Diário Coimbra 30 janeiro de 2019 |
Abraham Lincoln: "A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo"...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Diário Coimbra 30 janeiro de 2019 |
2 comentários:
Ccitando:
...."A cidade deve ser repensada, mas não pelos faceboquianos".
Mas o Zé Esteves tem medo do faceBocas porquê?
Eu gosto muito de tainadas, (embora ao pé do Zé seja amador e o estômago já não ajuda), mas trocaria a palavra faceboquianos pelos TAINADEIROS.
A visão, a audácia, o voluntarismo, o...
Ou seja, a única coisa que falta a Buarcos, é uma piscina de mar, até porque esta obra de requalificação que ainda não acabou e ninguém sabe qual o resultado e impacto na Vila, presume-se, resolve o resto. Serra da Boa Viagem e Cabo Mondego devem ser da freguesia do Bom Sucesso. A finalização da 5 de Outubro, deve ser obrigação da APA. O baluarte de São Pedro ainda tem lá os restos carcomidos do projector que lá iam instalar, e o ar degradado do recinto é um excelente cartão de visita, mas deve ser responsabilidade do IGESPAR. E nem sequer vamos ao aspecto sujo de algumas ruas, e à óbvia falta de manutenção do piso de grande parte delas, que deve ser atribuído aos moradores, que caminham e conduzem em cima deles. Não esquecer também o caos de trânsito de verão, em qualquer esquina da Vila, que suponho seja responsabilidade exclusiva da PSP.
Não é ataque ad hominem. É ao político e às tretas políticas que debitam. Vangloriar-se de um projecto feito por um qualquer atelier de arquitectura, em que apenas houve que encontrar nos quadros de apoio a respectiva verba, e depois ter lá uma plaquinha que perpetua o responsável político à data, é fácil. Planear e procurar solucionar o presente e antever o futuro, mesmo que esse futuro já não nos contemple ou seja concretizado por outro, é que dá mais trabalho e pouco reconhecimento imediato. As coisas pequeninas - limpeza, arranjo, organização -, têm pouca recompensa imediata, acham os políticos.
E por isso, pode o Zé Esteves ou qualquer outro político vir papaguear umas quantas banalidades para os "faceboquianos", que o que eu vejo é um Buarcos cada vez mais deserto, mais descaracterizado, mais desprezado, mais caótico quando o sol aperta, e cada vez mais sem horizonte de futuro.
E se acham que é injusto ou irrealista, podemos falar quando e onde quiserem.
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