Amargurado com a gestão da Global Media, deixou a rádio que ajudou a fundar e reformou-se. Há quem passe pela TSF “como se tivesse de se desinfectar depois”, diz a voz da carismática crónica Sinais.
«Zanguei-me muito com o rumo que as coisas estavam a tomar na TSF em Setembro. Nada que não se adivinhasse. A TSF foi tomada por um grupo de gente que não é fiável e que trata deste assunto sagrado, que é a rádio e os jornais, como miúdos que desmancham um brinquedo. Dá-se um brinquedo a um miúdo e ele pode destruí-lo num ápice. É uma espécie de volúpia destruidora.
“A TSF foi tomada por um grupo de gente que não é fiável”.
É a única imagem que me ocorre quando penso que esta gente que chegou — não sei com que intuitos, se soubesse dizia — parece desmantelar, com um prazer sádico, uma coisa que demorou muito tempo a construir, que foi perdendo o fulgor original, mas que foi ganhando outro alento. A TSF não foi uma maravilha que perdeu o brilho.»
Sem comentários:
Enviar um comentário