sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Português normal

Segundo o Público,
aqui está “uma das casas projectadas por José Sócrates, em Valhelhas"

“José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele. Nalguns casos, esses documentos eram manuscritos com a letra de Fernando Caldeira, um colega de curso do actual primeiro-ministro que era funcionário do município e que, por isso, não podia assumir a autoria de projectos na área do concelho.
O primeiro-ministro diz que assume “a autoria e a responsabilidade de todos os projectos” que assinou e que a sua actividade profissional privada se desenvolveu “sempre nos termos da lei”. Embora se trate de uma prática sem relevância criminal, as chamadas “assinaturas de favor” em projectos de engenharia e arquitectura constituem uma “fraude à lei”, no entendimento do penalista Manuel Costa Andrade, e são unanimemente condenadas pelas organizações profissionais dos engenheiros técnicos e dos engenheiros.”

Onde está o problema, então? Sócrates, afinal, não passa de um português normal!..
"José Sócrates diz que notícia do Público é falsa e lembra que exerceu engenharia nos termos da Lei".
É o que todos ambicionamos. Não ultrapassar os termos da lei.
Do meu ponto de vista, então, o problema somos nós: o povo.
Explico: encontramo-nos num país que ainda não deu valor à figura do self made men.
Assim, é difícil continuar a remar contra a corrente.
Consequência provável: Sócrates é um balão que vai esvaziar.
E não vai demorar assim tanto... Ou me engano muito, ou " A crise - a sério - vem mesmo ai..."

5 comentários:

Anónimo disse...

Ó Agostinho, é perigoso alinhar em tudo o que parece ser. Só o António das botas é que afirmava que o que parece é ! Que se critique a política do Sócrates, até percebo. Que se diga que a campanha eleitoral começou à 3 dias quando foi demitido Correia de Campos, até aceito. Que se questionem alguns ministros, posso concordar. Mas julgo desnecessário e incorrecto o ataque pessoal mesmo aos adversários! Certo?

ANTÓNIO AGOSTINHO disse...

Ataque pessoal?!....
Observa outros projectos.
Clica em
http://static.publico.clix.pt/docs/politica/projectossocrates/ dá uma olhadela ainda que rápida, e depois diz-me:
Não me digas que o "nosso" primeiro tem tamanho bom gosto?
Admites que tais mamarrachos poderiam sair duma cabeça como a do "nosso" primeiro?
Para que saibas: o "noso" primeiro não é meu adversário, é nosso Primeiro-Ministro. E, isso, deveria exigir algum rigor ético.
Um abraço

alex campos disse...

Acalmem.se... o capital é eterno, chegamos ao fim da História, nem sei porque é que existem professores de estória.

Anónimo disse...

Sabes tão bem quanto eu que um projecto de engenharia não é, por definição, um projecto de arquitectura onde os critérios estéticos estão presentes.
Quanto ao comentário do Xaninho...não entendi ou prefiro não entender o seu alcance...!

Anónimo disse...

Sócrates: PCP desvaloriza polémica
E recusa usar as notícias recentemente publicadas como «arma de arremesso».


O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, desvalorizou este sábado as polémicas em torno do primeiro-ministro, José Sócrates, noticiadas pelo Público, recusando usá-las como «arma de arremesso».
«As razões fundas das críticas a Sócrates devem ser feitas no plano político, permitindo naturalmente algum apuramento da verdade das notícias que possam surgir. Mas não vamos usar isso como arma de arremesso», disse Jerónimo de Sousa, no final de um encontro de jovens comunistas, em Lisboa