domingo, 28 de agosto de 2022

Fernandes Tomás, 200 anos depois da sua morte, e a importância do seu exemplo na explicação do que é a liberdade e a democracia aos jovens

Manuel Fernandes Tomás
 nas Cortes Constituintes,
 em quadro de 
Veloso Salgado.
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE, talvez o mais ilustre de todos os figueirenses, nasceu a 31 de Julho de 1771, ano em que a então Aldeia foi elevada a Vila, na Rua dos Tropeções, mais tarde Rua do Quebra-Costas (hoje rua 31 de Julho).
"Morreu a 19 de Novembro de 1822, pelas 11 horas da noite" por "inflamação intestinal crónica" ou "desordem crónica das vísceras"
Morreu em "quase miséria" tendo sido criada, 10 dias antes do seu falecimento, uma comissão de beneficência para angariar fundos para a sua família.
"Não enlevava os ouvidos, nem arrastava os ânimos com as torrentes da eloquência. Persuadia ou desarreigava! A frase quase nua e correcta, toda luz e força, partia directo ao alvo e feria-o no centro. Revelando todo o pensamento detestava as ampliações retóricas e os artifícios supérfluos. Não ornava a verdade: dizia-a".(Rebelo da Silva)
(Nota: Expressões entre aspas retiradas do livro de José Luís Cardoso, “Manuel Fernandes Tomás, Ensaio Histórico- Biográfico”, cadernos Municipais, 1983)

Quanto mais distantes estamos do passado, mais a memória colectiva tem tendência a ir desvanecendo. 
Como podemos salvaguardar, ou até mesmo fortalecer, a memória e «os últimos instantes de um homem grande, para que os presentes e os vindouros aprendam o modo heróico de afrontar a morte»
Na "oração fúnebre", lida a 27 de de novembro de 1822, em sessão extraordinária da Sociedade Literária Patriótica, Almeida Garret considera Fernandes Tomás "o patriarca da regeração portuguesa".
"E quem choramos nós: quem lamentam os portugueses? Um cidadão extremado; um homem único; um benemérito da Pátria, um libertador dum povo escravo".

Vivemos tempos complicados: andam por aí uns líderes populistas, generosos nos ódios, mas parcimoniosos em políticas específicas, que usam a política de esquerda e direita, muitas vezes em simultâneo, para nos quererem fazer crer que a sociedade está dividida entre dois grupos: "a população pura" e a "elite corrupta".
O público-alvo dos populistas, é quem se sente economicamente ameaçado pela globalização, quem teme que os imigrantes roubem os empregos.
Na visão hipócrita e pretensamente moralista do novo populismo, o "povo" justo está a lutar contra as "elites" malvadas. Mas não é claro quem pertence a que grupo, já que a linguagem populista é emotiva e imprecisa. As pessoas são a "maioria silenciosa", os "portugueses bons", "o povo humilde" e os jovens?
A política populista de hoje, com a pretensão de deter o monopólio da verdade, é profundamente antidemocrática. O apelo do populismo aumenta quando sistemas políticos e económicos parecem falhar. O passado explica e alerta para os perigos que vivemos em 2022: a ascensão dos jacobinos nos estágios iniciais da Revolução Francesa, os que "Nada Sabiam" na América do século XIX, os fascistas na Itália de Mussolini, os nazis na Alemanha de Hitler, ou o Salazarismo, que é o nome que se dá para o Estado Novo português, período ditatorial que foi iniciado em 1933, em Portugal, e finalizado em 1974 por meio da Revolução dos Cravos.
Todos esses grupos reivindicavam possuir pureza moral e prometeram varrer o antigo sistema corrupto em nome do "povo".
No presente, na Hungria, na Polónia e na Turquia, podemos ver que quando os populistas ganham poder usam as ferramentas que têm à mão, incluindo o Estado, para destruir as instituições democráticas.

Em 2022, quase 200 anos depois da morte de Fernandes Tomás, "um homem que honrou a natureza e como cidadão a Pátria", qual o olhar dos jovens sobre "o libertador dos Portugueses, que salvou a Pátria e morreu pobre"?
Quanto mais distantes estamos do passado, mais a memória colectiva tem tendência a ir desvanecendo. 
Em 2022, 200 anos depois da morte de Fernandes Tomás e 48 depois do 25 de Abril de 1974, não é uma tarefa fácil e, muito menos, um desafio menor tentar explicar o que é o exercício da cidadania, a democracia e a liberdade a quem, felizmente, só conheceu um Portugal livre.

A inauguração será no próximo dia 4 de Setembro

 Via Diário as Beiras

Atenção às alterações do trânsito para amanhã

 Via Diário as Beiras

sábado, 27 de agosto de 2022

"Administração do Porto de Aveiro e Figueira da Foz em tempo de mudanças: Carlos Monteiro terá sido abordado e até entregue documentação solicitada para dar seguimento ao processo de seleção"

Notícia Figueira TV, citando fonte próxima do PS


Segundo a Figueira tv,  "a nova Administração comum aos portos de Aveiro e Figueira da Foz está a ser constituída, com uma forte possibilidade de integrar uma personalidade figueirense.
Como tem sido ventilado, Carlos Monteiro, actual vereador socialista e ex-presidente da Câmara da Figueira da Foz, destaca-se como um dos nomes mais prováveis. 
Recorde-se que Pedro Santana Lopes, presidente do Município, declarou publicamente, numa reunião da edilidade, desejar que a Administração do Porto integrasse um elemento da Figueira da Foz, e veria com bons olhos a escolha de Carlos Ângelo Ferreira Monteiro. 
A FigueiraTV soube, de fonte próxima do Partido Socialista, que Carlos Monteiro terá sido abordado e até entregue documentação solicitada para dar seguimento ao processo de seleção. 
A actual Administração do Porto de Aveiro e Figueira da Foz tomou posse em Abril de 2019, tendo terminado já o seu mandato."

A vegetação do areal urbano... (5)

 Via Diário as Beiras

Entra hoje em funções o novo conselho de administração do HDFF

 Via Diário as Beiras

Da série, vamos pôr este país a dar lucro?

"Entre 17 e 21 de maio de 2023, os preços nos alojamentos da cidade de Coimbra subiram em média cerca de 400 por cento em comparação com os mesmos dias, mas da semana anterior"...

CAMINHADA/PIQUENIQUE/RECOLHA DE LIXO, UMA INICIATIVA DO PARTIDO ECOLOGISTA OS VERDES NA PRAIA DO CABEDELO


O Partido Ecologista Os Verdes vai levar a efeito amanhã, domingo, uma “Caminhada com apanha de lixo” na Praia do Cabedelo, e respetiva envolvente, com início pelas 09H30. 
No fim desta acção, que durará mais ou menos duas horas, realiza-se, por volta das 12H00, o habitual piquenique partilhado (“traz o teu, come de todos”), que para além do convívio tem permitido abordar a situação ecopolítica e a ação ecologista. Os Verdes, com esta iniciativa, pretendem alertar a população para a problemática dos resíduos. Por um lado, sensibilizando os cidadãos para evitar a deposição de lixo no espaço público, muito frequente em zonas de grande afluência de pessoas, como é o caso das praias e zonas adjacentes. Por outro lado, alertar para a necessidade de reduzir os resíduos a montante, a primeira etapa dos 3R’s, que depende da acção política e das próprias empresas.
“Apesar de Os Verdes terem apresentado ao longo dos anos várias iniciativas parlamentares, no sentido de reduzir a produção de resíduos a montante, a verdade é que sucessivamente estas acabaram por ser rejeitadas”
A acção, que contará com dirigentes nacionais do partido, insere-se na campanha nacional S.O.S Natureza que o PEV está a levar a cabo e que percorrerá o país até ao final de 2022. 
A inscrição pode ser realizada através do e-mail osverdescentro@gmail.com.

Ponte da Figueira da Foz, ontem à tarde...

 Foto António Agostinho

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

A vegetação do areal urbano... (4)

 Via Diário as Beiras

Que família tão unida...

"Agressão estará na origem da demissão de Gabriel Mithá Ribeiro"

Grupo parlamentar do Chega, liderado por André Ventura (na fila logo atrás do líder, vê-se Bruno Nunes à direita e Mithá Ribeiro à esquerda)

© Mário Cruz/Lusa

Segundo o Diário de Notícias, "um desentendimento que culminou numa agressão de Bruno Nunes a Gabriel Mithá Ribeiro, numa reunião do grupo parlamentar, antes de um Plenário na Assembleia, terá sido o que precipitou a saída do vice-presidente do Chega da posição de vice-presidente."

Vamos pôr este país a dar lucro?

 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Santana, PS, PSD e o futuro próximo da Figueira


Presumo que, na Figueira,  já toda a gente percebeu que a eleição de Santana Lopes, com a consequente derrota de Carlos Monteiro e de todos os outros candidatos autárquicos nas eleições realizadas em Setembro de 2021, fechou um ciclo de 12 anos de gestão municipalista/"socialista", e deu início a uma nova etapa na gestão autárquica do nosso concelho.

Termina, porém, aqui o consenso. 

Para uns será Santana Lopes que, dos Paços do Município, não resistirá à tentação de pastorear e controlar a direita, em especial o PSD.

Para outros, Santana a eternizar-se no poder autárquico figueirense até 2034, será um empecilho que impedirá uma regeneração da direita - leia-se PS e, em especial, o PSD.

A manter-se por cá, Santana, nos próximos anos, veremos adiada a gestação de uma corrente liberal, agora muito na moda. 

A bem da verdade, na Figueira que ainda ontem homenageou Fernandes Tomás, grosso modo, essa corrente não existe. 

Existem alguns profissionais da política, ou com aspirações a tal, com ideias, mas sem iniciativa, nem capacidade de organização e trabalho.

Dito isto, todos sabemos que é impossível construir uma casa a querer iniciá-la pelo telhado.

Antes, é preciso levar o debate ao seio dos partidos figueirenses. 

Partidos esses que, diga-se, andam, há muito, distantes dos cidadãos cujos interesses, em última instância, deviam defender. E têm andado, por culpa fundamentalmente dos próprios eleitores, que vêm a política como algo de pouco recomendável e se afastam, deixando-a, muitas vezes, a cargo de pessoal pouco qualificado.

No PS e no PSD, pelo menos pelo que dá para ver de fora, nada está a mudar. 

Parece que, face ao decorrer dos acontecimentos, que não há cansaço nem a sensação de "deja vu". 

É por isso que o que se vier a passar proximamente no interior do PS e do PSD é importante, não só para a Figueira, como igualmente e também para os figueirenses.

Ontem, a Figueira da Foz homenageou Manuel Fernandes Tomás

 Via Município da Figueira da Foz

Jorge Pelicano, no encerramento do Ciclo de Cinema - Homenagem a Realizadores Figueirenses

 Via Diário as Beiras

«As obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano»

Via Município da Figueira da Foz
Reunião com Infraestruturas de Portugal – Ponte Edgar Cardoso

"Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e o Vereador Manuel Domingues reuniram, na manhã de 24 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com elementos da Infraestruturas de Portugal- Dr. Serrano Gordo (Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo); Dr. Nuno Gama (Gestor Regional); Eng.º Rafael Sá Vedra (Diretor Unidade); Dr. Manuel Rodrigues (Diretor de Relacionamento Institucional Central) e Técnicos Superiores da Câmara.

Foi transmitido pela IP que a empreitada obteve o visto do Tribunal de Contas, no passado dia 1 de agosto. Assim, as obras de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso, na Figueira da Foz, sobre o Rio Mondego, deverão ter início no decurso do último trimestre do ano. O executivo camarário tinha solicitado esta reunião, para se inteirar das diferentes fases da empreitada em causa e suas implicações. A empreitada terá um prazo de execução de 18 meses e com valor estimado a rondar os 17 milhões de euros. 

No decurso da reunião foram explicitadas as especificidades da obra, cujo sistema de tirantes (24 tirantes) está, atualmente, desatualizado, exigindo a sua total substituição e não reparação, situação que obrigará – como já foi anunciado - a um duradouro e incómodo condicionamento do tráfego. Este foi, naturalmente, o  assunto mais abordado na reunião, depois da detalhada exposição feita, pelos responsáveis da IP,  aguardando-se por parte da empresa executante - Mota Engil- o plano de trabalhos, para que seja pormenorizadamente analisado, com a necessária seriedade, pelo executivo, sobretudo no que respeita ao período da noite e  tendo em conta, sobretudo a localização do Hospital e também, noutro plano, o funcionamento e atividade das empresas e os períodos da maior afluência turística.

Por parte da IP, houve o compromisso de acautelar junto do IMT as devidas alternativas, nomeadamente a utilização da A17, com regime de não pagamento de portagem no troço que vai ser alternativo à circulação na Ponte Edgar Cardoso."

Brasil: quando os golpistas estão no governo

«A Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de empresários que trocaram mensagens num grupo de WhatsApp, em que se mostravam a favor de um golpe de Estado caso o ex-Presidente Lula da Silva ganhe as eleições presidenciais. O ministro da Justiça e o vice-presidente criticaram a operação.
“Prefiro golpe do que a volta do PT (Partido dos Trabalhadores). Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu um empresário identificado como José Koury num grupo de WhatsApp. Esta é uma de várias mensagens divulgadas na semana passada pelo site Metrópoles, de empresários que defenderam um golpe de Estado em caso de vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil. Na terça-feira, a Polícia Federal brasileira fez buscas nas casas de oito empresários envolvidos na troca de mensagens.
As ordens de busca e apreensão de possíveis provas foram ordenadas por Alexandre de Moraes, magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com um comunicado da Polícia Federal, os mandados de busca foram realizados por 35 agentes, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
A ação policial foi criticada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não podemos começar a achar normal a forma como as coisas vêm acontecendo no Brasil. A polícia entrando na casa das pessoas, Justiça bloqueando suas contas e quebrando seus sigilos bancários, por conta de elas estarem emitindo opiniões pessoais num grupo fechado de WhatsApp. Isso beira o totalitarismo”, afirmou em declarações à Folha de S. Paulo.
De acordo com o mesmo jornal, o próprio Presidente Jair Bolsonaro questionou as medidas adotadas num almoço reservado em São Paulo, argumentando ser desproporcional o bloqueio de contas bancárias dos empresários envolvidos.»