“É habitual quando nos sentamos num restaurante que a mesa tenha pão, manteiga, azeitonas, etc. É quase sempre assim e quando recebemos a conta pagamos o que consumimos. Tal prática está, no entanto, a gerar polémica. A Associação Portuguesa de Direito do Consumo defende que qualquer consumidor pode recusar-se a pagar as entradas, caso não as tenha encomendado. E vai mais longe, se o restaurante exigir dinheiro o proprietário do estabelecimento está a incorrer no crime de especulação. A Associação de Restaurantes e Similares de Portugal vem dizer o contrário, o cliente tem de pagar o que consumiu independentemente de ter encomendado ou não. Segundo a Associação de Direito do Consumo a lei proíbe que seja fornecido ou prestado qualquer serviço ao consumidor, que inclua um pagamento, sem que este o tenha solicitado. A prática tem dito o contrário. A polémica instalou-se...”
Não sei porquê?..
Em Portugal nunca se paga a entrada. À saída é que costumam ser elas...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Comer um papo-seco, um pacote de manteiga e meia-dúzia de azeitonas é uma coisa e devia ser à borla como fazendo parte do marketing do restaurante. Isto para médias de 5 euros/refeição.
Se um restaurante tem preço médio de 15 euros, então a qualidade das entradas deve ser de acordo com esse preço e já será qualquer coisa como um queijito curado, umas pataniscas, uns peixinhos da horta, umas rodelas de salpicão ou lombo de porco preto. Igualmente fará parte do marketing da casa e não deverá ser debitado.
E por aí fora.
Mas como aqui se copia o que há de mau e a atitude dos tasqueiros é de perder dinheiro com o negócio, segundo eles, então vai de debitar o guardanapo, os palitos, etc.
Nem vale a pena falar nestas coisas que a bandalheira há muito que se instalou por cá.
António
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