulos meritória para a Freguesia de S. Pedro. A Junta de Freguesia reconheceu isso mesmo o ano passado e deu o nome de uma Rua ao “Pai” da Instituição, o Pastor João Neto (um pedido: as placas foram vandalizadas há meses. Para quando a sua recolocação no sítio de onde nunca deveriam ter saído?). Porquê, então, ir para a Figueira e para o Casino, para realizar um evento tão importante? Certamente, por questões lojisticas. Não tenho nada contra o Casino, até os felicito por terem cedido as instalações para esta realização do Centro Social da Cova e Gala, no entanto, não posso de deixar de colocar a questão:- poderia não ser tão mediático, mas como não acredito que os responsáveis da Instituição promotora da iniciativa tenham qualquer intuito de promoção pessoal, presumo que seria mais importante e mais útil para o público que se pretende atingir, se os trabalhos decorressem na Freguesia de S. Pedro. Só que S. Pedro, apesar das obras que se realizaram recentemente no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense, onde se gastaram largos milhares de euros, continua a não ter uma sala com condições para a realização de debates, colóquios, palestras, entre outros eventos!..

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Um comentário exemplar


Andam para aí a queixar-se do baixo nível dos comentadores.
Fica aqui, para ser lido e interpretado, um comentário do nosso ponto de vista exemplar:


“Confesso que já não estou a perceber o que se passa nesta Figueira!...Ora ora meus caros amigos: a Figueira não tem mercado para as habitações de luxo?Assim não vamos a lado nenhum.... Há gente ai com poder de compra que procura essas casas...Então porque é que querem entravar a dinâmica de crescimento deste nicho de oportunidade que tão importante é para o equilíbrio das finanças da câmara..Se não sabem, ficam informados que quem como eu quer comprar habitação de luxo não existe crise económica ou problema com a diminuição do poder de compra.Será que não tenho direito à vida?Não estraguem o negócio aos promotores e mediadores, que eles também precisam de viver...Não querem o dinheiro dos estrangeiros endinheirados, que ainda têm Portugal como um bom destino de turismo residencial?Preferem o turismo pé descalço?Acordem, o imobiliário continua a ser uma excelente forma de investimento.O que há por aí são executivos e altos quadros de empresas, na meia idade, interessados em ter casa milionária, apartamento, ou moradia, com grandes áreas, bem localizadas, com boa vista, sauna, banho turco, piscina privativa e jardim.Assim com as vossas ideias retrógradas a Figueira, que ainda recentemente estava na moda, não vai a lado nenhum. Acordai velhos do restelo.Porque é que a Figueira tem de ser menos que a Lapa, o Principe real, Amoreiras, sintra, cascais, “a nova tróia”, ou o Algarve – ou o Algarve, Vale do Lobo, Quinta do lago ou Vilamoura...A Figueira em breve vai estar de novo na moda. A Figueira não pode parar. Percebem?”
Aires Varela

domingo, 21 de janeiro de 2007

Foi há menos de um mês. Lembram-se?


Portugal continua a ser um País de Marinheiros...
Portugal, recorde-se, é um País que tem no mar as suas memórias mais importantes.
Portugal, 500 anos depois dos seus momentos de glória – da conquista dos mares nunca dantes navegados – continua a deixar morrer os seus marinheiros à beira da praia...
Cruelmente, a conta gotas...
Vítimas de muita coisa, mas vítimas sobretudo de terem vivido num País de burocratas de “quintal”, que não permitem que as coisas funcionem.
Vítimas também das complicações de funcionamento das instituições de um “Pais de faz de conta”, o País da empresa na hora - Portugal!.
Há 500 anos, num naufrágio de uma nau a 50 metros da praia, se ocorressem mortes de tripulantes, seria um acontecimento pouco compreensível.
Cinco séculos decorridos, isso aconteceu, mesmo com todos os sofisticados, complexos e prodigiosos meios que existem!
Foi na Nazaré, no passado dia 29 de Dezembro, há menos de um mês.
Lembram-se?
Entretanto, mudou alguma coisa?...

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Parque de Campismo/Horto Municipal = Zona Verde


Estando em curso a revisão do Plano Director Municipal e Plano de Urbanização do concelho da Figueira da Foz, o Movimento "Parque Verde" vem apelar a todos os cidadãos que subscrevam a petição para

Alteração da classificação no Plano de Urbanização do espaço correspondente ao Horto Municipal e Parque de Campismo

Nota: É necessário preencher com o nome completo e o número de BI correcto.

"Que todos juntos consigamos salvar o último pulmão da cidade!"

Uma criança


Uma criança. Dois nomes, duas famílias e, provavelmente, dois destinos. Um passado que apenas coincide na idade, quatro anos, onze meses e doze dias, e na data de aniversário: 12 de Fevereiro. A sua história tornou-se notícia e tem corrido o País. O pai biológico, que inicialmente a terá rejeitado, reclama agora a tutela. O pai que a acolheu desde os três meses silencia o paradeiro e aceita uma condenação de seis anos no presídio militar de Tomar. Um e outro disputam a partilha da sua vida e acreditam que será feita justiça. De Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra de Baltazar Nunes, o pai que a concebeu, a Frei João, a freguesia de Envendos, no concelho de Mação, que viu nascer o pai adoptivo, Luís Gomes, são muitos os que lhe sentenciam o destino e reclamam os seus direitos. Mas o futuro está por traçar. A menina continua em parte incerta com a mãe adoptiva, Maria Adelina.
Quem a conhece só espera que "continue com quem vive".
Quem não a conhece também acredita que "está num ambiente melhor".

(http://dn.sapo.pt/2007/01/19/sociedade/milhares_pessoas_querem_libertar_ado.html)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

XIV Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro vai ser organizado pelo


O “XIV Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro” será realizado a 8 de Julho de 2007, com organização do “O Fala Barato” o Jornal da Cova-Gala e com os seguintes apoios: D. C Marítimo da Gala – filiado no INATEL, Clube Mocidade Covense, Grupo Desportivo Cova-Gala e Comissão de Festa S. Pedro 2007.
A prova será integrada no calendário oficial das provas de Atletismo do INATEL, para a época 2006/2007, razão por que a data proposta, tomada por sugestão desta entidade, foi a preferida por ser a mais consentânea com o seu calendário desportivo.
Esta prova que em tempos deu tanto prestígio à terra, era realizada com o esforço das colectividades e pessoas que tinham gosto pelo atletismo. Essas pessoas, algumas das quais já cá não estão, faziam o esforço para que a realização desta prova nunca tivesse fim.
É bem certo que nos dias de hoje não temos atletas a praticar a modalidade, mas todas as pessoas podem participar, seja correndo ou andar o lema será "SemprAndar" .... por caminhos de S.Pedro.
Estão á venda por 5€ nos estabelecimentos comerciais da nossa terra, um Calendário e um Poster (para emoldurar) alusivo a este acontecimento.
Com a colaboração de todos, este Verão vamos reviver o “XIV Grande Prémio de Atletismo de S. Pedro”.
A todos os que colaboram para que este projecto seja realizado o nosso muito obrigado…”

“O Fala Barato” – Pedro Fernandes

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Saudade

“Residir num país estrangeiro, sem os familiares mais chegados, os amigos que deixei e o mar que há três anos não vejo, não é fácil. A língua, apesar de tudo, não é assim um obstáculo tão grande, mas as pessoas, a cultura e o país em si, é muito diferente do nosso pequenino Portugal.Apesar de já me ter habituado a esta nova vida continuo a ter muitas saudades da minha Cova-Gala, do comer da minha mãe, de acordar e sentir o cheiro da terra molhada da manhã, de sair aos fins-de-semana e abanar o capacete nas pistas de dança, de dar as caminhadas pela praia... e da minha família, enfim, socializar mais...”

Este naco de prosa resume bem o que é a saudade, esse sentimento tão português.
Foi extraído do blog “There is a word”, da Covagalense Vanessa Reboca, jornalista nos EUA.
Para ler o texto na totalidade basta clicar
http://thereisaword.blogspot.com/2006/12/bye-2006-welcome-2007.html.

P.S. - Olá Vanessa:
O mar hoje aqui na tua praia está tranquilo.
O ar, apesar de tudo, continua puro e diáfano.
Por enquanto, sopra apenas uma leve aragem que encrespa suavemente a superfície das águas.
A ondas vêm espraiar-se preguiçosamente na areia da tua praia.
O sol ainda permanece envergonhado, mas hoje já nasceu para mim.
Em Junho cá estarás na tua Cova-Gala. Já falta pouco.
As paixões, ao contrário do que dizem, quando imensas, são eternas.
E o que é imenso é eterno.
Cova-Gala, sempre.

O Tio

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Conflitos



Quando os Homens se entenderem
e a Paz for um fruto maduro
ficará a guerra no escuro
sem futuro

Que haja gente que sonhe
falar não é nenhum muro
é sempre melhor que o barulho
com entulho

A cabeça é redonda
nela gira o pensamento
já houve tempo para o vazio
sem fundamento

A terra come a gente
em plena horizontal
é a sorte de qualquer mortal
da alvorada ao poente

Filipe Zau
(Poeta e investigador angolano. Do livro “Encanto do mar que eu canto”)