A projectada construção do Núcleo Cultural de S. Pedro, inicialmente, previa um investimento na ordem dos 250 mil euros.
Contudo, a apresentação de um valor bastante superior “obrigou” a que o executivo figueirense anulasse ontem, em reunião de câmara, o concurso público em vigor para, seguidamente, aprovar outro concurso com o triplo do valor. Ou seja, um orçamento de 700 mil euros.
“Vamos gastar dinheiro num equipamento de características duvidosas. É uma zona de pesca e eu acho que o sr. Presidente vai à pesca de um apoio político”, frisou António Tavares, argumentando que, nesta altura, com a situação financeira que se vive na câmara, não se justifica que se gaste 700 mil euros, quando mais de 50 por cento do espaço é reservado para bar e restaurante.
“Não me parece que faça sentido. Este valor é desajustado”, argumentou o vereador do PS.
Duarte Silva, interpelado por João Vaz sobre qual a percentagem que será suportada pelo município e o quanto dirá respeito aos fundos comunitários, respondeu que a candidatura ao QREN ainda está em curso e que o apoio está na ordem dos 30 por cento.
A abertura de novo concurso público para a construção do Núcleo Cultural de S. Pedro no valor de 700 mil euros foi aprovado pela maioria “laranja”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Por falar em fundos comunitários... Um caso da agrigultura portuguesa: na passada 6.ª Feira fui abordado por um kiwicultor que pretendia saber quando é que a sua candidatura apresentada em Janeiro de 2009, teria um veredicto: aprovada ou indeferida e como sempre a conversa ficou nos atrasos do ProDeR. Este produtor de kiwis estava furioso porque recebeu no ano de 2007 setenta porcento do valor da ajuda PRODI a que tinha direito e desde essa altura não houve mais pagamentos.
Quando teremos as ajudas regularizadas e pagas atempadamente? Será pedir demasiado!?
É a "democracia neo-liberal", sr. José Martino. Não temos outra.
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