A projectada construção do Núcleo Cultural de S. Pedro, inicialmente, previa um investimento na ordem dos 250 mil euros.
Contudo, a apresentação de um valor bastante superior “obrigou” a que o executivo figueirense anulasse ontem, em reunião de câmara, o concurso público em vigor para, seguidamente, aprovar outro concurso com o triplo do valor. Ou seja, um orçamento de 700 mil euros.
“Vamos gastar dinheiro num equipamento de características duvidosas. É uma zona de pesca e eu acho que o sr. Presidente vai à pesca de um apoio político”, frisou António Tavares, argumentando que, nesta altura, com a situação financeira que se vive na câmara, não se justifica que se gaste 700 mil euros, quando mais de 50 por cento do espaço é reservado para bar e restaurante.
“Não me parece que faça sentido. Este valor é desajustado”, argumentou o vereador do PS.
Duarte Silva, interpelado por João Vaz sobre qual a percentagem que será suportada pelo município e o quanto dirá respeito aos fundos comunitários, respondeu que a candidatura ao QREN ainda está em curso e que o apoio está na ordem dos 30 por cento.
A abertura de novo concurso público para a construção do Núcleo Cultural de S. Pedro no valor de 700 mil euros foi aprovado pela maioria “laranja”.
2 comentários:
Por falar em fundos comunitários... Um caso da agrigultura portuguesa: na passada 6.ª Feira fui abordado por um kiwicultor que pretendia saber quando é que a sua candidatura apresentada em Janeiro de 2009, teria um veredicto: aprovada ou indeferida e como sempre a conversa ficou nos atrasos do ProDeR. Este produtor de kiwis estava furioso porque recebeu no ano de 2007 setenta porcento do valor da ajuda PRODI a que tinha direito e desde essa altura não houve mais pagamentos.
Quando teremos as ajudas regularizadas e pagas atempadamente? Será pedir demasiado!?
É a "democracia neo-liberal", sr. José Martino. Não temos outra.
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