sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Pedro Nuno Santos, o "esquerdista"......

Pedro Nuno Santos, hoje, em entrevista ao Expresso, mostra um discurso muito semelhante ao de Luís Montenegro, que ele criticara há pouco mais de um mês no parlamento.

«Imigrantes têm de respeitar cultura e modo de vida.»

«O respeito pelas mulheres é fundamental na sociedade contemporânea e deve ser um valor partilhado por todas as pessoas que querem viver e trabalhar em Portugal.»

«Deve haver um esforço muito determinado em garantir que quem trabalha e vive em Portugal saiba falar português.»

«Quem procura Portugal para viver e trabalhar, obviamente, percebe, ou tem de perceber, que há uma partilha de um modo de vida, uma cultura que deve ser respeitada.»

«A justiça deve ser implacável contra o crime e os criminosos, sejam eles de que origem forem.»

«Precisamos, de uma vez por todas, de falar sobre a imigração de forma descomplexada, exigente, rigorosa, como infelizmente se tem feito.»

«Não devemos tratar da mesma forma alguém que entrou legal e alguém que entrou ilegal.»

«O País não se preparou para a entrada intensa de trabalhadores estrangeiros.»

«Esse instrumento [manifestação de interesse] tinha efeitos negativos, porque, na realidade, não podemos ignorar que tinha um efeito de chamada.»

Moisés Espírito Santo (1935/2025)

«O sociólogo, etnógrafo e etnólogo Moisés Espírito Santo, que desenvolveu trabalhos na área da religião e sociologia rural, morreu esta sexta-feira, aos 90 anos.»

Ainda dá para pensar a sério?


«Todos vemos André Ventura na AR berrar, a propósito de tudo e de nada, “vergonha!

Pela comunicação social sabemos que boa parte dos deputados do Chega já foi incriminada pela justiça. Agora o deputado desse partido Miguel Arruda, eleito pelos Açores, foi filmado no aeroporto de Lisboa a roubar malas. 

Pelo que se vê nos cartazes do Chega, e se ouve nas declarações dos seus deputados, parecerem ser os únicos que lutam contra os criminosos, quer sejam corruptos, quer sejam imigrantes. O presidente do Chega pronunciou nove vezes a frase “encostem-nos à parede” no debate sobre a acção da PSP na referida rua. 

Parece-me que a PSP devia encostar à parede não os cidadãos comuns, comprovadamente pacíficos, mas sim alguns deputados do Chega, ou não seria?»

Mário Pires Miguel, Reboleira

Auditoria foi realizada e apresentada pela consultora Deloitte

Em Setembro de 2023, a Câmara da Figueira da Foz avançou com uma auditoria financeira à dívida do município. A auditoria abrangeu os exercícios compreendidos entre 1998 e 2021, conforme já tinha adiantado o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, eleito em 2021 pelo grupo de independentes Figueira a Primeira.

Segundo o anúncio publicado no Portal Base, a auditoria foi realizada pela Deloitte & Associados por 69.400 euros, com um prazo de execução de 70 dias.
No início 2023, Santana Lopes tinha anunciado a intenção de a Câmara avançar com uma auditoria à evolução da dívida a partir de 1998, que era uma das suas promessas eleitorais.
“É um trabalho de que não prescindo, de conhecimento, que até pode ser contra mim”, disse, na altura, em sessão de Câmara, o autarca, que já tinha liderado a autarquia figueirense entre 1997 e 2001.
“Por mais que eu peça aos serviços, não consigo ter uma resposta esclarecedora da evolução da dívida, nem há ninguém que me a consiga explicar”, justificou o presidente da Câmara, no início de janeiro de 2023.
Ontem, foi apresentado na reunião de câmara o relatório da auditoria externa à evolução da dívida do Município da Figueira da Foz de 1998 a 2021.

Inteligência normal...

«Miguel Arruda recusa obedecer a Ventura e fica como deputado não-inscrito»

«Este partido não  ha-de cahir porque não é um edificio. Tem que sahir com benzina, porque é uma nodoa!»

Eça de QueirozO Conde d' Abranhos e A Catastrophe, 1.ª ed., Chardron / Lello, Porto, 1925, p. 145. (Adaptação). 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Empreendedorismo?..

"Limpar Portugal", não é tarefa fácil...
Havia que começar por algum lado...
Deputado do Chega é suspeito de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
Tudo aconteceria nas viagens entre Lisboa e Açores, onde Miguel Arruda vive com a família. André Ventura já reagiu. O presidente do Chega, que ainda está nos EUA, quer reunir-se de urgência com o deputado assim que regressar a Portugal.

A Casa Branca desmontável

Via Público

Gandra d’Almeida: a queda de um “anjo”

«Escândalo com director executivo do SNS afecta a credibilidade da ministra da Saúde e de todo o Governo. Era o primeiro pilar de Ana Paula Martins.»

Assoreamento, um problema antigo do Portinho da Gala

Foto António Agostinho. Mais fotos aqui.

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004.
Há muitos anos que o assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.
Na edição de hoje do Diário as Beiras, faz mais um alerta.

Santana Lopes não é um Homem livre e sem filiação partidária?..

Pedro Santana Lopes esteve presente no canal Now, no programa Informação Privilegiada na noite de ontem, segunda-feira, e explicou o porquê de ter decidido recandidatar-se à Figueira da Foz, quando era sabido que chegou a falar de uma eventual candidatura à Câmara Municipal de Sintra. Os pormenores, aqui.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Trump, o 47.º Presidente dos EUA

 

Verbas para as freguesias....

Via Diário as Beiras

«A transferência de verbas do Município da Figueira da Foz para as juntas de freguesia, as obras municipais e a cedência de materiais, máquinas e brigadas, nos últimos quatro anos e cômputo geral, têm vindo a ser reforçadas, também devido às propostas da vereação do PS. Os mapas elaborados pelos serviços do município e apresentados pelo vereador do PSD, Ricardo Silva, que integra o executivo camarário FAP/ PSD, numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal, sustentaram a trajetória crescente de investimentos nas freguesias.

No entanto, para alguns presidentes de junta do PS os mapas não eram cor-de-rosa. Fernando Lopes (Tavarede), José Coelho, Lavos (PS) e Susana Monteiro (Ferreira-a-Nova) pintaram os quadros apresentados pelo vereador do executivo camarário com tons críticos.»

Tenente-Coronel, médico, António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida

"Louvo, por proposta da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o Tenente-Coronel, médico, 12204597, António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida, pela forma excecionalmente dedicada e competente, bem como pela nobre conduta, integridade e profissionalismo com que exerceu as suas funções como diretor da Delegação Regional Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica entre 2021 e 2024. [...]."

14 de agosto de 2024.  O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo.

Mais pormenores, aqui.

domingo, 19 de janeiro de 2025

Era previsível: partidos disputam louros pela criação das 302 novas freguesias — e já cheira a campanha

Público

«Teve um cheirinho a início de campanha eleitoral para as autárquicas, que só se realizam no início do Outono o debate da manhã de ontem sobre a desagregação de 135 uniões de freguesias que dará origem, nas próximas eleições, a 302 novas freguesias, mostrou um despique entre os partidos sobre quem fez mal aos autarcas por fundir freguesias (PSD/ CDS) ou demorar a cumprir a promessa de reverter a fusão (PS), e quem lhes dá agora a mão permitindo que cumpram o seu desejo de separação (todos os partidos à excepção da IL). 
Como se esperava, a lei com as regras para o processo de separação e a respectiva lista foi aprovada com os votos a favor do PSD, PS, Bloco, PCP, Livre, CDS e PAN, apesar do voto contra da IL e da abstenção do Chega. O PCP não conseguiu sequer levar à votação as 53 propostas de alteração que fizera ao diploma para tentar incluir na lista outras tantas uniões de freguesias recusadas por não cumprirem alguns critérios legais como o número mínimo de eleitores, o prazo para a decisão da assembleia municipal ou não se traduzir numa reposição total das freguesias fundidas em 2013 — acabaram retiradas do guião por proposta da IL e apoio da maioria dos partirdos.
Da esquerda à direita, com centenas de cidadãos a assistir nas galerias (vindos em excursões promovidas pelas freguesias), os partidos cavalgaram o seu contributo para fazer valer a vontade das populações que, ao contrário de 2013, agora tiveram a palavra primordial a dizer no processo de desagregação. E se à esquerda todos criticaram a chamada lei Relvas (que em 2013 fez a reorganização administrativa do território e reduziu 1168 freguesias por fusão ou agregação), o PSD justificou a sua decisão de então colocando o ónus da lei Relvas no PS. “Não foi o Governo de Pedro Passos Coelho que tomou a iniciativa de fazer uma reorganização administrativa. Foi o Governo de José Sócrates que sugeriu à troika a agregação de freguesias e a incluiu no memorando [era, de facto, o ponto 3.44 do documento]”, recordou a social-democrata Olga Freire. A reforma foi “feita a régua e esquadro” e “não foi perfeita”, admitiu. Lembrou que os socialistas prometeram a reversão durante oito anos mas nada fizeram, o que lhe permitiu piscar o olho ao eleitorado por ser pela mão do PSD que ela se fará — “o PSD leva muito a sério o poder local e está a resolver os problemas.”
A referência a Passos haveria de servir de arma à líder parlamentar da IL, que rompeu com a unanimidade dos elogios às freguesias. “Todos os partidos são cúmplices” por “voltarem a 2013, criarem mais Estado e pior Estado. Em vez de resolverem os problemas reais da população, multiplicam freguesias, cargos, burocracia (...) e mais lugares para distribuir.” O PSD de Luís Montenegro quer “satisfazer o seu aparelho e governar contra o PSD de Passos Coelho”, assim como o PS; o Bloco, o PAN e o Livre porque “querem aumentar a máquina do Estado”; e o PCP “tenta sobreviver indo mais além” ao querer que se possa desagregar todas as uniões que o pretendam, disse Mariana Leitão
Fotos: Figueira na Hora

O comportamento dos políticos e dos partidos, tem contribuído para que os cidadãos se afastem da política. 
O que se passou em outubro de 2012 foi mau. 
Os cidadãos, na Figueira e no País, não se afastaram da política - foram sendo afastados.
Em Janeiro de 2025, nada foi dierente.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, a meu ver, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Termino com uma citação: como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice, sem ética é uma vergonha”...

sábado, 18 de janeiro de 2025

Reposição de freguesias: lá lixámos a "troika" à custa dos mesmos de sempre - "o mexilhão"...

Ontem, no Distrito de Coimbra, o Parlamento aprovou a reposição de freguesias nos concelhos de Cantanhede, Figueira da Foz, Lousã, Mealhada e Oliveira do Hospital.
No nosso concelho, 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗵𝗮, Buarcos, 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮𝗻𝗮 𝗲 𝗦𝗮̃𝗼 𝗝𝘂𝗹𝗶𝗮̃𝗼 𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮𝗺 𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗳𝗿𝗲𝗴𝘂𝗲𝘀𝗶𝗮s.
O presidente da ANAFRE, Jorge Veloso acredita que agora a qualidade de vida daquelas populações “aumentará e muito”, salientando que “a proximidade é um fator muito importante para que as pessoas se sintam bem, se sintam apoiadas”. Apesar de sair satisfeito da Assembleia da Republica, referiu que o processo de desagregação “não terminou”. A Lei-quadro existe e muitos mais processos vão aparecer para desagregação. 
E pronto: mestres como somos nas artes do engano, aproveitámos uma singularidade nacional: a existência de dois níveis de poder local para em 2013, ludibriar troika — ao mesmo tempoe lixámos o mexilhão nacional, o mais desprotegido dos mexilhões: as pobres freguesias, nomeadamente as de “territórios de baixa densidade”.

1ª. página de 10 de outubro de 2012. Para ver melhor clicar na imagem.

Miguel Almeida estás perdoado
.
Recuemos à edição do Diário as Beiras de 10 de Outubro de 2012.
“Os presidentes das 18 juntas do concelho da Figueira da Foz sempre foram solidários uns com os outros quando estavam em causa situações que afectassem o conjunto ou alguns dos seus elementos. Na sessão da Assembleia Municipal da passada segunda-feira, porém, essa solidariedade foi quebrada, quando os autarcas do PSD e da Figueira 100% mais os independentes José Elísio (Lavos) e Carlos Simão (S. Pedro) se colocaram ao lado dos sociais-democratas e do movimento independente.”
Jot´Alves, (edição impressa)…

Passados 2 dias, em 12 de outubro de 2012, Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS,  impôs às freguesias figueirenses, não uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Recordemos.
A Assembleia Municipal votou o novo mapa das freguesias.
Foi aprovada a proposta conjunta apresentada pelo PSD, Figueira 100%,  Presidente da junta de freguesia de S. Pedro (Carlos Simão) e Presidente da junta de Lavos (José Elísio).
A  extinção das Freguesias de S. Julião, Brenha, Borda do Campo e Santana foi aprovada com os votos contra do PS, da CDU e da presidente da junta de freguesia de Santana (PSD).
O presidente da junta de freguesia de Tavarede (PS) absteve-se.
Ficou assim a votação: 22 votos a favor; 19 contra; e 1 abstenção.
Resultado:
BUARCOS  AGREGOU S. JULIÃO;
ALHADAS AGREGOU BRENHA;
PAIÃO AGREGOU BORDA DO CAMPO;
FERREIRA A NOVA AGREGOU SANTANA.

A minha posição é a de sempre.
Não sou  defensor de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas, a meu ver, têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em 2012, creio que não será estultícia apontar que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não foi coisa pouca).
Espero que em Janeiro de 2025 isso tenha acontecido.

Na Figueira, tal como de um modo geral no resto do País, o  comportamento dos políticos e dos partidos, tem contribuído para que os cidadãos se afastem da política. 
O que se passou em outubro de 2012 foi mau. 
Os cidadãos, na Figueira e no País, não se afastaram da política - foram sendo afastados.
Espero que Janeiro de 2025 tenha contribuido para ser dierente.
Termino com uma citação: como diria Sá Carneiro “a política sem alma é uma chatice, sem ética é uma vergonha”...