terça-feira, 30 de março de 2021

Liberdade

"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir". 

segunda-feira, 29 de março de 2021

"A Morraceira é um território especial e por isso cobiçado"...

«Renaturalizar a Ilha». 
Crónica de João Vaz, no Diário as Beiras.

Autárquicas 2021: ponto da situação em 29 de Março de 2021

 Candidatos assumidos na Figueira:

Já que estamos em ano de eleições, fique a saber quanto ganha o presidente de junta da sua freguesia de freguesia...

Via Diário de Coimbra

O vencimento do Presidente da República, é o valor de referência para os salários de todos os autarcas e presidentes de Junta do país. 
Em cada um desses degraus da escada que termina com o vencimento do PR, muitas são as nuances que fazem emagrecer e engordar os salários dos responsáveis. 
Das mais de três milhares de juntas de freguesia espalhadas por todo o território lusitano, pouco mais de 13% reúnem efetivamente as características certas para verem os seus líderes remunerados pelo Orçamento do Estado. Como dita o velho ditado, receber um salário à custa de ocupar tal cargo não é para quem quer… É para quem tem nas mãos uma freguesia com as condições certas. Para começar, só podem assumir essa posição a tempo inteiro, os políticos que liderem freguesias com mais de 10 mil eleitores ou com sete mil eleitores numa área de 100 quilómetros quadrados. Ou seja, apenas 224 das 3.091 freguesias nacionais podem ter presidentes em permanência, garante o Portal Autárquico. Destes políticos, aqueles que têm controlo das rédeas de freguesias com mais de 10 mil eleitores, mas menos de 20 mil recebem, no final do mês, o equivalente a 22% do vencimento de Marcelo Rebelo de Sousa. Já aqueles que lideram freguesias com mais de 20 mil eleitores ganham 25% do salário referido. A estes rendimentos somam-se despesas de representação - correspondentes a 30% das respetivas remunerações - dois subsídios extraordinários anuais iguais à remuneração (em junho e novembro), segurança social e subsídio de refeição. Por outro lado, caso a freguesia tenha pelo menos cinco mil eleitores e menos de 10 mil ou 3.500 numa área de 50 quilómetros quadrados, fica em cima da mesa a possibilidade do político eleito assumir o cargo em questão a tempo parcial. Nessas situações, as remunerações são obviamente mais baixas: o equivalente a 10% do vencimento do PR é concedido, mensalmente, aos presidentes de Junta com mais de cinco mil eleitores mas menos de 20 mil. Aqueles que comandam freguesias com mais de duas dezenas de milhares de votantes recebem, por sua vez, 12% do rendimento referido.
Os presidentes de Junta auferem uma remuneração que está distribuída por um maior número de “escalões”: se a freguesia não ultrapassar os cinco mil eleitores, a remuneração mensal do autarca que exerça a tempo inteiro é de 1.224,52 euros (16 por cento do salário do PR). 
Se a freguesia tiver entre cinco e dez mil cidadãos recenseados o salário sobe para 1.454,11 euros (19 por cento do salário do Presidente da República) e se o número de eleitores se situar entre 10 e 20 mil o valor passa para 1.683,71 euros (22 por cento da remuneração do PR). Já nas freguesias com 20 mil eleitores ou mais o presidente da Junta recebe um salário corresponde a 1.913,31 euros. Quando os mandatos são exercidos em regime de meio-tempo – o que acontece na maioria dos casos –, a lei estabelece que a remuneração corresponde a metade das remunerações e subsídios fixados para os respetivos cargos em regime de tempo inteiro. 
Relativamente às despesas de representação, os presidentes de Junta recebem 367,35 euros, no caso de representarem menos de cinco mil eleitores, 436,23 euros (entre cinco e dez mil eleitores), 505,11 euros (entre dez e vinte mil) e 573,99 euros (mais de vinte mil eleitores). Isto, em caso do mandato ser cumprido em regime de exclusividade. 
Se for a meio tempo os valores são de 183,68 euros (até cinco mil eleitores), 218,12 euros (de cinco a dez mil), 252,56 euros (de dez a vinte cidadãos recenseados) e de 287 euros, caso o universo seja superior a vinte mil eleitores

Via Portal Autárquico ficam os abonos dos eleitos locais - 2020.

domingo, 28 de março de 2021

Os figueirenses só têm problemas porque querem....

O professor Oumar tem soluções para tudo. Responde às angústias e incertezas dos figueirenses e das figueirenses. Qual professor Karamba, qual carapuça!.. 

Do not disturb: falemos de futebol...

Há jogadores assim...
Recordam-se do Ricardo Carvalho?
Do Ricardo Carvalho já em fim de linha e nas suas últimas épocas de jogador da bola?
Não sabia jogar mal. Mesmo quando já lhe escasseava pujança física, foi sempre um jogador fabuloso. Na parte final da carreira, com a pouca energia que já lhe restava na abordagem das jogadas, conseguia antecipar o local onde a bola ia ter - que era quase sempre ao sítio onde estava o Ricardo Carvalho.
Toda a gente a gastar imensa energia a correr para o sítio onde pensa que o bola iria parar e o Ricardo Carvalho, com dois ou três passos, conseguia estar no local onde a bola chegava.
O genial  jogador que foi Ricardo Carvalho, resolvia as situações mais difíceis e embaraçosas com dois toques, aparentemente simples, mas só ao alcance dos eleitos... 

sábado, 27 de março de 2021

"Assembleia de Freguesia de Lavos participa suspeita de falsificação de documentos ao Ministério Público"...

Via Diário as Beiras
«A Assembleia de Freguesia de Lavos, na Figueira da Foz, reuniu-se, ontem, para deliberar sobre a alegada falsificação de documentos pela secretária e pelo tesoureiro da junta, Susana Carreira e José Coelho. O processo será enviado ao Ministério Público.
A Assembleia de Freguesia aprovou enviar uma queixa para o Ministério Público devido a eventuais ilegalidades e irregularidades de alguns elementos do executivo da junta”, esclareceu o presidente do órgão autárquico, Rui Jordão, ao DIÁRIO AS BEIRAS. O autarca acabaria por adiantar que os suspeitos das alegadas práticas são a secretária e o tesoureiro da Junta de Lavos.
O presidente da Assembleia de Freguesia adiantou, ainda, que “algumas das coisas têm a ver com passagem de declarações falsas [enviadas ao Instituto de Emprego e Formação Profissional] e, também, assinatura de e-mail pelo tesoureiro como sendo presidente da junta”.  Por outro lado, Rui Jordão frisou que a assembleia entendeu que “há matéria grave para enviar para o Ministério Público.
Apesar das tentativas, não foi possível recolher declarações de Susana Carreira e José Coelho, nem da presidente da junta, Lucília Cunha.»

Novidades do lar: "correu tudo mal e estou sem água desde ontem à noite"...

Paguei a conta, mas tenho o abastecimento de água cortado...

Imagem António Agostinho
«Aviso à população | Interrupção no abastecimento de água...

O Município da Figueira da Foz informa que, devido a uma rutura na conduta de abastecimento de água na zona sul, o fornecimento de água está interrompido.


Previsão de restabelecimento entre as 21h00 e as 22h00.

Mais se informa que se encontram dois veículos tanque a fornecer água junto ao Largo da Igreja de São Pedro e ao Estacionamento da Praia da Cova."

«A margem sul da Figueira da Foz ficou, na sexta-feira, às 21H00, sem fornecimento de água devido a uma dupla rotura na rede. Entretanto, foram utilizados os reservatários, o que permitiu repor o serviço às populações situadas a sul de Armazéns de Lavos, mas a Zona Industrial e a Freguesia de São Pedro terão de esperar pela reparação da avaria, que deverá acontecer até ao final deste sábado.

A concessionária de água e saneamento, Águas da Figueira, está, desde as primeiras horas do dia, a trabalhar na reparação da rotura. Ao início da tarde, o diretor-geral da empresa, João Damasceno, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que se trata de uma avaria que demora a reparar, sustentando, no entanto, que o problema ficará resolvido hoje.

Para assegurar o fornecimento de água ao hospital, lares e outros equipamentos sociais sensíveis, foram mobilizados autotanques dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Por outro lado, foi acionada a Estação de Tratamento de Água de Lavos, fornecida por furos da concessionária e com o apoio de água fornecida pelas unidades industriais  do setor do papel Celbi e The Navigator Company.

“Correu tudo mal, porque houve uma dupla rotura, na conduta principal e na conduta de reserva. Não é normal, mas aconteceu”, esclareceu o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS.

A rotura de uma adutora instalada na zona portuária, na margem norte da cidade, conjeturou, o autarca, “poderá ter sido provocada pelo comboio a passar [na linha do porto comercial]”.»

Leituras: "Quando Portugal Ardeu"

Este livro de Miguel Carvalho, grande repórter da VISÃO, é uma investigação jornalística que questiona as “memórias consensuais” do período que se seguiu ao 25 de Abril.

Via Jornal de Negócios.
"Entre meados de 1975 e Abril de 1977, o país assistiu a quase 600 atentados e acções violentas da extrema-direita. Operacionais do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), liderado por António de Spínola, fizeram ir pelos ares automóveis, casas e escritórios de quem era conotado com a esquerda. Multiplicavam-se os ataques a sedes do PCP num país profundamente dividido, à beira da guerra civil.

Ramiro Moreira chegou a ter o número sete no cartão de militante do Partido Popular Democrático - que mais tarde passaria a PSD -, mas as suas actividades desagradavam a Francisco Sá Carneiro. "Uma coisa era fazer segurança aos dirigentes e envolver-se em escaramuças. Mas colocar bombas, participar em atentados e manter-se ligado ao PPD tornava a militância insustentável e reprovável" para o fundador do partido, relata Miguel Carvalho. Num dia de Novembro de 1975, chamou o operacional a sua casa e disse-lhe: "Ou sais do partido ou expulso-te."

Sá Carneiro, sublinha o jornalista, "viu mais além do que a simples táctica" e percebeu que, "tanto quanto ele pudesse, o partido tinha de entrar numa linha que não resvalasse para caminhos que ele condenava". Um exemplo, diz o autor de "Quando Portugal Ardeu", que o PS podia ter seguido. Mas os socialistas, aponta, "lançaram fósforos em fogueiras que já ardiam".

Fotografia de 1974, em que numa mesa e em pose formal, aparecem, da esquerda para a direita, Jorge Terroso, Francisco Sá Carneiro e Ramiro Moreira, quando era dirigente e segurança do PPD no Porto.
Fotografia de 1974, em que numa mesa e em pose formal, aparecem, da esquerda para a direita, Jorge Terroso, Francisco Sá Carneiro e Ramiro Moreira, quando era dirigente e segurança do PPD no Porto.Arquivo Pessoal do Coronel Ferreira da Silva

"O PS teve um grau de envolvimento muito grande com a rede bombista e com os seus objectivos. Achou, a determinada altura, que valia tudo para combater o PCP e isso significou, em certo momento, uma cumplicidade com o radicalismo de direita", afirma Miguel Carvalho, explicando que essa foi uma das grandes surpresas da sua investigação.

Num dos seus raides da Póvoa para o Porto, Ramiro Moreira tinha colocado uma série de bombas debaixo de carros de militantes de esquerda, mas uma não explodiu. Intrigado, pois como operacional orgulhoso que era não admitia que uma bomba sua não rebentasse, pegou no engenho e continuou o seu caminho. Perto da saída para a Maia, abriu o vidro e disse: "Ora vamos ver se esta merda rebenta ou não" e atirou a bomba, fazendo explodir um barracão do PPD.

O episódio com o mais activo operacional da rede bombista, que na altura desconcertou a Polícia Judiciária (PJ) porque "só poderia ser da autoria dos comunistas", é uma das histórias da violência política do pós-25 de Abril, relatada pelo jornalista Miguel Carvalho no livro  "Quando Portugal Ardeu".

"Sonhos de liberdade"...


 Via Diário de Coimbra

Citação

 Via Nascer do Sol

Citação


"Quem acha que tem muito poder, muito dinheiro, e não tem empatia com o próximo, um dia escorrega no chão da vida e percebe que não era nada." 

Tony Ramos, Actor, Lux, 24/3

"Enforca Cães" e Zona Industrial vão entrar em obras...

"A câmara municipal está prestes a lançar concursos públicos para a ampliação da Zona Industrial e a requalificação da estrada panorâmica do Cabo Mondego (“Enforca Cães”). 
O procedimento para a via de comunicação será executado na próxima semana.
O das obras no parque empresarial terá de ser submetido a votos na reunião de câmara e na Assembleia Municipal.
A requalificação da estrada, que liga a Murtinheira a Buarcos, custa 680 mil euros e tem um prazo de execução de nove meses. 
A ampliação da Zoa Industrial, por seu lado, será feita ao abrigo de duas candidaturas, uma, de cinco milhões de euros (com comparticipação de fundos europeus de 85 por cento), ao Portugal 2020, e outra, de três milhões, ao Plano de Recuperação e Resiliência (com financiamento de fundos europeus de 100 por cento)."

Via Diário as Beiras

Para que na Figueira os blogues passem a declamar poesia...

Embora com atraso de alguns, poucos, dias - porque é a 21 de março que se comemora a poesia - fica um poema de Lawrence Ferlinghetti, que celebra o gosto perigoso em viver. 
Trata-se de um poema sobre ocupantes, amantes e demais revolucionários. 
Este poema também pode ser uma celebração das maravilhosas praias portuguesas. Lawrence Ferlinghetti, mestre da poesia do quotidiano, social e de uma simplicidade desarmante. 
A ler, muito actual. 


Ocupamos a praia do amor 
entre bandolins de Picasso repletos de areia
e patas de esfinge semi-enterradas
e papéis de piquenique
patas de caranguejos mortos 
e marcas de estrelas do mar 

Ocupamos a praia do amor 
entre sereias encalhadas 
com seus bebés berrando e maridos calvos
e bichinhos de madeira feitos em casa 
com colheres de gelados a fazer de pés 
que não podem amar ou andar excepto para comer 

Ocupamos a orla do amor 
seguros como só os ocupantes sabem ser 
entre poças remanescentes 
de maré salgada de sexo 
e os suaves regatos de sémen 
e balões flácidos enterrados 
na carne macia da areia 

E ainda rimos 
e ainda corremos 
e ainda nos deitamos 
nos botões do amor 
mas é mais profundo 
e mais tarde que pensamos 
e tudo se gasta 
e todas as nossas boias d’amor falham 
E bebemos e afogamo-nos

sexta-feira, 26 de março de 2021

Lido por aí...


«Aprende-se tarde de mais que até as vidas mais dilatadas e úteis não chegam para mais nada senão para aprender a viver.»

Gabriel García Márquez, O Outono do Patriarca (1975), p. 219

Ed. Público, 2002. Tradução de José Teixeira de Aguilar. Colecção Mil Folhas, n.º 4

Chumbada proposta do PSD para adiar as autárquicas

"O projeto de lei dos sociais-democratas para o adiamento das eleições autárquicas por dois meses, foi chumbado com os votos contra do PS, PAN, IL, Chega, BE, PEV e a abstenção do CDS."

Santana: Menino Guerreiro...

Aqui havia uma fotografia sacada daqui.

Para quem ainda não sabe, OUTRA MARGEM está em condições de confirmar que Santana Lopes esteve ontem na Figueira da Foz.
Chegou cerca das 21 horas e trinta minutos. Havia quem estivesse à espera dele desde as 11 horas da manhã! Teve pouco mais de meia dúzia de pessoas a aguardá-lo! 
Não me perguntem o que veio ele cá fazer, pois isso não sei: quiçá, transmitir a mensagem de que vai ser candidato à Figueira da Foz e de que vai dar uma abada, pois vai vencer por maioria absoluta!... 

Agora a sério: 24 anos passaram a voar. Tudo o que se acreditava ser infinitamente interminável acaba um dia. 
Acaba mesmo. 
Os dogmas e crenças do passado, ficaram lá. No passado. Que pode ser o luar da maior areal urbano da Europa. Onde a lua por se sentir traída o amaldiçoou. 
Santana, não é mais guardador dos sonhos da maioria dos figueirenses. É apenas uma lição de vida. Os corações já não batem desordenadamente quando ouvem o seu nome. 
Está tudo velho. Até as santanetes. 
A sua voz já não encanta. Pior que tudo isto, porém, é o vazio, de uma desilusão fantasiosa. Um dia, já lá vão 24 anos, fez parte de um conto de fadas figueirinhas. 
Mas, passaram 24 anos. Isso é passado. Agora, é mais um ser errante que passou na vida dos figueirinas. 
Espero que tenham aprendido a lição. Creio - e espero não estar enganado - que hoje não passa de uma página de um livro arrumado na prateleira da vida figueirinhas. 
Todavia, aceito que ainda haja uns poucos com saudades do menino guerreiro...

O enredo da narrativa da candidatura de Santana à Figueira está a mudar. Porém, é possível caminhar pelo ínvio?..

Se bem percebi, o enredo inicial da narrativa passava por atemorizar Pedro Machado, para ele desistir e ficar o Santana como candidato do PSD... 
Agora, que passou a ser visível para os apoiantes santanistas que, isso é, como sempre foi pelo que veio a público, uma impossibilidade, o enredo da narrativa passou a ser o Santana chegar-se ao Chega/ou vice-versa? 
Neste novo enredo da narrativa, modéstia à parte, só grandes malabaristas políticos podem lobrigar motivos para pensar numa nova narrativa com enredo a partir deste segundo pressuposto.
É possível circular pelo ínvio?
Afinal, quem são os apoiantes de Santana na Figueira?
São os mesmos que, até há pouco, juravam a pés juntos que o Santana era candidato do PSD, pois o Pedro Machado não iria aguentar a pressão e desistia?
Ou os que o queriam como candidato do PSD, são os mesmos que agora o querem chegar ao Chega?
Imagem via Diário as Beiras