As coisas estão claras: ou cumprimos e empobrecemos pacifica e alegremente, ou a saída do Euro é uma séria ameaça para Portugal...
É assim que as coisas nos são apresentadas por quem foi colocado no poder pelo voto popular.
É neste contexto que se tem de entender o objectivo central neste momento: despedir.
Que não haja ilusões: toda e qualquer pessoa pode ser despedida de qualquer forma e com a justificação que o patrão achar mais adequada – e nem precisa de ser verdadeira.
A quebra na produtividade passa a ser um dos critérios através dos quais um patrão pode despedir.
Mas o que é a produtividade?..
A tão esperada (pelos patrões e pelo estado) liberalização dos despedimentos já estava anunciada há muito, mas só agora, com este governo PSD/CDS, parece ir ser implementada.
Vejam onde chega o cinismo: o pagamento das horas extraordinárias vai para metade!..
O descaramento é tão grande que se anuncia que o objectivo é pagar metade para o trabalhador trabalhar mais!..
E para não esquecer: está no no ar a redução do subsidio de desemprego e o tempo de atribuição deste…
O subsidio de desemprego, que não é uma esmola: é um direito conquistado pelos trabalhadores.
Passos Coelho, já preveniu... "Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal", mas esses descobrirão "que também sabemos decidir".
E não é que decidiu mesmo?..
“No Orçamento para 2012, o Ministério das polícias (vulgo da Administração Interna) é o único que, além de não sofrer cortes, será ainda reforçado com mais 400 milhões de euros. Parece, pois, que é com mais polícias e mais dinheiro para as polícias, que o Governo pensa resolver o problema de (citando fonte do executivo) "mais desemprego, mais carências e menos prestações sociais".
Nunca fiando: “o povo é pobre e mal agradecido, sobretudo se lhe tiram o pão e, por isso, o melhor é preparar o pau.”
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