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domingo, 24 de julho de 2016

Até esta pequenez e esta impotência nos devia servir para mostrar que a culpa devia ser colectivamente assumida!..

Fez ontem 40 anos, Soares tomou posse como primeiro-ministro do I Governo Constitucional. A efeméride foi assinalada a partir das 18:30 com uma cerimónia informal nos jardins do Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, um dos oradores da sessão, juntamente com Rui Vilar e Pinto Balsemão. Comparecerem cerca de 250 personalidades, entre elas o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o general Ramalho Eanes, Conselheiros de Estado, deputados, antigos e actuais ministros, Passos Coelho, etc. Internado de urgência, Jorge Sampaio não pôde comparecer. Embora convidado, Sócrates não apareceu.

Também ontem, um grupo de amigos decidiu homenagear Cavaco Silva, organizando um almoço para 80 comensais. A coincidência das datas (a homenagem a Cavaco podia ser feita em qualquer altura) fala por si. Cavaco foi convidado para a homenagem a Soares, tendo declinado com o argumento do seu próprio almoço. Marcelo passou pelo local, mas não participou no repasto. E lembrou a data de Soares. Ter tido educação em casa faz toda a diferença.

Nota de rodapé.
NÃO HÁ COINCIDÊNCIAS
Cavaco Silva regressou e mostrou que por mais vezes que regresse volta sempre igual a si próprio, a ladainha é sempre a mesma, um auto-elogio e mesmo quando agradece aos que o ajudaram é é para dizer que fez muito. Desta vez regressou para enunciar toda a sua obra, mas, talvez pela sua idade, esqueceu-se de muita coisa.
Esqueceu-se de muitos amigos que os portugueses não esquecem, é o caso de Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Durão Barroso ou Duarte Lima. Falou muito das suas privatizações e lutas contra o "comunismo", mas esqueceu aquela que durante muitos anos foi a sua grande bandeira, a privatização da banca, talvez porque hoje não existe nenhum dos bancos que nasceram com as privatizações.
Quem pequenino nasce tarde ou nunca consegue crescer. 
Cavaco já morreu para a política, que descanse em paz no seu condomínio de luxo conseguido com modestos vencimentos e pensões.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

"Cada pedrada, cada melro"...

Imagem sacada daqui
Coincidências: Paulo Portas vai para a ‪Mota-Engil

Seixas da Costa foi o embaixador português na UNESCO responsável por convencer aquela entidade de que a Barragem de Foz ‪Tua‬ era compatível com o ‪Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial. Um ano depois foi trabalhar para a Mota-Engil, uma das construtoras da obra. Hoje é administrador da ‪EDP‬ Renováveis.

Paulo Portas‬, na altura líder do CDS/PP, foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros que nomeou Seixas da Costa para o cargo. Paulo Portas vai agora para a ‪Mota-Engil.

Assunção Cristas, do mesmo partido, era a Ministra do ‪Ambiente‬ quando autorizou o abate de 1104 sobreiros e 4134 azinheiras. Prestou declarações erradas ao Parlamento, em 2011, dizendo que o paredão estaria feito, quando nada havia no terreno. Podia ter parado a barragem. Assunção Cristas, hoje presidente do ‪‎CDSPP‬, vinha do escritório de advogados ‪‎Morais Leitão‬, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, onde trabalhou antes de ir para o Governo. Este firma de advocacia tem como cliente a concessionária da barragem de Foz Tua, a EDP

Coincidências...
Ou melhor, como  o «sistema e o tempo» provam que há sempre espaço para a renovação da espécie.

Nota de rodapé.
António Mota é decididamente o empresário do regime. Nos partidos do arco do poder, contrata políticos de todos os quadrantes.
Já nos anos 80, Duarte Lima, enquanto líder parlamentar do PSD, representava os interesses do grupo Mota. Pela Administração do grupo Mota, também passou o ex-ministro laranja Valente de Oliveira. 
Também o ex-ministro Ferreira do Amaral, presidente da Lusoponte, esteve na sua esfera de influência. Rui Rio prestou-lhe tributo, condecorando-o. Estão (ou estiveram) sob investigação judicial os seus negócios com Luís Filipe Menezes...
Jorge Coelho, ex-governante nas obras públicas, presidiu durante anos a este poderoso grupo. A ele se juntaram outros responsáveis da governação socialista, desde o ex-secretário de Estado Luís Parreirão a Rangel de Lima, antigo presidente da Estradas de Portugal. 
Mota pescou e continua a pescar também nas águas do CDS. Ao seu núcleo duro de gestão pertence António Lobo Xavier. Paulo Portas foi a Angola promover as relações entre a construtora e o governo de Eduardo dos Santos.
Pelas notícias de hoje, a  promiscuidade entre o sector público e o privado, entre a politica e os negócios continua de vento em popa.
Para quando a aprovação de uma lei das incompatibilidades que acabe com esta pouca vergonha?

domingo, 6 de março de 2016

Apesar de a gente saber, há muito, que às vezes isto acontece.....

1.Via Revista Sábado  
O deputado Pedro Coimbra, dirigente do PS que beneficiou de múltiplos esquemas e fraudes para ser eleito presidente da federação socialista de Coimbra em 2012, sai ileso do processo judicial que investigou a falsificação de centenas de fichas de militantes forjadas pelos seus apoiantes. Apesar de ter conseguido um lugar nas listas ao Parlamento porque conquistou a liderança da federação, não tem o lugar em risco na Assembleia da República. Por isso também não deverá ser visado nos procedimentos disciplinares que o PS pôs em marcha...

...O processo das fichas falsas em Coimbra foi a maior investigação judicial a uma fraude interna de um partido, e recaiu sobre a fase que antecedeu as eleições para aquela Federação Distrital em Junho de 2012, ganhas por Pedro Coimbra. O caso acabou por não ir a julgamento porque 18 dos arguidos, todos apoiantes activos de Coimbra, aceitaram a suspensão provisória do processo mediante um acordo com o Ministério Público, revelado há uma semana, que consistiu na prestação de trabalho comunitário ou no pagamento a instituições de solidariedade de verbas que vão até aos 1.500 euros. Foi o caso de Rui Duarte, ex-deputado, presidente da concelhia de Coimbra, um dos principais apoiantes do líder distrital. Aceitou pagar 1.500 euros a uma instituição depois de ser acusado de assinar "pelo menos 11 fichas" falsificadas, segundo a acusação. O dirigente escreveu no Facebook que "nunca, em momento algum" foi acusado "de falsificar quaisquer dados". Não é verdade. O MP foi explícito ao escrever que este arguido, em conjunto com outros apoiantes de Pedro Coimbra, "procederam à falsificação de elementos" nas fichas de militantes, "nas quais foram forjadas assinaturas e apostas moradas falsas", para beneficiar o candidato...

...Entre os arguidos que aceitaram o acordo estava Francisco Reigota (acusado de falsificar "pelo menos nove fichas"), que aparece no site do PS-Coimbra como número três do secretariado de Pedro Coimbra. António Paredes, número quatro da mesma direcção, foi acusado de falsificar pelo menos cinco fichas, assim como o seu filho David Paredes (acusado de falsificar 19)...

O escândalo tinha sido denunciado em 2012 por Cristina Martins, uma professora de Matemática e dirigente do PS que acabou expulsa do partido... 

2. Via Diário de Notícias
A reeleição tranquila de Passos Coelho está a tornar-se uma guerra interna no PSD, que vai passando de regional a nacional. Ontem, foi dia de directas, mas também de eleições em três distritais, e a de Aveiro está a dar problemas. A candidatura de Ulisses Pereira - cujo mandatário é o líder parlamentar Luís Montenegro - está a acusar órgãos nacionais com a confiança do líder (como é o caso do Conselho de Jurisdição Nacional) de "branqueamento" de "práticas irregulares" que "lesam a imagem do PSD".

Em comunicado, a candidatura deixa também farpas à secretaria-geral (liderada por Matos Rosa, também um cargo da confiança de Passos) dizendo que só recebeu os cadernos eleitorais "no dia 2 de março, ao final da tarde (...) quando o regulamento eleitoral dispõe que devem estar disponíveis até ao sétimo dia anterior à eleição".

A situação está a gerar desconforto junto a direcção de Passos, que vê estas acusações como uma afronta do líder parlamentar ao líder do partido. Na base de tudo isto estão as eleições no PSD-Aveiro, a suspeita de irregularidades e a decisão do Conselho de Jurisdição Nacional (CJN), tomada no dia 1 de março e assinada pelo presidente deste órgão, Calvão da Silva.

Em dois meses do último verão (junho e julho) foram inscritos 418 militantes na secção de Ovar (à qual pertence Salvador Malheiro, o candidato que enfrenta Ulisses Pereira), dos quais 271 pertencem à freguesia de Esmoriz e 80 tinham residência na Rua dos Pescadores. Além disso, 17 tinham a mesma morada e haviam 121 novos inscritos que partilham três números de telemóvel: 77 com o mesmo número, 33 com outro e 11 com outro.

Ora o CJN decidiu considerar regulares estas situações. Na deliberação, à qual o DN teve acesso, é relatada uma reunião entre Calvão da Silva e o presidente da concelhia de Ovar, Pedro Coelho, onde "foram entregues, em mão, as certidões passadas pela Junta de Freguesia de Esmoriz relativamente aos 17 militantes inscritos na Avenida Infante D. Henrique, n.º 79, e aos dez militantes inscritos na Rua dos Pescadores, n.º 379".

Além disto, explica a deliberação, os esclarecimentos foram "coadjuvados por um vídeo relativo à "morada colectiva" [que demonstra] que o número de polícia das moradas em causa serve um conjunto de residências autónomas em que habitavam as pessoas indicadas, com a mesma e única entrada comum".

O mesmo documento diz que "no tocante aos números de "telefone colectivo" o presidente do PSD-Ovar entregou os números individuais das pessoas que têm telefone próprio". Ora, após tudo isto, "o CJN é de parecer não haver razões para anulação da convocatória para a eleição dos órgãos distritais de Aveiro". Ou seja, os militantes que moravam na mesma casa e tinham o mesmo telemóvel podem votar. Não só para a distrital de Aveiro como no próprio líder do partido.

A deliberação levou à ira com um comunicado da candidatura, cujo mandatário é Luís Montenegro, acusando o CJN de ter analisado "apenas 27 [fichas] em 418", estranhando que não tenha ouvido "nenhum dos militantes em causa".

O comunicado é assinado pelo gabinete de comunicação da candidatura, pelo que não é o próprio Ulisses Pereira, vinculando mais ainda o mandatário Luís Montenegro. A situação junta-se a outras que os mais próximos de Passos vêem como marcação de território do líder parlamentar e como uma afronta a Passos que já tem sido evidente em algumas declarações, bem como em decisões na gestão da bancada, que foram tomadas sem a aprovação prévia do líder do PSD.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Esta malta...

"Os 18 militantes do PS que foram considerados culpados no caso das fichas falsas devem ser suspensos provisoriamente pelo partido, sendo que um deles é Rui Duarte, presidente da comissão concelhia de Coimbra. Além desta proposta, o Secretariado Nacional do PS determinou ontem a suspensão da data das eleições na Federação de Coimbra. A 5 de Fevereiro, o Ministério Público (MP) tinha determinado a suspensão provisória do processo de fichas falsas de militantes do PS do distrito de Coimbra, não avançando para julgamento, apesar de ter concluído que 18 militantes, entre os quais o ex-deputado Rui Duarte, terão cometido o crime de falsificação." - Via Diário de Coimbra

Nada disto já me surpreende, nada disto já me afecta.
Há muito que não confio nos carreiristas dos partidos do "arco do poder"
Problema e defeito meu, certamente. 
Muita boa gente me tem dito ao longo da vida que, em democracia, é assim: criam-se nas creches privadas dos partidos os futuros líderes. 
Passos Coelho, veio de um desses aviários. Andou a fingir que era jovem até não poder mais (parece que tirou um licenciatura privada aos 39 anos!...). Depois, foi para umas empresas que fingiam ser fantásticas, graças aos favores de esforçados, diligentes e competentes relações públicas -  como exemplo, quase todos sabemos da existência desse extraordinário Relvas... 
A única coisa que me amofina um pouco - já muito pouco mesmo - é ver gente que politicamente pensava doutra dimensão pactuar, poupar  e aceitar os franganotes criados e alimentados nos aviários partidários.

Santana chegou lá. Sócrates chegou lá. Passos chegou lá... Seguro foi atropelado pelo Costa e, só por isso, não chegou lá...
Sobre Passos, ainda me lembro de também Mário Soares, do alto da sua imensa sapiência, garantir que com Passos se podia falar devido à sua simpatia.... apesar de ser demasiado neoliberal
Há muito que eu conheço e ando desconfiado com esta maltinha alimentada pelos senadores partidários. 
E, confesso, que também neste caso detesto ter razão.
Não valem merda nenhuma e a comprovar está o facto de lhe terem confiado a governação do País e de certas autarquias, como foi o caso da Figueira e o resultado ter sido o que sentimos na pele...
Isso, foi excesso de confiança, como penso que a maioria de nós já percebeu...
Ou será que estou optimista de mais e, isso, ainda não é verdade?..

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A eternidade para Santana Lopes na Figueira!..

Na Figueira é sempre carnaval...

" O trio eléctrico está de volta à Figueira da Foz, 12 anos depois da última vez em que animação desfilou sobre rodas na marginal da cidade. Desta vez, porém, a moda importada pelo antigo presidente da câmara Pedro Santana Lopes faz-se no inverno, nos dois corsos do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, e não nas noites cálidas de verão, como aconteceu naquela altura. A outra novidade é que em vez do samba é o zumba, a dança da moda, que vai animar a pista da viatura descoberta com 30 metros de comprimento. A sugestão partiu do professor figueirense de zumba Luís Paulo, que a Associação do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, que este ano organiza a festa carnavalesca, acolheu de imediato. O mentor da ideia adiantou aos jornalistas que quem quiser pode juntar-se ao trio eléctrico, formando um grupo de foliões ao ritmo do zumba. 
Na conferência de imprensa, Luís Paulo fez-se acompanhar por Adelino Vaz (organização do Carnaval), Rui Duarte (Junta de Buarcos) e Rosa Amélia, a peixeira mais conhecida de Portugal. “A peixeira do povo”, como gosta de ser conhecida, revelou que vai subir ao último andar do trio elétrico para dançar com “o fato mais descascado” que encontrar no seu roupeiro. A empresária apresentou-se como fã do trio eléctrico. Esta paixão nasceu na Figueira da Foz, quando, nos primeiros anos do actual século o músico brasileiro Netinho espalhou o ritmo baiano pela marginal. A carismática Rosa Amélia aproveitou a ocasião para defender o regresso do Carnaval de verão à Figueira da Foz. O trio elétrico vai abrir os desfiles de domingo e terça-feira, com cerca de uma centena de foliões a bordo e todos os quiserem acompanhá-lo. " 
Via AS BEIRAS

Em tempo.
Coerência, é, 12 depois, no inverno, esta maioria absoluta que está no poder autárquico figueirense, contribuir para fazer reviver uma moda importada pelo antigo presidente da câmara Pedro Santana Lopes...
Será que estes, que tanto quanto sei, nunca pertenceram à elite cultural lisboeta, acreditam que a Figueira continua a ter tudo para estar na moda?..
Se isto constitui eternidade na Figueira para Santana Lopes, não sei!..
Aquilo que constato é que esta elite, que é eleita pelo povo, sabe que "o povo" é povo porque não percebe uma carrada de coisas. 
Há muitas razões para "o povo" ser tratado por “o povo” e não por outro nome qualquer que lhe desse mais dignidade do que aquela que merece por parte de quem o governa
Podia passar a listar essas razões, numa lista ordenada, ou numa lista desordenada, mas seria desnecessário, por irrelevante.
A esmagadora maioria de quem passa por aqui, para ler, não é "o povo"...
E, quem me lê, sabe do que eu estou a falar...

sábado, 5 de dezembro de 2015

Na terra dos autarcas "ronaldos"...

Imagem sacada daqui
Se, em vez de um José Esteves, de um Rui André Duarte, de um António Faim Cardoso, de uma Maria de Lurdes Palaio e de um Pedro Daniel dos Santos, esta equipa fosse constituída por cinco "ronaldos", teríamos um "ronaldinhinho", um "ronaldinho", uma "ronalda", um "ronaldão" e um "ronaldãodão"
Na terra  dos autarcas "ronaldos", as regras, para o tamanho das placas,  têm de passar a ser muito bem definidas. 
Não podemos correr o risco de, para os "ronaldos" das pontas, deixar de ter espaço na placa para o nome completo... 
Imaginemos, que este plantel de "ronaldos", era uma equipa de futebol de 5...
Teriam de usar manga comprida, o que, nos nossos pavilhões, sem ar condicionado, seria sempre uma enorme maçada e um desconforto terrível... 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O caso da isenção das taxas em Buarcos e São Julião...



Conforme demos conta aqui, os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, liderados por Carlos Tenreiro, solicitaram uma assembleia extraordinária deste órgão para ver esclarecidos os detalhes da animação de verão organizada por comerciantes. Essa assembleia realiza-se hoje, pelas 19 horas e 30 minutos, na Escola do 1.º Ciclo do Viso. Em causa estão os eventos realizados por concessionários de quiosques do jardim Dr. Fernando Traqueia, com vedação de espaços públicos e cobrança de entradas e isenção de taxas municipais, que como o vídeo demonstra teve enorme afluência.




Para ver melhor, basta clicar em cima das imagens
O executivo da Junta de Buarcos e São Julião (PS) afirmou, através de Rui Duarte, que esta autarquia “disponibilizou apoio (isenção de taxas) aos eventos em causa e a outros que, como este, contribuam para a promoção turística da freguesia”
Isto, no mínimo, é algo de estranho: de harmonia como o Artº. 4º. do Contrato de Concessão, cabe ao concessionário suportar os custos inerentes à animação de verão, nomeadamente o pagamento de artistas, taxas e licenças com direitos de autor, ruído, policiamento, etc. 
Conforme se verifica pelo teor do ofício da Câmara da Figueira, a Junta de Freguesia de Buarcos beneficiou da isenção das taxas, quando pelo contrato de concessão elas deveriam ter sido pagas pelo concessionário!.. 
A Junta chutou para canto e informou que apoiou a organização, partindo do princípio de que as entradas não eram pagas, o que não aconteceu... 
Vamos lá ver o que acontece na reunião extraordinária, a realizar mais logo ao fim da tarde...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Amanhã realizam-se duas sessões da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião...

«Os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, liderados por Carlos Tenreiro, solicitaram uma assembleia extraordinária deste órgão para ver esclarecidos os detalhes da animação de verão organizada por comerciantes. 
Em causa estão eventos realizados por concessionários de quiosques do jardim Dr. Fernando Traqueia, com vedação de espaços públicos e cobrança de entradas e isenção de taxas municipais. A principal força política da oposição, que lidera a coligação Somos Figueira, afiança que estas contrapartidas da concessão (organização de eventos) não estão contempladas no respectivo contrato e exige que a junta apresente as contas relativas à animação. 
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o executivo da Junta de Buarcos e São Julião (PS) afirmou, através de Rui Duarte, que esta autarquia “disponibilizou apoio (isenção de taxas) aos eventos em causa e a outros que, como este, contribuam para a promoção turística da freguesia”
O PSD queixa-se ainda que a assembleia extraordinária não foi convocada nos prazos regimentais, estranhando, por outro lado, que a mesma tenha sido marcada para o mesmo dia da sessão ordinária – amanhã, às 19H30 e 21H00, respectivamente, na Escola do 1.º Ciclo do Viso
A presidente da mesa da assembleia, Isabel Maranha Cardoso, justificou, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que as duas sessões foram agendadas no mesmo dia e horários próximos “para não obrigar as pessoas a duas deslocações e evitar custos logísticos”

quarta-feira, 22 de julho de 2015

E a lista PS ficou assim…

António Costa conseguiu incluir vários "ausentes" das propostas iniciais
A saga  pelos vistos  está encerrada.
Entraram João Galamba, Mário Ruivo e Elza Pais; saíram Rui Duarte, António Paredes e Eduardo Barata.
Depois, foi só baralhar e dar de novo e a lista de  candidatos efectivos do PS pelo circulo eleitoral de Coimbra ficou assim: Helena Freitas em numero 1, seguida por Pedro Coimbra,  João Galamba, Elza Pais, João Gouveia, Mário Ruivo,  Cristina Jesus, Rosa Isabel e  André Gomes.
Um nota: João Saldanha de Azevedo Galamba que vai em numero 3,  tem 39 anos. Nas últimas eleições foi eleito pelo círculo eleitoral de Santarém.
Ao que li aqui, terá ligações afectivas e familiares (por parte dos Galamba Marques) à Figueira da Foz, onde é conhecido nos circuitos do surf, desporto que até praticou no estrangeiro.
E pronto, problema resolvido. 
Conhaque é conhaque e a política quase sempre é cinema de ficção!..

terça-feira, 21 de julho de 2015

O processo de constituição das listas para deputados e a falta de sentido de estado…

"Esta é uma lista de gente capaz e competente, com provas dadas na sua vida profissional, académica, política e associativa. É uma das melhores listas de sempre do PS em Coimbra", disse Pedro Coimbra.
A lista de candidatos a deputados que será apresentada esta terça-feira à Comissão Política Nacional (CPN) do PS, para aprovação final dos candidatos às próximas eleições legislativas, é liderada pela professora universitária Helena Freitas, vice-reitora da Universidade de Coimbra. Integra ainda, nos seis primeiros lugares, o próprio Pedro Coimbra, Rui Duarte, actual deputado, a empresária Cristina de Jesus, o antigo presidente da Câmara Municipal de Soure João Gouveia e António João Paredes, antigo presidente e fundador da Associação Goltz de Carvalho, instituição de solidariedade social da Figueira da Foz e actual chefe de gabinete do presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares.
Sobre o nome de João Gouveia, antigo deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, actual líder da concelhia de Soure do PS e que cumpriu cinco mandatos como presidente da Câmara - os dois últimos pelo PS e três pelo PSD - e é sogro de Pedro Coimbra, o líder federativo recusou tecer comentários.
"O seu currículo fala por si", disse apenas.

Perante aquilo que a imprensa veiculou acerca desta lista como sendo a opinião da direcção nacional do PS (“não corresponder ao esforço de abertura, renovação e qualificação que se seguiu nos cabeças de lista e ser paradigma do pior aparelhismo”, bem como de não cumprir “os critérios aprovados pela Comissão Política Nacional”) a  um militante deste partido a única coisa que lhe resta fazer é escrever uma crónica num jornal a discordar?..
A propósito de livros e de escrita.
Depois de «homens que são como lugares mal situados», de Daniel Faria, teremos um dia destes «homens que estiveram mal situados no PS» de António Tavares?..

O cerne do problema, porém, na escolha dos candidatos a deputados, no PS e nos outros partidos do arco, não passa pela questão de optar por “caras novas” ou por “caras velhas”. Nem da  opção pela “competência” em desfavor da “novidade”
Nas listas do PS pelo círculo eleitoral de Coimbra haverá de tudo um pouco e nem tudo será desprezível. A importância do que acontece nestes períodos, nas chamadas “noites das facas longas", no PS e nos outros partidos do arco, centra-se sobretudo no facto de ser normalmente um espectáculo deprimente de desprezo pela Democracia, recriminações generalizadas, mesquinhez nos saneamentos, promoções improváveis, mostrando ao país como as divergências de opinião não passam de uma brincadeira de crianças, face ao restante  espectáculo que sempre soubemos que acontece nas tais “noites das facas longas” que são as reuniões partidárias para escolha dos candidatos aos “tachos”

sábado, 13 de junho de 2015

Passaram dez anos

foto RUI OCHOA
COMUNISTA E UM HOMEM ÚNICO, Álvaro Cunhal morreu no dia 13 de junho de 2005.
Passaram dez anos e Cunhal, Líder carismático, continua a ser o “cimento para a capacidade de resistência” do PCP.
Rejeitou o culto da personalidade, sempre recusou colocar uma fotografia sua em cartazes eleitorais, não gostava de montras mediáticas, não expunha as companheiras, nem a filha, nem os netos. Mantinha o seu quotidiano recatado. 
E, no entanto, quem lidava com ele de perto sempre se comove ao lembrar a preocupação carinhosa com os outros, que tanto contrastava com a imagem de homem duro: desdobrava-se em atenções, indagava da saúde, do bem-estar, da família, dos filhos dos camaradas. Um véu de suposta aridez emocional que ocultava um homem cheio de afectos. 
Estudava certeiro as poucas entrevistas que concedia, sempre se recusou a autobiografar-se, e até a desmentir os dados fantasiosos que, volta e meia, se insinuavam. E o que não se sabia ao certo, a comunicação social sempre fez questão de realçar, alimentar especulações, insondáveis enigmas. Onde vivia, com quem vivia, que doença o atacava nos últimos anos. Mas ele proclamava a modéstia, uma certa obscuridade, vivia na heteronímia (na política, antes do 25 de Abril, foi Duarte, Daniel, António. Na literatura Manuel Tiago), mas ainda assim ou talvez muito por causa disto se foi criando o mito que sempre rejeitou. Recusando o culto, reforçou-o. A sua presença fascinava, hipnotizava, até os guardas da prisão embatucavam quando com ele se cruzavam.
A morte de Álvaro Cunhal, já bastante debilitado, e de visão muito diminuída, embora ainda lúcido, é anunciada pelo Comité Central do PCP com "profunda mágoa e emoção", às 5 horas e 54 minutos do dia 13 de junho de 2005. 
Dois dias depois, realiza-se um funeral de Estado. Eu estive lá e vi milhares de pessoas, em cortejo fúnebre, percorrerem, durante mais de duas horas, a avenida desde a Praça do Chile até ao Alto de São João. 
Agitaram-se cravos, muitas bandeiras vermelhas e palavras de ordem, jorraram muitas lágrimas e a consternação era visível. Foi a maior manifestação de massas que vi ao vivo. 
Antes de a urna entrar no forno crematório, entoou-se a Internacional e o Hino Nacional.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Erosão Costeira: Relatório Ministerial vai ser apresentado segunda-feira

Sala cheia na sessão pública organizada pelo Bloco de Esquerda Figueira da Foz, com a participação de Helena Pinto (deputada do BE), dr. Filipe Duarte Santos (Grupo de Trabalho da Orla Costeira) e Rui Silva (Investigador).
O tema é preocupante, pois cerca de 25% da zona costeira continental é afectada por intensos fenómenos de erosão costeira que têm como consequência mais grave o recuo acentuado da linha de costa. As obras de protecção costeira realizadas nos últimos 20 anos custaram 196 milhões de euros, mas houve “picos”: só em três meses (entre janeiro e março de 2014) foram gastos 23 milhões (11,7 % do valor total) na reparação de estragos dos temporais.
Sobre o financiamento da adaptação futura da zona costeira portuguesa (protecção, recuo planeado e acomodação de infraestruturas), o dr. Filipe Duarte Santos recomenda a realização de estudos "com base em análises comparativas das soluções encontradas em outros países e considerando a possibilidade da partilha de responsabilidades de financiamento entre a administração central, local e entidades privadas".
Por outro lado, defende a gestão integrada e sustentável da zona costeira, consubstanciada em políticas públicas que resultem da participação e adesão à problemática da defesa da costa por parte da administração central, regional e local, populações, empresas e outros organismos.
Curiosamente, porém, a Câmara da Figueira ainda recentemente lançou um Concurso Público de Concepção (ideias)/Requalificação e Reordenamento da Praia e Frente de Mar da Figueira da Foz e Buarcos onde gastou largos milhares de euros, praia da Figueira essa, cujas areias são necessárias para repor as praias do sul!.. 
Isto é gestão integrada e sustentável da zona costeira entre as diversas entidades públicas?
Por outro lado, que ideia peregrina é essa da municipalização do areal da praia que está na mente dos responsáveis pela autarquia figueirense?
A assistência, que lotou a sala de sessões da Junta de Freguesia de S. Pedro, depois de ouvir os oradores colocou algumas questões (e preocupações) pertinentes sobre o tema em debate.
O dr. Filipe Duarte Santos considerou que a melhor solução para a defesa da orla costeira é repor a praia. No caso da nossa freguesia passa por “transportar” a areia da praia da Figueira, retida pelo molhe norte – problema que os 400 metros construídos na última intervenção agravaram – para as praias de S. Pedro.
Por sua vez a deputada do BE Helena Pinto, defendeu soluções políticas para atenuar o problema. Por exemplo, considerou que “já chega de barragens”.
Contudo, a grande notícia da noite foi dada pelo dr. Filipe Duarte Santos: segundo este reputado técnico do Grupo de Trabalho da Orla Costeira, na próxima segunda feira vai ser tornado público, em conferência de imprensa, o Relatório Ministerial sobre o tema “EROSÃO COSTEIRA”.  

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Novidades do POCPM - Processo de Óbito em Curso (daquele que ainda quer ser) Primeiro Ministro



"12 dúzias de camaradas foram até ao excelente Parque Verde de Condeixa comemorar o Dia da Federação de Coimbra do Partido Socialista. Como o e-leitor começa a ver, apesar de ser dia de festa de Santa Cristina, a padroeira da terra, o entusiasmo não foi muito e os famosos eram poucos, mas ainda vimos Manuel Machado, Carlos Cidade, Álvaro Beleza, Luís Filipe Pereira, Luís Antunes, Pedro Coimbra, António Paredes, Victor Baptista ou Rui Duarte."
Mais pormenores aqui.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Vai cair o muro de silêncio?..

A propósito da investigação que, segundo foi noticiado recentemente, o Ministério Público vai fazer à Junta de São Pedro, tem-se falado muito, outra vez, aqui pela Aldeia, de justiça, da presunção de inocência e de julgamentos justos. 
Há por aí, até, quem seja da opinião que, no fundo, no fundo, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, não se passou nada. 
É claro que, em Portugal, na Figueira e na Aldeia não se passa nada...
“Nas últimas duas décadas assistimos a uma série práticas gravíssimas que tiveram o seu pináculo durante os mandatos de Duarte Silva. O à-vontade de certas personagens em casos gravíssimos como o do Galante mostra que havia muita confiança na impunidade.
Se algo de positivo se passou nos últimos cinco anos, sobretudo depois da derrota de Duarte Silva, foi a rejeição clara de uma certa forma de fazer política. Apesar de tudo ainda estamos longe do aceitável, ainda temos grandes berbicachos no concelho. Lá iremos...”
A parte do texto acima, que está entre aspas e a negro, não é da minha lavra. Foi sacada de uma crónica do investigador Rui Curado da Silva, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
A mim resta-me esperar, sem grandes ilusões, que as equipas de investigação, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, consigam ultrapassar o muro de silêncio e de interesses...
Eu, não esqueço que estamos num País de senadores. E temos o "arco do poder". E temos o bloco central de interesses...
Querem um exemplo: António Vitorino foi o mandatário do PS às últimas europeias. O seu principal adversário, Paulo Rangel, é seu sócio da sociedade de advogados...
Portugal é isto... VERGONHA?.. 
Não há. Sobra a farsa da falsa seriedade. 
Ser sério, não é ser sisudo. Ser sério, é ser honesto.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Fernando foi receber o prémio...

"ó pra ele, entre as individualidades e os artistas"...

Da esquerda prá direita: - Melchior Moreira (Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal), Pedro Ramos (Presidente da Assembleia Municipal de Vila Real), Rui Duarte (3º Prémio), Pedro Manaças  (Prémio Especial Júlio Montalvão Machado), António Paiva (Prémio Especial Benito Losada), Fernando Campos (Prémio Especial Correia Dias), Manuel Martins (Presidente da Associação Douro Alliance, organizadora do evento e residente da Câmara de Vila Real), Rui Pimentel (1º Prémio), Omar Perez (2º Prémio) e Osvaldo Macedo de Sousa (Director Artístico do Salão Luso Galaico de caricatura)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A política, esse poço de virtudes...

Para  obviar  qualquer  putativo melindre da classe,   eu,  que não percebo nada do assunto, declaro para os devidos efeitos, que a política, em Portugal e na Figueira,  é um poço de virtudes…
Para atestar, solicito que atentem, por exemplo,  na  lista abaixo.

Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Duarte Lima, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Armando Vara, Paulo Penedos, Rui Pedro Soares.. 

Basta para  constatarem  que, em Portugal,  a política é  um sítio muito bem frequentado,  onde se incutem os verdadeiros valores da ética e da honestidade, no exercício da actividade pública em prol do bem comum?..

sábado, 12 de maio de 2012

A democracia é boa enquanto pudermos decidir pelo povo, “essa cambada de mansinhos”… O povo a decidir por si, isso é que seria o diabo!..

Isto, está mais que sabido, apenas foi, mais uma vez, confirmado: a cumplicidade do P.S. com este governo é mais que evidente…
Quando estava a governar o P.S., era a mesma cumplicidade do P.S.D. para com o governo de Sócrates …
As  pequenas ameaças de escaramuças entre o actual  governo e o P.S. é só para “inglês ver” e para entreter o povinho português, fazendo crer que existem diferenças….
Os que alternadamente têm governado, quando calha a sua vez, vão para o governo fazer o contrário daquilo que prometem na oposição… Este 1º. Ministro e este governo não me deixam mentir e aí estão sãos e escorreitos para o provar à saciedade. E andamos assim, há 36 anos!.. É obra…

Nota:
Para que fique registado, fica o meu agradecimento aos  deputados socialistas Isabel Moreira, Pedro Delgado Alves, Rui Duarte, Renato Sampaio, Sérgio Sousa Pinto, Carlos Enes, Paulo Campos, André Figueiredo e Isabel Santos,  ao deputado do CDS Ribeiro e Castro e às bancadas do PCP, do BE e do PEV que votaram contra a proposta de lei do Governo que altera as leis do trabalho.

terça-feira, 10 de abril de 2012

António Lobo Antunes

ANTÓNIO LOBO ANTUNES, fotografado por Pedro Agostinho Cruz
«Nação valente e imortal».
Crónica na Visão desta semana.
Boa demais para deixar passar sem partilhar.


Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.

Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade. O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles. Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito. Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.
As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.
Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.
Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.
Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.

Sacado daqui.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O debate final

O debate final entre os sete candidatos à Câmara Municipal da Figueira da Foz (Duarte Silva, João Ataíde, Daniel Santos, Silvina Queirós, Rui Silva, Francisca Geraldes e Javier Vigo) realiza-se SEXTA-FEIRA próxima, dia 09 Outubro, pelas 17:00, no Teatro Trindade, em Buarcos, com entrada livre.

Terá transmissão directa e exclusiva da Foz do Mondego Rádio, 99.1 FM

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tarde piaram

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Duarte Silva, em declarações ao JN de 27 de Fevereiro de 2007, que pode conferir clicando aqui, rejeitou a ideia de que o prolongamento do novo molhe do porto comercial local, em 400 metros, poderia aumentar a erosão costeira nas praias a sul da Figueira da Foz.
Recorde-se, que na altura a obra foi censurada pela Assembleia Municipal de Leiria, que aprovou uma moção contra a construção da estrutura.
Palavras de Duarte Silva ao JN, que vale a pena lembrar: "como este molhe tem uma inflexão a sul, dos cerca de 400 mil metros cúbicos de areia que, por ano, aqui se depositam, depois da obra só um quarto desse valor ficará na Figueira. O restante será depositado naturalmente nas praias a sul".

Entretanto, havia quem já se preocupasse com o problema da erosão da orla costeira figueigueirense. Por exemplo, em 11 de Dezembro de 2006, aqui no Outra Margem, talvez por não sermos engenheiros, alertávamos, como podem igualmente conferir: “a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental. Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

Agora, que os efeitos da erosão costeira provocada pelo prolongamento do molhe norte já se fazem sentir na onda do Cabedelo, “unidos no protesto contra os efeitos do prolongamento do molhe norte à entrada do Porto Comercial da Figueira da Foz, reuniram-se na praia do Cabedelo algumas centenas de surfistas, jovens, membros de associações nacionais, associações internacionais e cidadãos anónimos. Numa cidade em que o carneirismo e o conformismo são regra este foi um acontecimento raro e excepcional de mobilização cidadã. O ponto alto desta manifestação foi o desenhar no mar do logótipo humano S.O.S. por cerca de 230 pessoas.”
Mas, o curioso, o mais curisos mesmo, como podem ver na foto sacada daqui, é que até “o Engº Duarte Silva, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, também fez questão de marcar presença neste evento, bem como os deputados João Portugal, Miguel Almeida e os candidatos à Câmara Municipal, João Ataíde, Daniel Santos, Rui Silva e Silvana Queiróz. Manifestando todos eles a sua preocupação para com este problema, mostrando-se disponíveis para tratar este assunto com a devida atenção.”
Mas, onde andou toda esta gente que não previu, em devido tempo, o que era facilmente previsível?...
Tarde piaram…