António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 16 de agosto de 2008
O que nos está a escapar?..
Algo está a escapar para a completa compreensão da Cova-Gala!..
Em teoria, a Cova-Gala deveria ser da responsabilidade dos covagalenses. Mas, em conversa com alguns covagalenses, não parece ser assim...
O que nos estará a escapar?..
Em teoria, a Cova-Gala deveria ser da responsabilidade dos covagalenses. Mas, em conversa com alguns covagalenses, não parece ser assim...
O que nos estará a escapar?..
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Chegámos a meio de Agosto ...
....e, por cá, está tudo quase perfeito!..
Afinal, Portugal escapou à recessão económica que se faz sentir em grande parte dos países da UE...
Então, porque raio não estou optimista?
Será porque, com o tempo que se prevê para amanhã e depois, vamos ter mais um fim de semana de tempestades de areia, neste deserto de ideias que nos vai sufocando.
Afinal, Portugal escapou à recessão económica que se faz sentir em grande parte dos países da UE...
Então, porque raio não estou optimista?
Será porque, com o tempo que se prevê para amanhã e depois, vamos ter mais um fim de semana de tempestades de areia, neste deserto de ideias que nos vai sufocando.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Quando o sonho desaparece...
Foto sacada daqui
Conta no seu blogue o anterior primeiro-ministro de Portugal, Doutor Pedro Santana Lopes, que “no Portugal da União Europeia cheio de auto-estradas e computadores, não encontrou um único oftalmologista no Algarve, em pleno Agosto, que pudesse socorrer um familiar que teve um problema grave nos olhos".
Valeu-lhe os “contactos”: “já alguém chamava uma ambulância para levar esse familiar para Lisboa, quando se conseguiu descobrir dois grandes médicos de Coimbra, em férias no Algarve. Um de cirurgia interna, o outro da especialidade.
A pessoa em causa estava a passar uma autêntica tortura e não havia ninguém para, sequer, a observar”...
Este, é o País real, que nós portuguseses normais conhecemos, mas que um político veterano (deputado, português e europeu, presidente de câmara, secretário de estado e primeiro-ministro), só descobriu em férias!..
"Entre o senhor rei de então, e os senhores influentes de hoje, não há tão grande diferença: para o povo é sempre a mesma servidão. Éramos mandados, somos agora governados: os dois termos quase se equivalem (Antero de Quental)."
Porém, voltando aos dias de hoje, mais vale tarde que nunca: o relato de um político experiente como Pedro Santana Lopes, dá uma imagem real da redoma de vidro em que vive a classe política portuguesa...
"Depois admiram-se quando câmaras municipais enviam para Cuba doentes para serem operados a cataratas e outras maleitas do foro oftalmológico!.."
Conta no seu blogue o anterior primeiro-ministro de Portugal, Doutor Pedro Santana Lopes, que “no Portugal da União Europeia cheio de auto-estradas e computadores, não encontrou um único oftalmologista no Algarve, em pleno Agosto, que pudesse socorrer um familiar que teve um problema grave nos olhos".
Valeu-lhe os “contactos”: “já alguém chamava uma ambulância para levar esse familiar para Lisboa, quando se conseguiu descobrir dois grandes médicos de Coimbra, em férias no Algarve. Um de cirurgia interna, o outro da especialidade.
A pessoa em causa estava a passar uma autêntica tortura e não havia ninguém para, sequer, a observar”...
Este, é o País real, que nós portuguseses normais conhecemos, mas que um político veterano (deputado, português e europeu, presidente de câmara, secretário de estado e primeiro-ministro), só descobriu em férias!..
"Entre o senhor rei de então, e os senhores influentes de hoje, não há tão grande diferença: para o povo é sempre a mesma servidão. Éramos mandados, somos agora governados: os dois termos quase se equivalem (Antero de Quental)."
Porém, voltando aos dias de hoje, mais vale tarde que nunca: o relato de um político experiente como Pedro Santana Lopes, dá uma imagem real da redoma de vidro em que vive a classe política portuguesa...
"Depois admiram-se quando câmaras municipais enviam para Cuba doentes para serem operados a cataratas e outras maleitas do foro oftalmológico!.."
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Figueirenses: abram a pestana
Os vorazes apetites para negócios imobiliários continuam por aí.
"Apetites aos quais, autarcas municipais mais desesperados por fazer receitas e dinheiro fresco, possam no futuro não saber ou não querer resistir..."
"Apetites aos quais, autarcas municipais mais desesperados por fazer receitas e dinheiro fresco, possam no futuro não saber ou não querer resistir..."
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Paz
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andersen
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andersen
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
“O País do faz-de-conta”
Este filme, já passou por mim em Janeiro de 1993.
Lembram-se dos aduaneiros?
Na altura, Cavaco Silva era 1º. Ministro. Agora, é Presidente da República.
“...a administração d' O Primeiro de Janeiro despediu todos os jornalistas em quatro dias depois reabriu o jornal com uma redacção totalmente diferente, composta por pessoas que já produziram outro periódico, chamado Norte Desportivo. Alguém se escandalizou?”
Podem colocar de pé cem Expos, realizar quinhentos europeus, que o país continua a mudar devagar!...
Lembram-se dos aduaneiros?
Na altura, Cavaco Silva era 1º. Ministro. Agora, é Presidente da República.
“...a administração d' O Primeiro de Janeiro despediu todos os jornalistas em quatro dias depois reabriu o jornal com uma redacção totalmente diferente, composta por pessoas que já produziram outro periódico, chamado Norte Desportivo. Alguém se escandalizou?”
Podem colocar de pé cem Expos, realizar quinhentos europeus, que o país continua a mudar devagar!...
Apesar de ser verão
Apesar do tempo que faz, ainda é verão.
E o verão não deveria ser tempo para emoções fortes.
Cá por Portugal, as coisas decorriam sem preocupações. O petróleo até estava a baixar.
Neste mês de Agosto, as nossas dificuldades – da saúde ao desemprego, passando pela educação e pelo endividamento das famílias, enfim, as misérias de um País pobre e mal preparado – pareciam nem serem nossas.
Infelizmente, porém, mesmo no verão, os povos deixam-se manipular por oportunistas. De há uns dias a esta parte, mais precisamente desde o dia do arranque dos Jogos Olímpicos de Pequim, o Cáucaso tornou-se a zona mais perigosa do globo.
Mais uma vez, os reais interesses por detrás destes conflitos - a posse e o controlo do petróleo e do gás, que o mesmo é dizer, o dinheiro - falaram mais alto.
Apesar de ser verão, a guerra continua a ser uma grande merda.
E agora é na Europa...
Mesmo no verão, está é uma emoção forte. E uma enorme preocupação.
E o verão não deveria ser tempo para emoções fortes.
Cá por Portugal, as coisas decorriam sem preocupações. O petróleo até estava a baixar.
Neste mês de Agosto, as nossas dificuldades – da saúde ao desemprego, passando pela educação e pelo endividamento das famílias, enfim, as misérias de um País pobre e mal preparado – pareciam nem serem nossas.
Infelizmente, porém, mesmo no verão, os povos deixam-se manipular por oportunistas. De há uns dias a esta parte, mais precisamente desde o dia do arranque dos Jogos Olímpicos de Pequim, o Cáucaso tornou-se a zona mais perigosa do globo.
Mais uma vez, os reais interesses por detrás destes conflitos - a posse e o controlo do petróleo e do gás, que o mesmo é dizer, o dinheiro - falaram mais alto.
Apesar de ser verão, a guerra continua a ser uma grande merda.
E agora é na Europa...
Mesmo no verão, está é uma emoção forte. E uma enorme preocupação.
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