Raramente vejo televisão. Quanto muito, um ou outro meio joguito de futebol, um ou outro noticiário, um ou outro programa de debate…
E basta… Por mês, no máximo dos máximos, aí umas 10 horitas…
Rádio, ouço e gosto, pois permite-me fazer outras coisas ao mesmo tempo.
Quanto a jornais em papel… Desportivos, há largos anos que nem "cheirá-los"!..
Quanto aos outros, os chamados "de referência", por vezes leio em diagonal e navego pelas edições online…
Apesar disso e modéstia à parte, considero-me uma pessoa razoavelmente informada.
Há mais informação para além da televisão e dos jornais. A reflexão, a análise, o comentário, a discussão, a crónica, as estórias, procuro-as noutras paragens!...
Para além disso, aplico algum do meu tempo livre a postar neste Outra Margem.
Não sei, nem quero saber porquê, mas há quem se preocupe com a minha “perca” de tempo numa actividade que não dá dinheiro, como esta!...
Não tinha de responder, mas como é simples e fácil, aí vai: para mim, é uma maneira muito mais interessante e agradável de entretenimento do que passar quatro ou cinco horas em frente à televisão a assistir a programas estupidificantes…
No dia 25 de Abril de 2006, criei este blog para me divertir. E tenho conseguido, oh se tenho conseguido!..
Se, por acréscimo, conseguir proporcionar alguns momentos agradáveis a quem me visita, tanto melhor...
Sinto-me bem assim.
Ponto final.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário