terça-feira, 26 de julho de 2016

Depois de tudo o que se passou de 1997 a 2009... Depois de tudo o que agora se diz. Continua tudo muito bem! Está um tempo magnífico...

Nota de rodapé.
Muito gostava de poder ver sempre mais longe e mais além. 
É certo que a minha sede de conhecimento sempre foi imensa. 
Tem sido, aliás, esta permanente procura que me tem mantido, interessado e atento ao que me rodeia. 
Passados todos estes anos continuo a pensar que a insatisfação é vital e alimenta a capacidade de iniciativa. 
O  inverso, que foi o que sempre aconteceu na Figueira, aos governantes e à maioria dos governados, é a desistência e a conformação. 
Um dos problemas da Figueira e dos figueirenses foi - e continua a ser - que nunca conseguimos olhar para além do muro que nos puseram à frente.
Miguel Almeida sabe bem do que estou a falar...

A cassete da direita está cada vez mais difícil de aturar!...

Pedro Passos Ánhuca Coelho.
Está divertida, a cena política

 portuguesa,  com PPC à frente do PSD.
Sondagem após sondagem, os subvalorizados componentes da Geringonça continuam a contar com apoio maioritário da população, contrariando as previsões e expectativas de um certo grupo de indignados. Como é que era mesmo aquela história dos militantes insatisfeitos do PCP e do BE abandonarem o barco porque não queriam coligações com o PS, porque eram irresponsáveis ou outra treta qualquer que a imprensa do velho regime arrotava todos os dias? Yeah, right…

Mas sondagens há muitas e por estes dias apareceu outra por aí. A Aximage levou a cabo um estudo encomendado pelo Jornal de Negócios e Correio da Manhã (vade retro…) que revela resultados esmagadores para os partidos de direita. PSD consegue apenas 30,5%, o CDS-PP 4,9, passando a memória da velha Pàf a valer 35,4%, abaixo dos 39% obtidos pelo PS

Via Aventar


Nota de rodapé.
Já houve um tempo na minha vida em que adorava o espectáculo de circo. Especialmente os números protagonizados por palhaços.
Quando me recordo desse meu tempo, assalta-me logo a imagem do palhaço pobre e  nunca a do palhaço rico
O palhaço pobre tinha tudo a ver comigo: ele, nos números a que assisti, fazia-me lembrar as dificuldades porque nós, também palhaços e pobres, passamos (e continuamos a passar...). 
Como eu gostava (e continuo a gostar...) quando o palhaço pobre, no seu número, conseguia algum sentido de justiça e por isso me sentia (e sinto...) sempre  mais próximo dele - o palhaço pobre.

Na Figueira é sempre carnaval...

Carnaval de Verão 2016

Podemos discordar sobre quase tudo. Mas, por estes lados, está mais do que na altura de chegar a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos. Todos sabemos o essencial sobre a matéria. No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes. Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo. A meteorologia é uma ciência traiçoeira. Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas. Mas, no Inverno, o natural é estar frio e chover – muitas e muitas vezes

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Serviço Público: publicidade institucional

O medo de Passos Coelho

"Se a Comissão Europeia discrimina Portugal e Espanha, sancionando-os por deficits excessivos, e faz vista grossa a outros países com deficits iguais ou superiores, estamos perante uma instituição venal, que aplica a lei como lhe dá jeito e não conforme a justiça. A isto chama-se violação da lei, e pune-se judicialmente.


Ao Tribunal de Justiça da União Europeia compete "velar por que a legislação da UE seja interpretada e aplicada da mesma forma em todos os países da UE; garantir que as instituições e os países da UE respeitam a legislação da UE."

Se o presidente da Comissão se dá ao luxo de responder por que razão a França não é castigada por deficits excessivos "Parce que c’est la France", não será difícil provar que a legislação da UE não está a ser aplicada da mesma forma em todos os países e que a Comissão Europeia a viola."

Nota de rodapé.
Passos Coelho tem medo  que as sanções, sobre um Governo que ainda não falhou uma única meta, se aplicadas, sejam lembradas como referentes a 2015 e ao Governo da direita radical, que teria as metas flexibilizadas e adaptadas à realidade como as teve em 2011, 2012, 2013 e 2014 sob vigência da troika, sejam revertidas pelos tribunais, um acto de insubordinação para quem está habituado a baixar a cabeça e obedecer sem questionar e a ver os tribunais como um empecilho.
Apesar de não gostar, nem um bocadinho de Passos, penso que deveria haver alguém para o ajudar a terminar o mandato de presidente do PSD com dignidade.

Cabedelo, a melhor praia do nosso concelho numa foto...

para ver melhor, basta clicar na imagem
A paisagem e o ambiente que nos cerca são determinantes para o nosso estado de espírito. 
O exterior condiciona-nos. Não lhe somos indiferentes. 

Há uma interacção e simbiose entre tudo o que nos cerca e o nosso interior profundo. 
Começar um domingo com uma foto matinal assim... foi ganhá-lo! 
É ver beleza onde ela existe em estado puro. 
E nem é necessário ver para além do óbvio... 

Pode continuar a ignorar-se o óbvio. 
Todavia, mais cedo ou mais tarde, isso deixa de resultar: o peso da evidência acaba sempre por esmagar a ignorância. 
Boa semana para todos.

Na Madeira...

 Foto: HOMEM DE GOUVEIA / LUSA
Na festa do Chão da Lagoa"Passos considera que sanções a Portugal reflectem má governação".

Nota de rodapé.
Apesar de não gostar, nem um bocadinho dele, penso que deveria haver alguém para ajudar Passos Coelho a terminar o mandato de presidente do PSD com dignidade.

domingo, 24 de julho de 2016

Cabedelo, a melhor praia do nosso concelho numa foto desta manhã

Foto de António Agostinho

A insegurança...

Não sei se sempre foi assim, mas de há uns anos a esta parte, dei conta que tinha um estranho poder: o poder de poder fazer desaparecer alguém em mim. 
Não sei se é bom, ou se é mau e, francamente, isso pouco me importa. 
Sei, isso sim, que na minha vida é um dado adquirido e de facto.

Refiro-me à pura e simples liquidação de alguém: inexorável, inelutável, impediosa, insensível e implacável - numa palavra, fatal.
Porém, isto não acontece sempre que quero: só consigo matar em mim, quem foi importante e significou alguma coisa. 
Todavia, creio que é  fácil de entender este aparente paradoxo: quem nunca significou nada para nós, não é susceptível de ser morto em nós, porque, em nós,  significou sempre nada.

Por isso, nunca hei-de compreender os que necessitam de eliminar fisicamente alguém. Porque não matá-los simplesmente em nós?
É o que tenho feito ao longo da vida e sem dificuldades de maior...

Até esta pequenez e esta impotência nos devia servir para mostrar que a culpa devia ser colectivamente assumida!..

Fez ontem 40 anos, Soares tomou posse como primeiro-ministro do I Governo Constitucional. A efeméride foi assinalada a partir das 18:30 com uma cerimónia informal nos jardins do Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, um dos oradores da sessão, juntamente com Rui Vilar e Pinto Balsemão. Comparecerem cerca de 250 personalidades, entre elas o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o general Ramalho Eanes, Conselheiros de Estado, deputados, antigos e actuais ministros, Passos Coelho, etc. Internado de urgência, Jorge Sampaio não pôde comparecer. Embora convidado, Sócrates não apareceu.

Também ontem, um grupo de amigos decidiu homenagear Cavaco Silva, organizando um almoço para 80 comensais. A coincidência das datas (a homenagem a Cavaco podia ser feita em qualquer altura) fala por si. Cavaco foi convidado para a homenagem a Soares, tendo declinado com o argumento do seu próprio almoço. Marcelo passou pelo local, mas não participou no repasto. E lembrou a data de Soares. Ter tido educação em casa faz toda a diferença.

Nota de rodapé.
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS
Cavaco Silva regressou e mostrou que por mais vezes que regresse volta sempre igual a si próprio, a ladainha é sempre a mesma, um auto-elogio e mesmo quando agradece aos que o ajudaram é é para dizer que fez muito. Desta vez regressou para enunciar toda a sua obra, mas, talvez pela sua idade, esqueceu-se de muita coisa.
Esqueceu-se de muitos amigos que os portugueses não esquecem, é o caso de Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Durão Barroso ou Duarte Lima. Falou muito das suas privatizações e lutas contra o "comunismo", mas esqueceu aquela que durante muitos anos foi a sua grande bandeira, a privatização da banca, talvez porque hoje não existe nenhum dos bancos que nasceram com as privatizações.
Quem pequenino nasce tarde ou nunca consegue crescer. 
Cavaco já morreu para a política, que descanse em paz no seu condomínio de luxo conseguido com modestos vencimentos e pensões.

Convívio da malta da SPOL

Foto Manuel Correia
Tal como previmos, foi bonita a festa.
Vivemos com as nossas memórias e não as podemos apagar! 
Por um lado, há umas que não queremos de todo  apagar; por outro há umas outras que não conseguimos afastá-las de nós. 
Portanto, há que conviver saudavelmente com todas elas... 
Fazem parte integral de nós!
Ontem, foi um dia de alegria em que a saudade esteve presente...
Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.
E foi assim que recuei a 1973 e a minha vida se cruzou, de novo, com o mundo SPOL.
As fotos que podem ser vistas aqui falam por si.
Como disse Manuel Ribeiro, um dos mais antigos emigrantes da Cova (uma terra que ama) não existe povo mais fraterno e solidário que o português.
Tivemos "discussões" giras... 
Discutimos a vida...
O presente foi a insistência e a permanência.
Sempre estaremos no presente.
O futuro não existe.
O passado conhecêmo-lo, o presente vivêmo-lo e o futuro será sempre, mas sempre, uma abstracção!

Nota de rodapé.
Mais fotos aqui, aqui   
(este post continua em actualização)

sábado, 23 de julho de 2016

Regime onírico...

"O Aeroporto Internacional da Madeira vai passar a chamar-se Cristiano Ronaldo. 
O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque."

Pessoal, vai ser um dia de alegria em que a saudade vai assaltar...

1911, Figueira da Foz. Nesse já longínquo ano, é fundada na Figueira da Foz pelos irmãos António e João Neto Braz, José Ribeiro Gomes e outros, nomeadamente Manuel Gaspar de Lemos, a Sociedade de Pesca Oceano, Lda.
O primeiro navio da empresa foi o lugre Oceano, comprado em Hamburgo em 1912.
Anos mais tarde, os irmãos Alberto e José Sotto Maior adquiriram a SPOL.
Foram eles que trouxeram para a Figueira um dos mais belos navios de que tenho memória: o José Alberto.
Os irmãos António e José Cação, passados alguns anos, assumiram a gerência da empresa, tendo depois ficado seus proprietários.  
E é assim que chegamos a 1973 e a minha vida se cruza, durante 10 anos, com o mundo SPOL, comandado pelo eng. Carlos António Andrade Cação.
O eng. Andrade Cação, nasceu na Figueira a 24 de julho de 1938. Licenciou-se em engenharia mecânica na Faculdade de Engenharia do Porto. Depois de ter passado pela Administração Geral do Porto de Lisboa, em 1967 tornou-se sócio da Sociedade de Pesca Oceano. Anos mais tarde, quando já era seu único dono, alargou a actividade da empresa ao arrasto costeiro, com os barcos Irene Doraty (a junção dos primeiros nomes da sua mãe e da sua tia) e o Natália Eugénia. A frota de arrasto costeiro da SPOL alargou, e na década de 80, chegou a ser composta por 6 unidades.
Porém, do meu ponto de vista, aquilo onde o eng. Andrade Cação deixou  a sua marca pessoal, aconteceu no final da década de 60 ao transformar o navio de pesca à linha Soto Maior (na altura o nome foi mudado para José Cação, o nome do seu tio) para o sistema de redes de emalhar, o que constituiu na altura uma atitude pioneira em Portugal.
Em 1971, comprou o Vaz, irmão gémeo do José Cação, que depois de também transformado para poder pescar com redes de emalhar, foi baptizado com o nome do seu pai - António Cação
Navio "JOSÉ CAÇÃO"o último bacalhoeiro da  Figueira da Foz,
 
numa foto tirada a 14 de Maio de 2002
Estes barcos pescaram até 1990 e foram os últimos navios da "Faina Maior" a operar no porto da Figueira da Foz.
Lamentavelmente, na Figueira, dessa memória nada resta.  
O “José Cação”, apesar dos esforços de homens como Álvaro Abreu da Silva, Manuel Luís Pata e Marques Guerra,  foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.
E é esta realidade, que todos estes anos decorridos, logo mais, alguns dos sobreviventes, das largas centenas que passaram pela Morraceira e pelos barcos da SPOL, vão recordar num convívio que vai reunir algumas dezenas. 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A erosão, sempre a erosão...

Foto António Agostinho
Ontem, aí pela 21 horas, a luz difusa de um quase anoitecer, permitiu esta imagem a sul do quinto molhe na Praia da Cova.
A erosão é uma constante.
Nada do que vemos hoje na natureza se apresenta como há milhões de anos. 
Tudo sofreu os efeitos da erosão, tudo se modificou. 
E o principal culpado foi - e continua a ser - o ser humano.
Connosco, a erosão também acontece.
Só que num espaço de muito poucos anos! 
Há que viver a vida a toda a hora. Só temos esta e ninguém nos dá outra...
Por muito que alguns a prometam...

Uma petição

para ler melhor, clicar na imagem
Um grupo de funcionários de instituições europeias lançou uma petição aberta a todos os cidadãos europeus, até fim de Setembro, «for strong exemplary measures to be taken against José Manuel Barroso, whose behaviour dishonours the European civil service and the European Union as a whole».

Nota de rodapé.
Para ter acesso ao texto e à possibilidade de assinar a petição, basta clicar AQUI

Ligação directa...

... daqui

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Temos de respeitar o direito de alguns a serem burros. O problema é que, na Figueira, alguns abusam... (II)

Foto António Agostinho
"Travar recuo da costa", uma crónica de Rui Curado da Silva:
"O Ministro do Ambiente apresentou um plano nacional de defesa da costa de 176 milhões de euros a investir nos próximos quatro anos em cerca de duas dezenas de concelhos, entre os quais o concelho da Figueira.
Está prevista uma intervenção no cordão dunar entre a Costa de Lavos e a Gala já em 2017. Este plano surge em boa hora e segue em parte as recomendações do Grupo de Trabalho para o Litoral.
Pode não estar isento de críticas, mas é um plano que vai no bom sentido, no sentido de melhorar a segurança e a sustentabilidade da orla costeira, logo uma boa medida deste governo.
O que é estranho, é que este executivo camarário tem outro plano. Trata-se do plano de defesa do projecto da requalificação do areal. Que é um plano que corre o risco de entrar em conflito com o plano do governo.
As iniciativas deste executivo para defender a nossa orla costeira estão entre o inexistente a fracas, o pouco que se diz ou que se faz é insuficientemente convincente.
Pior ainda é constatar que toda a ginástica administrativa feita para “renaturalizar” o areal para ganhar uma faixa que permitisse a implementação do referido projecto, não seja acompanhada de ainda maior ginástica ou iniciativa política para resolver aquele que é um dos maiores problemas do concelho: a erosão costeira.
Como é hábito, parece que estamos à espera de um acidente grave para alterarmos as prioridades."

Nota de rodapé.
"O que é estranho, é que este executivo camarário tem outro plano. Trata-se do plano de defesa do projecto da requalificação do areal. Que é um plano que corre o risco de entrar em conflito com o plano do governo...."
E era tão fácil ter evitado esta "calamidade".
Tinha bastado, em devido tempo, ter escutado quem sabe, por saber de experiência feita.