"Decisão 22: o frente a frente entre Rui Rio e João Oliveira na íntegra".
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Carnaval, meteorologia e pandemia...
Já na Figueira, a autarquia mantém as datas do Carnaval. A notícia pode ser lida na edição de hoje do Diário as Beiras.
"Se o evento não for cancelado por causa da pandemia, realizar-se-á nos dias 27 de Fevereiro e 1 de março, na avenida do Brasil."
"Os participantes já estão a preparar-se para os desfiles. Está confirmada a participação de cinco grupos e das três escolas de samba do concelho - A Rainha, Unidos do Mato Grosso e Novo Império - , com os respetivos carros alegóricos."
Adelino Vaz, presidente da direção da Associação do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, disse ainda que "os reis, uma figura nacional e outra local, à semelhança da última edição do Carnaval, em 2020, serão convidados pela ACBFF, não se realizando, pois, a eleição do “monarca” do concelho, como aconteceu noutras edições."
Entretanto, "foi aprovado um reforço da verba transferida pelo município para a organização do Carnaval, de 60 mil para 75 mil euros, como vinha solicitando a ACBFF, para fazer face às despesas e à melhoria da qualidade do evento. O preço da entrada deverá manter-se nos quatro euros".
Na Figueira é (quase) sempre carnaval. Ainda sou do tempo em que o carnaval era contemplado como devia ser: por exemplo, em 2013, 100 mil euros, cem, 20 mil contos em moeda antiga, foi quanto a Figueira Grande Turismo contribuiu para a brincadeira...
Na Figueira, podemos discordar sobre quase tudo.
Porém, está mais do que na altura de chegarmos a um consenso sobre duas coisas: os fenómenos meteorológicos e a pandemia.
Todos sabemos o essencial - que é quase nada - sobre a pandemia. Sobre os fenómenos meteorológicos idem. No Verão costuma estar calor e não chover; na Primavera costuma estar ameno e, às vezes, chover; no Outono, o normal é estar ameno e, frequentemente, chover; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
A meteorologia, tal como a pandemia, são coisas imprevistas e traiçoeiras.
Já tivemos carnavais anulados na Figueira por uma e outra razão.
Portanto, cuidem-se...
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
O PS e as eleições antecipadas: CAIU A MÁSCARA
E não deixou ninguém indiferente.
Uma iniciativa iliberal
Qualquer pessoa efetivamente liberal (é o que me considero) entende que a Liberdade não é um conceito teórico. Concretiza-se na existência prática da possibilidade de escolha. A pobreza reduz os graus de liberdade de quem nela vive.
E se a Figueira valorizasse verdadeiramente a lampreia?
De captura e de degustação. Considerada uma praga nos Estados Unidos e Canadá, a lampreia é um dos petiscos mais caros e mais apreciados da gastronomia portuguesa.
É nas chamadas zonas tradicionais da pesca de lampreia, como o rio Mondego, que a podemos encontrar com facilidade e onde é consumida em doses consideradas “industriais”. Os empresários da restauração chegam a facturar, nesta altura, quase tanto como no resto do ano.
Curiosamente, porém, no concelho da Figueira e na Freguesia de São Pedro, onde algumas dezenas de pescadores se dedicam à sua captura, que saibamos, não existe nenhum restaurante especializado na confecção deste “petisco”.
A lampreia em Montemor em Penacova, assume-se assim como um importante factor de desenvolvimento da economia local, numa altura do ano em que o turismo se encontra a viver a chamada “época baixa”.
"O porto comercial deve ser mudado para a margem sul?"
Via Diário as Beiras
Nota de rodapé.terça-feira, 11 de janeiro de 2022
O País, a Figueira, a televisão que a Figueira "tem" e as eleições...
Imagem sacada daqui. Para ler melhor, clicar na imagem. |
Mas, também, por mérito próprio. Santana é Santana...
Parecendo que não, foi um feito difícil de conseguir.
A gente pensa que vive em democracia, mas não é bem assim.
Dirigentes medíocres só conseguem alcançar e permanecer no poder se a população for igualmente medíocre e mal informada.
Talvez esta manipulação explique muito do estado a que chegou a realidade figueirense em 2022.
Temos de mudar isto. Não através da televisão, mas apesar da televisão que "temos"...
Jerónimo de Sousa operado de urgência falha parte da campanha eleitoral
Todos somos macacos, mas nem todos escorregamos na casca da banana...
2. Desde miúdo que detesto obter como resposta: porque sim; porque eu digo; sempre foi assim.
3. Desde miúdo que detesto a resposta: "é assim porque podemos".
Nota de rodapé.
Já não estou na idade dos porquês, mas podem chamar-me criança à vontade, que eu gosto.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
Passos Perdidos...
Imagem sacada daqui |
Para as eleições do próximo dia 30 de Janeiro, apenas encontrou dois candidatos figueirenses para este figurino: Raquel Ferreira, pelo PS. Ana Oliveira, pelo PSD.
Os outros partidos não têm candidatos figueirenses? Claro que sim. Em cerca de uma dúzia e meia de partidos e movimentos que apresentaram listas de candidatos a deputados pelo círculo de Coimbra para as eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022, certamente que haverá mais figueirenses a concorrer.
Neste formato a Figueira TV entendeu por bem, no passado dia 8 do corrente, a 22 dias de um acto eleitoral, colocar no ar um programa especial com Ana Oliveira. E mais tarde, certamente ainda mais junto ao acto eleitoral, com Raquel Ferreira. Foram escolhas e preferências, neste caso políticas. E nada inocentes.
Estamos a precisar mesmo de um novo ano. A sério...
Dessa feita foi a destruição da árvore de Natal e do Presépio, orgulhos dos tavaredenses. Na manhã que se seguiu à loucura, foi o desânimo total. Cada um sentiu aquilo como uma afronta pessoal e colectiva.
E pergunto-me: como pode alguém ter tão ruim fundo, tamanha insensibilidade, tanta malvadez?! Destruíram gratuitamente grande parte da magia natalícia, ofenderam a religiosidade de muitos, a estética comum, as crianças e a sua alegria genuína. Para não falar do pesar que infligiram a todos.
Queremos um Ano Novo a sério, no respeito por todos, pelas diferentes sensibilidades e gostos, um ano de Paz e fraternidade, onde seja possível a realização dos sonhos mais caros.
Aceitem um abraço amigo, carregado de esperança."
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra... (continuação...)
Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A razão nasce da emoção: por isso somos gente...
E saíu este texto.
Pobreza e desigualdades aumentaram nos últimos anos em Portugal
A pobreza intergeracional pode ser mais abrangente em Portugal do que mostram números oficiais.
O estudo de Eugénio Rosa diz "que há mais pobres do que se diz".
“A pobreza e as desigualdades continuam a crescer em Portugal: em 2020 o número de pobres aumentou para 1.894.663, os trabalhadores com emprego na pobreza eram já 539.179 e, entre 2020 e 2021, a taxa de risco de pobreza ou exclusão social subiu de 20% para 22,4% com as desigualdades a aumentarem”.
De acordo com o economista, segundo o INE, em 2020 o limiar da pobreza era de 6653 euros, mas se dividirmos esse valor por 14 meses, obtém-se apenas 475,2 euros por mês. “Em 2020, se uma família – trabalhadora, reformada, etc. – tiver um rendimento superior a 475,2 euros por mês (considerando 14 meses) já não é considerada pelo INE como estando em risco de pobreza. Mesmo que seja apenas por mais dois ou três euros”, acrescentando que “por aqui se vê a relatividade e a pouca consistência de muitos dados oficiais que aparecem na comunicação social como verdades absolutas e inquestionáveis”.
E vai mais longe: como o limiar da pobreza corresponde a 60% da mediana do rendimento das famílias então conclui que, em 2020, a mediana era de 792 euros (14 meses). Isto ignifica, segundo Eugénio Rosa, que em 2020, metade das famílias portuguesasas tinha um rendimento mensal inferior àquele valor e outra metade superior .
“Não é de estranhar a enorme pobreza que continua a existir no país”.
PENSIONISTAS E TRABALHADORES AFETADOS
De acordo com o mesmo estudo, em 2020, após o pagamento de pensões, 2.368.329 portugueses, mais 115.638 do que em 2019, viviam numa situação de pobreza.“E os apoios sociais, tão criticados pela extrema-direita e também por Rui Rio, com o argumento de que alimentam muitos portugueses que não querem trabalhar retiram da pobreza extrema 473.666 portugueses. Em 2020, após todas as transferências sociais (pensões e todo o tipo de apoios sociais) ainda 1.894.663 viviam na pobreza no nosso país segundo o próprio INE. E num ano apenas, entre 2019 e 2020, o seu número aumentou em 228.289 (+13,7%), o que revela um crescimento rápido da pobreza no nosso país”, salienta.
O cenário não é mais animador para quem trabalha. Em 2020, 539.179 trabalhadores com emprego estavam na situação de pobreza, o que no seu entender, revela que “o emprego não significa sempre que não se seja pobre em Portugal devido aos baixíssimos salários que auferem”. Também de acordo com o economista, o desemprego é uma causa importante da pobreza. Em 2020, 46,5% dos desempregados (278.256) viviam abaixo de limiar da pobreza. E isto porque apenas 40 em cada 100 desempregados efetivos recebiam subsídio de desemprego.
E chama ainda a atenção para o facto de a pobreza não se distribuir de forma uniforme no país. “A distribuição da pobreza é muito desigual sendo muito menor na Área Metropolitana de Lisboa (16,9% da população em 2021) e muito maior na Região Autónoma da Madeira, 28,9% da população já estava na pobreza em 2021”.