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domingo, 11 de julho de 2021

Cabedelo: gastaram milhões de euros e não se lembraram sequer das casas de banho?..

Os políticos encheram o concelho de lugares deprimentes. Assim de repente, recordo-me da baixa da Figueira (em obras que nunca acabam), Buarcos (depois das últimas obras), o Bento Pessoa (em obras que nunca mais acabam), a chamada praça do Forte (que não tem manutenção depois das obras, e está a ficar descaracterizada, feia e suja), o Paço de Maiorca (cujas trapalhadas nos vão custar os olhos da cara), o Edifício o Trabalho (uma telenovela cujo fim ninguém consegue prever) e muitos mais. Entre eles, a outrora Praia da Claridade (hoje, praia da calamidade). E temos o Cabedelo...
Ao longo dos anos fomos alertando para a necessidade de um balneários públicos no Cabedelo. As obras estão quase concluídas. A solução é esta: um contentor...
Para ver o vídeo clica aqui.
Raros são os recantos, como era o caso do Cabedelo, em que as pessoas, quase todas vindas do outro lado da cidade, conseguiam ter ali uma vivência e uma vida que, em conjunto, fazia sentido. E que, por ser diferente e orgânica naquele lugar especial que era o Cabedelo (na sua normalidade quotidiana), emocionava e dava paz e harmonia à alma de quem, vindo do lado norte da cidade, a consegue contemplar da outra margem. Fala-se muito na requalificação do espaço e menos noutros pormenores felizes e representativos do espírito da zona: os espaços naturais de convívio que lá existiam. Não tinham a sofisticação – sobretudo e ainda bem - artificiosa dos recriados espaços que, dizem, estar a requalificar, mas são os autênticos do espírito do verdadeiro Cabedelo, que proporcionavam, a quem o visitava, sentir que estava num lugar diferente e especial. 
Mataram o Cabedelo, aquele local que, antes destas obras, ainda conseguia oferecer essa antiga ilusão que ninguém consegue ver, mas alguns conseguem sentir, que se chama intimidade - talvez, a mais importante de todas as utopias.
Como qualificar este processo? Progresso? Insucesso? Ou retrocesso?
O que restou? Do que é que as pessoas se vão lembrar?
Não sei se é por ter me ter criado e crescido por ali, "à solta", mas do que me vou lembrar é de uma fatia que vai fazer parte do saque feito ao litoral, desde o Minho até ao Algarve.
A coberto das denominadas requalificações, sítios onde antes, e a pretexto da defesa da natureza, do meio ambiente e da protecção do ecosistema, nem sequer uma tenda de campismo selvagem se podia erguer, estão agora ocupados por urbanizações e resorts, mais as suas piscinas, campos de ténis e campos de golfe.
É disto que me vou lembrar quando pensar no Cabedelo de há 60 anos: da destruição do património natural comum para benefício de uns quantos.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Para os crentes, recordo antecedentes do processo que conduziram à tentativa de encerramento do posto de saúde na Cova e Gala, actualmente em curso...

João Ataíde, presidente da Câmara da nossa cidade.
António Tavares,, vereador do pelouro da saúde
Como disse na Assembleia Municipal na passada sexta-feira, cara a cara e olhos nos olhos, aos representantes da Câmara Municipal presentes, o epicentro do problema que está a sobressaltar os covagalenses é precisamente o órgão autárquico presidido por João Ataíde desde 2009.
Recuo a 30 de setembro de 2010 e à "CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP E A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ – EXTENSÃO DE SAÚDE DE LAVOS", citando a Acta nº 7 da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de 30-09-2010

Nessa data, foi presente à Assembleia Municipal - foi aprovado por unanimidade - o processo acima mencionado, o qual havia sido aprovado em reunião de Câmara, de 21 de Setembro de 2010
Registe-se, que o edifício onde está a funcionar o Centro de Saúde  de Lavos, foi construído num terreno doado pela Junta de Freguesia de Lavos e é propriedade do Município figueirense. 
A utilização, foi cedida pelo período de 2 anos, renováveis, à ARS Centro.
O PRESIDENTE DA CÂMARA, DR. JOÃO ATAÍDE, na altura, disse o seguinte: “só um acrescento de um documento que pode faltar e que é pertinente. Tenho aqui entre mãos a doação à câmara municipal da Figueira da Foz, do artigo em causa por parte da junta de freguesia de Lavos, era uma formalidade que ainda estava por cumprir, já temos a documentação que passa este prédio para nosso nome e, é ai que nós vamos levar a cabo esta obra, trata-se da extensão de saúde da Junta de Freguesia de Lavos. No fim de contas, foi uma adequação dos procedimentos para que fossem satisfeitas todas as regras necessárias. Este prédio por alteração do protocolo, constituirá activo da câmara municipal da Figueira da Foz. Como não podia deixar de ser, sob pena de estarmos a fazer uma obra, em terreno alheio e a favor de outrem o que é expressamente proibido, e foi isso que tentámos rectificar e é isso que está agora aqui em causa.” 
JOÃO TOMÉ, deputado municipal do BE, na altura, disse o seguinte: “apenas para referir um pequeno pormenor, segundo um trabalho que entreguei em 2009, sobre reestruturação do serviço nacional de saúde no concelho, gostaria de chamar a atenção para o seguinte, tinha-se proposto e defendo que cada freguesia deve ter uma extensão de saúde. No entanto o serviço nacional de saúde deve-se concentrar em cinco ou seis, isso exige estudos, unidades de saúde familiar devidamente distribuídas pelo concelho, de forma a que a população tenha um serviço de qualidade, porque se vão arranjar uma extensão de saúde onde vamos querer ter médico e enfermeiro e mais não sei quantos em dezoito sítios, não vamos ter serviços de saúde de qualidade para ninguém. É preciso acautelar isto"
ANTÓNIO PEDROSA, deputado municipal da bancada 100%, na altura, disse o seguinte: “fico bastante sensibilizado e bastante satisfeito com a celebração deste protocolo, no entanto tenho que secundar a intervenção do meu caro amigo João Tomé do BE, apesar de não ser algo muito próprio de alguém do BE dizer aquilo que você disse. Mas secundo e já falámos sobre isso, você tem toda a razão e segundo aquilo que você disse, temos aqui é um problema, a Freguesia de Lavos e, está ali o Presidente da Junta que o pode confirmar, tem tido muito sucesso neste ano de mandato do Sr. Presidente da Câmara. Porque há turismo governativo, há protocolos para instalação de uma extensão do centro de saúde, existe dinâmica. Se todas as freguesias tiverem este tipo de atenção, acho que é bom para o concelho. Mas queria recordar que há uma situação na freguesia ao lado, na Marinha das Ondas, que também é do conhecimento do Sr. Presidente da Câmara, que tem a ver com a extensão do centro de saúde da Marinha das Ondas, e o Sr. Presidente da Junta está ali, pode confirmar, algo que ainda não está resolvido na Praia da Leirosa. Era só chamar a atenção para esta questão agradecia que se tiverem alguma informação que nos possam disponibilizar, porque em Abril deste ano ainda não estava." 
JOSÉ ELÍSIO, na altura, interveio dizendo: “não queria intervir neste ponto, mas o Sr. deputado Pedrosa obriga-me a isso. Porque da intervenção pode trespassar pela cabeça das pessoas que há, por parte da câmara e do Sr. Presidente da Câmara, algum tratamento de favor em relação à freguesia de Lavos, o que aliás é falso. Tenho para com o Sr. Presidente da Câmara e para com a sua equipe de vereação o maior respeito, maior admiração, tenho colaborado dentro daquilo que me é possível colaborar e a câmara tem feito aquilo que é possível fazer por Lavos, como tem feito por outras freguesias. Houve de facto a visita do Sr. secretário de estado do turismo, porque foi ao museu do sal, e a iniciativa, tanto quanto julgo saber, até nem foi da câmara, foi da região de turismo do centro, não sei se estou a errar, mas admito que sim. Agora algumas iniciativas que a freguesia de Lavos tem tido e tem em curso, essas, com o devido respeito, têm sido da iniciativa do Presidente da Junta.” 

Postado isto, tiro o meu boné (não uso chapéu) ao presidente da junta de freguesia de Lavos. E só tenho de concordar com ele, quando na última sexta-feira afirmou, perante o público presente, perante toda a Assembleia Municipal e perante os membros do executivo camarário, que enquanto os outros presidentes de junta do concelho andaram a dormir, ele, José Elísio, político avisado, traquejado e informado fez aquilo que tinha que fazer pelos lavoenses. 
Chapeau, caro José Elísio...
José Elísio, presidente da junta de Lavos,
a entidade que doou o terreno para a
construção do Centro de Saúde lavoense.

Recordo que a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, deliberou por unanimidade, aprovar o contrato-programa entre a Administração Regional de Saúde do Centro, IP e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, tendo como objecto a cooperação técnica e financeira para a construção da Extensão de Saúde de Lavos.
Estávamos a 30 de setembro de 2010.
RECORDO A DECLARAÇÃO DE VOTO JOSÉ ELÍSIO, feita na altura: “votei a favor deste projecto com toda a convicção e até devo confessar com alguma emoção. Acho que este é o primeiro passo de uma caminhada que se afigura longa e difícil, e que espero que termine de uma forma feliz, para bem da comunidade lavoense, pois este equipamento, que é absolutamente necessário, irá contribuir de uma forma muito significativa para a melhoria da sua qualidade de vida. Por ser de justiça, não quero deixar de registar o meu agradecimento ao empenhamento que tem havido por parte do Sr. Presidente da Câmara e por parte dos senhores vereadores que super entendem nesta área, para que este processo se concretize. Têm sido revelador de uma grande vontade politica que, estou certo, que os lavoenses registarão. Quero também deixar claro que a freguesia de Lavos não deixa de contribuir de uma forma muito significativa para realização e concretização deste projecto, pois não sei se outros casos assim será, mas neste a junta de freguesia contribui com algo que ronda os 20 a 23% do total do investimento, e que mais não é do que ter alienado e ter doado com todo o gosto à câmara municipal o terreno de sua propriedade, que aliás era o único que possuía para que este equipamento ali pudesse ser construído.” 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Rescaldo da passagem...

Depois de tudo o que hoje se passou em 2018. Depois de tudo o que se disse. Depois de tudo... Sinto-me muito bem! 
Foi uma passagem de ano magnífica. Não houve surpresa: a noite esteve agradável. A hotelaria tinha a lotação esgotada. E o cartaz de espectáculos, era a cereja em cima do bolo.
Havia Coimbra e Mira. Pois havia, mas, nem isso atrapalhou a Figueira... 



Até o presidente Ataíde andou na rua que eu vi. 
Em declarações  prestadas aos jornalistas na noite da passagem de 2018 para 2019, falou do passado recente e projectou o futuro próximo. 
O ano de 2018 ficará para sempre marcado pela tempestade “Leslie”, acontecimento que o autarca destacou. 2019 será o ano da conclusão de obras e lançamento de novos projectos. 2019 será marcado pela execução de obras como a requalificação do Cabedelo, a baixa da cidade e frente marítima de Buarcos e pela apresentação de novas candidaturas a fundos europeus, para acções materiais e imateriais, afirmou João Ataíde.
O presidente da autarquia adiantou também duas promessas importante: "em 2019, o abandonado Edifício O Trabalho poderá, enfim, ter um projecto de recuperação, segundo a vontade manifestada pelo fundo de investimentos que adquiriu recentemente aquele imóvel do Bairro Novo." E, finalmente,  "será dado um novo impulso ao moroso processo de candidatura do concelho a geoparque da UNESCO, tendo o Cabo Mondego como âncora."
2019 é um ano de promessas...
Voltando à noite da passagem de ano: eu, que estive na Figueira e no centro da avalanche de visitantes - Avenida 25 de Abril e Praça do Forte - vi gente, muita gente mesmo, mas não consegui ver que a Figueira tenha  registado uma das maiores enchentes de sempre.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

A pesada herança do edifício "O Trabalho”: "esta é a primeira vez que se passará dos projetos à acção"...

Porém, a história já vem de longe e é conhecida, pois grande parte dela está contada aqui: ao longo de décadas "os diversos proprietários anteriores do imóvel apresentaram projetos e manifestações de interesse para a reabilitação do Edifício O Trabalho, mas nenhum deles avançou com as obras."
E, como 2021 é anos de eleições autárquicas, estou como S. Tomé: só vendo...
Via Dário as Beiras

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Espaço Cultural e de Convívio em homenagem aos pescadores da Cova Gala foi inaugurado ontem

foto António Agostinho
O Centro Cultural e de Convívio dos Pescadores de São Pedro, que já estava pronto desde finais de 2013, foi ontem inaugurado. Na cerimónia, usaram da palavra diversas entidades.
António Santos, da AD ELO, em representação do GAC – Mondego Mar, começou por manifestar a satisfação em estar perante “um projeto dirigido aos pescadores”. Este orador apelou para que seja uma “casa viva, que sirva os interesses da comunidade”. António Santos anunciou que “a breve prazo” irá existir um “novo período de programas (apoio)” e exortou os pescadores a participarem, apresentando “os seus projectos”
Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, considerou que "ontem foi um dia importante para todos os covagalenses”. António Salgueiro deixou claro que o centro cultural “é um local onde serão perpetuados todos os homens e mulheres do mar”. Naquele local, “serão recordados saudosos dias de trabalho” e partilhados momentos de lazer. O autarca local referiu que estão projectadas várias acções, em resultado da parceria com a Associação Mar e Rio de São Pedro
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz encerrou a sessão. Com este "espaço modernizado", “o que se pretende é deixar o testemunho da identidade de um povo e de uma comunidade em especial”, afirmou o dr. João Ataíde. 
O autarca informou que o centro cultural rondou 100 mil euros (mais concretamente, informo eu, o Valor Contratual foi 101.803,84 € + IVA) comparticipado em 85% por fundos comunitários. “A câmara assumiu a sua construção, que agora transfere à Junta de Freguesia de São Pedro, que, em conjunto com a comunidade, irá fazer dele o melhor uso”, disse João Ataíde, salientando que a autarquia figueirense se mantém atenta às “preocupações da freguesia”
João Ataíde informou na oportunidade que irá apresentar na próxima reunião de câmara o projecto de requalificação da zona do Cabedelo, espaço ao qual “pretende dar uma configuração de excelência”.  
Por falar em excelência: atentem bem na beleza do barco da foto, que estava em exposição no exterior do edifício ontem inaugurado.
Totalmente construído por Adelino António Pereira Agostinho, irmão mais novo do meu Pai, portanto, meu Tio. Homem de afectos, deu ao barco construído com carinho, o nome da sua neta - July. Nesta obra, foram gastos anos de trabalho, minucioso, paciente e competente para concretizar a maravilha que os nossos olhos podem ver agora. 
O meu Tio Adelino Agostinho, tem agora 79 anos de idade, mas continua em forma. Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza".
A terminar, registe-se que o Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro ofereceu o livro "A Cova-Gala, como notável exemplo de Solidariedade", recentemente publicado pelo Dr. Jorge Mendes, ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Japoneses de férias na Figueira

"Ontem, e pela primeira vez, vi um casal de turistas japoneses na Figueira. Logo vieram à tona todos os meus preconceitos sobre “os asiáticos na Europa”, eternamente “perdidos” e com um ar tão ingénuo quanto fascinado sobre as coisas que observam. Olhavam para um roteiro, tentando perceber onde estariam e o que os rodeava. Foi à entrada no Bairro Novo, junto ao decrépito edifício “O Trabalho”, o tal monumento ao mau urbanismo dos anos 80. O casal de japoneses de visita a Figueira certamente com um objectivo específico: vieram admirar a “Arte Nova e Deco”? Ou ver o maior areal da Europa, fruto de um erro de engenharia? Gostaria de os ter abordado e perguntado, porque vieram à Figueira?

Quem cá reside todo o ano perde a noção do que é “turístico e atraente na Figueira”. Por exemplo, os turistas japoneses estariam a olhar para algumas belas fachadas da rua Cândido dos Reis, e à procura da famosa “street art” dos famosos artistas contemporâneos Mário Belém, D, Eime ou K. d’Enfer, e eu quando os vi, fui atraído para o pior edifício da cidade. Lamentei aquilo que todos lamentamos, problemas de urbanismo por resolver, falta de capacidade de intervenção do poder político para demolir o que nasceu torto.
Nota: a apresentação sobre a Figueira que consta no site Turismo de Portugal (http://www.centerofportugal.com/figueira-da-foz/) começa mal, com uma fotografia de uma paisagem pobre, areia, candeeiros e uma passadeira com um mar desfocado ao fundo. Merecemos melhor."

Via jornal AS BEIRAS

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Figueira = degradação, desleixo, irresponsabilidade, miopia estratégica...

daqui
Como apaixonado que sou pela Figueira, encontro beleza em tudo o que vejo.
Porém, a situação que é visível a olho nu, revela bem a miopia intelectual que tem imperado na gestão da autarquia figueirense. 
Nos últimos anos, a Figueira, ao que dizem, tem sido gerida de uma forma administrativa competente mas, infelizmente, falha de visão. 
Isto é,  tem sido gerida sem uma estratégia de futuro.
Para quem tenha a sorte de conhecer cidades costeiras, em Portugal e noutros países, ainda é mais deprimente o contraste. Ainda é mais triste verificar que, aqui, apenas miopia, ignorância, indolência ou negligência podem ter conduzido a este estado de coisas.
Uma das grandes mais-valias da Figueira é a sua localização privilegiada.
Os problemas são para serem resolvidos. Como, por exemplo, no  Bairro Novo o edifício "O Trabalho"....
É para isso que existe a gestão autárquica: para resolver os problemas. 
Que burocracia, que indolência é esta?
Deveríamos ter passeios largos e seguros, jardins, restaurantes, bares, esplanadas, hotéis de qualidade, comércio de qualidade, galerias de arte, museus, esculturas, desportos náuticos, passeios de barco....
Enfim, um sem número de actividades, não apenas para os figueirenses, mas também para termos o tal turismo de qualidade.
É isto a incúria que leva ao desprezo pela beleza que a natureza condescendeu em dar-nos, o desdém pelos recursos naturais, o desmazelo, o lixo, a degradação deprimente.
E, claro, tudo graças a nós que, acriticamente, vamos dando o voto (ou abstendo-nos ou votando em branco) a quem não sabe fazer melhor que isto. 
Contra mim falo: ainda não descobri a forma de fazer eleger quem seja capaz de fazer a diferença.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Carta que enviei ao Director do Jornal As Beiras

De
António José de Jesus Agostinho
Avenida 12 de Julho, nº. 103
Gala
Figueira da Foz
Cova-Gala, 16 de Junho de 2009

Exmo. Senhor
Director do Diário as Beiras
Rua 25 de Abril, n.º 7
Ap. 44 – 3046 – 652 Taveiro

Assunto: direito de resposta

No sábado passado, dia 13 do corrente, numa notícia publicada no jornal as Beiras, sobre a elevação a vila de Tavarede, Marinha das Ondas, Lavos e São Pedro, fui visado, a dado passo, pelo presidente da junta de freguesia de São Pedro. Vou citar:

“ O homólogo de S. Pedro foi mais efusivo: “é com felicidade e muito orgulho que constato que, depois de muitos anos de luta e trabalho intensivos, fomos compensados”.
Carlos Simão não se conteve e desferiu um forte ataque ao “único eleito do concelho que se absteve na votação” sobre a elevação de S. Pedro a vila.
Referia-se a um elemento da assembleia de freguesia: “condeno esse habitante, que não é digno de habitar aqui!”.


Sobre esta condenação fundamentalista, do meu ponto de vista, sem qualquer fundamento plausível e, presumo, que sem julgamento, pois, que eu saiba, nunca fui constituído arguido, nem ouvido por ninguém – nem sequer pelo jornal que V. Exa. dirige, como exigiria a boa e democrática prática jornalística, tenho a dizer o seguinte, pois “o eleito que se absteve na referida votação” – Parecer sobre Projecto-lei nº. 535/X - fui eu – António José de Jesus Agostinho, portador do Bilhete de Identidade nº. 4000108.

a) Da agenda da reunião Ordinária de 06-04-2009 da CÂMARA MUNICIPAL da Figueira da Foz, constava inicialmente o seguinte ponto:
1 -
GABINETE DA PRESIDÊNCIA
1.1 -
PROJECTO DE LEI N.º 535/X –
ELEVAÇÃO DE SÃO PEDRO À CATEGORIA DE VILA DA INICIATIVA DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA

b) Este ponto, era para ter sido discutido e votado nesse dia 6 de Abril de 2009, contudo, não chegou a ser, como se pode ler na edição do dia 7 de Abril de 2009 do Diário de Coimbra, que passo a citar:
“O parecer da câmara municipal sobre a elevação a vila das freguesias de Lavos, S. Pedro e Marinha das Ondas foi ontem adiado, por solicitação do presidente da câmara, que defendeu ser necessário «uma análise mais cuidada». Duarte Silva salientou que S. Pedro faz parte da cidade e assim sendo, não sabe se poderá ser elevada a vila.”


c) O assunto foi à sessão camarária figueirense seguinte, realizada 15 dias depois, no dia 20 de Abril de 2009. Aí, sim, foi votado favoravelmente, por unanimidade, apesar das dúvidas que existiam e que persistem até hoje, como o atesta o jornal que V. Exa. dirige, na local de sábado passado, dia 13 do corrente, na mesma página que contém as declarações do presidente da junta de São Pedro e que passo a citar:
“Que alguém descalce a bota”
“OS PROCESSOS de S. Pedro e de Lavos levantam dúvidas legais: são as localidades que são elevadas, e não as freguesias ou concelhos. E em nenhuma das duas freguesias existem lugares com o nome das mesmas e com condições para serem promovidos na classificação. O caso de S. Pedro é menos gritante, uma vez que a freguesia se concentra praticamente no mesmo lugar. Para Carlos Simão, “a freguesia é que foi elevada a vila”. Já Isabel Oliveira reconhece que “nenhuma das localidades que constituem a freguesia de Lavos reúne os requisitos legais para ser vila”. E agora? “Agora, quem fez a proposta que descalce a bota, pois não serei eu a resolver um problema que não criei”, responde a autarca. “As pessoas adoram complicar o que é simples: aquilo que a Assembleia da República aprovou ontem foi uma lei!”, reagiu o deputado Miguel Almeida. Admitiu, a seguir, porém: “o que está em causa é uma questão técnica que eu neste momento não sei responder”. E João Portugal “chutou” para canto: “não comento propostas que não são minhas”. Apesar das tentativas, efectuadas até ao fecho desta edição, não foi possível obter declarações do presidente da Câmara da Figueira, Duarte Silva.”


d) Estas dúvidas, que como se pode ler na citação acima, continuam por esclarecer, já existiam quando a proposta foi votada na Assembleia de Freguesia de São Pedro, em sessão realizada no dia 16 de Abril de 2009, pelas 21:30 horas, no edifício sede da junta de freguesia de São Pedo.
Como costumo praticar o “crime” de pensar pela minha cabeça e votar obedecendo à minha consciência e não por interesses políticos, populistas, demagógicos e/ou eleitoralistas de ocasião, tomei a posição que a minha consciência me impunha: abster-me.



Por isso mesmo, e creio que mesmo só por isso mesmo, o senhor presidente da junta de freguesia de São Pedro lavrou a sentença e mandou publicar no seu jornal no sábado passado, dia 13 do corrente: “condeno esse habitante, que não é digno de habitar aqui!”.

Que dizer a isto, em minha legítima defesa, para além dos factos reais que acima já estão narrados: nada mais, absolutamente mais nada.
A não ser congratular-me com o facto de, felizmente, São Pedro, freguesia, não fazer parte do mundo fundamentalista, como por exemplo o Irão, embora, pelos vistos, os fundamentalistas estejam espalhados pelo mundo inteiro…

Agradecendo que mande publicar este meu direito de resposta, com o mesmo destaque da notícia que provocou este meu pedido, apresento os melhores cumprimentos.
António José de Jesus Agostinho

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Obras nas instalações da PSP... Será desta?

Imagens via Diário as Beiras


Há muitos anos que as instalações da PSP na Figueira da Foz estão a necessitar de obras: em Agosto de 2013, por exemplo, numa visita enquadrada nu­ma «actividade rotineira», o então director nacional da PSO, Paulo Valente Gomes, que já havia estado no edifício depois da intempérie de Janeiro desse ano, era da opinião que o imóvel «precisa de uma intervenção mais estrutural». «Quer no exterior, quer no interior do edifício, há áreas a carecer de uma intervenção de fundo», estando a estudar «a melhor modalidade de financiamento»O então director nacional da PSP, Paulo Valente Gomes, deslocou-se à Divisão Policial da Figueira da Foz, para uma reunião com o presidente da Câmara da Figueira da Foz na altura, João Ataíde. Em declarações aos jornalistas, Paulo Valente Gomes manifestou interesse em que seja realizada uma intervenção profunda na esquadra local. “Estamos a estudar qual será a melhor modalidade em termos de financiamento. Sabemos que é uma intervenção que maioritariamente compete à Administração Central, mas analisaremos a modalidade mais adequada para financiar a obra”, explicou o director nacional.


Meses depois, em Maio de 2014,  Paulo Rodrigues presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) visitou a Divisão da Figueira da Foz e ficou abismado com o que viu: instalações da PSP “envergonham a polícia e o país”.
Se um estrangeiro tiver de se deslocar ao edifício, fica com uma imagem negativa da força de segurança e de Portugal. Além da degradação das instalações, que se faz notar, por exemplo, nas casas de banho e na falta de acessibilidades para deficientes, Paulo Rodrigues denunciou a falta de material informático. O presidente da ASPP afirmou que as fotocopiadoras e as impressoras estão avariadas, o mesmo acontecendo com alguns computadores. A falta de condições de trabalho, frisou ainda, põe em causa a saúde dos polícias.
As oficinas da PSP locais têm amianto, passando a integrar a lista que o sindicato está a elaborar sobre equipamentos policiais com fibrocimento.

Entretanto, passaram 10 e as obras ainda não avançaram. Será desta?
"As condições de trabalho para os polícias continuam a degradar-se na Figueira ao ritmo do envelhecimento das instalações."

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (3)

"Falo de prioridades e no caso o seu apurado estudo assume-se como incontornável. Só o estabelecimento de rigorosas políticas públicas minorando as dificuldades já vividas e que o serão de modo ainda mais trágico por tantas famílias, pode ajudar a resolver a crise iminente. Esta é a prioridade. Mas volta e meia, surge a questão do Edifício O Trabalho. Perguntam o que fazer daquele mamarracho sem préstimo. Até porque já ninguém, nomeadamente os vizinhos, aguenta aquela desgraçada “visão”. Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita e este mastodonte não tem qualquer hipótese de viabilização. É uma das “peças” com que a cidade foi sendo brindada, num caminho ínvio de descaracterização do espaço urbano. Lembro as “rolhas” colocadas “estrategicamente”a tapar a vista à Bernardo Lopes, obra de responsabilidade central, e mais a implantação de prédios execráveis e a destruição de vitais manchas verdes. Em cada caso há responsáveis, lembremos! Aventa-se a implosão mas segundo especialistas não será possível. Era precisa uma forte carga de explosivos que abalaria os alicerces do frágil bairro antigo. Recuperar é impensável: na construção do monstro foram utilizadas areias salgadas e o prédio está irremediavelmente cheio de humidade. Acresce o facto da empreitada das fundações ter ferido linhas de água, agora sugadas pela estrutura. Se não oferece mesmo perigo, deixem estar que coisas bem importantes há para fazer, mas opiniões apontam para risco de ruína. Se assim é, o LNEC terá de opinar, e aquilo ser destruído à marretada. Vidas em risco não! E após? Linda seria a ressurreição do Parque Cine, que saudades deixou. Uma ideia de que gosto por nova na cidade: um jardim de Inverno, espaço coberto de lazer, convívio e contacto com a Natureza, voltado para as famílias e não para a “ganhuça” de empreendedores, a cobrar para se espreitarem os miosótis e as joaninhas. Impossível? Nada é impossível, quando alguém se põe a pensar."
Via Diário as Beiras

terça-feira, 24 de julho de 2018

Lucidez, que é uma realidade causada pela falta de álcool, precisa-se...

As ruas e avenidas da Figueira, neste momento, são um manancial de surpresas, de incómodos e de complicações. 
Um olhar atento, que vá para além da ilusão que os vendedores de sonhos, da bem oleada máquina de propaganda municipal nos querem vender, pode revelar a realidade. 
Só que é preciso, além de olhar, reparar!
"Sou cidadã contribuinte do município da Figueira da Foz e, para além de passear de bicicleta numa marginal linda mas actualmente desfeita, também costumo andar a pé pelo interior da cidade.
A Figueira está em “grandes” obras, eu sei.
Fora isso que já não é pouco, são impressionantes os buracos na calçada dos passeios (em quantidade e em dimensão) e os muitos andaimes nos prédios particulares, cujos proprietários escolheram esta altura do ano para os renovarem. À semelhança de outras terras que recebem muita gente de Verão, devia ser proibido fazer obras particulares e públicas nesta época do ano.
No percurso que fiz hoje, esqueçam lá a oitava maravilha do mundo que é o nosso Tio Presidente que muito obra, alerto para o estado de degradação dos imóveis que fazem a esquina da Rua Praia da Fonte e a Rua que dá acesso ao Largo do tribunal Judicial ( perto do Reino dos Frangos), porque estão num estado “ciático” tão grave que faz mal à vista. Já agora, peço a alguém que se digne avisar o dono da casa junto ao Sporting, quase em frente do prédio do Antiquário, que mude ou que deite abaixo de vez aquele vidro partido na janelinha do r/ch, pois já irrita vê-lo espatifado há meses, ainda por cima com umas cortininhas negras de lixo a baloiçar para o exterior!
Outro alerta que já “tem barbas”, mas agora com um dado novo pelo menos para mim na minha condição de peão: o célebre edifício “O Trabalho”, antigo Parque Cine, na Rua Cândido dos Reis!
Ainda não caiu, não é isso, mas o vidro da porta principal está todo estilhaçado e facilmente se entra lá dentro. Penso que naquele estado, dá ainda pior aspecto àquela grande obra de arquitectura ranhosa sem solução à vista.
Enfim, tudo muito pouco apelativo aqui na paróquia, a obrar muito de momento.
Quem entra na cidade - (aqueles turistas que vão aparecendo depois de verem os filmes promocionais) - ficará certamente com dúvidas: ou a Figueira da Foz já foi uma linda paragem turística como aquela que mostram nos vídeos, ou está ainda em construção."

De olho na obra. Acabei de citar Isabel Maria Coimbra

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Da série, as escolas secundárias da Figueira... (6)

Ana Carvalho
"Será que há hoje menos alunos no ensino secundário do que há uns anos, quando já existiam três escolas na Figueira da Foz? Apesar da natalidade ter baixado bastante nos últimos anos, a verdade é que a taxa de abandono escolar atingiu mínimos históricos, acompanhada pelo aumento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Pelo que, comparando o número de alunos que frequentam as três escolas secundárias do nosso concelho com os que as frequentavam há 10 anos, verifica-se até um aumento de mais de 5%. Por outro lado, também se verifica uma taxa de ocupação de cada uma delas superior a 70%. Todas apresentam planos de atividades diversificados, dinâmicos, com uma filosofia pedagógica própria procurando envolver as respetivas comunidades escolares. Nos últimos anos, houve uma revitalização da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado e a sua consolidação como a segunda preferência dos alunos do município. O que se deve, sobretudo, à vasta oferta que apresenta ao nível do ensino profissional muito ajustada às necessidades do mercado de trabalho local, e, agora reconhecida pelo ISEC, que a escolheu como parceira na criação de cursos técnicos superiores profissionais para o próximo ano letivo. A Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, também com oferta de cursos profissionais, tem apostado, sobretudo, no ensino regular com vista ao prosseguimento de estudos, sendo a escola com mais alunos. A Escola Secundária de Cristina Torres surge como uma resposta completa, sobretudo, aos alunos do norte e sul do concelho, sendo a próxima escola a ter as suas instalações modernizadas. O município despende anualmente de mais de meio milhão de euros em transportes escolares para garantir que todos os alunos do concelho tenham acessibilidade garantida, a horas, à escola secundária que frequentam. Sendo, este transporte (autocarro, carrinha especial ou até táxi), totalmente gratuito para todos os alunos até ao 12.º ano, compensando, desta forma, os que moram distantes da escola secundária que frequentam. Concluindo, as três escolas são complementares entre si, estão a funcionar muito bem com ensino diversificado e com provas dadas, fazendo, sim, todo o sentido continuarmos a investir e a apostar em todas."
Ana Oliveira
"Numa sociedade que se deseja próspera, autónoma e que se queira afirmar existem duas áreas estruturantes, das quais não se deve descurar o seu desenvolvimento e a sua qualidade: são elas, no meu ponto de vista, a saúde e a educação. Quando se fala da importância da educação, não nos podemos esquecer que falamos de um direito fundamental, que deve abranger todos, independentemente do género ou da classe social, relembrando que foi uma das conquistas da revolução de abril. Porém, a importância da educação vai mais além, pois é através dela que nos tornamos cidadãos mais dignos! Diversos fatores dos últimos anos têm fragilizado os valores referidos, colocando em causa o que tem sido alcançado. No caso específico da Figueira da Foz, a falta de alunos e más decisões políticas têm afetado, e muito, o desenvolvimento da educação, enquanto pilar fundamental na nossa sociedade. Recuemos ao governo socialista de José Sócrates e ao famoso programa “Parque escolar”. Inúmeras escolas no país foram reabilitadas. O nosso concelho não foi exceção, parece-me é que existiu uma má avaliação do edifício a ser reabilitado, ou terá sido exercida uma “influência” partidária que beneficiou a escola reabilitada? O que é certo é que as escolas que mais precisavam ficaram na mesma, até aos dias de hoje. Mais uns milhões que foram “gastos”! Mas ganharam os alunos? Ganharam os docentes e os auxiliares? Ganhou o concelho? Alguém ganhou, mas não foi a educação. Em relação à falta de alunos, será que devemos só atribuir culpa aos baixos valores da natalidade em Portugal? Ou, por outro lado, a Figueira da Foz não poderia fixar os jovens que aqui nasceram e atrair outros tantos através da captação de mais pequenas e médias empresas e de trabalho qualificado? Ou será que o aumento das “grandes mercearias” têm aumentado a estabilidade nas famílias? Não creio! A Figueira não deve recuar no tempo, deve investir no desenvolvimento, deve investir nas pessoas! A nossa cidade deve ter três escolas secundárias? Só tenho uma resposta: Quantas mais houvessem!"

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Encontros do Mar 2020 iniciaram-se com a presença do Almirante Doutor António Silva Ribeiro

"O convidado, neste primeiro Encontro, Almirante Doutor António Silva Ribeiro, é Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Portuguesas, antigo Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, antigo Director do Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa, Professor Catedrático Convidado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL), associado e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR na Figueira da Foz e na Praia de Mira desde 1997, Associado Honorário do CEMAR em 2017, etc..

O ciclo Encontros do Mar 2020, em celebração dos vinte e cinco anos da fundação do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR (1995-2020), começou, desta maneira, com chave de ouro; e vai continuar ao longo de todo o ano de 2020, aos sábados à tarde, a partir das 15.00 horas, na Figueira da Foz do Mondego (Buarcos) e em outros locais.

Neste primeiro Encontro, o convidado -- para tal fim, o interveniente mais credenciado -- apresentou uma visão geral da relação de Portugal com o Mar, não somente de um ponto de vista histórico mas também de perspectivação do Presente e do Futuro, sob o ponto de vista estratégico, institucional, económico, social e cultural.
No informal mas vivo debate que se seguiu (no espírito que vai continuar a ser sempre o dos Encontros do Mar, em profícuas sessões de trabalho especializado), houve intervenções com contributos de vários dos presentes que neste dia se deslocaram para esse fim especialmente à Figueira da Foz (contributos não muito numerosos, mas muito qualificados, por muito qualificados serem os que nessa ocasião os proferiram), nomeadamente o Com. Armando Dias Correia (Marinha Portuguesa), Eng. João Paulo Craveiro (Coimbra), Eng. Paulo Gonçalves (ARL), Dr. Miguel Marques (PwC), Dr. Manuel Castelo Branco (ISCAC-Coimbra Business School), Alfredo Pinheiro Marques (CEMAR), Dr. Carlos Monteiro (CMFF), os Mestres Pescadores Manuel Gabriel e Alcino Clemente (Praia de Mira).
Entre a assistência contaram-se figuras como o Juiz Desembargador Luís Azevedo Mendes, Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, o Almirante Aníbal Ramos Borges, Director da Revista da Armada, Mestre José Festas, Presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, etc..

Esta conferência do CEMGFA Almirante António Silva Ribeiro corresponde à que deveria ter sido proferida em primeiro lugar nesta cidade da Figueira da Foz no decorrer da vigência da grande exposição “O Infante Dom Pedro de Coimbra -- e de Buarcos (Foz do Mondego] — na História de Portugal”, organizada em 2019 pelo Tribunal da Relação de Coimbra, Brigada de Intervenção do Exército Português, Câmara Municipal da Figueira da Foz e Centro de Estudos do Mar, a qual esteve patente na Primavera desse ano no Palácio da Justiça de Coimbra (Tribunal da Relação), e se esperava que viesse a estar aberta ao público no Verão desse ano de 2019 na Figueira da Foz no edifício histórico da Casa do Paço, da Câmara Municipal da Figueira da Foz (e se esperava que tivesse sido por essa Câmara Municipal proposta para ser integrada na celebração do Dia da Marinha, na sua extensão à cidade da Foz do Mondego). Tal exposição, na sua conceptualização, acervos, etc., foi já em si mesma um primeiro contributo embrionário para a criação do Museu do Mar da Foz do Mondego (MMFM): a parceria desde 2017 a ser preparada entre a Câmara Municipal local e o Centro de Estudos do Mar, e com os possíveis apoios e colaborações da Marinha Portuguesa e do seu respectivo Museu de Marinha de Lisboa, etc.. Possíveis apoios e colaborações que, agora, não deixaram de ser mencionados pelo Almirante António Silva Ribeiro nesta sua conferência na Figueira da Foz em 18.01.2020, pois começaram a ser estudados entre a CMFF, o CEMAR, e a Marinha, no tempo em que ele próprio foi Chefe do Estado-Maior da Armada, em 2017, e quis então dispensar a sua esclarecida apreciação a esse assunto da criação de mais um museu significativo e dedicado ao mar em mais uma significativa cidade marítima portuguesa, como é a cidade da Foz do Mondego."

A sessão foi transmitida em directo, através do canal Centro de Estudos do Mar CEMAR TV - YouTube.
Ficam os vídeos.

Primeira parte [Introdução]:
Segunda parte [Intervenção]:
Terceira parte [Debate]:

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Querem ver que a Câmara vai mostrar a sua raça e vai ser desta que vai ficar resolvido o problema do edifico O Trabalho!..

António Tavares, vereador, em 11 de Março de 2014,  no jornal AS BEIRAS:

"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Imagem via Diário as Beiras

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

As "freirinhas" e o edifício que é um Trabalho!.

foto António Agostinho
Esta paisagem desoladora, no coração da Figueira, não é uma questão semântica: é a continuação da demonstração do que tem sido o poder político na Figueira: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta: "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Acabei de citar o vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
Como em tempos escrevi aqui"A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério..."

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Desorganização urbana

Foto retirada do facebook, via Isabel Maria Coimbra.

Esta fotografia tem tudo o que se queira: fervor sinalizador (olhai a segurança!), obras (vai uma requalificaçãozinha eleiçoeira?), casario urbano degradado, passeios vedados e intransitáveis (pedimos desculpa pelo incómodo; estamos a melhorar a mobilidade), edificado devoluto (aqui podia morar gente) caindo em ruína (vai uma sandes de pato-bravo?), fachadas antigas abastardadas (a aposta no empreendedorismo) e edificado moderno do melhor gosto (se repararem com atenção lá está o edifício "O Trabalho")... 
Tudo o que se queira. Do melhor da civilização urbana.
A Figueira está entregue aos bichos há muitos anos... E a periferia que se cuide:  atenção aos terrenos da antiga Alberto Gaspar & Cª. Ldª...
Olhar para a Figueira, em 2021, chega a ser doloroso! A  sucessão de crimes,  desde Buarcos ao Cabedelo, passando pela Rua dos Combatentes, é qualquer coisa de chocante e revoltante.
Sinceramente, perdi a esperança de algum dia ver melhoras. Isto é a  barbárie. Aquela visita de ontem ao reino do "breve" em estilo motard, acabou com o resto...
Em verdade vos peço. Em 2021, tentem evitar carreteiras que levem às urnas. Senão estiveram atentos, será a a própria barbárie que vão caucionar. 

sábado, 16 de maio de 2015

Essa proactividade não há meio de chegar?...

Estamos quase na época alta, mas a cidade continua suja e triste. 
No Bairro Novo, cheira a mofo, os ácaros por lá continuam, apesar das palavras escritas que nos hão-de guiar um dia: "... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..." 
E continuamos no desalento, sem nunca chegarmos a "proactivos"
Os anos vão passando, eles pelo poder lá vão estando e, com eles lá, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se.
E qualquer dia já não somos os mesmos - estamos a envelhecer. 
Quem vai continuar é o rio, imponente, a correr para o mar, a correr sabe-se lá para onde!.. 
A Figueira cá continua, no seu ramerrão, governada por politicozinhos, que é o que merece uma "cidade imoral".

quinta-feira, 21 de maio de 2015

“Custe o que custar”, o pobre é para passar fome e o rico é para comer lagosta - e tudo o mais que quiser...

Já há operários da Camac a passar fome. 
São perto de 140. Vão fintando o desalento assim; uma ou outra laracha lançada para desanuviar. Para arrancar sorrisos de rostos consumidos pela preocupação. Para aquietar o desespero de não ter como honrar compromissos. Para esquecer, por instantes, que ali já há quem esteja a passar fome. Ou para não lembrar o episódio de sexta-feira, quando, de novo ultrapassado o prazo assumido pela administração para pagar o salário de abril, viram um colega ir de urgência para o hospital com um ataque de ansiedade seguido de outro de epilepsia.

Em tempo:
"Trabalhes ou estejas desempregado, serás pobre. É esta a mensagem subjacente às transformações que estão a ser feitas, em simultâneo, no mundo do trabalho e na protecção social no desemprego. É esta a sociedade de pobreza, com mais pobres e maior intensidade de pobreza, que está a ser construída de forma estrutural, porque o que se passa ao nível das remunerações salariais e da protecção social tem efeitos sobre todo o edifício económico, social e político. Uma sociedade que era já das mais desiguais antes da crise está a tornar-se mais desigual ainda."
Daqui