António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
domingo, 12 de dezembro de 2010
Pelos blogues do concelho...
O blogue de hoje, para mim, é especial. É um blogue da minha Terra!..
Este post, mostra como era linda a minha terra...
Como era belo aquele lugar, que foi destruído, sem apelo nem agravo, pelo chamado progresso...
"Botes e bateiras ancorados e espalhados nas águas calmas do meu rio", num local de culto para a rapaziada da minha geração. Aquele portinho de abrigo era um autêntico ex-libris da Cova-Gala da década de sessenta!
Um obrigado ao João por esta recordação!..
Visitem COVAGALA...entre o rio e o mar...
Vão até lá, porque a vida continua mesmo com esta crise e com esta invernia.
Este post, mostra como era linda a minha terra...
Como era belo aquele lugar, que foi destruído, sem apelo nem agravo, pelo chamado progresso...
"Botes e bateiras ancorados e espalhados nas águas calmas do meu rio", num local de culto para a rapaziada da minha geração. Aquele portinho de abrigo era um autêntico ex-libris da Cova-Gala da década de sessenta!
Um obrigado ao João por esta recordação!..
Visitem COVAGALA...entre o rio e o mar...
Vão até lá, porque a vida continua mesmo com esta crise e com esta invernia.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Brilhante, é o mínimo que se pode dizer do planeamento sustentado da Cova-Gala!...
Cova-Gala, aldeia, freguesia, vila, terra de sol e mar, com os seus cinco quilómetros de praias, de areia branca e fina, água transparente de boa qualidade, o pinhal a sul, com o seu magnífico parque de merendas...
Sabem o que colocaram à beira-mar e junto ao parque de merendas?..
Pois, nem mais, nem menos, do que habitação social!..
Brilhantes autarcas, que planearam e implantaram a habitação social virada para o mar, a dois passos da praia, e virada para o magnífico parque de merendas, o ex-libris da Cova-Gala!..
Numa Terra que quer viver, em boa parte, do turismo, chama-se a isto planeamento sustentado...
Sabem o que colocaram à beira-mar e junto ao parque de merendas?..
Pois, nem mais, nem menos, do que habitação social!..
Brilhantes autarcas, que planearam e implantaram a habitação social virada para o mar, a dois passos da praia, e virada para o magnífico parque de merendas, o ex-libris da Cova-Gala!..
Numa Terra que quer viver, em boa parte, do turismo, chama-se a isto planeamento sustentado...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Onda "maluca", ex-libris do Cabedelinho, é a primeira vítima das obras do prolongamento do molhe norte
foto Pedro Cruz
Segundo o SOS Cabedelo, “a primeira baixa provocada pelas obras de prolongamento do molhe norte da Figueira da Foz está encontrada: trata-se de uma onda que tinha o nome de “maluca”, uma esquerda que quebrava na praia do Cabedelo, vulgo Cabedelinho, e partia junto ao molhe sul dentro da barra da Figueira da Foz.” Em comunicado, o SOS Cabedelo denuncia que “com a passagem da última ondulação e com as obras de prolongamento do molhe norte já bem avançadas, podemos verificar que a onda do Cabedelinho já não existe. É local onde o surf de qualidade não se voltará a ver. O Cabedelinho servia de refúgio nos dias de tempestade de inverno, e no verão era o sitio onde as escolas de surf da região davam aulas visto este ser um local abrigado e protegido nas tempestades.”
O SOS Cabedelo apresenta-se como um movimento cívico cujo principal objectivo é a “procura de soluções que permitam viabilizar simultaneamente uma maior capacidade de exploração do porto comercial da Figueira da Foz e a manutenção das condições naturais que elevam a praia do Cabedelo a um patamar internacionalmente reconhecido pelo surf”.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Esta casa!...
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
Esta, é uma casa com memória.
Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
Esta, é uma casa com memória.
A foto de cima, desta montagem, é de 1992 e pertence a Carlos Freitas.
Ainda se lembram do enquadramento da foto de baixo?
Nessa altura, ainda não tinha sido construída a chamada variante da Gala.
Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
Era ali, o “ex-libris” da nossa Terra ...
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
"O campeonato da sueca vai chegar à melhor de cinco”?
Logo a seguir à divulgação dos resultados, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Lídio Lopes considerava-se o novo presidente da Comissão Política Concelhia do PSD:
“tenho a certeza absoluta que o nosso partido ao país não vai dar a imagem de que isto é um campeonato de sueca ganho à melhor de cinco".
Ora aqui está uma bela medida para tentar resolver a contenda. A sueca é um dos ex-libris do homem. Homem que é homem joga à sueca.
Homem à séria joga à sueca no tasco, mas, neste caso, as mesas terão de ser devidamente reforçadas com vigas, para evitar que o homem, no ímpeto e no êxtase do trunfanço, não a mande pelos ares.
É, igualmente, recomendável um ambiente obscurecido, cujo foco de luz não deverá passar de uma lâmpada incandescente (sem candeeiro, claro), mas, mesmo assim, colocada nunca a menos de dois metros acima da mesa...
“tenho a certeza absoluta que o nosso partido ao país não vai dar a imagem de que isto é um campeonato de sueca ganho à melhor de cinco".
Ora aqui está uma bela medida para tentar resolver a contenda. A sueca é um dos ex-libris do homem. Homem que é homem joga à sueca.
Homem à séria joga à sueca no tasco, mas, neste caso, as mesas terão de ser devidamente reforçadas com vigas, para evitar que o homem, no ímpeto e no êxtase do trunfanço, não a mande pelos ares.
É, igualmente, recomendável um ambiente obscurecido, cujo foco de luz não deverá passar de uma lâmpada incandescente (sem candeeiro, claro), mas, mesmo assim, colocada nunca a menos de dois metros acima da mesa...
terça-feira, 17 de abril de 2007
José da Silva Ribeiro: um Homem que dedicou a vida a cultivar o Povo
Homem de Cultura, notabilizou-se no Teatro. O seu nome confunde-se com a Sociedade de Instrução Tavaredense, fundada tinha ele 10 anos. Começou logo aí a sua ligação com a Arte de Talma. Que não a praticou noutro sítio: “Eu sou apenas Tavarede e mais nada”. Textualmente.
Encenador por excelência, também escreveu, adaptou inúmeras obras e, imagine-se, também pisou o palco. Representou na Filarmónica Figueirense e na Filarmónica Dez de Agosto.
Falamos de José da Silva Ribeiro, um humanista, para quem o centro era o Povo, a educação e a instrução das classes populares.
Foi com pesar que recordou o fecho do jornal que dirigiu, “A Voz da Justiça” (a tipografia foi roubada - palavras dele), numa entrevista que me concedeu em 1984, para o “Secção Cultural” da Associação Naval 1º de Maio. Não desarmou, ludibriou a PIDE e o regime, e no ano seguinte, decorria o ano de 1938, apareceu com outra publicação, desta vez com o nome de “Jornal da Figueira”, de que saíram 24 edições.
Considerava Gil Vicente seu padrinho e usava uma sua frase como ex-libris: “E eu ey nome ninguém e busco a consciência”. Tinha o Shakespeare completo em inglês, em francês e em português, além de admirar o Garrett, de achar o “Camões grande, mas é fora do teatro que o considero espantoso”. Pudera, o escriba também é dessa opinião. Entre outros dramaturgos da sua preferência encontra-se o Lorca, a quem ele se referiu assim: “o nosso grande Espanhol Federico Lorca”.Outra paixão do Mestre, que ele considerava genial, era Molière. Não sem razão, pois teve tempo de o ler convenientemente. Foi nos calabouços do anterior regime que Mestre José Ribeiro recebeu uma belíssima prenda: a obra completa daquele dramaturgo, oferecida por um outro figueirense ilustre, que a comprara num leilão - Maurício Pinto.
Alexandre Campos
terça-feira, 5 de setembro de 2006
A antiga doca da Gala
Hoje, é um espaço de lazer.
A construção da variante, aliada à falta de energia na sua defesa e conservação, ditaram o fim de um dos “ex-libris” da nossa Terra.É certo que nos anos setenta, do século passado, já estava bastante assoreada.Em tempos já distantes, porém, tinha sido um abrigo seguro e profundo, para amarração das grandes lanchas da pesca da sardinha e outras embarcações de menor porte.Ao fundo, está bem visível “a velha casa azul, que se presume ter sido a primeira casa construída com argamassa em toda a zona que actualmente compreende a freguesia de São Pedro”(citação do Livro “Terras do Mar Salgado” do Cap, João Pereira Mano).
A construção da variante, aliada à falta de energia na sua defesa e conservação, ditaram o fim de um dos “ex-libris” da nossa Terra.É certo que nos anos setenta, do século passado, já estava bastante assoreada.Em tempos já distantes, porém, tinha sido um abrigo seguro e profundo, para amarração das grandes lanchas da pesca da sardinha e outras embarcações de menor porte.Ao fundo, está bem visível “a velha casa azul, que se presume ter sido a primeira casa construída com argamassa em toda a zona que actualmente compreende a freguesia de São Pedro”(citação do Livro “Terras do Mar Salgado” do Cap, João Pereira Mano).
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