quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

E se começassem a penalizar tanto chico espertismo?..

Os perigos que têm de ser evitados no Cabedelo, recém-descoberto pelos interesses imobiliários…

A incompetência; a soberba; o saloísmo; as especulações com os terrenos; os maus arquitectos; o falso tradicionalismo; a mania do luxo e da pompa das elites; as obras de fachada;  e, acima, de tudo a falta de carinho e amor pelo que é essencial na vida das pessoas. 
O tipicismo é a profunda genuinidade... É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade, que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a "maluca" onda de surf, apesar de pessoas como as que compõem o actual executivo camarário, a terem liquidado.
A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo...
Para quem gosta da freguesia de S. Pedro, é difícil e doloroso constatar que a barbárie e a selvajaria atingiriam a dimensão actual - a que se vai seguir ainda -, quando o que resta de teoricamente protegido  - o Cabedelo - for também devastado pelo “progresso”.

A acção destrutiva que, nestes últimos vinte e tal anos, desabou na Cova e Gala - e que se materializou na forma como se betonizou, se descaracterizou a paisagem e se desfigurou a Aldeia -,  empenha-se, neste momento, em aniquilar o impensável: o Cabedelo.

Este bocado de terra e mar, o Cabedelo, fica do lado sul da foz do Mondego. Como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento da terra – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios – e é um reduto precioso da identidade covagalense, referência obrigatória em publicações que compilam os locais de referência paisagística e da prática do surf a nível mundial, tem vindo a ser alvo, no silêncio dos gabinetes, da mais vandálica acção de destruição: alvo de uma intenção de betonização, numa costa que é por natureza, instável.

A arbitrariedade nesta terra mártir não tem limites, o que pode ser comprovado, com cristalina nitidez, na próxima obra prestes a avançar: a betonização do Cabedelo que, a ser permitido, constituirá o maior crime paisagístico ocorrido  na Figueira.

Os interesses económicos, que têm propalado aos quatro ventos a eleição da praia do Cabedelo como a mais bela de todas as praias figueirenses, o que é verdade, no momento presente estão a tentar condenar esta mesma praia e esta mesma beleza, à pena de morte, sucumbindo à cobiça de colocarem no areal mais umas dezenas de banhistas  da elite e dessa forma ultrapassarem o constrangimento de uma praia que sempre foi pequena, como todas as praias da freguesia de S. Pedro no verão.

Eurodeputado do PS Manuel dos Santos e Rui Rio, presidente e vice da mesa da assembleia geral da Ordem dos Contabilistas têm vencimento mensal. É caso único. Mesmo em empresas. Há contestação interna.

"Rui Rio recebe 1.500 euros brutos mensais, pelo menos desde 2013, como vice-presidente da Assembleia Geral da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). O candidato a presidente do PSD, que no primeiro discurso aos militantes disse que a política precisava de “um banho de ética”, recebeu 21 mil euros ilíquidos por ano (14 meses), para estar presente na condução de três reuniões realizadas em 2016 e duas em 2017. 
A título de exemplo o presidente da Mesa da Galp recebe três mil euros anuais.
O presidente da Mesa da Assembleia da Ordem dos Contabilistas é o socialista e eurodeputado Manuel dos Santos, que ganha dois mil euros mensais ilíquidos (28 mil por ano). Mas essa remuneração chegou a ultrapassar os cinco mil euros por mês numa fase em que este foi compensado pela própria ordem (com mais três mil euros) por ter perdido o direito à pensão vitalícia como ex-deputado. Os salários elevados dos membros dos corpos sociais da OCC estão a causar controvérsia nas eleições para aquela ordem profissional que têm lugar para a semana: o bastonário ganhava 10 mil euros, um vice-presidente ganha 6.100 euros, e os cinco vogais recebem cinco mil euros cada um."

Via Observador

"Se houvesse TGV, ela sofria menos"!


Robert Ménard, eleito presidente da Câmara de Béziers, na França, eleito como independente mas com o apoio da Frente Nacional, partido de extrema-direita francês, está no centro de uma polémica que surgiu de uma campanha que tem como objetivo trazer o TGV para o município.

O ministro está na frigideira

«Vieira da Silva já falou sobre o caso duas vezes, mas "sempre de forma algo atralhada" e "ainda não matou todas as dúvidas».

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

E quando os comerciantes da Rua da República acreditaram que havia Pai Natal!.. Será que já deixaram de acreditar?..

No passado sábado, a Rua da República, ao fim da tarde, estava assim:


Esta manhã, a pouco mais de uma semana antes do Natal, como a foto documenta, estão a instalar iluminação na Rua da República!.. 

Para quando Ataide, presidente da câmara, e Moita, presidente da ACIFF, ligam a luz? 
A 24?

Ataíde garante o que pode cumprir...

Nota de rodapé.
Senhor presidente: se está escrito é para cumprir…
Pois só assim, 
... esta terra ainda vai cumprir seu ideal,
ainda vai tornar-se um imenso figueiral!..

Zara vai vender 16 lojas. Duas delas em Portugal... Lembram-se quando a propaganda do regime anunciava uma loja na Figueira?

Lembram-se?..
A máquina de propaganda do regime, no passado mês de junho, em plena rampa de lançamento para as autárquicas de de 1 de outubro, lançou para o ar que a Zara, marca multinacional de vestuário, podia instalar-se na Rua da República!..
Num período que estão encerrar lojas, a espanhola Inditex, dona da Zara, quer vender 16 lojas na Península Ibérica – duas delas em Portugal – para angariar cerca de 400 milhões de euros, numa altura em que as vendas online aceleram em Espanha...

Compreendem porque para o presidente Ataíde, "o chefe de gabinete é uma questão muito pessoal"?
Isto anda tudo ligado.
O presidente, como não gosta das notícias dos jornalistas independentes, escolheu um Chefe Gabinete jornalista
Assim, pode passar as notícias da propaganda governativa à sua moda...
Na Figueira, sinto no ar que perpassa um ressentimento contra alguma imprensa, pois que não retrata a excelência da governação ataidista...
Isto, para não referir certos bloguistas, que confeccionam blogues malditos...

Raríssimas?..

Frequentíssimas...

Já começou o trabalho de contenção de danos ideológicos que a excelente reportagem da TVI sobre a instituição Raríssimas...
A contenção de danos do que não é tantas vezes mais do que parasitagem institucionalizada passa agora por valorizar os “empreendedores sociais”, a “inovação social” e o respectivo financiamento, adivinhem, social, também à boleia de fundos de uma UE apostada em expandir este programa ideológico de esvaziamento dos Estados agora com novas roupagens. Mais uma vez a esquerda dita moderna, o PS, anda nisto, tal como andou, a par das direitas, a insuflar as IPSS pelo menos desde os anos noventa. O resultado estará à vista em breve.

Para o presidente Ataíde, "o chefe de gabinete é uma questão muito pessoal"...

Diria antes, pelo passado recente, que mais parece um jogo do gato e do rato. 
Se é  "uma questão pessoal..."
Não gosto de ratos. 
Normalmente, o rato consegue escapar-se...
Contudo, mais dia menos dia acaba por ser comido...
Já começou a contagem decrescente?

Foi ontem inaugurado o Continente Buarcos...

O Continente inaugurou ontem uma nova loja em Buarcos, com 1460m2.
Foram investidos  6 milhões de euros e criaram-se de 40 postos de trabalho. 

Nota de rodapé.
1. Desta vez o executivo não se fez representar na inauguração de mais uma "mercearia"?..
2. Só 40 postos?
3. Muito aquém dos 2000 empregos!..
4. E as lojas âncoras, onde ficaram?
5. Os figueirenses nem uma Worten podem ter?
6. Será porque iria fazer concorrência ao ramo dos electrodomésticos?

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XVI)


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Um delicioso momento de redescoberta...


Já ontem era (mais que...) tarde...

Paula Brito e Cunha, presidente da associação Rarísimas, confirma que decidiu sair da instituição, na sequência da polémica criada pela reportagem da TVI.

Ao Expresso, Paula Brito e Cunha explicou que tinha tentado, junto do ministro do Trabalho, Vieira da Silva, um afastamento temporário. "Pedi-lhe (ao ministro) a suspensão temporária de funções enquanto estivessem a decorrer as investigações, porque temos 300 meninos por dia na Raríssimas de quem é preciso cuidar. Esta opção foi estudada pelo gabinete, mas não existe a figura da suspensão temporária no quadro das IPSS e, portanto, saio", explicou ao semanário.

O hotel de charme...

 “…deste largo, há cerca de dois anos, desapareceu o quiosque ali existente porque, segundo se constou, era uma das exigências para a construção de um hotel de charme no prédio onde se situava a pastelaria Pérola;
A pastelaria Pérola, por sua vez, desapareceu há um ano porque idem aspas, no local iria ser construído um hotel de charme;
Uma das árvores de razoável porte que se situava neste largo sensivelmente em frente à Pérola caiu, desapareceu ontem à noite… atenção, não foi devido à construção de um hotel de charme, foi devido aos ventos da tempestade Ana…
Mas também o que desapareceu foram as alusões que se ia construir no local um hotel de charme!
No meio desta confusão do quiosque, da pastelaria, do hotel, da palavra charme que por aqui ecoa, da árvore que caiu, do ‘rais-que-os-parta’, pergunto: Será que sempre se vai ali construir algo charmoso, ou será mais um prédio a juntar-se às dezenas de mamarrachos existentes na cidade!?”

Irene N. Santos, via O Palhetas

Nota de rodapé.
O hotel de charme deve estar a aguardar algum pormenor: por exemplo, o estacionamento coberto ... Quando a câmara municipal fizer a obra no estacionamento da antiga polícia e no edifício da segurança social (antiga cooperativa do pessoal da CP).

O único sítio onde achamos natural os carros andarem à frente dos bois é na "mercearia"!.. Será?..

“Orçamento da câmara da Figueira com 21 milhões para investimentos”…

…“é um orçamento plenamente sustentável, ambicioso”.
A despesa com o pessoal, tendo em conta os aumentos e a progressão das carreiras, representa mais de 600 mil euros do que no ano passado  - João Ataíde

Manuel Machado, disse que o projecto de transformação do aeródromo municipal de Cernache em aeroporto civil comercial “irá ser iniciado de imediato”...

"Presidente da Figueira da Foz quer abrir Monte Real à aviação civil"!..

O chantre do avental

Todos os ciclos políticos têm os seus defensores rebarbativos, o seu “intelectual orgânico”, o seu porta-voz oficioso - alguém que, de entre a “maioria”, na esgrima dos argumentos, se destaca pela qualidade do “desempenho”, pela prolixa ferocidade na defesa da ordem estabelecida e pela contundência na investida sobre adversários. Na Figueira da Foz não podia ser de outra maneira.
O ataídismo também tem o seu. O chefe do coro dos convencidos e dos convertidos da lojinha de aventais do Presidente Ataíde é José Fernando Correia.
A Correia talvez não lhe ocorra que tudo tem fim, até os ciclos políticos.
O aguiarismo teve o seu, bem triste, e um legado embaraçoso que Ataíde, talvez não estranhamente, logo assumiu (a iniciativa do monumento a Aguiar de Carvalho, à porta da câmara municipal, logo do início do seu primeiro mandato, foi a assunção disso mesmo, uma verdadeira declaração de princípios e um indício do que se seguiria).
O Ataidismo também terá o seu fim, até com data marcada, pelo limite de mandatos fixado por lei.
O legado de Ataíde parece-me tão triste e embaraçoso como o de Aguiar; e contudo algo mais ainda os une, o imobiliário - se um entregou a cidade à volúpia cúpida dos pratos-bravos da construção civil, o outro está fazendo o mesmo, ainda mais alegremente e a mata-cavalos, aos patos-bravos da distribuição.
Todavia, conhecendo o eleitorado figueirense e a sua tendência mórbida para o esquecimento, penso que se já ninguém gosta de se recordar do legado de Aguiar, daqui a uns tempos também já ninguém se vai querer lembrar do de Ataíde; muito menos do nome do seu chantre.
Por isso lhe fiz o retrato - mais um cromo para o meu Álbum Figueirense.
Talvez isso lhe dê a posteridade.

Fernando Campos, via o sítio dos desenhos

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XV)