sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Contrato “Águas da Figueira” (Esclarecimentos)


Conforme consta nas atas das reuniões de Câmara Municipal, o PSD apresentou requerimentos a solicitar informações relativas ao contrato de concessão com as “Águas da Figueira”nem sempre a informação tem sido disponibilizada!

O PSD em Novembro de 2019, propôs que fosse elaborada uma auditoria técnico-financeira ao contrato de concessão e ao desempenho da concessionária por uma entidade independente e idónea!

Da parte do Dr. Carlos Monteiro, temos assistido a comportamentos de arrogância e prepotência, acusando constantemente o PSD de mentir sobre as dúvidas ao contrato com as “Águas da Figueira” !

Em 2005, o Dr. Carlos Monteiro, encabeçou o movimento a “ Água mais Cara”, criticando a tarifa de disponibilidade e os investimentos em Água e Saneamento!

Mas o executivo Socialista em 2012, vendeu a ilusão que a fatura da água ia baixar para os Figueirenses!!

Na Revisão de 2012 a Câmara Municipal:

- Eliminou a caução 7 milhões de Euros do Contrato de Concessão, ou seja, a mesma é exigida em todos os contratos públicos, no caso em concreto se a Concessionária não cumprir, não há caução para acionar!) “Art. 41º Garantias, Sanções e Contencioso foi revogado” (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 1).

- Permitiu a sub- Concessão do sistema de saneamento à empresa “Luságua”, acionista das “ Águas da Figueira” alterando o Art. 11º (exclusividade), tornando-se um financiamento encapotado ao acionista. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 2).

- A Câmara Municipal deixou de fiscalizar as obras das “ Águas da Figueira”. O Art. 40º (fiscalização de obras) foi revogado. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 3)

- Diminui em 5,7 milhões de Euros de rendas a receber da Concessionária! Art. 69 Retribuição da Concessão, (anexo comprovativos das afirmações. Doc.4)

- As tarifas fixas da água e saneamento aumentaram! (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 5)

No primeiro semestre de 2019, as perdas de água na rede (água não faturada) aumentaram 18,73% em relação ao período homólogo. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 6)

- Desobrigou o investimento das “ Águas da Figueira” em cerca de 11 milhões de Euros. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 7)

Anunciaram baixa da TIR (taxa interna de rentabilidade) do acionista, sendo o desejável para a Concessionária, o que serviu apenas para a mesma reequilibrar as contas.

- O Dr. Carlos Monteiro NÃO honrou o compromisso eleitoral, de baixar a tarifa da Água a todos os Figueirenses.

A propaganda SOCIALISTA iludiu os Figueirenses com a redução das tarifas da água, com a tarifa das famílias numerosas e tarifa social, e assim Câmara Municipal deixou de comparticipar 25% nos investimentos!

Os Figueirenses ficaram a pagar muito menos pela Água? NÃO!!

Assim sendo, todo o supra exposto encontra-se devidamente provado e documentado! 
Desta forma, aguardamos que face à documentação apresentada e explanada, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, continue a atacar, difamar e apelidar a oposição como MENTIROSA! 
A verdade é e será INCONVERTÍVEL!!!

Figueira da Foz, 20 de Fevereiro de 2020 
PSD Figueira da Foz
Os anexos podem ser consultados aqui.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Da série, Museu do Mar... (4)

Histórias do mar
"Um museu do mar terá de contar as histórias das mulheres e dos homens que viveram do mar. Dos que se aventuravam pelas ondas adentro como o meu avô Aureliano Curado e de todas aquelas e aqueles que em terra faziam tudo para que a faina corresse pelo melhor. Mas o museu do mar terá de contar também a história da fauna e da flora marítima da nossa faixa costeira. 
Desde o tempo em que baleias e delfins abundavam na nossa costa (vendia-se carne de delfim no mercado da Figueira no início do século XX) até aos dias de hoje onde restam apenas espécies de pequeno porte (sardinha, carapau, cavala e pouco mais). A estreita e frágil faixa costeira com nutrientes para a fauna marinha resume-se à placa continental submersa de apenas algumas milhas de extensão. As profundas placas oceânicas são consideravelmente estéreis e com muito pouco interesse para a pesca. Quem visitar o museu terá de ganhar consciência destas questões. Uma boa referência para um museu deste tipo é o Museu Marítimo de Ílhavo e o excelente trabalho da equipa coordenada por Álvaro Garrido que deu ao museu uma dimensão digital, espalhando pelo mundo as histórias dos nossos pescadores. Foi assim que encontrei a ficha do meu avô Aureliano no portal Homens e Navios do Bacalhau. A minha família que se encontra espalhada pelo mundo, da Costa de Lavos à Austrália, emocionou-se depois de uns meros cliques, descobrindo fotografias e histórias que desconhecíamos dos nossos antepassados que se fi zeram ao mar. Um museu assim terá de se relacionar forçosamente com o mar. Certamente, teremos arquitetos capazes de concretizar de uma forma sublime essa união entre terra e mar. Há um conceito que considero particularmente simpático, que é a requalificação de edifícios degradados para novos espaços. Neste particular, serão boas opções o antigo posto da GNR em Buarcos ou a antiga fábrica do Cabo Mondego. No entanto, seria importante descentralizar este museu a outros lugares de memória nas restantes localidades costeiras do concelho, como já podemos encontrar na Casa dos Pescadores da Costa de Lavos."

Via Diário as Beiras

Na Figueira é sempre carnaval... Alguém sabe alguma coisa sobre a PISCINA OCEÂNICA?

Imagem sacada ao jornal DIÁRIO AS BEIRAS em Fevereiro de 2019
Há um ano, foi anunciado que as obras deveriam arrancar em 2019.
O caderno de encargos implicava um investimento de 3,6 milhões de euros. A concessão, por seu lado, é isenta de renda e tem um prazo de 50 anos. O vencedor do concurso está obrigado a apresentar uma caução de 100 mil euros na autarquia. Caso os prazos e o contrato não sejam cumpridos, ficará sem aquele montante e sem a concessão.
“Finalmente, estamos a ver a luz ao fundo do túnel e estamos com muita expectativa em relação a este projecto. Há quase 20 anos que a câmara tem tentado, sem sucesso, encontrar uma solução para o edifício”, declarou a vereadora Ana Carvalho.
 “Esta proposta é muito favorável para município”, disse ainda a autarca em Fevereiro de 2019 ao DIÁRIO AS BEIRAS

Foram duas as propostas apresentadas no concurso público lançado em 2018 pela autarquia, tendo vencido aquela que mais garantias oferece para a reabilitação e exploração daquele imóvel municipal classificado.
Passou um ano e, até agora, nada?..
Certo, certo, garantido, garantido, é que para a semana, a começar segunda-feira, continua este carnaval?

À segunda foi de vez...

Uma perda irreparável

O americano Larry Tesler, criador do comando "copiar e colar" (CTRL C+CTRL V), morreu na última segunda-feira (17), aos 74 anos.

"Cientista informático que tornou o nosso trabalho ao computador muito mais simples tinha 74 anos."

Com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos militantes...

A mensagem passada pelo jornal Diário as Beiras de hoje, com chamada de primeira página, é clara: "Figueira da Foz Distrital do PSD procura apaziguar Carlos Tenreiro".  
Na minha leitura, o que o jornal transmite na primeira página é que a distrital do PSD tranquilizou Carlos Tenreiro.
Não sei se foi isso o que aconteceu, pois não estive na reunião, nem falei com ninguém sobre isso. 

Já na página 12 o título da peça assinada pelo jornalista JA, é um bocadinho diferente: "Distrital do PSD e Carlos Tenreiro reuniram-se para apaziguar ambiente político".

O que na minha leitura, pretende transmitir que a distrital do PSD procura pacificar as partes em confronto, contando para isso com o passar do tempo para que as tensões se diluam.


Recordo que, precisamente há um ano (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz. Paulo Leitão, não deixou espaço para qualquer réstia de dúvida: estava solidário com a Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Passado um ano, o agora presidente da Distrital do PSD, Paulo Leitão, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, sem citar a fonte, "promoveu recentemente uma reunião com Carlos Tenreiro, na qual , além do dirigente, também participaram Manuel Rascão Marques e Manuel Domingues, tendo por finalidade sensibilizar o autarca para a necessidade de apaziguar a sua relação com o partido e o seu líder local, Ricardo Silva, nas reuniões de câmara. O autarca fez-se acompanhar pelo presidente da Concelhia da JSD, Bruno Pais Menezes, e pela ex-dirigente local Margarida Viana. Carlos Tenreiro terá sido sensível aos argumentos da Distrital, e já deu sinais disso." 
Como é do conhecimento público, as tensões começaram quando o agora vereador Carlos Tenreiro ainda era candidato a presidente da câmara, pelo PSD, nas autárquicas de 2017.  As coisas agravaram-se em janeiro de 2019, quando a Concelhia retirou a confiança política a Carlos Tenreiro e a Miguel Babo, que foi em número dois na lista.

De harmonia com o que li na edição de hoje do Diário as Beiras, se Carlos Tenreiro aceitou cumprir um pacto de não-agressão política em relação a Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia, nas reuniões de câmara e no espaço público, já os dirigentes do PSD, sobre a referida reunião, fizeram um pacto de silêncio e não prestaram declarações.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local. 
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera"
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.
Na minha opinião, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraquece só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso. Perde a Figueira, pois uma oposição forte, interventiva e unida, ajudaria o próprio poder a estudar os problemas e a tornar melhor e mais competente a sua prática política.

Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação  (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo. Na oposição, são um saco de gatos. 
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos  militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que discutir um programa antes de discutir pessoas...

Que sorte esta árvore ter nascido numa terra onde Carlos Mota Serra Monteiro não manda nada... (2)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

São eles e uma pessoa que eu conheço muito bem com as multas da Figueira Parques...

Que sorte esta árvore ter nascido numa terra onde Carlos Mota Serra Monteiro não manda nada...

VILA POUCA DE AGUIAR: Castanheiro português quer ser a árvore europeia 2020

"Com mais de mil anos, este castanheiro de 21 metros de altura e um tronco com perímetro de 14 metros é a Árvore Portuguesa de 2020 e está a medir forças durante este mês de fevereiro com mais quinze árvores de outros tantos países.

A organização do concurso nacional está entregue à UNAC – União da Floresta Mediterrânica que, no próximo dia 14 de fevereiro, irá deslocar-se ao local do Castanheiro de Vales para proceder à entrega do prémio nacional que valoriza o património natural e que contribui para o desenvolvimento da comunidade local. O Castanheiro de Vales está classificado como Árvore de Interesse Público pelo ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta sendo considerada uma «das árvores mais grossas de Portugal», dentro da sua espécie, Castanea Sativa Miller. A árvore eleita para representar Portugal no 10º Concurso Europeu de Árvore do Ano consegue produzir duas qualidades de castanha, a Côta e a Longal que são as mais típicas desta região, totalizando uma produção de cerca de 250 kg deste fruto de outono. Fernando Marques, o produtor e proprietário do souto, está a plantar vários exemplares para dar continuidade à espécie de castanheiro na aldeia de Vales, freguesia de Tresminas, concelho de Vila Pouca de Aguiar. As votações decorrem até ao próximo dia 29 de fevereiro e para votar tem de selecionar duas árvores, confirmando o voto através de link que recepcionará na respectiva conta de correio eletrónico."

Maló de Abreu

Costa (o Carlos...) em dificuldades...

Da série, Museu do Mar... (3)

Finalmente o museu do mar

"A Figueira da Foz e a sua costa desde sempre tiveram um vínculo estreito ao oceano, principalmente pelas actividades piscatórias, da longínqua pesca do bacalhau nos mares gelados do norte, passando pelo arrasto, pelas traineiras de relativa proximidade, não esquecendo as artes e a pesca fluvial, a curta distância da foz do rio, também ele “mar”, misturadas as suas águas com as salgadas que o recebem no final da “viagem”, e também por via do turismo.
A existência de um museu que recolha o espólio relacionado com a ligação umbilical que temos ao mar, é um imperativo e a ideia da sua implantação só peca por tardia mas muito bem vinda e desejo ardentemente que realidade a curto prazo. Onde “nascer”? Recentemente assistimos a contradições por parte de dirigentes autárquicos sobre o assunto, dando-se a impressão de que cada um “puxa a brasa à sua sardinha”, rivalizando incompreensivelmente. O futuro museu do mar e o próprio mar não são propriedade exclusiva de ninguém, mas património de todos. Então a localização da estrutura deverá acontecer num sítio que sintamos também como património comum. Nenhum local me parece ter este carisma que não o Cabo Mondego. Quando pisamos aqueles lugares sentimonos em casa. Parecem-me os mais adequados para o propósito, criando-se um sítio museológico de larga importância, com a rota dos dinossauros ali patente, condições de excelência. Entendo que a distância do núcleo urbano e as acessibilidades poderão constituir dificuldades mas havendo genuína vontade, do longe se faz perto, do difícil se faz fácil. Necessário será um esforço financeiro mas tal não pode levantar-se como entrave. Falamos de cultura e não de simples entretenimento. Não poderão ser esquecidas as facetas menos felizes da nossa ligação marítima, designadamente as memórias das tragédias, do naufrágio do “Nova Leirosa” ao “Olívia Ribau”. Outro factor a acautelar será a preservação do Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos, peça emblemática da cultura do município, com tantas provas dadas, nomeadamente no seu serviço educativo."


Via Diário as Beiras

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O "meio comentador de futebol e meio político" Ventura...

Normalmente, costumo ver o jornal da noite da  TVI às segundas. Concordando ou discordando, gosto de ver Miguel Sousa Tavares opinar e debater sobre a espuma dos dias.
Ontem, contudo, por terem anunciado a presença de André Ventura no jornal da noite, propositadamente passei ao largo.
Hoje, porém, alguém ligado à política, disse-me que o André Ventura deu uma coça ao Miguel Sousa Tavares. Despertou-me a curiosidade. E fui ver... 


O resultado foi o que esperava. Não percebi o que pretendia Miguel Sousa Tavares ao dar palco a Ventura. Se pensava que ia desmascarar o fascista e populista, a coisa saiu-lhe como tinha de sair: mal.
André Ventura não olha a meios para atingir os fins: não respeita nada. 

Mas Ventura não se atrapalhou: atropelou o MST, deixou-o na valeta. E, pelo que me disse hoje à tarde, alguém ligado à política, deve ter passado o seu discurso demagógico, populista e trauliteiro para o grande público.
É verdade que  Miguel Sousa Tavares tentou fazer o contraditório às afirmações de André Ventura. Todavia, caiu na armadilha. O palco que lhe foi dado na TVI, na longa entrevista dada no telejornal, serviu às mil maravilhas para o que Ventura, "meio comentador de futebol e meio político", quer fazer passar para o eleitorado que quer captar: mostrar que está sozinho num dos lados da barricada e que é único na luta, contra tudo e contra todos.

E se fôssemos governados por pássaros?..

Via Jornal Económico
"Pássaros do Montijo “não são estúpidos” e podem adaptar-se ao novo aeroporto, defende secretário de Estado"...

Na Figueira e sempre carnaval...

Da série, Museu do Mar... (2)

 Começar pelo telhado

"Ou porque é preciso fazer uma “prova de vida”, ou para criar um “facto político”, ou porque se julga mais fácil e eventualmente menos impopular tentar justificar o erro com uma distração do que reconhecê-lo, ou ainda porque a opinião pública fica efetivamente convencida de determinada realização, não quando ela o é de facto mas apenas porque foi (sucessivamente) anunciada, nesta Figueira política já deixou de ser surpreendente a pirueta, a inércia e a leviandade, até porque o povo (o que ainda vai votar) parece gostar e estar satisfeito.  Entendo que uma forma séria de abordar a questão da instalação de um Museu do Mar não pode começar pelo local, mas pela resposta assertiva às seguintes perguntas prévias: Há um claro e estratégico consenso no concelho da Figueira sobre o que deve ser, hoje, um Museu? Há um espólio, material e imaterial, que justifique um Museu do Mar “da Figueira”? Há uma vontade política, social, económica e cultural abrangente, que envolva todos os players, relativamente à necessidade de construção de um Museu do Mar? Já foi feito algum estudo sobre o esforço necessário para a concretização deste desiderato e respetivo impacte (económico, fi nanceiro, cultural, social)? A CIM-Região de Coimbra é/fará parte do projeto? O Turismo Centro Portugal já foi contactado? E o Ministério da Cultura, sabe? Algum dos pré-auto-envolvidos na “discussão” (os presidentes das Juntas de Buarcos e São Julião e de São Pedro e o presidente da Câmara), além de terem divulgado “que já têm um local”, realizou alguma reunião (de trabalho, estratégica ou sequer para auscultação) sobre o assunto?
Não tenho dúvida em afirmar que a resposta é um “não” a (quase) todas as perguntas atrás formuladas, pelo que mal vai um concelho no qual a falta de desígnio proporciona a continuação desta tendência para começar a casa pelo telhado, com as consequências que todos estamos a ver."


Via Diário as Beiras 

Nota via OUTRA MARGEM. 
Na altura, comprar o Palácio de Maiorca, o Convento de Seiça e fazer o Caríbe foram  as prioridades...
Estávamos em 1998 na Figueira da Foz.
Santana Lopes tinha tomado posse de presidente da Câmara Municipal há poucos meses.
Com o apoio do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, uma comissão de cidadãos (constituída por Manuel Luís Pata - que, então, estava a publicar os seus livros sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, e já era associado do CEMAR - e pelos últimos Capitães figueirenses desse navio: o Capitão Marques Guerra e o Capitão Abreu da Silva) desenvolveu esforços para tentar salvar da destruição e da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor").
Com o declínio das pescas portuguesas, fruto em grande parte da adesão à União Europeia, após o falhanço da tentativa levada a cabo nos anos de 1998 e 1999 de transformar este navio em museu - a Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes não apoiou a iniciativa da sociedade civil - o “José Cação” acabou na sucata por volta de 2002-2003.
Recordo, um pequeno excerto de uma  interessante crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.
"A pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada!”
Foi assim que as coisas se passaram, mas tudo poderia ter sido diferente. Recordo as palavras do vereador então responsável, Miguel Almeida de seu nome: “esta proposta (a oferta do navio que o dr. António Cação fez em devido tempo à Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida na altura por Santana Lopes) foi o pior que nos podia ter acontecido”.
Como disse na altura Manuel Luís Pata, “nem toda a gente entende que na construção do futuro é necessário guardar a memória”
E, assim,  o “José Cação” foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.

Onde ficou a inteligência ao serviço do urbanismo figueirense nas decisões que foram tomadas ao longo dos anos?


Na Figueira há sempre carnaval...

... 2020 não é excepção

Carnaval em Ílhavo reforça a aposta na tradição

"O desfile carnavalesco, genuinamente português, que sairá à rua no domingo, dia 23, e terça-feira, dia 25, contando com a presença de 13 associações e colectividades, e a aguardada presença dos Cardadores - com os seus urros, danças e a típica cardação -; são motivos suficientes para se poder apreciar a memória e os costumes das gentes de Vale de Ílhavo, onde se incluem as Padeiras e o seu tradicional Pão."