quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ipsis verbis

Um dia destes, no café que costumo frequentar, escutei o seguinte, que passo a reproduzir ipsis verbis, dito por um pescador: “desde outubro, já lá vão 6 meses, que o mar não nos deixa trabalhar… Não me lembro de um ano assim. Ainda por cima,  a barra da Figueira ficou uma merda depois das obras de prolongamento do molhe norte… Estamos fodidos e mal pagos…”
E estamos mesmo, sou obrigado a reconhecer, pois o panorama não poderia ser pior e mais dramático.
Se já não bastasse termos o pior governo, desde que tenho memória,  a pior oposição, desde que tenho memória,  a pior Europa,  dos últimos 50 anos, temos  o pior mundo dos últimos 25.
Como sair disto?
De certeza,  a ter de trabalhar mais. Mas, sobretudo, a ter de pensar melhor.
“Não há pior política do que a política do pior”,  disse recentemente António Sampaio da Nóvoa,  reitor da Universidade de Lisboa. 
Melhor resumo que este, sobre o tempo que passa,  não poderia ter sido feito.

Primeiro-Mentiroso

Passos Coelho, quando candidato nas últimas eleições, prometeu o céu. Mas remeteu-nos ao inferno. Em campanha, tinha garantido que jamais aumentaria impostos.

Os partidos do arco do poder transformaram os processos eleitorais, que deveriam servir para o debate de ideias e confronto de projetos políticos, em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos. As eleições transformaram-se em concursos para a escolha do melhor mentiroso. O troféu em jogo é a chefia do governo.

Paulo Morais

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Figueira dos Pequeninos...

“Olá a todos,
Venho pro este meio esclarecer uma situação que espero que mereça o respeito de todos os meus amigos. 
A Figueira tem vivido momentos conturbados e difíceis politica e financeiramente. Tenho apoiado o Presidente e o Executivo Camarário de forma inequívoca. O Partido Socialista e todos os socialistas que elegeram o actual Presidente de Câmara têm sido apunhalados por constantes iniciativas que colocam em causa a minha, e a de outros, defesa deste Presidente. Como tal, e porque a Figueira da Foz, assim como todas as vilas e aldeias do Concelho onde se insere a minha (Maiorca), venho por este meio manifestar o meu APOIO Incondicional à pessoa do Miguel Almeida para Presidente da Câmara, uma vez que tem demonstrado vontade, civismo, interesse pelas problemáticas e pautado a sua forma de estar em política a Figueira de uma forma orientada. Claro que sobre esta situação recai também a equipa que o apoia. Teo Cavaco, Teresa Machado, Tiago Cadima, entre outros. 
Quero deixar aqui realçado o papel de uma pessoa na Câmara da Figueira da Foz no actual Executivo: Carlos Monteiro. Uma pessoa de bem, colocada numa situação que não me parece que esteja ligado. O PS Coimbra anda em guerra. O PS Figueira luta pelos interesses do Concelho através da pessoa do Deputado João João Moura Portugal, que m merece todo o respeito assim como de todos os socialistas, pelo OPTIMO trabalho que tem desenvolvido na Concelhia. Mas as guerras que se têm verificado por culpa do Sr Presidente João Ataíde em nada beneficiam a Figueira. Logo AFIRMO AQUI (publicamente) Miguel Almeida tem o meu apoio. Pela Figueira da Foz!






Por mil e uma razões, algumas das quais não irei expor aqui, detesto a Alemanha...

Reparações de guerra. 
Governo grego afirma que Alemanha deve 162 mil milhões...

Na prática, isto não será funcionar em duodécimos?..

“Gaspar proíbe novas despesas no Estado sem autorização”.

Em tempo.

Tribunal Constitucional: o bode expiatório que chegou tarde, para um desastre que estava há muito anunciado...

O Governo já tinha falhado por completo todos os objectivos do memorando, ANTES da decisão do Tribunal Constitucional. O governo já estava com dificuldades em "ir aos mercados", ANTES da decisão do Tribunal Constitucional. O Governo já estava a caminho de um segundo resgate, ANTES da decisão do Tribunal Constitucional. O Governo já estava em crise profunda, ANTES da decisão do Tribunal Constitucional. Todas as crises, económicas, sociais, e políticas já estavam em pleno curso, ANTES da decisão do Tribunal Constitucional. 

A decisão do Tribunal Constitucional acelera todos estes processos mas não lhes deu origem. Nasceu deles. Nasceu de um Governo que, apesar de prevenido, mil vezes prevenido, insistiu num Orçamento de Estado assente em medidas ilegais. Bateu no peito cheio de ar e vento, insultando o Deus dos Trovões e levou com um raio em cima.

Pacheco Pereira

X&Q1169


Inutilidades

Por ignorância, ou com o objetivo de enganar a opinião pública, Medina Carreira fala de um limite mítico acima do qual o Estado e as funções sociais seriam insustentáveis, e que em Portugal esse limite foi largamente ultrapassado. Observem os dados do Eurostat, sobre as percentagem que as despesas com as funções sociais representam em relação às despesas totais do Estado em Portugal e nos países da União Europeia, 2011.

PAÍSES

Saúde

Educação

Proteção Social

TOTAL
UE2714,9%10,9%39,9%65,7%
UE1714,9%10,1%40,7%65,7%
Bélgica14,8%11,6%36,6%63,0%
Dinamarca14,5%13,5%43,8%71,8%
Alemanha15,5%9,4%43,3%68,2%
Irlanda15,6%10,9%35,9%62,4%
França14,7%10,8%42,6%68,1%
PORTUGAL13,8%12,9%36,7%63,4%
Fonte : Eurostat
Acabei de ouvi-lo na TVI, a "sublinhar a falta de realismo do Tribunal Constitucional"
Nesta ordem de ideias e considerando que Portugal está a ser governado por gente competente, impoluta e séria e  que temos a ventura de termos ao leme de Portugal estadistas como Passos Coelho, Paulo Portas e Aníbal Cavaco Silva, interrogo-me:
1. Justifica-se manter em vigor a Constituição da República Portuguesa? 
2. Justifica-se continuar a gastar dinheiro com o "irrealista e inútil" Tribunal Constitucional?

Em tempo. (1)
O que não será insustentável e inaceitável não é que se esteja a aplicar em Portugal uma politica fortemente recessiva em plena recessão económica, que está a destruir a economia e a sociedade portuguesa de uma forma irreparável, provocando a falência de milhares de empresas e fazendo disparar o desemprego, o que está a causar uma quebra significativa nas receitas dos Estado e da Segurança Social pondo em perigo a sustentabilidade de todas as funções sociais do Estado e do próprio Estado?..

Em tempo. (2)
Mas, analisando com mais pormenor,  “passos coelho tem razão: a culpa é do tribunal constitucional”.
Porque se limitou a decretar a inconstitucionalidade de quatro normas do Orçamento do Estado, mas não decretou a inconstitucionalidade do governo que o concebeu nem da Assembleia que o aprovou nem do presidente que o promulgou nem do próprio tribunal que permitiu que um tal orçamento estivesse em vigor durante os meses de Janeiro, Fevereiro, Março e parte de Abril.
Mas, vendo bem as coisas, Passos Coelho não tem razão, porque a culpa não é do Tribunal Constitucional, é da própria Constituição que permite que este governo, esta assembleia, este presidente e este tribunal continuem alegremente a exercer funções.
Mas talvez não esteja a ver bem as coisas e a culpa não seja nem deste governo nem desta assembleia nem deste presidente nem deste tribunal nem desta constituição, mas de todo um povo que permite que as coisas sejam como são.
Ou talvez a culpa seja não existir povo.

“Função Pública e pensionistas vão pagar mais IRS em maio”


segunda-feira, 8 de abril de 2013

ABUTRES...

1. Barroso apela a que partidos em Portugal "dêem as mãos"...
2. Catroga defende que a "troika" deve obrigar PS a entrar nas negociações...

Em tempo.
Se isto não é demonstrativo do desespero do PSD, expliquem-me o que é desespero político!..

Portas deve estar desolado*...

"Depois do desaparecimento da Dama de Ferro, Vítor Gaspar quer agora ser o Cavalheiro de Chumbo"...

* Paulo Portas considera que a excelente performance do actual governo, não é só  o resultado da liderança eficaz e musculada de Passos, mas, sobretudo,  da sua coragem e lata política...

É o que deve estar a dar...

Governo vai promover o polvo.

O estado a que isto chegou


Passos Coelho e Paulo Portas entenderam que a melhor forma de responder perante a reposição da legalidade infringida foi a de declarar guerra aos cidadãos de Portugal.

Pouco faltou ao Primeiro-Ministro, que respirava ódio e se engasgava no discurso, para declarar o estado de sítio e assim punir quem o chamou à ordem constitucional.

Todos os poderes que pediram a fiscalização da legalidade, o Presidente da República, a Assembleia da República e o Provedor de Justiça, foram alvo indirecto do seu discurso e o Tribunal que o julgou foi objecto das mais graves afrontas feitas em democracia a um poder independente.

Os cidadãos são o alvo da vingança e foram anunciadas as malfeitorias que se seguem para demonstração de que ninguém sairá impune à rebeldia e ao inconformismo.

A alocução piegas e revanchista do chefe do Governo português ficará certamente registada na memória de uma Nação que não se resigna à má-sorte, embora resulte das suas escolhas, de ter tão fraca gente e com tão má índole a dirigir os seus destinos.”

"Eu hei-de amar uma puta", o primeiro livro de Pedro Rodrigues

foto de Pedro Agostinho Cruz
"Eu hei-de amar uma puta” é uma espécie de ensaio sobre a solidão. É uma história de amor e de perda, um romance retorcido e sádico carregado de obstáculos. É a história de um Pedro e de uma Alice que, como tantos outros Pedros e tantas outras Alices, teimam em ser atropelados pelos efeitos adversos da vida.Não é um livro de culto, nem uma obra de arte, não é sequer um livro extraordinário, mas é o livro, ou melhor: são as palavras e as dúvidas que ficaram mudas nas gavetas durante a minha adolescência. É talvez uma tentativa falhada de responder à eterna questão que me atormenta desde a morte da minha avó: "quando perdes o que há para perder, o que te faz continuar?" Ou talvez não seja nada disso. Talvez seja apenas um desabafo".

Para ler o livro, clicar  aqui.

A verdade do talentoso curandeiro senhor dos Passos é simples...

Como ainda não estávamos com a dose certa para atacar a febre, o talentoso curandeiro armado em primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, como "precisava de um bode expiatório para os seus próprios erros, de um pretexto para avançar sem oposição para o programa de "refundação"do Estado Social e de criar o fantasma necessário para instalar o medo -  o segundo resgate -que, se vier, virá por causa dos resultados das políticas de austeridade e não devido a esta decisão do TC" construiu um enredo onde se escondem as suas responsabilidades e as suas intenções.
Este,  é o único talento do nosso curandeiro de serviço,  que anda armado em primeiro-ministro...

Sonhos..

O "compromisso duradouro" entre órgãos de soberania, ontem exigido por Passos, não significa cedência. Antes,  a intenção de amarrar todos à estratégia que traçou para superar a "emergência nacional".
Resumindo. Passos Coelho não vai atirar a toalha ao chão. E quer que os outros agentes políticos o acompanhem…
Não apenas os partidos do tradicional  "arco da governação" (PSD, PS e CDS), mas também o presidente da República, implicitamente convocado a envolver-se no tal  "compromisso duradouro"…
Ora bem, isto tem um nome: chama-se fuga para a frente…
Sendo assim, dado que é uma situação de “emergência nacional”, deve estar na hora de incluir na lista dos partidos do “arco do poder”  o PPM…
Ou será que já está na hora de incluir,  também,  o PNR?

Em tempo.
Portugal, em princípio, parece ter-se visto livre de Relvas.
Contudo, sobraram ainda muitos...
Todos os que passaram pelas jotas, concelhias e distritais do PS e do PSD nos últimos 30 anos.
No País, por exemplo Passos e  Seguro…
Na Figueira, por exemplo o dr. Miguel e Portugal…
Se assim acontecesse, então, talvez, um dia, voltássemos  a ter um país e uma cidade.

domingo, 7 de abril de 2013

Naval reage bem às adversidades dos últimos dias...


 ... e justificou vitória sobre Sporting B por 1-0.

Pedro para a outra vez respeita o urinol

foto sacada daqui

É certo que o urinol,  esse confidente dos momentos mortos e pensamentos dispersos da humanidade masculina, reluzente na sua celestial brancura de porcelana, nota-se bem na foto,   preso aos  azulejos húmidos.
Mas,  era o urinol – e não tu Pedro -  que merecia estar em primeiro plano na foto.  
O urinol é o expoente máximo do design.
O urinol é um grito de libertação masculina - nem o cinto de castidade, nem a burqa, nem qualquer outro objecto alguma vez concebido pelo génio humano algum dia causou nas mulheres tamanho pavor e choque como o vulgar urinol.
Tudo isto,  porque elas sabem que o urinol é o nosso sagrado altar do ethos masculino e da nossa virilidade.
Numa época em que as mulheres nos roubaram as faculdades, os carros, o futebol, as calças, a cerveja, os palavrões, o urinol mantém-se como bastião inacessível de tudo aquilo que faz de nós o sexo forte.
O urinol é nosso, nunca será delas, pois  é impossível domesticá-lo, civilizá-lo, feminizá-lo.
O urinol é o nosso amigo franco e transparente.
O urinol é, enfim, um direito fundamental do homem, desde o dia em que a sua estatura lhe permite alcançá-lo até à algália.
Pedro, para a outra vez tem mais respeito - não tomes o lugar do urinol.
Essa maravilha da civilização tem de ser defendida e valorizada por nós,  os homens - é nosso  amigo e estandarte de masculinidade!