Um homem, de 45 anos, morreu ontem vítima de um acidente de trabalho, cerca das 13H45, a bordo do arrastão Neptuno, de Aveiro. Segundo o comandante da Capitania da Figueira da Foz, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o pescador encontrava-se “a manusear um dos cabos de aço que sustenta uma porta de arrasto” e o mesmo ter-lhe-á embatido na cabeça, provocando ferimentos graves.
O homem, residente na Gafanha da Nazaré, não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer na embarcação. “O arrastão Neptuno encontrava-se a oeste da praia do Osso da Baleia e quando regressou à Figueira da Foz, para fazer a evacuação, a vítima já era cadáver”, acrescentou Rui Amado.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário