sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Domingos Abrantes, resistente antifascista desde os 17 anos, várias vezes preso, num total de 11 anos, e um dos participantes da fuga de Caxias em 1961

 «O fascismo nunca chegou ao poder sozinho, existe alguém que lhe abre o caminho» 

A vingança justa

Miguel Esteves Cardoso
«É uma espécie de anedota. Os portugueses descobriram o mundo, mas levaram muito tempo, porque os transportes, não obstante a relativa rapidez das caravelas, eram muito lentos. Mal se inventaram os aviões, esses povos outrora descobertos quiseram vir descobrir o povo que os descobriu. E eis as nossas ruas cheias de turistas e imigrantes, vindos das Áfricas, Américas, Índias e Chinas, mais ou menos pelos mesmos caminhos que descobrimos, só que agora por via aérea, sem perigo e — uma grande vantagem — sem vontade de nos colonizar, a não ser pelo turismo. Acho um piadão ouvir portugueses a queixarem-se de o cabo da Roca estar cheio de chineses ou de Cascais estar cheio de brasileiros, ou de Lisboa estar cheio de indianos.
Há tantas respostas para isso que um livro não bastaria, mas o título do livro de Ian Sanjay Patel, cujo subtítulo é A imigração e o fim do império, apanha a frase que mais merece ser desdobrada: “We’re here because you were there”, ou “Nós estamos em vossa casa porque vocês estiveram na nossa”. Os caminhos que os portugueses e outros descobriram funcionam para os dois lados. E não só: ir pela primeira vez é que é difícil. Voltar pela primeira vez ainda é difícil, mas é um bocadinho mais fácil. A partir daí, o nosso voltar vai-se tornando cada vez mais fácil, até voltarmos das nossas colónias e esse voltar se tornar no ir de quem colonizámos. Os turistas brasileiros não têm só direito de vir ver como é que gastámos o ouro que lhes roubámos. Nós é que temos de os receber bem, agradecendo o facto de nos terem perdoado. Ninguém gosta de ouvir isto. Ninguém gosta de dívidas. Ninguém gosta que chegue a hora de pagar. Há mais uma coisa em que temos de honrar a memória dos nossos navegantes: na coragem de não sabermos o que nos espera. Pode ser maravilhoso. Pode ser maravilhoso mais uma vez. Pode ser outro descobrimento. Pode ser outra reunião. Mas, desta vez, uma reunião de livre vontade, um descobrimento de amizade.»

Alguma vez houve democracia na Marinha?..

"Almirante Gouveia e Melo liderava com base no medo", acusa Associação Nacional de Sargentos...

Fim de ano na Figueira

Quatro dias de festa e concertos.

Hotelaria prepara-se para taxa total de ocupação.

Nota de rodapé.
O Natal já lá vai.
Valha-nos São Nicolau da Coca-Cola! 
Con tanta luz este ano na Figueira, até o menino Jesus se deve ter sentido incomodado por estar em tão modestas palhas deitado...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

O sistema funciona?..

Resumo da política figueirense em 26 de Dezembro de 2024.
No PSD: são como os percebes na rocha- todos a procurar agarrar-se, mas os graúdos destacam-se. 
Os pequenos procuram mostrar que existem, mas ninguém lhes liga. 
No PS: estão todos, graúdos e pequenos..., embaraçados, aflitos e manietados por uma camisa de 11 varas.

2025 está mesmo a bater à porta. Apesar de haver eleições autárquicas em Setembro, alguém acredita que vá mudar alguma coisa na Figueira?
Na Figueira, tal como no País, gere-se o poder autárquico com o objectivo de ganhar eleições. É o poder pelo poder, sem substância ou projecto. Sempre assim foi nos últimos 50 anos. Já não é em vida que vou assistir à alternativa.

O espectáculo continua a ser uma arma...

Via Diário as Beiras: «Este ano, o município oferece quatro noites de festa de Fim de Ano, na avenida 25 de Abril, com entrada livre. No dia 28, actuam Rui Veloso e os Hangover Band. No dia 29, actua Iolanda. No dia 30, sobem ao palco os HMB. No dia 31, Slow J e o dj Drenchill fazem a festa numa noite longa, com fogo de artifício.»





quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Pai Natal, um vendedor que nunca mais se reforma...

O Pai Natal apareceu pela primeira vez num anúncio da Coca‑Cola em 1920, numa ilustração publicada no The Saturday Evening Post. Com uma aparência séria, o primeiro Pai Natal foi criado pelo ilustrador Thomas Nast. Durante alguns anos a Coca‑Cola utilizou, para as suas diferentes publicidades, desenhos dessa personagem desenvolvidos por outros ilustradores.
Porém, o Pai Natal tal como o conhecemos surgiu em 1931 pela mão do cartoonista Haddon Sundblom, a pedido da D’Arcy, agência de publicidade da Coca‑Cola. O objetivo era criar uma personagem entre o simbólico e o real, a personificação do espírito natalício e a felicidade da Coca‑Cola. Para isso, o ilustrador inspirou-se no poema “A Visit From St. Nicholas”, de Clement Clark Moore. Baseando-se em São Nicolau, Sundblom criou uma personagem cativante, calorosa e amigável que rapidamente marcou o público e contribuiu para determinar a imagem definitiva do Pai Natal. Sundblom desenhou o Pai Natal para a Coca‑Cola todos os anos até 1964, embora se tenham criado mais peças posteriormente com base no seu trabalho.

Imagem via Jornal de Notícias. Para ver melhor, clicar na imagem.

O valentão

«...o nosso primeiro-ministro, um dom-quixote de espada em riste contra (?) as perceções, que já anda de cara vermelha de tanto fazer músculo. Não vá alguém pensar que é para esconder algum complexo de inferioridade política, ou para compensar o que sabe ser de pouca substância. Fez voz grossa quando prometeu caçar impiedosamente os pirómanos na altura dos incêndios, franziu o sobrolho de xerife em horário nobre para galvanizar o combate contra a sensação de insegurança das pessoas que passam o dia a ver a CMTV e, agora, tem um Governo que está em estágio para porta-voz da PSP. 
Neste momento, ainda só instrumentaliza operações pidescas contra imigrantes no Martim Moniz ou missões antivandalismo em bairros periféricos, mas já faltou mais para tirar fotos ao lado de mesas cheias de haxixe, armas brancas e malas de contrafação, mesmo como se fosse o agente Montenegro. 
Teria muita piada, não fosse isto uma escalada de propaganda afinada pelo diapasão da extrema-direita, como quem mede “forças” com uma régua. Teria mesmo muita piada, não fosse isto uma forma de agravar as tais perceções, em vez de as desconstruir, legitimando as narrativas xenófobas, sempre com o alvo nas minorias mais desprotegidas. Teria mesmo muita, muita piada, não fosse isto uma forma de reforçar a concorrência que pretendiam vencer, até porque se é possível escolher o original, quem é que quer a mala de contrafação?»

Para ler na totalidade clicar aqui.

Bom Dia de Natal

Jorge Moreira da Silva, que não é um esquerdista, escreveu na rede social X que “os Direitos Humanos têm de ser defendidos em todo o lado. Não só nos conflitos distantes mas também na nossa rua”.

Nota de rodapé: ... o actual PSD de Montenegro no governo, nada tem a ver com o PPD/PSD fundado por Sá Carneiro e seguidores da sua prática política que, em teoria, se queria tornar o partido dos que pretendiam transformar a sociedade portuguesa numa sociedade mais livre - politica, economica e socialmente. Dos que recusavam o imobilismo a que o sectarismo ideológico sempre conduz. Dos que compreendiam que o desenvolvimento só é económico para vir a ser social, mas que este sem aquele é uma receita certa para o empobrecimento de todos.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Diligências políticas com vista à substituição da administração da ULS continuam

 Via Diário as Beiras

Uma coligação formal PSD-Chega seria menos grave do que isto

VIA PÚBLIC0. PARA LER MELHOR CLICAR NA IMAGEM


... o actual PSD de Montenegro no governo, nada tem a ver com o PPD/PSD fundado por Sá Carneiro e seguidores da sua prática política que, em teoria, se queria tornar o partido dos que pretendiam transformar a sociedade portuguesa numa sociedade mais livre - politica, economica e socialmente. Dos que recusavam o imobilismo a que o sectarismo ideológico sempre conduz. Dos que compreendiam que o desenvolvimento só é económico para vir a ser social, mas que este sem aquele é uma receita certa para o empobrecimento de todos. 

Dívidas de 323 milhões de ex-presidente da Naval estão a seis meses de ser perdoadas

Via Público


"O perdão está em risco devido a suspeitas de que Aprígio Santos escondeu património, o que viola as condições do acordo. 
Aprígio Santos, antigo presidente do Clube Naval Primeiro de Maio, da Figueira da Foz, enfrenta suspeitas que podem comprometer o perdão de cerca de 323,7 milhões de euros em dívidas.
A administradora de insolvência investiga a possível ocultação de participações numa empresa em Cabo Verde, a Profitsquare S.A., que detém 74% da sociedade portuguesa Pré-Bloco Anestor Comercial Lda, proprietária de terrenos no Porto avaliados em 12 milhões de euros. 
A insolvência de Aprígio Santos foi declarada fortuita em 2022, permitindo-lhe um período de três anos para liquidar obrigações específicas, com vista à exoneração do passivo. No entanto, o empresário é acusado de não ter declarado a sua relação com a Profitsquare, o que pode ser considerado uma violação das condições impostas. 
A administradora de insolvência, Ana Maria de Oliveira Silva, procura esclarecer as movimentações financeiras e patrimoniais da empresa cabo-verdiana e os seus acionistas. Entre os credores de Aprígio Santos estão entidades como a Parvalorem, que reclama 144,5 milhões de euros, o Banco Comercial Português (43,8 milhões) e a Caixa Económica Montepio Geral (40,1 milhões). 
Apesar disso, o empresário já garantiu, por meio do seu advogado, Gonçalo Melo Ribeiro, que está a cumprir as obrigações e nega qualquer participação ativa na Profitsquare além do cargo de gerente, relata o Público. 
A situação é agravada por disputas judiciais com a ex-mulher de Aprígio Santos, Dolores Sebastião, que alega que o empresário utilizou um “testa de ferro” para transferir quotas da Pré-Bloco de forma irregular, visando evitar a partilha de bens no divórcio. Segundo Dolores, a venda das quotas ocorreu sem o seu conhecimento e sem compensação financeira, envolvendo procurações alegadamente mal utilizadas. 
Os terrenos em questão, adquiridos pela Pré-Bloco em 2016 por pouco mais de dois milhões de euros, estão sob disputa judicial há quase sete anos. A decisão sobre a titularidade dos bens poderá impactar a insolvência, uma vez que, caso sejam reconhecidos como ocultados, podem ser apreendidos para liquidação das dívidas. 
Com apenas seis meses restantes para o término do período de cessão, qualquer irregularidade pode inviabilizar o perdão das dívidas, forçando Aprígio Santos a responder judicialmente pela ocultação de bens e prolongar o processo de insolvência."

... quatro noites de festa

 Via Diário as Beiras


segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

O Sporting voltou ao normal: é natal...

"Rui Borges a caminho de Alvalade"

Quantos Partidos Socialistas existem na Figueira?

Na passada sexta-feira
, a 
Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou, por maioria, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, no valor de 139 milhões de euros (ME), 59 ME dos quais para investimentos.
O PS, que detém a maioria na Assembleia Municipal e está na oposição na câmara, votou dividido o Orçamento do Município para 2025 proposto pelo executivo camarário FAP/PSD, liderado por Santana Lopes, nos dois órgãos autárquicos. 
Na Assembleia, a maioria dos deputados socialistas absteve-se, três votaram a favor e um contra. Na câmara, um elemento da vereação votou a favor e três votaram contra. 
O documento foi aprovado em ambos os órgãos.
“Foi uma tomada de posição em consciência dos deputados municipais do PS, que divergiu com as orientações da Comissão Política do partido, que também não impôs o voto, embora nos tenha dado a diretiva [de votar contra]”, justificou o deputado socialista Nuno Melo Biscaia, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
“Inviabilizar um orçamento destes não seria compreendido pelos figueirenses, por ter um forte investimento na habitação, na saúde e na educação”, acrescentou. “Ainda por cima”, frisou, “acolheu uma proposta de uma autarca do PS”. Nuno Melo Biscaia referia-se à integração dos sapadores florestais no quadro de pessoal do município, por proposta da vereadora Glória Pinto. 
Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, por escrito, a líder local do PS, Raquel Ferreira, não respondeu às perguntas do jornal sobre a diversidade da votação protagonizada pelos autarcas do partido. 
Recorde-se que o Secretariado da Concelhia do Partido Socialista da Figueira da Foz emitiu uma Nota de Imprensa, onde “considera que o Orçamento Municipal para 2025 é um mau orçamento e reflete a estratégia errática do hoje sim, amanhã não, e dos projetos anunciados e não concretizados, das obras prometidas para as freguesias inscritas nos orçamentos e sempre adiadas”, lê-se no documento dimanado da direção local do partido, liderada por Raquel Ferreira. 
Acerca da votação na Assembleia Municipal , sustenta a nota, “alguns dos deputados do PS são presidentes de junta e têm a total solidariedade do PS na decisão do seu voto”

Se há partido político que nunca deixará de me surpreender, esse partido é o Socialista. Numa altura em que os partidos estão completamente descaretizados (por exemplo: o actual PSD de Montenegro no governo, nada tem a ver com o PPD/PSD fundado por Sá Carneiro e seguidores da sua prática política que, em teoria, se queria tornar o partido dos que pretendiam transformar a sociedade portuguesa numa sociedade mais livre - politica, economica e socialmente. Dos que recusavam o imobilismo a que o sectarismo ideológico sempre conduz. Dos que compreendiam que o desenvolvimento só é económico para vir a ser social, mas que este sem aquele é uma receita certa para o empobrecimento de todos.) este PS/Figueira é uma nau à deriva sem capitão e sem marinhagem que lhe permita navegar à bolina.
Este dividido, bizarro, esquisito, excêntrico e insólito PS tem futuro na Figueira?

domingo, 22 de dezembro de 2024

Santana, refém das suas circunstâncias?..

Em Julho de 2021, «o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes apresentou a candidatura à Câmara da Figueira da Foz, 24 anos depois de o ter feito pela primeira vez e garantiu ser sua intenção cumprir os três mandatos para um município "liderante".»
No facebook, em 13 de Dezembro de 2024, Santana escreveu: «Muito provável. Pouco provável? O que se passou desde então? 
Jantar de Natal da FAP, dia 21 de Dezembro de 2024, em Buarcos. Aí falaremos.»
O que se passou no jantar de ontem à noite não sei. Apenas vi algumas fotografias.
Santana, como sabemos, continua alguém com gosto pelo poder. Continua,  também e ainda, com um razoável sentido mediático (já teve melhores dias...).
Contudo, continua a saber utilizar as câmaras em seu benefício - o que, eleitoralmente, conta muito. 
Santana, ao mesmo tempo que tem algo de genuíno, mostra, também, alguma demagogia populista e frieza analítica, ao serviço da sua pessoa e dos seus projectos de poder - neste momento, a meu ver, PR, Sintra e Figueira.

É injusto acusar Santana Lopes de estar a fazer coisa diversa, daquela que sempre fez ao longo da sua vida política.
Santana em 2024 continua igual ao Santana de sempre: "na política não exclui nada." 
Em 1997 e 2021 Santana Lopes queria um poleiro. Ganhou-o na Figueira, mas saiu-lhe uma trabalheira do pior, daquelas que exige trabalho, seriedade, contenção, responsabilidade, conhecimento, concentração e firmeza no desiderato.
Habituado - e talentoso... - candidato a tudo, vai ter de se definir nos próximos meses.

Apesar do avançar dos anos - nenhum de nós vai para novo - Santana continua e gosta de ser provocador. 
Ainda recentemente esteve nas jornadas parlamentares do Chega...
Ele sabe que as reacções primárias às suas provocações, acabam por ser um belo serviço que os otários lhe prestam, pois estão  a dar-lhe os meios publicitários de que necessita para atingir os seus objectivos. 

Apesar de não parecer, Santana sabe o que está a fazer. 
Na minha opinião - e isto é arriscar muito no prognóstico -  o mais natural é recandidatar-se em 2025 na Figueira.

sábado, 21 de dezembro de 2024