quinta-feira, 12 de junho de 2014

Despedimentos no JN, DN, TSF e O Jogo (II)





A notícia sobre o despedimento colectivo de 160 pessoas na Controlinveste, com a excepção do jornal I, não mereceu chamada de primeira página em qualquer outro jornal generalista. 
É uma nuance interessante.
É assim como que uma cortesia entre rivais iguais: hoje por ti, amanhã por mim. E mostra, também, quem manda nas redacções...

Época balnear na Figueira

foto António Agostinho
A época balnear tem início amanhã e termina a 15 de setembro, na Figueira da Foz, Buarcos e S. Pedro.
Em Quiaios, Costa de Lavos e Leirosa, começa no dia 1 de julho.
Segundo o jornal AS BEIRAS, "os acessos de madeira destruídos pelo mar, no último inverno, na Leirosa, Costa de Lavos e Quiaios, ainda não foram reparados, originando críticas das populações locais." Acrescento que em S. Pedro a situação é a mesma.
“A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) comprometeu-se a fazer a reposição das areias [projetadas para a via pública pelo mar e pelo vento] e reparar os passadiços, mas ainda não o fez e a câmara decidiu fazer uma intervenção minimalista, cuja empreitada, de rápida execução, já foi adjudicada e terá início nesta ou na próxima semana”, disse ao jornal AS BEIRAS o vereador Carlos Monteiro.
Mais fotos aqui.

Despedimentos no JN, DN, TSF e O Jogo

O presidente do conselho de administração do grupo Controlinveste Conteúdos, Daniel Proença de Carvalho, afirmou que "as medidas agora anunciadas, embora dolorosas, são indispensáveis para que o grupo possa crescer sustentadamente no futuro próximo".
Entretanto, jornalistas de vários órgãos de comunicação social concentram-se esta quinta-feira, pelas 13.00 horas, frente ao edifício do Diário de Notícias em Lisboa para protestar contra o anunciado despedimento coletivo de 140 trabalhadores no grupo Controlinveste.
Segundo disse à Lusa Sofia Lorena, do Público, a iniciativa surgiu de conversas entre jornalistas de vários órgãos de comunicação social, após ter sido conhecido, esta quarta-feira, que o grupo Controlinveste - detentor do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e Jogo, entre outros - vai despedir 140 trabalhadores e negociar a saída de mais 20.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

No país do fanico já passou o 10 de junho...

Nem só de desmaios, manifestações e cães polícia se fez este polémico 10 de Junho. Como vem acontecendo de há uns anos para cá, a presidência da República condecorou uns quantos portugueses. E se há lá nomes que não levantam grandes discussões como Eduardo Lourenço, Rodrigo Leão ou Mário Carvalho, a ocasião também serviu, como vem sendo habitual, para condecorar alguns amigos. Entre banqueiros, financiadores de campanha e altas patentes militares, não pude deixar de notar que Miguel Horta e Costa foi agraciado com uma das mais elevadas condecorações, a Grã-Cruz da Ordem do Infante do Henrique, que segundo o site da presidência se destina a distinguir quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores.

Critérios à parte, é bom não esquecer que este exemplo de cidadania esteve envolvido no caso do submarinos e no caso Mensalão, que envolveu duas das suas mais destacadas entidades empregadoras, o BES e a PT, durante o período em que lá exerceu funções. No segundo caso, Horta e Costa foi implicado por uma das testemunhas chave do processo, Marcos Valério. Mas nada disto nos deve surpreender. Quantos piores do que ele não foram já condecorados? Se calhar está é na hora de introduzir uma pequena alteração na premissa e acrescentar que se distingue também “quem houver prestado serviços relevantes aos bancos e partidos políticos portugueses e amigos em geral”. O processo ganha transparência e a malta fica a saber ao que vai.

Engenheiro Baldaque da Silva, João Pereira Mano e Manuel Luís Pata

“Em 1913 o engenheiro Baldaque da Silva apresentou o seu projecto de construção de um porto oceânico e comercial ao sul do Cabo Mondego. Fê-lo sob a curiosa designação de “Representação dirigida ao Congresso Nacional da República Portuguesa sobre o engrandecimento da Beira e a construção do porto oceânico comercial do Cabo Mondego”, apoiado no tratamento estatístico da actividade económica de toda a região.
Não é o do conhecimento do autor destas linhas as razões da sua não materialização e se a mesma teria viabilidade técnica e económica, sendo embora um apetecível exercício de imaginação reflectir sobre essa possibilidade. O facto é que o projecto foi apresentado, devidamente fundamentado, com um cunho eminentemente regionalista apoiado na evidente preocupação de juntar sinergias.

Aproveitando a boleia da crónica desta semana do eng. Daniel Santos no jornal As Beiras, recordo um texto do CapitãoJoão Pereira Mano,  (autor de "Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz…" [1997], Associado  Honorário do CEMAR-Centro de Estudos do Mar [2008], e Medalha de Ouro de Mérito, a título póstumo [2012], da cidade da Figueira da Foz), acerca do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva e acerca do seu projecto de porto oceânico de águas profundas a construir no Cabo Mondego (Buarcos):
(…) Autor de diversos projectos de portos portugueses, e mesmo estrangeiros, o engenheiro Baldaque da Silva — filho do engenheiro Silva que em 1859 conseguiu restabelecer a barra da Figueira ao Norte, depois de ter construído o dique ou paredão do Cabedelo —  foi o autor do projecto do “Porto oceânico-comercial do Cabo Mondego” que, além do molhe de abrigo  —  agora muito bem lembrado na imprensa pelo figueirense Bruno de Sousa  —  delineava uma doca comercial de 52 hectares de área, só aberta nos 150 metros da sua entrada, limitada a Oeste pela parte do molhe que termina nos Formigais, e concluía por uma portentosa rede de canais a ligar o novo porto a Aveiro, Leiria e Coimbra — já não  falando em estruturas diversas, como sejam diques, doca de pesca e o respectivo cais. Na altura, e ainda anos depois, os jornais da Figueira bateram-se pela execução deste, ou de parte deste projecto, tendo mesmo “A Voz da Justiça” começado a publicar o trabalho deste denodado engenheiro hidrógrafo, a partir do  nº 1136, de 21 de Out. de 1913. Mas, como é óbvio, nada conseguiram. Porém, se a Figueira quiser ter um PORTO só ali o terá. Como a Cidade Invicta  teve o seu em Leixões. E, no Cabo Mondego, há ou havia, para tal, condições muito mais propícias do que aquelas que a foz do rio Leça ofereceu
(in MANO, João Pereira, Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz, São Pedro da Cova-Gala, Buarcos, Costa de Lavos e Leirosa, Figueira da Foz: Centro de Estudos do Mar, 1997, pp. 321-322.)

E, já agora, aproveito para recordar ainda o que me tem dito ao longo dos anos o velho e experiente Manuel Luís Pata, nas inúmeras e enriquecedoras conversas que ao longo da minha vida com ele tenho tido:  “a Figueira nasceu numa paisagem ímpar. Porém, ao longo dos tempos, não soubemos tirar partido das belezas da Natureza, mas sim destruí-las com obras aberrantes. Na sua opinião, a única obra do homem  de que deveríamos ter orgulho e preservá-la, foi a reflorestação da Serra da Boa Viagem por Manuel Rei. Fez o que parecia impossível, essa obra foi reconhecida por grandes técnicos de renome mundial. E, hoje, o que dela resta? – Cinzas!..

terça-feira, 10 de junho de 2014

De convencidos a tolos

Durante os séculos XV e XVI, fomos reis do mundo. 
A seguir a este período mágico, começou o período da decadência. 
Os portugueses esbanjaram toda a riqueza. 
A partir daí passámos de ricos a pobres e de convencidos a tolos... Até aos dias de hoje... 
“Teresa Leal Coelho defende “sanções jurídicas” aos juízes do Tribunal Constitucional”...

A classe política que temos na Figueira: um grupo social profissionalizado, não ao serviço do concelho e do povo, mas das máquinas partidárias...

“Vista no seu conjunto, acredito que temos a geração jovem melhor formada de sempre... ….
Constato com satisfação a enorme quantidade de jovens que compõem as nossas orquestras filarmónicas e os muitos que integram elencos de grupos de teatro. O mesmo acontece com o seu interesse pelo concurso de leitura que todos os anos se desenrola em várias fases. Nesta altura, a nossa preocupação deve ir para o facto de o país não estar à altura desta geração e não ser capaz de a aproveitar para seu proveito. Isto, sim, pode ser grave.” 
António Tavares, vereador do PS, hoje no jornal AS BEIRAS 

Em tempo.
Não estou a ver como é que o PS e o PSD, num futuro que perspectivo próximo, vão mudar o ambiente político, expurgando-o dos espectros que lhe empestam o ar... 
Por isso, vamos continuar a ler cronistas, vereadores do arco da tragédia deste poder, professores e comentadores a lamentarem o ar que respiram.
Não seria já mais do que tempo de fazer entrar ar puro?...

Mais uma: a fotografia da 8ª Meia Maratona Figueira da Foz

O Atletas.net elegeu esta foto de Pedro Agostinho Cruz como a Foto da Prova da 8ª Meia Maratona Figueira da Foz. 
"O Miúdo da Meia Maratona" é um instantâneo raro, diferente do habitual, genuíno e motivador de emoções várias. 
Ao Pedro, os parabéns mais que merecidos.
Há que continuar.
Subir a corda a pulso é isto, meu caro...

Ciclismo na Figueira... (II)



fotos António Agostinho
A Figueira tem tradições no ciclismo. 
Em 1930, na primeira edição da Volta dos Campeões, na Figueira da Foz, criada por iniciativa de Arnaldo Sobral, registou-se a vitória de António Augusto de Carvalho, o vencedor da primeira volta a Portugal.
Ainda me recordo de ter assistido a algumas edições desta famosa prova que se realizava num circuito que passava na Avenida Saraiva de Carvalho e Rua Fernandes Tomás.
Foi com expectativa, gosto e alguma emoção, que fui assistir ao prólogo do 35.º Grande Prémio ABIMOTA, disputado ontem na Figueira da Foz: um Contra Relógio por equipas, com um total de 4 km, divididos em 5 voltas de 800 mts cada, que decorreu na Avenida de Espanha, (junto ao Forte), a partir das 17 horas e 30 minutos.
O ciclismo, quanto a mim, depois do futebol, é o desporto que tem mais impacto na sociedade portuguesa.
A tendência reprovável para pôr o desporto ao serviço do poder, do político ou de certas ideologias não surge apenas nas ditaduras (não é o caso do Estado Novo - Salazar desconfiava do desporto profissional e preferia a modesta "ginástica de formação"), mas também nas democracias.
Todos nos recordamos da corrida às medalhas olímpicas durante a guerra fria e das tentativas dos EUA e das defuntas URSS e RDA para demonstrar, por esse meio, a superioridade dos seus sistemas económicos e políticos.
Sabemos, hoje, que os líderes soviéticos procuraram associar as glórias desportivas ao espírito de camaradagem e ao colectivismo, embora os atletas (muitas vezes forçados) e a população, em geral, as vissem como símbolos da coerção e exploração estatais. Sabemos, por exemplo, que, em 1984, Ronald Reagan aproveitou o sucesso dos EUA nas olimpíadas de Los Angeles para, na sua campanha de reeleição, reafirmar a restauração do orgulho americano. Bill Clinton voltou a fazer o mesmo nas olimpíadas de Atlanta, em 1996.
Durão Barroso teve azar no Euro 2004, pois a Grécia trocou-nos as voltas...
Vai toda a distância entre o poder que fomenta e promove o desporto e o poder que põe o desporto ao seu serviço.
Foi isso que senti ao ver o triste espectáculo da prova de ontem, disputada nas condições que as fotos documentam, que prejudicaram a prova e colocaram em risco a integridade física dos corredores. Ainda assisti a uma queda e mais não houve porque os atletas optaram por abordar as curvas à defesa.
A zona requalificada junto ao Forte está bonita, mas a Figueira tem outros espaços onde a prova poderia desenrolar-se com outro esplendor e outras condições, o que contribuiria para aquilo que, do meu ponto de vista, seria o fundamental: uma belíssima jornada de propaganda para a magnífica e espectacular modalidade desportiva que é o ciclismo.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

NOTA DA REUNIÃO DA COMISSÃO CONCELHIA DA FIGª DA FOZ DO PCP REALIZADA A 7 DE JULHO DE 2014

Os resultados eleitorais obtidos pelo PCP e pela CDU no Concelho da Figueira da Foz acompanharam a tendência nacional, pelo que a CDU aumentou significativamente a percentagem e o número de votos, vencendo mesmo as eleições em algumas mesas do Concelho.
Em Vila Verde a CDU foi a segunda força política com mais de 24% dos votos expressos.

No que refere às outras forças políticas, todas sofreram descidas acentuadas mas o destaque principal vai para a coligação governamental PSD/CDS.

A abstenção verificada no Concelho, quase 70%, penaliza justamente as forças politicas que tudo têm feito para afastar as pessoas das políticas europeias e esconder as suas consequências para o Povo Português.

Não só o PSD/CDS “pagou a factura” pelo seguidismo acéfalo das políticas Troikistas da UE, BCE e FMI e do impacto destruídor das mesmas no nosso país, este “castigo” atingiu também o PS. Apesar de vencedor, e devido à sua política oportunista, continua a fazer de conta que é oposição, à espera de que o poder lhe caia nos braços, sem se comprometer com políticas significativamente diferentes das praticadas pelo PSD/CDS.
Na opinião do PCP, é esta não clarificação no que se refere às questões vitais para os portugueses, como sejam a saúde, a educação, a protecção social, o desenvolvimento económico e o emprego, que fez com que milhares dos seus potenciais eleitores não lhe dessem o seu voto, optando pela  abstenção, pelo voto branco ou nulo ou ainda por outras candidaturas, cujas motivações aventureiristas e reaccionárias são bem evidentes.
Não deixa de ser um mau sintoma que o PS, em vez de ver nos seus resultados o reflexo da sua opção política, procure corrigi-los desenterrando projectos de leis eleitorais da direita, procurando, por este caminho conseguir na “secretaria” o que não conseguem através de adesão eleitoral.
No que se refere ao BE, e malgrado o “contraciclo figueirense” descoberto  por alguns “analistas” locais em relação ao BE nacional, a verdade é que perdeu no Concelho 900 votos acompanhando assim a tendência global.
Finalmente, a Comissão Concelhia da Fig Foz do PCP, saúda todos os seus militantes e os apoiantes da CDU, todos os que decidiram votar nesta força, muitos pela primeira vez, e que assim reconheceram a seriedade e coerência de quem está na luta política para servir e não para se servir.

A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Ciclismo na Figueira


Coisas que nunca terei


Uma biografia destas...

A beleza terá de ser sempre assim: tão triste, tão desfocada, tão plúmbea e tão infeliz?

foto António Agostinho

José Sousa e Patrícia Carreira, venceram 8.ª Meia Maratona da Figueira da Foz

foto Ricardo Couceiro Coelho
foto Pedro Agostinho Cruz

Para consultar os resultados clicar aqui.

A escolha é sempre do povo, que quase sempre escolhe com parcimónia...

“Procurámos o caminho da renovação e da evolução na continuidade, sem esquecer todos aqueles que dão o melhor de si à política figueirense há muitos anos. As eleições autárquicas foram um grande desafio...
É possível que tenha cometido vários erros ao longo deste processo, mas saio, sinceramente, de consciência tranquila que dei o melhor de mim. Durante a campanha, numa visita que fiz a uma das empresas do concelho, vi uma mensagem várias vezes repetida que pretendia contrariar uma frase feita. Nessa empresa podia ler-se: “Acertar é Humano”. É isso que tento fazer, mas nem sempre consigo...”


Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS

domingo, 8 de junho de 2014

Inqualificável

A ABERRAÇÃO DAS PRIMÁRIAS

"Os portugueses vão poder escolher o secretário-geral do PS. Em teoria, o secretário-geral do PS é o candidato a primeiro-ministro do PS. 
Até aqui, tudo pode fazer sentido. 
Mas num sistema multipartidário e com a configuração do nosso, a ideia vai-se estragar. Os socialistas vão votar na sua facção, enquanto a oposição vai votar no pior candidato, para enfraquecer o PS, objectivo que será sempre alcançado, pois ainda que ganhe o candidato mais forte, será sempre por uma margem inferior, o que retira força ao forte, tanto no país como no partido. 
Em relação à generalidade dos portugueses, esses não vão votar, como se compreende. Não votam em eleições nacionais, não vão naturalmente votar para o líder do PS."

Via Lóbi do Chá

Levo uma vida regrada e frugal. Mas, não deixei de beber vinho às refeições...

Bom domingo

sábado, 7 de junho de 2014

Ao que isto chegou...

Já atingimos os limites? 
Penso que não...
Aguardam-se desenvolvimentos. 
Uma sugestão: que tal contratarem esta artista para fazer o retrato do professor Cavaco Silva para a galeria dos Presidentes? 
Um Cavaco em loiça, todo forrado a alvas rendas, e a pingar lantejoulas. 
Era bonito.