quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Só para lembrar...


O líder do CDS-PP acusa o Estado de não ser «sequer capaz de tratar, limpar e ordenar as matas que são do Estado e que andam ao Deus dará», aconselhando o Governo a «corar de vergonha ao falar em floresta».(…) «O Estado é o empresário agrícola mais incompetente de todos. Olhem, por exemplo, para o descalabro económico na Companhia das Lezírias», acusou, sublinhando, por outro lado, que “o Governo não foi sequer capaz de fazer o cadastro florestal, competência que, essa sim, é pública”.



Paulo Portas, agora número dois de Pedro Passos Coelho, entrou de férias na quarta-feira, depois de ter assumido a liderança do Governo (…) As miniférias de Paulo Portas são de apenas três dias e o Correio da Manhã sabe que foi aconselhado pelos mais próximos a fazer uma pausa, uma vez que “estava a dar sinais de muito cansaço” e terá sido pressionado a parar para descansar. Este ano, Portas foi para fora do País, ao contrário do que fez no ano passado, onde esteve no Algarve e a praticar aulas de windsurf.

Tem sido assim na educação, na saúde, nos fogos, no desemprego, na liberdade de imprensa, em quase tudo. Será interessante observar as indignações da direita nos próximos governos socialistas. E reparem, já agora, no fretezinho do Correio da Manhã, a “contextualizar” o repouso do seu líder. (daqui)

O regresso da velha senhora...

Está de regresso a heroína
Aconteceu o que se previa há muito... 
Só ignora quem quer -  quem não estuda, não lê, não quer saber...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Um rosto do Povo...

A cultura, no essencial,  é conhecer o  passado e utilizá-lo para dar sentido ao presente.
A cultura de um homem é o que resta das suas memórias.
No fundo, será a soma de tudo o que ele pensou e sentiu - ou seja, conheceu e viveu.
Por isso, é que numa terra como a minha as pessoas são tão importantes.
Neste momento, para mim, a cultura da minha terra são  as pessoas que cá vivem e as vidas que elas cá viveram - não os teres e os haveres que  herdaram daqueles que os antecederam.
Quem de direito, em devido tempo, podia ter tirado proveito do maior legado que tinha à sua disposição - as pessoas
Não o fez. Limitou-se a utilizá-las.
Se o tivesse  feito tudo teria  sido melhor - para ele e para nós, como colectivo...
Não o fez... Mas, ainda nada de definitivo se perdeu, por enquanto.
A cultura continua a ser representada e escolhida pelas pessoas... 
As pessoas vão  decidir.

Custou, mas estamos a chegar ao âmago da questão...

"Industria alemã quer Grécia a pagar dívida com património"...

As palavras boas e as palavras más...

Cá pela Figueira, esta pré-campanha autárquica está a ser uma completa desilusão. 
Vamos lá ver se a campanha propriamente dita inverte o rumo dos acontecimentos. 
Ainda não desisti de duas possibilidades: 
1. Da Figueira poder vir a ter, finalmente,  um Presidente de Câmara capaz de rivalizar com Santana Lopes. 
2. Começar, por isso, por ter uma campanha autárquica transformada numa festa de arromba, com fogo de artifício, música, um concurso de biquinis, enfim, muita animação... 

Como escreveu um dia José Saramago, “as palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpa. As palavras queimam.” 
As palavras boas e as más. O trigo e o joio. Mas só o trigo dá pão. 
Lembrei-me disso ao ler estas palavras de Rui Beja
“E a verdade é mesmo esta: António Aleixo nasceu pobre e teve de trabalhar de sol a sol para sustentar a família; Almeida, de origens humildes, viveu a vida inteira da política, daquela politicazinha mais baixa e irresponsável... 
Vejam o que ele fez na Figueira da Foz, na qualidade de vereador do executivo mais despesista de toda a história autárquica do concelho! 
Querem exemplos?! 
Gastaram-se 300 mil euros no pórtico da entrada da cidade, 40 mil euros num tapume para tapar salinas da margem sul, 150 mil euros num natal e passagem de ano (com direito a tenda Vip, no Palácio Sotto Mayor, para a gente bem da cidade...), 350 mil euros numa discoteca na Morraceira, 900 mil euros num centro de congressos que nunca passou do papel, etc, etc. 
Só neste breve resumo, contabilizo 1 milhão e 740 mil euros...”

Camilo Lourenço

Camilo Lourenço escreveu um "In memoriam" a António Borges. É um tributo de boçalidade e arrogância. Logo no primeiro parágrafo já se refere a si próprio. António Borges nem um parágrafo lhe mereceu!
No terceiro parágrafo já publicita o seu livro; o mesmo que foi a correr oferecer a Passos Coelho. E por aí fora, temos Camilo, as perguntas que lhe faziam e o que ele pensava em relação ao seu homenageado. Camilo e mais Camilo.
Nunca gostei de António Borges, acho que o país ficou melhor sem o ter a influenciar as decisões do governo. Mas, nem António Borges merecia um escarro desta magnitude. Um escarro que pode ser tudo, menos inocente. Camilo sabe o que faz, promove-se. E tudo lhe serve para isso.
Obrigado Camilo por não teres a noção daquilo que és.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Desigualdades...

Agora...
E na morte...

Cavaco pode ter muitos defeitos, mas não é ingrato...

Sempre fui educado e cresci a ter respeito pelos mortos...
Mas, como escrevi ainda a quente, “tomei conhecimento da morte de António Borges sem nenhum sentimento especial”.
Na minha opinião, quem vem defender a diminuição de salários no auge de uma crise que criou milhões de pobres e de famintos não pode ser uma pessoa de bem.
Por outro lado, Portugal perdeu muito, nos últimos dias, com a morte de 3 bombeiros. Esses, sim, de forma altruísta, deram a vida pelo país.
Com a morte de António Borges, a meu ver, Portugal nada perdeu. Contudo, isto que fique bem claro, também não considero que Portugal tenha ganho algo.
Os bombeiros estão revoltados com o silêncio de Cavaco sobre a morte de três dos seus membros. Ontem,   manifestaram o seu desagrado colocando mensagens no FB da presidência, na página onde o PR exprimia o seu pesar e fazia o elogio fúnebre de um fulano que pretendia a redução dos salários dos trabalhadores portugueses para resolver a crise
Percebo a indignação dos bombeiros, mas também tenho compreensão para com a atitude de Cavaco. Vejamos...
Os bombeiros deram dinheiro a ganhar a Cavaco?
Que eu saiba - não!
Cavaco já mostrou que não é ingrato. Nunca se esqueceu da gente que lhe deu dinheiro a ganhar, como, por exemplo, o amigo Oliveira e Costa.
Então, onde esteve mal Cavaco?
A meu ver, hoje, por ter vindo apresentar a destempo uma desculpa despropositada, extraordinária e completamente escusada: a morte de bombeiros exige recato; a de Borges deve ser publicitada...

Lamento...

Morrem três bombeiros e sua excelência está de férias. 
Morre um António Borges e sua excelência vem lamentar a sua morte.

A utilidade de ter tempo...

foto sacada daqui
A crise, pelo menos para mim (que ainda consigo auferir um cachet verdadeiramente exorbitante de 500 e tal euros mensais...) tem sido um manancial de saúde e alegria de viver!..
Ah: e depois ter todo o tempo do mundo para explorar os descontos nas grandes superfícies é uma mais valia importantíssima... Os descontos têm salvo muita gente: ontem até ressuscitaram Jesus!
Claro que a crise, para os desempregados que  já deixaram de receber o subsídio,  não é a mesma coisa... 
Lamento por esses - pelo menos,  se  não encontraram um biscato como dealers que lhes renda um pouco mais que o ordenado mínimo…
Mas, como estava a escrever, a crise para mim tem sido  um verdadeiro dilúvio  de alegria e de boa-disposição.
Rejuvenesci.
Ter tempo para tudo, até para tentar perceber os truques e  as manigâncias dos passos,  dos  portas, dos cavacos e dos seguros,  tem sido  um passatempo mais produtivo que sudoku.  Tem sido um passatempo riquíssimo, um exercício de intelectualidade importantíssimo...
Mas, agora, a Figueira tem mais uma maneira para ocupar o tempo dos desempregados e reformados: tem um espelho de água novinho em folha, que o sempre talentoso “self made man” figueirense rapidamente aproveitou para lhe dar uma verdadeira utilidade: transformou-o num utilíssimo lava-pés!..
A crise, também, na Figueira é uma realidade. Mas, estou confiante que vai ser ultrapassada com brevidade.
Quem vive numa cidade onde o empreendorismo e o uso da imaginação têm este enormíssimo potencial só tem que acreditar...

Um imagem que já só existe em fotos ou na memória dos mais antigos: as "recoletas", as muralhas da borda do rio da Gala e os botes...

foto sacada daqui

domingo, 25 de agosto de 2013

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A propósito da morte de António Borges...

Sem nenhum sentimento especial, acabei de tomar conhecimento que o economista António Borges morreu na madrugada deste domingo em Lisboa na sequência de um cancro no pâncreas.
Tinha 63 anos e o cancro foi-lhe diagnosticado em 2010, altura em que ainda trabalhava para o FMI. O corpo do economista estará em câmara ardente na Basílica da Estrela, a partir desta tarde.
Licenciado em Economia e Finanças, na Universidade Técnica de Lisboa, em 1972, e doutorado em Economia pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, António Borges lecionou na Universidade Nova de Lisboa e no INSEAD, em França. Trabalhou no banco Goldman Sachs e passou por administrações de várias outras empresas, entre as quais o Citibank, o BNP Paribas ou a Petrogal. 
António Borges era atualmente consultor do Governo para as privatizações. Algumas das suas intervenções públicas dos últimos meses levantaram críticas de vários setores da sociedade. Em setembro do ano passado, António Borges esteve envolvido numa polémica após ter
 chamado "ignorantes" aos empresários que criticaram as alterações à Taxa Social Única. Políticos e empresários pediram então recato e alguns sugeriram mesmo a demissão do consultor do Governo para as privatizações. 
António Borges morreu hoje. Não sou hipócrita, portanto, não é por isso que agora vou passar a dizer bem do homem. Não gostava dele e continuo a não gostarO grande desafio da minha vida foi  conseguir  ter e viver uma vida normal e decenteNão tem sido fácil, mas tenho orgulho no meu percurso. Apesar dos vários Antónios Borges  com quem me tenho cruzado...

Carvalho da Silva

Cheques, frigoríficos, porcos... Vale tudo!

No fundo, o povão vota em corruptos porque a corrupção é a sua verdadeira natureza - num país onde o Estado não funciona e não dá o exemplo, quem não o imita ou é anjo ou é parvo. Ou as duas coisas. (daqui)

OS “SWAPS” E A CORRUPÇÃO DOS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS

O caso dos “swaps” nas suas múltiplas facetas – quem os contratou e com quem, quem os fiscalizou, quem destruiu a documentação pertinente e porquê, etc. – é apenas um caso, entre muitos, que demonstra à evidência a corrupção dos princípios democráticos a partir de uma legitimidade pretensamente democrática decorrente dos resultados eleitorais. 

Este episódio ilustrativo do que é hoje a condução política do Estado levanta um problema grave que mais tarde ou mais cedo não poderá deixar de ser enfrentado e afrontado com a coragem que a situação exige – a restauração dos valores democráticos, subvertidos e corrompidos por uma vivência política circular que faz com que quem regressa ao poder acabe sempre por chegar ao mesmo ponto daqueles que acabaram de partir, exige uma acção que vá muito para além ou vá mesmo contra a pretensa legitimidade eleitoral, ela própria degenerada e corrompida até ao grau zero da política como alguns tristes episódios da pré-campanha autárquica eloquentemente demonstram.
(daqui)

Bom domingo

sábado, 24 de agosto de 2013

Sobre "estrelinhas" - e sobre o pessoal que anda a dizer que "deixou de ler este blogue" por não concordar com as "estrelinhas"...

Não é um problema de opinião, de saber ou não saber.
É um problema civilizacional.
O leitor diante de um texto, pode ter várias atitudes: refletir, discordar, acrescentar algum conhecimento, etc.
Mas, não. Simplesmente, opta por não ler.
Mas, depois comenta o  que não leu!...
Pronto: essa é a diferença...
Não leu, mas não está  de acordo com o  que aparece no texto.
Ainda por cima  sente-se  lesado na sua condição de leitor que não lê!..
Sim, porque é nessa condição que ele escreve, se manifesta  e se queixa...
A  opinião do crítico não bate com a sua, o crítico deveria escrever  de acordo com o quer ler...
Resumindo: a crítica – como atitude perante o mundo – não é para consumidores, mas para cidadãos.
Só que,  o mundo,  está formatado mais para consumidores acéfalos e acrítcos  do que para cidadãos.
Azar o nosso...