terça-feira, 14 de julho de 2009

Algures na Ilha da Morraceira

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Figueira, um concelho diminutivo

Nesta Figueira, concelho diminutivo, a fronteira entre a realidade e a ficção está cada vez mais estreita…
O real, isto é, o que se vê, não é mais o que parece, mas é um outro real: o da representação…
Eu bem sei, que o senhor deputado Miguel Almeida não é de se gabar nem de se queixar do esforço.
Eu bem sei, e o senhor deputado Miguel Almeida também, que na política o reconhecimento não é doutrina.
Eu bem sei, e o senhor deputado Miguel Almeida também, que o mérito e o cumprimento do dever devem ser ratificados.
É por isso mesmo, que eu não vou votar em si, senhor deputado Miguel Almeida.
E sabe porquê?
Em 21 de Fevereiro p.p remeti-lhe o seguinte email:
“Serve o presente para alertar V. Exa. para o problema da erosão costeira a sul da barra do rio Mondego. Anexo algumas fotos obtidas nos últimos dois meses na freguesia de São Pedro. Penso que darão uma ideia da dimensão do problema. No meu blog http://outramargem-visor.blogspot.com/ tem abundante conteúdo para analisar. agradecendo a sua melhor atenção para o assunto, apresento-lhe os melhores cumprimentos.
antónio agostinho”

Até hoje, continuo a aguardar qualquer resposta, apesar de o senhor deputado, segundo diz, “durante os quatro anos ter contactado os que o elegeram e os que não o elegeram para melhor conhecer as suas causas e os seus problemas concretos.”
Eu, só tenho a dizer: não esperei pelo seu contacto, contactei-o sobre um problema concreto e não obtive qualquer resposta…
Portanto, por mim, o senhor deputado não será eleito.
Porque não foi eficaz para um cidadão figueirense, num problema de tamanha importância para ele, como é a erosão costeira…

Nota:
Por ser verdade, informo que noutra questão então também pertinente - o atraso e a derrapagem na construção da nova Ponte dos Arcos - contactei o senhor deputado Miguel Almeida e fui informado do que era no momento possível saber-se...
Daí, a minha estranheza: não havia nada a dizer sobre uma questão tão pertinente como a erosão costeira a sul do concelho da Figueira da Foz senhor deputado?..
E, já agora, por uma questão de educação, qualquer um merece resposta...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Com Jorge Jesus os jogadores do Benfica já jogam o dobro...



Apenas um dia depois do primeiro jogo de pré-temporada, o Benfica volta esta segunda-feira a entrar em campo na Suíça, agora frente ao Shakhtar Donetsk, quase com os mesmos onze!....

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O País do faz de conta…

foto de Pedro CruzVivemos num País e numa cidade do faz de conta.
A propaganda irresponsável e destituída de conteúdo, é um ónus que, todos, mais cedo ou mais tarde, teremos de pagar.
Estes são os políticos que elegemos. Estes são os partidos que temos a governar.
Mas, será que não temos outros partidos, nem outra gente?..
Mais uma vez, estamos a aproximar-nos a um tempo de opções.
As eleições deveriam ser encaradas como aquilo que são: a escolha dos que vão determinar o nosso futuro.
Infelizmente, as coisas não funcionam desta maneira. Vota-se. Os que votam. E pronto.
Este, ainda é o tempo em que concedemos o voto por uma esferográfica, um avental, uma tigela de caldo-verde, uma sardinha no pão, um tinto…
Um luxo, que a extrema pobreza, nuns casos, económica, noutros, intelectual, agradece…
Vejam como funciona a coisa. Um exemplo prático e real, para ser de mais fácil entendimento.
Possivelmente, nos próximos 4 anos, os figueirenses vão ter como seu representante na Assembleia da República Miguel Almeida (o nome, aqui, é o que menos importa…) que foi o mais votado para representar o PSD da Figueira da Foz, na lista de deputados à Assembleia da República por Coimbra. O deputado figueirense reuniu 10 votos, contra cinco a favor de Lídio Lopes, presidente da concelhia “laranja” na Figueira, numa votação que se realizou sexta-feira à noite na sede do partido.
Com 10 votos, dez, se escolhe um deputado de um concelho com mais de 40 mil habitantes...
Isto, diga-se em abono da verdade, acontece no PSD. Mas é assim em todos os partidos.
O País está entregue a uma elite de iluminados. Ponto final.

sábado, 11 de julho de 2009

Homenagem aos pescadores covagalenses - dia 2

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Um texto do Doutor Luis Melo Biscaia


Com a devida vénia, respigámos este texto do Doutor Luís de Melo Biscaia, daqui.
“Infelizmente, são já muitos que pouco ou nada se importam em valorizar a democracia, observando os seus princípios éticos e programáticos. Preferem viver sem essa preocupação, porque não sabem nem procuram saber o que é verdadeiramente esse regime político. Aproveitam, sim, a liberdade, que é própria de tal regime, para se comportarem muitas vezes da pior maneira, julgando que tudo é permitido! Vão sendo frequentes as situações de desrespeito pelo diálogo social e político, pela aceitação do pluralismo, pela solidariedade e pela justiça, pela convivência pacífica e democrática, e até pela boa educação. Assim a nossa democracia vai empobrecendo, parecendo mais uma imitação de muito mau gosto do que deveria ser. A arrogância, a prepotência, o incumprimento das leis, o desejo de enriquecer depressa mesmo por meios ilícitos, o favoritismo de amigos ou de quem tem a mesma opção política, a desonestidade, etc, imperam cada vez mais. No entanto, os que apregoam, a todo o momento, que são democratas, na prática do dia-a-dia negam constantemente essa qualidade. Já o dissemos e repetimos: à Revolução, que nos trouxe a Liberdade e a Democracia, não se seguiu uma revolução das mentalidades, que, durante os muitos anos da ditadura, estiveram anquilosadas e impedidas de fazer opções. Era preciso que se tivesse feito uma campanha de formação, com competência e dedicação. E bom teria sido que essa formação começasse logo nas escolas e também nos Partidos. Estes pouco ou mesmo alguns nada têm feito de válido nesse sentido. Estamos sempre a tempo de dar à nossa democracia o que ela merece, nunca esquecendo que se conquistou com muitos sacrifícios de toda a ordem. Tal depende essencialmente da vontade firme de cada um.”

Conforme pudemos ler, este oportuno texto alerta para um problema real: a qualidade da democracia está a decair em Portugal.
A sociedade portuguesa está desencantada com a classe política e, isso, reflecte-se no empobrecimento da nossa democracia: todos temos noção que a diminuição da participação nas eleições, o desinteresse dos cidadãos pelos partidos políticos e pelos sindicatos, o aumento da desconfiança em relação aos políticos e às instituições democráticas, não fortalece o regime democrático.
Dado o contexto complicado que se vive em Portugal, é por conseguinte, da maior pertinência e actualidade este lúcido texto do Doutor Luís de Melo Biscaia.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Homenagem aos pescadores covagalenses - dia 1

Para ver melhor clicar em cima da foto

“Deja vue”...


Todos temos estrategicamente direito a sonhar.

Mesmo que o sonho seja uma repetição...




Homenagem aos pescadores da pesca do bacalhau e a todos os marítimos covagalenses


Começa hoje, pelas 16 horas, no Clube Mocidade Covense, com a abertura da Exposição alusiva à pesca do Bacalhau, a homenagem aos marítimos covagalenses promovida pela Junta de Freguesia de São Pedro.
Igualmente hoje, em continuação do programa, decorre na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
Amanhã, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prossegue a Exposição e haverá passagem de filmes.
Finalmente, domingo, dia 12, este evento terá o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Segue-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.

É este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses."
Como escrevi há uns meses atrás neste blogue, a propósito de uma exposição em Lavos, a pesca do bacalhau à linha, com dóris de um só homem, foi uma heróica, mas sofrida singularidade portuguesa. Isto, para deixar bem claro, que a epopeia do bacalhau na Cova e Gala é um património que faz parte da memória colectiva dos homens do mar figueirenses ainda vivos, directamente envolvidos, e dos seus familiares, que quem manda na nossa cidade não soube preservar.

Entretanto, um pormenor: tive conhecimento de um documento técnico da autoria de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), elaborado por solicitação da EP – Estradas de Portugal, que vai ser editado pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR), que considera que uma rotunda tem como função “regular o trânsito automóvel, mas assume igualmente um contributo válido na segurança dos peões e na requalificação do meio envolvente”. Por conseguinte, “a colocação de obstáculos físicos rígidos (por exemplo, estátuas, observadas em muitas rotundas) é um erro técnico”.

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