Diário as Beiras, edição de 4 de Agosto de 2021.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 4 de agosto de 2021
"Nem o patrão vem, nem a gente almoça"...
Diário as Beiras, edição de 4 de Agosto de 2021.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
Cabedelo e Quinto Molhe: a mesma freguesia, tratamento desigual. Prioridades...
QUINTO MOLHE: Senhor presidente da Câmara da Figueira da Foz e senhores vereadores da maioria absoluta PS, em dias como o de hoje, com vento e chuva, não é agradável visitar o local, por isso, vejam o video, pois ele retrata a realidade na Cova, a sul do QUINTO MOLHE.
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Desassossego de Verão...
De mim, alguns dizem que sou um convencido...
E sou: pela pureza da minha pureza pela natureza.
Se alguém alinhasse, hoje, era daqueles dias em que montava umas barricadas, para que, por aqui, não passasse mais ninguém...
NOTA DE RODAPÉ.
Extracto de uma crónica de Teotónio Cavaco.
"Um dos principais assuntos que deveria afligir os que receberam o mandato popular para cuidar da polis figueirense continua, inexplicável e indefinidamente, adiado, quem sabe à espera de uma catástrofe ou da clemência divina. Falo da erosão costeira, o movimento de avanço do mar sobre terra, o qual se mede em termos de taxa de recuo médio desta ao longo de um período suficientemente longo."
Enquanto não se tomam tomam medidas de fundo, resta ir avivando a memória sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira.
A fotografia acabada de tirar, logo a seguir ao quinto molhe (sim, esse famoso e desprezado quinto molhe da Figueira, dos cartazes do "primo"!..), fala por si...
Recordo o que escrevi, no OUTRA MARGEM, numa segunda-feira, dia 11 de dezembro de 2006.!..
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..
É assim tão difícil compreender o porquê das coisas?..
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
o Mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro
foto António Agostinho |
"O distrito de Coimbra está em aviso laranja devido ao estado do mar. Estão previstas ondas de noroeste com 5 a 5,5 metros".
Os blogues são mesmo assim: vai-se fotografando e escrevendo e o que se escreveu e fotografou vai ficando lá para baixo - esquecido.
Mas os blogues são mesmo assim, os textos vão-se sucedendo, as ideias vão-se misturando e, aos poucos, a realidade vai sendo esquecida: o mar está a invadir a freguesia de S. Pedro.
Por isso tem de continuar a olhar-se, ao estado a que chegou a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, como tenho vindo a alertar desde 2006, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, vai-se perdendo a oportunidade de resolver o essencial para a vida quotidiana dos covagalenses...
quarta-feira, 21 de junho de 2017
É assim tão difícil compreender o porquê das coisas?..
"Um dos principais assuntos que deveria afligir os que receberam o mandato popular para cuidar da polis figueirense continua, inexplicável e indefinidamente, adiado, quem sabe à espera de uma catástrofe ou da clemência divina. Falo da erosão costeira, o movimento de avanço do mar sobre terra, o qual se mede em termos de taxa de recuo médio desta ao longo de um período suficientemente longo."
Enquanto não se tomam tomam medidas de fundo, resta ir avivando a memória sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira.
A fotografia acabada de tirar, logo a seguir ao quinto molhe (sim, esse famoso e desprezado quinto molhe da Figueira, dos cartazes do "primo"!..), fala por si...
Recordo o que escrevi, no OUTRA MARGEM, numa segunda-feira, dia 11 de dezembro de 2006.!..
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
A visita dos deputados e outros políticos ao quinto molhe...
Imagem Pedro Agostinho Cruz |
Sobre a visita de hoje e as consequências da erosão costeira a sul do Mondego, nomeadamente junto ao chamado «quinto molhe», na praia da Cova, onde a duna de protecção praticamente desapareceu e o mar entra pela floresta anexa a habitações, Pedro Coimbra considerou o cenário "preocupante".
"Temos aqui populações, temos casas bem próximas deste foco de erosão", frisou o deputado, lembrando, no entanto, que a APA tem em curso uma intervenção no local orçada em cerca de 500 mil euros.
Os trabalhos de recuperação já se iniciaram - no mesmo local onde há uns anos foi efectuada uma duna de protecção que o mar veio a destruir.
Contudo, hoje estavam parados, alegadamente devido ao agravamento das condições climatéricas e do estado do mar nos últimos dias.
Registe-se que as obras tiveram início na passada quinta-feira, com a chegada de algumas máquinas. Tudo o que foi feito na sexta e sábado foi levado pela mar.
Alguma coisa não está a correr bem. Por exemplo, a época do ano em que a obra se está a iniciar não parece a mais acertada e conveniente para o bom e eficaz andamento das obras...
Mas a notícia foi a visita de 4 deputados do PS, acompanhados de uma prole imensa, ao "quinto molhe".
Depois da duna destruída vieram ver o vestígio dos escombros.
A destruição é também isto: ficarmos reduzidos a uma vereda estreita.
Já que ninguém ouviu, em devido tempo, quem previu o que era previsível, ao menos que a visita tenha servido para alertar a consciência de quem de direito para a solução, neste momento nada fácil, de um problema que traz o coração ao pé da boca dos habitantes da Cova e Gala.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Erosão costeira: a situação a sul do quinto molhe está perigosa como nunca esteve...
O mar, a sul do quinto molhe, está a abrir caminho em direcção à Cova.
Mais palavras para quê? Enquanto não se tomam medidas de fundo, resta ir avivando a memória sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira a sul do Mondego.
Como andamos a alertar, desde Dezembro de 2006, a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Infelizmente, também neste caso, foi o que aconteceu.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Erosão costeira a sul da freguesia de S. Pedro esta manhã...
Tudo, por aqui, foi dito ao longo dos anos e pode ser consultado...
Para ver melhor a dimensão desta catástrofe ambiental, é só clicar na imagem.
Em tempo.
Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, já lá vão quase dez anos, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade. Continua a ser... Até porque, entretanto, pouco se fez.
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Erosão costeira: quem foi avisando ao longo dos anos, não era "velho do restelo", é amigo...
Foto Márcia Cruz |
Manuel Luís Pata avisou, em devido tempo, mas ninguém o ouviu...
Entre os muitos atempados e avisados avisos que foi deixando ao longo do tempo, foi este Senhor que no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, escreveu.
"Foram estes «Molhes» que provocaram a erosão das praias a sul da Figueira, e foi o “Molhe Norte” que originou a sepultura da saudosa “ Praia da Claridade”, a mais bela do país. Embora seja de conhecimento geral, quão nefasto foi a construção de tais molhes teimam em querer acrescentar o “Molhe Norte”, como obra milagrosa…
Santo Deus! Tanta ingenuidade e tanta teimosia!... Quem defende tal obra, de certo sofre de oftalmia ou tem interesse no negócio das areias!...
É urgente contratar técnicos credenciados, de preferência Holandeses, para analisarem o precioso projecto elaborado pelo distinto Engenheiro Baldaque da Silva em 1913, do qual consta um Paredão a partir do cabo Mondego em direcção a Sul, a fim de construir um Porto Oceânico junto ao Cabo Mondego e Buarcos. Este Paredão, sim, será a única obra credível, não já para o tal Porto Oceânico mas sim para evitar que as areias vindas do Norte, se depositem na enseada, que depois a sucessiva ondulação arrasta-as e deposita-as na praia da Figueira, barra e rio."
Ah, pois é: ninguém o ouviu e agora temos as consequências...
Enquanto não se tomam tomam medidas de fundo, resta continuar a ir avivando a memória de quem de direito, sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial: a erosão costeira.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
A situação a sul do quinto molhe na orla costeira da freguesia de S. Pedro continua a ser branqueada e mal avaliada por quem de direito
A notícia hoje publicada no jornal As Beiras dá conta disso mesmo.
Hoje, porém, já não se consegue esconder aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente. A intervenção humana tem vindo a acelerar a erosão costeira, como a minha foto da tarde de ontem mostra: a duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos está a desaparecer assustadoramente.
Pese embora o esforço deste blogue, este local, por si só, tem passado despercebido nos meios de comunicação local, regional e nacional, dado o facto do avanço das águas do mar não encontrar pela frente aglomerados populacionais, um apoio de praia ou uma barraca de surf...
Aparentemente, no imediato, não é uma ameaça à vida das pessoas e à segurança dos seus bens...
Todavia, isso pareceu-me sempre o mais preocupante e perigoso, pois 500 metros, a norte, e 2 ou 3 quilómetros, a sul, lá estão as pessoas e os bens, à mercê da fúria do mar, por incúria e ganância do homem.
A minha foto de ontem à tarde, infelizmente, confirma-o sem margem para dúvidas.
Actualização:
Hoje, conforme pode ser visto aqui, o Diário de Coimbra também se refere ao assunto.
domingo, 3 de dezembro de 2017
O Cabedelo até pode ficar um brinquinho (o que eu duvido...), mas existem prioridades na governação de um autarquia...
Pelo menos, para algumas coisas...
Mas existem prioridades. Ou, antes, deveriam existir!...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Pode haver falta de verba, mas existem prioridades...
(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006)
Foto Márcia Cruz |
Senhor Presidente João Ataíde:
Não quero ser, muito menos parecer, pretensioso e cair na tentação fácil de me sentir diferente dos demais.
Contudo, o modo como a maioria dos políticos organiza e define as nossas vidas, com uma inversão total de prioridades, leva-me a esboçar um leve sorriso!
Não gostaria de continuar a sorrir por este motivo.
O momento não está para politiquices: a erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...
Claude Chabrol, disse um dia o seguinte: "a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência, pois a inteligência tem os seus limites... Mas a estupidez não!"
O meu saudoso Amigo e Mestre nestas coisas de entender o mar, Manuel Luís Pata, fartou-se de me dizer o seguinte: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas: "é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".
Como se optou por defender o acrescento do molhe norte, passados 14 anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra".
Por outro lado, o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira".
E não foi por falta de avisos que foram cometidos tantos erros de planeamento territorial e urbanístico na na Figueira da Foz.
Voltando ao saudoso Mestre Manuel Luís Pata, também sempre uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte. Um dia, já distante, em finais de janeiro de 2008, confessou-me: "ninguém ouve".
Recordo, também, algumas frases de Pinheiro Marques numa entrevista dada à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008 : “os litorais da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa vão sofrer uma erosão costeira muitíssimo maior, com o mar a ameaçar as casas das pessoas e o próprio Hospital Distrital.
Devido à orientação obliqua do molhe norte, os barcos pequenos, as embarcações de pesca e ao iates de recreio, vão ter de se expor ao mar de través. Poderá vir a ser uma situação desastrosa para os pescadores e os iatistas e ruinosa para o futuro das pescas e da marina de recreio”.
Não podemos esquecer 11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
Apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
Cerca de 9 anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada.
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
E o que tem feito a Câmara Municipal pelas populações sofridas e desesperadas do sul do concelho, vítimas deste flagelo que é a erosão costeira?
Pouco, para não dizer nada.
Eu sei que o presidente tem um trabalho gigantesco na CIM e cinco vereadores e meio não chegam para nada...
E depois, agora também não é oportuno, pois com o frio e o Inverno que se aproxima a passos largos, a vida é mais citadina no aconchego dos gabinetes dos paços do concelho e pouco apetece sair.
O frio tolhe os movimentos e a chuva aconselha a ficar no conforto do edifício da Saraiva de Carvalho...
São tempos de cadeirão no conforto e no aconchego do ar condicionado!
Nem esta luminosidade límpida, dos dias soalheiros de inverno, como o de hoje, vos motiva, ao menos, para fazerem umas fotos?
Bom, se calhar, pensando melhor, não é boa ideia: ficavam com os deditos enregelados...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Erosão costeira a sul do estuário do Mondego
Praia da Cova, a sul do quinto molhe. Via João Pita.
Nesta zona está a decorrer uma intervenção. Mais uma. Que não está a resolver nada. Para já, a meu ver, está a agravar o problema, na zona do enroncamento, logo a seguir ao quinto molhe. Para ver melhor clicar na imagem. Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar.
Resta-nos a promessa dos paquetes de passageiros e os números das toneladas dos cargueiros...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...
quinta-feira, 13 de junho de 2019
Quinto molhe, um local a visitar. Não só no próximo sábado, mas também no inverno...
"Depois da colocação de geocilindros ao longo de 300 metros, com duas «camadas» uma a dois metros de profundidade e outra por cima, «para o mar não cavar a duna», decorre agora a um ritmo “acelerado”, a segunda fase da intervenção na praia a sul do 5.º molhe, na Cova-Gala, com a colocação de 120 mil metros cúbicos de areia (retirada da barra), «repondo o sistema dunar que existia», intervenção que deverá prolongar-se até meados de Julho."
quinta-feira, 30 de julho de 2009
ZONA LIVRE - crónica de hoje no RCFM
Portugal, é um país em crise e a Figueira não foge ao panorama geral.
As causas são muitas e variadas. Mas, há pequenas coisas que fazem pensar.
Li recentemente no Jornal de Notícias, que o areal mais frequentado de São Pedro – uma freguesia com cerca de 5 km de praias - não tem vigilância.
Isto, no mínimo, é surpreendente, pois esta praia é agradável, e quando está baixa mar forma-se uma lagoa muita boa para as crianças brincarem.
Na Cova-Gala, frente ao mar, no Largo Alfredo Aguiar de Carvalho, o veraneante depara-se com um cenário estranho: olhando para a esquerda, para sul do quinto molhe, verifica que o areal não é vigiado, mas é muito mais frequentada do que o do lado, o que fica a norte do quinto molhe, que é vigiado.
Registe-se, que para esta época balnear, esta praia, situada entre o Molhe Sul e o Parque de Campismo da Orbitur, foi melhorada com novos acessos (passadeiras de madeira), o que criou condições excelentes para a sua frequência.
Ao que o JN apurou no local, a 19 de Julho passado, três pessoas foram puxadas pela corrente do mar, tendo sido ajudadas por surfistas que se encontravam no local e pelo banheiro que estava de serviço no Parque de Campismo da Orbitur.
A crise, no nosso país e no nosso concelho, é real. Mas, há coisas de difícil compreensão.
Numa praia com excelentes condições, onde se investiu significativamente para proporcionar melhor acessibilidade aos utilizadores, para os incentivar a ir lá, esqueceu-se uma coisa fundamental para quem frequenta esta praia: a segurança.
segunda-feira, 1 de março de 2021
O verdadeiro artista, finalmente, em "alerta costeiro"...
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
O mar está a invadir a freguesia de S. Pedro. (IV)
para ler melhor, clicar na imagem |
Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade. Continua a ser... Até porque, entretanto, nada se fez.
sábado, 4 de junho de 2022
Esperemos que seja desta: mais do que de palavras, precisamos mesmo é da areia já prometida por diversas vezes
Na edição de hoje do Diário de Coimbra, podemos ler esta notícia sobre um tema que nos tem feito criar inimigos - principalmente, entre os políticos figueirenses que estiveram no poder anos e anos e pouco fizeram para tentar inverter o rumo dos acontecimentos que nos fez chegar a 5 de Junho de 2022.
Quem acompanha este blogue sabe que, ao contrário de muitos que se calaram perante os erros cometidos pelo poder central - nesses, sublinho os políticos que passaram pela Junta de Freguesia de S. Pedro, nos últimos 15 anos - somos a voz que nunca se calou, independentemente da conjuntura política local e nacional.
Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, já lá vão quase dezasseis anos, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade. Continua a ser...
Até porque, entretanto, as experiências que se fizeram não resultaram.
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
sábado, 4 de agosto de 2018
A erosão a sul não podia esperar mais...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
António Agostinho, via blogue OUTRA MARGEM, em 11 de dezembro de 2006.
Via AS BEIRAS |
A ocupação desordenada do litoral contribuiu para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
Foi o que aconteceu a sul do porto da Figueira da Foz, também consequência das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros, onde nos últimos anos se agravaram os efeitos erosivos a sul do "Quinto Molhe".
terça-feira, 30 de março de 2021
A erosão costeira no Quinto Molhe continua "impressionante"...
Foto Pedro Agostinho Cruz, hoje por volta das 17 horas
Continua a ser...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Tarde piaram
Recorde-se, que na altura a obra foi censurada pela Assembleia Municipal de Leiria, que aprovou uma moção contra a construção da estrutura.
Palavras de Duarte Silva ao JN, que vale a pena lembrar: "como este molhe tem uma inflexão a sul, dos cerca de 400 mil metros cúbicos de areia que, por ano, aqui se depositam, depois da obra só um quarto desse valor ficará na Figueira. O restante será depositado naturalmente nas praias a sul".
Entretanto, havia quem já se preocupasse com o problema da erosão da orla costeira figueigueirense. Por exemplo, em 11 de Dezembro de 2006, aqui no Outra Margem, talvez por não sermos engenheiros, alertávamos, como podem igualmente conferir: “a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental. Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...”
Agora, que os efeitos da erosão costeira provocada pelo prolongamento do molhe norte já se fazem sentir na onda do Cabedelo, “unidos no protesto contra os efeitos do prolongamento do molhe norte à entrada do Porto Comercial da Figueira da Foz, reuniram-se na praia do Cabedelo algumas centenas de surfistas, jovens, membros de associações nacionais, associações internacionais e cidadãos anónimos. Numa cidade em que o carneirismo e o conformismo são regra este foi um acontecimento raro e excepcional de mobilização cidadã. O ponto alto desta manifestação foi o desenhar no mar do logótipo humano S.O.S. por cerca de 230 pessoas.”
Mas, o curioso, o mais curisos mesmo, como podem ver na foto sacada daqui, é que até “o Engº Duarte Silva, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, também fez questão de marcar presença neste evento, bem como os deputados João Portugal, Miguel Almeida e os candidatos à Câmara Municipal, João Ataíde, Daniel Santos, Rui Silva e Silvana Queiróz. Manifestando todos eles a sua preocupação para com este problema, mostrando-se disponíveis para tratar este assunto com a devida atenção.”
Mas, onde andou toda esta gente que não previu, em devido tempo, o que era facilmente previsível?...
Tarde piaram…