quinta-feira, 22 de agosto de 2019

POSTAL DO DIA

Via Luís Osório

«O presidente da Câmara de Santa Comba Dão, o socialista (!!!?) Leonel Gouveia, anunciou para os próximos dias o início das obras que culminarão na inauguração do Museu Salazar. O Museu será edificado nas instalações da antiga escola primária e o sobrinho neto do ditador português, Rui Salazar, é o grande entusiasta da iniciativa. 

Conheci Rui Salazar há uns anos. Vive num mundo paralelo. Solitário, rodeado dos livros do tio, das garrafas que o tio guardava na adega, dos sapatos e roupas velhas do tio, dos relatórios e contas dos quase 40 anos que levou de presidente do conselho (números que sabia de cor). O homem era simpático e lunático. Vivia sozinho numa casa na companhia do fantasma de Salazar. Os anos passaram e não consta que tenha melhorado, deve estar pior, não é coisa que se possa gozar, tenho respeito por todas as formas de perturbação. 

Confesso que ao ouvir um autarca avançar com a ideia do Museu Salazar, nos mesmos moldes que o sobrinho defendera numa conversa comigo vinte anos antes, me arrepiei. Não por achar que não possa existir um Museu do Estado Novo, mas pela hipótese de ser, de uma maneira ou de outra, um museu que terá como objectivo mostrar o “grande homem”, o “grande estadista”, a “grande figura de Santa Comba Dão”. Já estou a ver o tolinho do autarca aos saltos pela oportunidade de a terra ser falada internacionalmente por causa do arrojo de uma iniciativa que é um exemplo de tolerância e de bons costumes. E defenderá até que, sendo socialista, tem a obrigação de não ter medo da história, a tolerância será uma prova da sua força. 

Mas não é. Um Museu que será edificado sem um aconselhamento e presença de historiadores independentes e reconhecidos pela comunidade científica, será um embuste, uma prova de estupidez e o pretexto para que os antidemocratas passem a ter um lugar de romaria onde poderão celebrar a vida de Salazar e diabolizar as democracias liberais. Neste tempo, de regresso de fascismos e intolerâncias, fazer nascer um Museu Salazar, é um atentado. 

Salazar é uma figura da história portuguesa. Ninguém o contesta. Mas era um fascista. Não à italiana, não à espanhola e, ainda menos, à alemã. Um fascista à portuguesa. Autoritário à nossa maneira, pobrezinho e honrado, casto e perverso, mandante de assassinatos políticos e responsável máximo por uma estratégia que nos condenou ao isolamento, ao medo, que instigou a bufaria e o cheiro a mofo. 

Não esqueço que Salazar ganhou um concurso televisivo em democracia. Que há um conjunto de portugueses que, no recato do silêncio, diz para os seus botões: “Não, o homem era um patriota. Era sério, se ele fosse vivo…” Irão continuar a dizê-lo. E por isso, senhor presidente da Câmara, o senhor é bem capaz de ter o seu museu cheio, mas isso não implica que não seja uma vergonha como presidente da câmara."»

Na Figueira continua sempre o carnaval...

"O Parque de Campismo chegou a ser considerado nos anos 70 do séc. XX, o segundo melhor de Portugal, apenas ultrapassado pelo Parque de Monsanto em Lisboa..."

Parque Campismo que Futuro?


"O PSD entende, que é um equipamento essencial para o turismo Figueirense, dispõe de valências e localização únicas para potenciar uma série de atividades outdoor com uma estratégia de parcerias com privados, com concessões limitadas e em de espaços específicos para empresas de animação turística, será essencial para tornar novamente este parque de campismo uma referência nacional e internacional, o qual deverá ter um plano de marketing especifico.

Actualmente, o que tem sido feito é uma mera gestão corrente, por sinal mal feita, sem saberem o que fazer do futuro do parque campismo.

O resultado nos últimos 10 anos, existiu uma redução significativa de utentes do parque campismo em contra ciclo com crescimento do Turismo.

O parque campismo Municipal talvez seja o único no País, que não tem pagina WEB, nem pagina nas redes sociais!

Em 2018, foram gastos 6.000 euros numa aplicação informática para reservas online, se não há site, como funcionam as reservas?

Contratos aqui e aqui.

Nestes 10 anos foram feitos inquéritos aos campistas?

Têm sido 10 anos de anúncios e de promessas, a que os Figueirenses têm assistido é, a uma morte lenta do Parque Municipal de Campismo."

GRV encheu para ouvir Jerónimo de Sousa


Manuel Rocha, cabeça de lista por Coimbra: "não haverá política de esquerda sem a CDU"

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

BUARCOS - OBRAS de DESTRUIÇÃO

IC1 (EN 109), a Sul da Figueira da Foz... (um assunto que já vem de longe...)



Um lutador chamado...

NELSON FERNANDES, AO SEU MELHOR NÍVEL...

ESCRITO NA PEDRA, por Maria Teresa Coimbra

Sacado daqui

IC1 (EN 109), a Sul da Figueira da Foz...

"... é um assunto que se arrasta há quase 10 anos.

Uma estrada onde continuam a ocorrer acidentes nos cruzamentos da Costa de Lavos e Marinha das Ondas sendo um atentado à segurança rodoviária, é vergonhoso ter-se deixado chegar ao ponto em que se encontra!

Em 2016, a Câmara Municipal emitiu um comunicado e divulgação nas redes sociais que a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) anunciava o investimento de 3,25 milhões de euros para as obras da sua requalificação, valor que seria distribuído em dois anos, sendo 1,2 milhões em 2016 e 2,05 milhões em 2017.

Passaram dois anos, nada foi feito....

No passado mês de Junho, a Deputada do PSD, Ana Oliveira, questionou novamente o Governo, na pessoa do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, sobre a prometida requalificação do troço da Estrada Nacional 109 (IC1) que passa o concelho da Figueira da Foz de norte a sul e, mais uma vez ficou sem resposta.

É lamentável que as Infraestruturas de Portugal em 2018 tenham requalificado o IC1 ( EN109) no Distrito de Leiria, estando também agora a decorrer os trabalhos no Distrito de Aveiro (entre Vagos e Aveiro).

É inadmissível, que o troço IC1 (EN109) a sul da Figueira da Foz, tenha uma vez mais ficado na gaveta.

O PSD, enquanto governou a Câmara Municipal, com uma relação correta e permanente com o poder central, concretizou as acessibilidades há anos anunciadas, como o alargamento da entrada principal da cidade, A14 ligação ao IP3, A17, IC8, Ponte dos Arcos, o Portinho da Gala... A variante de Tavarede, etc....

O Dr. Carlos Monteiro nestes 10 anos não conseguiu articular e concretizar com o poder central a requalificação da EN 109....

Venho requerer, toda a troca de correspondência entre o Município, o Ministério da tutela e, as Infraestruturas de Portugal."

Um requerimento do Vereador PSDRicardo Silva

Acrescentar o quê?

Via Diário as Beiras
PSD da Figueira da Foz, já disse tudo em Maio de 2018
"esta obra é exemplificativa da forma como é dirigido o concelho.
Sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."

Este pérfido sentido de humor figueirense...

Imagem via Diário as Beiras


É de um pérfido sentido de humor que  "a câmara tenha proposto ao movimento ambientalista Parque Verde que indicasse uma solução para o problema do freixo, do largo de Santo António, a árvore mais antiga do concelho, cujos custos serão suportados pelo município".
É de um pérfido sentido de humor, porque - fica a pergunta - como é que se cede alguém que se diz amar?
É de um pérfido sentido de humor, Carlos Monteiro rejeitar as críticas de quem acusa a câmara de abater árvores, afirmando "que nunca foi abatida uma árvore sem uma causa devidamente fundamentada".
Basta lembrar o que se passou em Buarcos...

Cabedelo preocupa SOS...

Via Notícias de Coimbra 

Foto António Agostinho
«O SOS Cabedelo, movimento cívico da Figueira da Foz, denunciou um potencial perigo para os banhistas da praia do Cabedelo, por acção do mar, com a construção de um muro de protecção, incluído numa obra hoje aprovada.

Miguel Figueira, dirigente do movimento SOS Cabedelo, arquitecto e surfista, avisou ontem durante a reunião do executivo camarário, que a obra projectada para a zona marítima da praia do Cabedelo – que a câmara diz ser de requalificação, contrapondo os críticos que é obra nova e, como tal, deveria ser sujeita a estudo de impacte ambiental – vai criar novas correntes e vórtices (redemoinhos) que põem em causa a segurança de banhistas e surfistas.

O SOS Cabedelo afirma que a obra de protecção costeira, constituída por um enrocamento de pedra, vai avançar para dentro de água cerca de seis metros, “criando um desfasamento” com o molhe ali existente e provocando uma “armadilha letal”.

“O novo enrocamento terá de seguir o alinhamento e a geometria do enrocamento existente. Esta sempre foi a nossa posição para que não estivéssemos a criar ali alguma acção que pudesse impactar contra o funcionamento das ondas ou a segurança naquela zona da praia”, frisou Miguel Figueira.

O dirigente explicou que as preocupações com a segurança dos banhistas derivam de existir, junto ao molhe sul do porto da Figueira da Foz, adjacente ao qual se situa o areal do Cabedelo, “um dos maiores, senão o maior agueiro” da costa, uma corrente inversa à direcção da ondulação, que os surfistas usam como “uma estrada para ir para as ondas” afastadas da praia e a que chamam “o canal”.

Esse agueiro, que “não se move, é permanente” e desde as obras de prolongamento do molhe norte em 2010 “tem ganho imensa força”, constitui um problema acrescido de segurança para os banhistas, “porque a zona afunda muito rapidamente as pessoas perdem pé e são arrastadas”.

Miguel Figueira explicou que com a construção do enrocamento irá surgir “um pequeno ou grande vórtice, dependendo da intensidade do mar” no referido canal, na zona de articulação entre o molhe existente e a nova estrutura de protecção, uma situação que preocupa o SOS Cabedelo.

Recentemente, um instrutor de surf (Miguel Guedes) e um seu aluno, Santiago, de apenas 8 anos, salvaram duas pessoas no local, tendo sido alvo de um voto de louvor por parte do município. Miguel Figueira enfatizou que ambos, perante a situação que teme vir a verificar-se no futuro, “não teriam conseguido sair e teriam lá ficado”, sem conseguirem salvar os banhistas e pondo em risco a sua própria vida.

“Esta é uma questão de uma seriedade que impõe da nossa parte um alerta muito claro e muito inequívoco”, afirmou o arquitecto, que adiantou ter pedido por três vezes uma reunião ao presidente da câmara sobre o tema e ter sido “ignorado”, decidindo-se pela inscrição no período reservado ao público para que o alerta fique em acta.

“Estou aqui também para vos esclarecer em tudo o que quiserem, com ou sem desenhos, para que não possam invocar no futuro, perante uma eventual calamidade [que não sabiam], porque este projecto, que hoje vai a votação com o voto de cada um de vós [foi aprovado por com quatro votos a favor do PS e três contra do PSD], tem responsabilidades”, avisou.

O dirigente referiu ainda que, no futuro, “se porventura esta armadilha letal que estiverem a viabilizar vier a trazer outras consequências”, se não se conseguir impedir que esta obra vá para a frente, “esta acta servirá para fazer o cabal apuramento das responsabilidades”.

“Se quiserem insistir neste disparate, porque o que está em causa é a minha segurança e a dos meus filhos e a dos banhistas, iremos usar dos recursos legais e com todas as nossas competências para que esta obra, nesta forma, não avance”, garantiu Miguel Figueira.»

Segundo o Diário as Beiras de hoje, «o  presidente da câmara, Carlos Monteiro, prometeu que a autarquia vai debruçar-se sobre o assunto.
Por outro lado, frisou que o projecto poderá ser sujeito a alterações durante a obra.
A segunda fase da Área de Reabilitação Urbana do Cabedelo, destinada à protecção e reabilitação costeira e dunar, foi aprovada ontem com os votos a favor do PS e os votos contra do PSD. 

Entretanto, decorrem as obras da primeira fase, destinando-se à infraestruturação daquela zona de praia da Freguesia de São Pedro.»

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Depois da reunião de Câmara de hoje...

Terminou a reunião camarária que havia começado cerca das 15 horas. 
A Figueira, a avaliar pelo que pude assistir, durante parte da tarde de 20 de Agosto de 2019, está um concelho politicamente triste e, ao mesmo tempo, pouco tranquilo e zangado. Politicamente saturado e, ao mesmo tempo, nervoso. Cheio de festas e eventos desportivos e, ao mesmo tempo, politicamente ignorante. Tem uma classe política convencida e egoísta, mas notoriamente incomodada... Presumo que com o seu egoísmo e, ao mesmo tempo, com a má consciência.

Jerónimo de Sousa amanhã em Vila Verde

A CDU vai realizar uma sessão pública amanhã, quarta-feira, 21 de Agosto, pelas 21h30, no Grupo Recreativo Vilaverdense, em Vila Verde, Figueira da Foz. A iniciativa contará a presença de candidatos da CDU por Coimbra e com as intervenções de:
António Moreira, Mandatário Distrital da CDU;
Paulo Coelho, do PEV, Candidato da CDU por Coimbra;
Manuel Rocha, 1º Candidato da CDU por Coimbra 
e Jerónimo de Sousa, Secretário Geral do PCP.

Começa a ser tempo de pensar o futuro...

Via Diário de Coimbra: "Obras não têm os melhores resultados"

"As obras que a autarquia está a efectuar de requalificação da zona histórica da cidade preocupam a direcção da ACIFF (Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz), que, apesar de representar cerca de um milhar de empresários, não foi consultada, tendo “apenas” assistido à apresentação pública do projecto (que entretanto sofreu alterações). Todavia, o presidente da instituição assegura que essas preocupações têm sido transmitidas à autarquia, «por escrito e verbalmente» e que o presidente Carlos Monteiro se tem mostrado «colaborativo e disponível»."

Como se nota pelas declarações de Carlos Moita, presidente da ACIF, apesar de preocupado com o "impacto negativo" que as obras estão a ter no comércio tradicional, mostrou ser um cidadão avisado. E fez bem.
Do meu ponto vista, Carlos Monteiro não tem qualidades para ser presidente de câmara, mesmo duma cidade como a Figueira da Foz.
Igualmente do meu ponto de vista, há muito que muitos figueirenses perceberam, que é incapaz de ter qualquer espécie de empatia para com o que lhe causa incómodo  –  leia-se, os críticos.

Daí todos os cuidados serem sempre poucos para lidar com o actual presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, Doutor Carlos Monteiro. 
E Carlos Moita, que domina a arte da cartomancia e é perspicaz, sabe isso muito melhor do que muitos, incluindo eu...

No tempo em que não havia redes sociais, era assim que as pessoas comuns escreviam no espaço consignado aos leitores dos jornais...

Exmo Senhor Director

Deixe-me começar  esta humilíssima epístola por felicitar o jornal que V. Exa. superiormente  dirige. 
Que Deus lhe dê muitos e bons anos nessa hercúlea  e gloriosa tarefa.
O assunto que me leva a incomodar V. Exa.,  e a partilhá-lo com os seus leitores, é o seguinte : 

"Venho informar que, ao contrário do que foi anunciado, o projecto de Remodelação do Jardim Municipal (o tal que tem um custo de 800.000,00€) não consta da ordem de trabalhos da reunião de câmara de dia 20 de Agosto, Terça Feira, a realizar pelas 15h nos Paços do Concelho.
Esta reunião é pública."

Agradeço, penhorado, a atenção de V. Exa.

"Os governos não ganham greves por 3-0"

“O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz” escreve, num blogue que vale a pena visitar, Paulo Pedroso.
"O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O  seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz.
A escolha de um agradecimento aos militares pelo seu contributo na redução dos efeitos da greve para início de périplo aos que diminuíram os efeitos da greve, sendo provavelmente merecida, é também um erro de perspectiva de um Primeiro-Ministro de esquerda. Os primeiros a quem há que agradecer é aos trabalhadores que acataram os serviços mínimos - e parecem ter sido bastantes - senão a requisição civil não seria tão limitada e circunscrita.
Quando um Primeiro-Ministro agradece antes de mais e primeiro que a todos os outros aos militares o seu papel na limitação dos efeitos de uma greve, desculpem, mas a minha  alma de esquerda fica dorida."